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COMPETÊNCIA - Esquema para determinação de competência

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COMPETÊNCIA 
 
 
 
 
1. Esquema para determinação de competência 
 
 
 
 
 
Determina-se o juízo competente “a 
priori” 
 
Verifica-se a presença de causas 
de modificação de competência 
 
 
 
 
 
 
1.1. 
Exceções 
à perpetuatio 
 
Definida a competência, aplica-se, como 
regra o princípio da perpetuatio 
jurisdictionis (perpetuação da competência) 
 
 
 
 
 Extinção de órgão 
 Alteração de critério absoluto (ex: EC/45, 
demandas acidentárias e Justiça do Trabalho) 
 Alteração fática que toca critério absoluto (ex: 
ingresso da União, salvo Lei 9.469/97 , art. 5° 
parágrafo único: 
 
 
 
 
 
 
NOVO CPC CPC /1973 
Art. 43. Determina-se a 
competência no 
Art. 87. Determina-se a 
competência no 
O tema no Novo CPC 
 
 
 
momento do registro 
ou distribuição da 
petição inicial (art. 59), 
sendo irrelevantes as 
modificações do 
momento em que a 
ação é proposta. São 
irrelevantes as 
modificações do estado 
de fato ou de direito 
 
 
 
estado de fato ou de 
direito ocorridas 
posteriormente, salvo 
quando suprimirem 
órgão judiciário ou 
ocorridas 
posteriormente, salvo 
quando suprimirem o 
órgão judiciário ou 
alterarem a 
 
 
 
alterarem a 
competência absoluta. 
competência em razão 
da matéria ou da 
hierarquia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25º CONCURSO MPF 
QUESTÃO 
 
 
 
3) QUANTO AO PRINCÍPIO DA PERPETUATIO 
JURISDICTIONIS, É CORRETO DIZER QUE: 
 
I. Em geral visa proteger o autor da demanda, 
quando é fixada pela regra geral, mas pode proteger 
o réu em determinadas situações; 
 
 
 
II. Sendo a competência matéria de ordem pública, a 
competência é fixada no momento da propositura da 
ação, não importando as modificações de fato ou de 
direito posteriores; 
 
 
 
III. A competência pela qualidade das pessoas não 
admite o deslocamento posterior, pois é ditada pelo 
interesse de ordem pública superior; 
IV. Havendo extinção do órgão jurisdicional, é 
possível a sua não aplicação, devendo a causa ser 
julgada pelo órgão que o substitui. 
 
 
 
Das proposições acima: 
a) I e II estão corretas; 
b) I e IV estão corretas; 
c) II e III estão corretas; 
d) II e IV estão corretas. 
Alternativa B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pergunta-se: a criação de vara nova pode 
implicar a redistribuição de feitos? 
 
 
 
 
COMPETÊNCIA. REDISTRIBUIÇÃO. PRINCÍPIO. JUIZ 
NATURAL. 
Na impetração, sustenta-se que, quando já definida 
a competência pela distribuição, resolução alguma, 
ainda que de criação de varas, pode ter o condão de 
 
 
 
determinar a redistribuição de processos 
anteriormente distribuídos, sob pena de clara e 
grave violação do princípio do juiz natural, que 
macula com a pecha de nulidade todos os atos 
decisórios desde então praticados por juízo 
incompetente. Diante disso, a Turma denegou o 
 
 
 
habeas corpus ao entendimento de que a 
redistribuição do feito decorrente da criação de 
vara com idêntica competência com a finalidade de 
igualar os acervos dos juízos e dentro da estrita 
norma legal, não viola o princípio do juiz natural, 
uma vez que a garantia constitucional permite 
 
 
 
posteriores alterações de competência. Observou-se 
que o STF já se manifestou no sentido de que 
inexiste violação ao referido princípio, quando 
ocorre redistribuição do feito em virtude de 
mudança na organização judiciária, visto que o art. 
96, a, da CF/1988 assegura aos tribunais o direito 
 
