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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Universidade Federal Fluminense Curso de Licenciatura em Letras- UFF / CEDERJ Disciplina: Português V Coordenador: Marli Pereira AD 2 – 2017. 2 Aluno(a): _______________________________________________________ Polo: _______________________________ Matrícula ________________ Nota: _______________ Leia atentamente o fragmento da música “Tiro Ao Alvaro” e faça as atividades propostas: De tanto levar "frexada" do teu olhar Meu peito até Parece sabe o que? "talbua" de tiro ao "álvaro" Não tem mais onde furar (2x) Teu olhar mata mais Do que bala de carabina Que veneno estriquinina Que pexeira de baiano Teu olhar mata mais Que atropelamento De automóver Mata mais Que bala de revorver. Link: http://www.vagalume.com.br/adoniran-barbosa/tiro-ao-alvaro.html#ixzz3i9BrHlqz 1- A partir de um exemplo do texto, explique e demonstre a diferença entre transcrição fonética e transcrição fonológica. (2,5) A transcrição fonética tem por objetivo ser fiel a uma determinada ocorrência, real, concreta. Por isso, ela representa um determinado dialeto, ou a fala de alguém tal como foi pronunciada. No texto, a palavra “revólver” aparece grafada como “revorver” numa tentativa de representar a fala caipira, comum no interior de São Paulo e de Minas Gerais. A transcrição fonética por tentar retratar como as unidades sonoras são pronunciadas vai registrar essa palavra assim: [xe ‘vve]. Nota-se que houve a mudança do “l” em “r”, fenômeno chamado de rotacismo. A transcrição fonológica, por sua vez, tem um caráter mais teórico, de formalizar o registro de uma representação abstrata das possíveis realizações orais da língua. É usada quando se deseja representar uma expressão adotada em uma comunidade linguística, de modo geral, como, por exemplo, se quisermos mencionar como se fala a palavra “revólver” no português, sem levar em consideração as diferentes possibilidades de pronúncia. Na transcrição fonológica, registram-se os fonemas (isto é, as unidades distintivas em seu aspecto abstrato) e, quando há neutralizações, os arquifonemas vêm sempre entre barras //, como que numa tentativa de representar uma realização standard, daí abstrata. Nesse caso, a palavra “revólver”, do ponto de vista fonológico, é representada assim: /Re ‘vlveR/. Registra-se o arquifonema /R/, já que, no português, há diversas realizações possíveis para os róticos e também não aparece o rotacismo, já que a fonologia representa uma abstração do som e não, especificamente, sua realização. 2- Discorra sobre o comportamento das vogais postônicas finais no português brasileiro e exemplifique com ocorrências do texto. (2,5) As vogais tônicas orais são 7 e apresentam um comportamento uniforme em todo o território brasileiro. No entanto, quando as vogais ocorrem em sílabas átonas, elas sofrem processo de variação. O grupo das postônicas se divide em medial e final e apresenta comportamento diferenciado. As postônicas finais se reduzem, geralmente, a 3 alofones e as postônicas mediais dependem do estilo de fala (formal X informal). Na fala formal, ocorrem 5 vogais Alguns dialetos do nordeste produzem, no lugar das vogais médias-altas as médias-baixas . Na fala informal, tem-se o grupo de 3 sons vocálicos No texto, as palavras “tanto”, “parece” e “mata” apresentam vogais átonas finais e, provavelmente, elas sofrem enfraquecimento, já que a linguagem do texto é bastante informal. Assim as vogais átonas finais dessas palavras seriam, respectivamente, [], [I] e []. 3- Dê o padrão silábico das palavras dos seguintes versos: “Teu olhar mata mais que atropelamento” (1,5) Teu – CVV’ olhar VCVC mata CVCV mais CVV’C que CV atropelamento VCCVCVCVCVCCV ou VCCVCVCVCVCV 4- Com base no dialeto carioca, faça a transcrição fonética e a fonológica das palavras da segunda estrofe da música. (3,5) teu - [‘te] / ‘teu/ olhar - [o‘ʎax] ou [o‘ʎa] /o ‘ʎaR/ mata - [ ‘mat] / ‘mata/ mais - [‘maI] / ‘maiS/ bala - [‘bal] / ‘bala/ carabina - [kaɾa ‘bĩn] /kaɾa ‘bina/ veneno – [ve ‘nen] /ve ‘neno/ estriquinina – [etɾiki ‘nĩn] ou [Itɾiki ‘nĩn] /eStɾiki ‘nina/ pexeira- [pe ‘eIɾ] ou [pe ‘eɾ] /pe ‘eiɾa/ baiano – [baI ‘ãn] /bai ‘ano/
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