 
 
de dispor sobre a competência e o funcionamento 
dos respectivos órgãos jurisdicionais. Precedentes 
citados do STF: HC 91.253-MS, DJ 14/11/2007; do 
STJ: HC 48.746-SP, DJe 29/9/2008; HC 36.148-CE, DJ 
17/4/2006; HC 44.765-MG, DJ 24/10/2005; REsp 
675.262-RJ, DJ 2/5/2005; HC 41.643-CE, DJ 
 
 
 
3/10/2005; HC 10.341-SP, DJ 22/11/1999, e RHC 891-
SP, DJ 4/3/1991. HC 102.193-SP, Rel. Min. Laurita 
Vaz, julgado em 2/2/2010. 
 
Súmula 58: PROPOSTA A EXECUÇÃO FISCAL, A 
POSTERIOR MUDANÇA DE DOMICILIO DO 
 
 
 
EXECUTADO NÃO DESLOCA A COMPETENCIA JA 
FIXADA. 
 
 
Súmula 365: A intervenção da União como 
sucessora da Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA) 
 
 
 
desloca a competência para a Justiça Federal ainda 
que a sentença tenha sido proferida por Juízo 
estadual. 
 
1.2. Caminho para verificação do juízo 
 
 
 
 
1. Competência dos tribunais de superposição 
2. Qual a justiça competente (competência “de 
jurisdição”). CF art. 109. 
3. Competência originária 
4. Competência territorial ou de foro 
5. Competência de juízo 
 
 
 
6. Competência recursal 
 
 
 
 
Súmula 206, STJ: A EXISTENCIA DE VARA 
 
 
 
PRIVATIVA, INSTITUIDA POR LEI ESTADUAL, 
NÃO ALTERA A COMPETENCIA TERRITORIAL 
RESULTANTE DAS LEIS DE PROCESSO. 
 
 
 
 
 
 
1.3. “Competência” funcional 
 
 
 
 
 
Conceito 
Espécie X Critério 
determinativo 
Plano vertical X Plano 
horizontal 
 
 
 
 
 
 
MPF 24o. Concurso 
42.(78). ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: 
QUESTÃO 
 
 
 
a) Havendo formulação de pedido certo e 
determinado, tanto o autor quanto o réu têm 
interesse recursal em argüir o vício da sentença 
ilíquida. 
 
 
 
b) a existência de vara privativa instituída por lei 
estadual não altera a competência territorial 
resultante das leis de processo. 
c) nos Juizados Especiais Federais há prazo 
diferenciado para prática de alguns atos processuais, 
inclusive para a interposição de recursos. 
 
 
 
d) em ação civil pública ajuizada para tutelar direito 
das pessoas idosas e que tenha por objeto o 
cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, a 
multa imposta pelo juiz só será devida e exigível após 
o trânsito em julgado da sentença favorável ao 
autor. 
 
 
 
 
 
 
1.4. Critérios para a determinação da competência 
 
1. em razão da pessoa 
 
 
 
2. em razão da matéria 
3. em razão do valor da causa 
4. domicílio do réu; domicílio do autor; local do ato 
ou fato 
 
 
Pergunta-se: quais as incompetências 
absolutas e quais as relativas? 
 
 
 
 
 
 
 
O que determina o caráter absoluto ou relativo é, 
de regra, o critério de determinação de 
 
 
 
competência tendo reflexo na espécie de 
competência. 
 
Competência/Critério 
Matéria Absoluta 
Pessoa Absoluta 
 
 
 
Valor da causa Relativo, de regra 
Funcional Absoluta 
Domicílio Relativo 
 
Ordem, critérios e qualificação: um caminho a ser 
seguido 
Competência Critério Qualificação 
 
 
 
Tribunais de 
superposição 
Matéria e 
pessoa 
Absoluta 
Jurisdição 
(“justiça”) 
Matéria e 
pessoa 
Absoluta 
Originária 
Matéria; 
pessoa; 
funcional 
Absoluta 
 
 
 
Territorial 
Domicílio; 
matéria 
Relativa/ 
Absoluta 
De juízo Matéria Absoluta 
 
funcional/ 
pessoa 
 
Recursal Funcional Absoluta 
 
O tema no Novo CPC 
 
 
 
 
 
Muito mais simples 
- Capítulo dividido em três seções 
o Disposições gerais (com as regras de 
“competência territorial” e de 
 
 
 
“jurisdição” federal) 
o Modificação de competência 
o Da incompetência 
- Não há a divisão obedecendo o critério 
tripartite de Chiovenda (objetivo – 
matéria/valor; funcional; territorial) 
 
 
 
 
2. Competência Internacional 
 
 Quando o juiz brasileiro pode atuar 
 Competência 
- Competência concorrente (art. 88) 
 
 
 
1. Réu, brasileiro ou estrangeiro, domiciliado 
no Brasil 
2. Obrigação a ser cumprida no Brasil. 
3. Ação se originar de fatoou ato ocorrido no 
Brasil. 
 
 
 
 
 - Competência exclusiva (art. 89) 
1. ações relativas a imóveis situados no Brasil. 
2. inventário e partilha de bens situados no 
Brasil (mesmo que estrangeiro o autor e que 
nunca tenha residido no Brasil) 
 Competência concorrente x competência exclusiva 
 
 
 
 
Informativo Nº: 0548, STJ. 
 
Corte Especial 
 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. HIPÓTESE EM QUE 
NÃO É POSSÍVEL A HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA 
ESTRANGEIRA. 
 
A sentença estrangeira – ainda que preencha 
adequadamente os requisitos indispensáveis à sua 
 
 
 
homologação, previstos no art. 5° da Resolução 
9/2005 do RISTJ – não pode ser homologada na 
parte em que verse sobre guarda ou alimentos 
quando já exista decisão do Judiciário Brasileiro 
acerca do mesmo assunto, mesmo que esta decisão 
tenha sido proferida em caráter provisório e após o 
 
 
 
trânsito em julgado daquela. De início, cumpre 
destacar que a existência de sentença estrangeira 
transitada em julgado não impede a instauração de 
ação de guarda e de alimentos perante o Poder 
Judiciário Brasileiro, pois a sentença de guarda ou 
de alimentos não é imutável, haja vista o disposto 
 
 
 
no art. 35 do ECA: “a guarda poderá ser revogada a 
qualquer tempo, mediante ato judicial 
fundamentado, ouvido o Ministério Público”. Além 
disso, o deferimento de exequatur à referida 
sentença estrangeira importaria ofensa à soberania 
da jurisdição nacional. Precedentes citados: SEC 
 
 
 
4.830-EX, Corte Especial, DJe 3/10/2013; e SEC 
8.451-EX, Corte Especial, DJe 29/5/2013. SEC 6.485-
EX, Rel. Min. Gilson Dipp, julgado em 3/9/2014. 
O primeiro argumento seria desnecessário! 
 
Informativo Nº: 0533, STJ. 
 
 
 
 
 
Corte Especial 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E INTERNACIONAL 
PRIVADO. HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA 
 
 
 
ESTRANGEIRA QUE DETERMINE A SUBMISSÃO DE 
CONFLITO À ARBITRAGEM. 
 
Pode ser homologada no Brasil a sentença judicial 
de estado estrangeiro que, considerando válida 
cláusula compromissória constante de contrato 
 
 
 
firmado sob a expressa regência da lei estrangeira, 
determine – em face do anterior pedido de 
arbitragem realizado por uma das partes – a 
submissão à justiça arbitral de conflito existente 
entre os contratantes, ainda que decisão proferida 
por juízo estatal brasileiro tenha, em momento 
 
 
 
posterior ao trânsito em julgado da sentença a ser 
homologada, reconhecido a nulidade da cláusula 
com fundamento em exigências formais típicas da 
legislação brasileira pertinentes ao contrato de 
adesão. É necessário ressaltar que estamos diante 
de um caso típico de competência concorrente. 
 
 
 
Assim, a primeira decisão que transita em julgado 
prejudica a outra. É da essência do sistema que, se 
transitar em julgado primeiro a sentença estrangeira, 
fica prejudicada a brasileira e vice-versa. Assim, a 
aparente exclusão da sentença estrangeira pelo fato 
do trânsito em julgado do julgamento brasileiro, sob 
 
 
 
invocação da soberania nacional, não se segue, 
porque se está diante de clara competência 
concorrente. Ademais, o ingresso do pedido de 
arbitragem anteriormente a todas as várias 
ocorrências judiciais deve pesar em prol da opção 
pela homologação da sentença estrangeira que 
 
 
 
prestigia a opção voluntária das partes pela 
arbitragem. O Juízo arbitral é que era competente, 
no início de tudo, para examinar a cláusula arbitral 
devido ao princípio Kompetenz-Kompetenz, e foi 
isso que a sentença estrangeira assegurou. Esse 
princípio, que remonta à voluntariedade da opção 
 
 
 
arbitral e realça a autonomia contratual, revela o 
poder do árbitro para analisar e decidir sobre sua 
própria competência, no que tange à validade e 
eficácia do pacto arbitral, que lhe outorgou a 
referida função julgadora. Assim, o tribunal arbitral 
tem competência para decidir sobre a validade da 
 
 
 
cláusula compromissória, ou seja, sobre sua própria 
competência. A propósito, o Protocolo de Genebra 
de 24/9/1923, subscrito e ratificado com reservas 
pelo Brasil em 5/2/1932, estabelece a prioridade do 
Juízo Arbitral sobre a Jurisdição Estatal, 
estabelecendo uma presunção de competência em 
 
 
 
favor do Tribunal Arbitral. De outro modo, a 
negação de homologação de sentença arbitral 
proferida há tempos em Estado estrangeiro sob o 
fundamento de ocorrência da anulação da cláusula 
arbitral por sentença proferida no Brasil significaria 
a abertura de largo caminho para a procrastinação 
 
 
 
da arbitragem avençada por parte de contratantes 
nacionais no exterior. Atente-se que, para bloquear 
tal arbitragem, bastaria ao contratante brasileiro, 
após o pedido de instauração da arbitragem no 
exterior, ingressar com processo anulatório da 
cláusula arbitral no Brasil para, invocando 
 
 
 
peculiaridades da legislação brasileira, como as 
especiais exigências nacionais da cláusula de adesão 
(sobretudo diante do Código de Defesa do 
Consumidor, com inversão de ônus de prova e 
outros consectários do direito consumerista 
nacional), paralisar a arbitragem e judicializar toda a 
 
 
 
matéria contra a jurisdição estatal no Brasil. Cabe 
ressaltar que não há empecilho no julgamento 
brasileiro à homologação porque fundados o 
julgamento estrangeiro e o nacional em motivos 
técnico-jurídicos diversos, ou seja, o primeiro, na 
validade da cláusula arbitral ante os termos da 
 
 
 
legislação estrangeira, para contrato celebrado no 
estrangeiro, sem a consideração de restrições 
existentes no sistema jurídico brasileiro, e o 
segundo fundado em exigências formais de cláusula 
em contrato de adesão, típicas da legislação 
nacional. Inexiste, assim, impedimento à 
 
 
 
homologação das sentenças estrangeiras em 
virtude de coisa julgada nacional posterior. Pois, 
ajuizado o pedido de arbitragem, no Brasil ou no 
exterior, ao juízo arbitral competia julgar todas as 
matérias suscitadas pelas partes, inclusive a 
invalidade da cláusula arbitral, não se autorizando 
 
 
 
a prematura judicialização perante a atividade 
jurisdicional estatal. SEC 854-US, Rel. originário 
Min. Massami Uyeda, Rel. para acórdão Min. Sidnei 
Beneti, julgado em 16/10/2013. 
 
 Importante! 
 
 
 
 
1. Entendendo o caso: 
a) Sentença estrangeira transita em julgado 
determinando a validade da cláusula arbitral 
perante a legislação estrangeira e determinando 
sua efetivação. 
 
 
 
b) Ação posteriormente proposta no Brasil e 
julgada procedente com trânsito em julgado, 
declarando a nulidade da claúsula arbitral 
perante a legislação nacional. 
c) Pedido de homologação de sentença 
estrangeira aceito pelo STJ e julgado procedente 
 
 
 
2. Temas decididos 
a) O caso é de “competência concorrente”, 
sendo que a primeira coisa julgada vale sobre a 
segunda 
b) O princípio da competência da competência 
aplica-se para a arbitragem 
 
 
 
c) Existe uma presunção de prevalência da 
jurisdição arbitral sobre a estatal (Protocolo de 
Genebra) 
d) A existência de sentença brasileira transitada 
em julgado não impede a homologação da 
estrangeira que tem causa de pedir distinta. 
 
 
 
3. Nossa opinião 
a) O caso é de jurisdição concorrente (art. 88) 
porque se trata de causa em que uma das partes 
é brasileira ou porque a obrigação tem de ser 
cumprida no Brasil. 
 
 
 
b) Nenhum processo no estrangeiro pode 
produzir efeitos no Brasil antes da homologação. 
c) Se as causas de pedir são distintas, então a 
sentença brasileira não está obstada pela coisa 
julgada, quer a coisa julgada da sentença 
 
 
 
estrangeira, quera coisa julgada da sua 
homologação. 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DIREITO 
INTERNACIONAL PRIVADO. COMPETÊNCIA PARA 
 
 
 
RECONHECIMENTO DE DIREITO A MEAÇÃO DE BENS 
LOCALIZADOS FORA DO BRASIL. 
 
Em ação de divórcio e partilha de bens de 
brasileiros, casados e residentes no Brasil, a 
autoridade judiciária brasileira tem competência 
 
 
 
para, reconhecendo o direito à meação e a 
existência de bens situados no exterior, fazer incluir 
seus valores na partilha. O Decreto-lei 4.657/1942 
(Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro) 
prevê, no art. 7º, § 4º, que o regime de bens, legal 
ou convencional, deve obedecer “à lei do país em 
 
 
 
que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for 
diverso, a do primeiro domicílio conjugal”. E, no art. 
9º, que, para qualificar e reger as obrigações, 
aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem. As 
duas regras conduzem à aplicação da legislação 
brasileira, estando diretamente voltadas ao direito 
 
 
 
material vigente para a definição da boa partilha dos 
bens entre os divorciantes. Para o cumprimento 
desse mister, impõe-se ao magistrado, antes de 
tudo, a atenção ao direito material, que não 
excepciona bens existentes fora do Brasil, sejam eles 
móveis ou imóveis. Se fosse diferente, para dificultar 
 
 
 
o reconhecimento de direito ao consorte ou 
vilipendiar o que disposto na lei brasileira atinente 
ao regime de bens, bastaria que os bens de raiz e 
outros de relevante valor fossem adquiridos fora das 
fronteiras nacionais, inviabilizando-se a aplicação da 
norma a determinar a distribuição equânime do 
 
 
 
patrimônio adquirido na constância da união. A 
exegese não afronta o art. 89 do CPC, pois esse 
dispositivo legal disciplina a competência 
internacional exclusiva do Poder Judiciário 
brasileiro para dispor acerca de bens imóveis 
situados no Brasil e para proceder a inventário e 
 
 
 
partilha de bens (móveis e imóveis) situados no 
Brasil. Dele se extrai que a decisão estrangeira que 
viesse a dispor sobre bens imóveis ou móveis (estes 
em sede de inventário e partilha) mostrar-se-ia 
ineficaz no Brasil. O reconhecimento de direitos e 
obrigações relativos ao casamento, com apoio em 
 
 
 
normas de direito material a ordenar a divisão 
igualitária entre os cônjuges do patrimônio adquirido 
na constância da união, não exige que os bens 
móveis e imóveis existentes fora do Brasil sejam 
alcançados, pela Justiça Brasileira, a um dos 
contendores, demanda apenas a consideração dos 
 
 
 
seus valores para fins da propalada equalização. 
REsp 1.410.958-RS, Rel. Min. Paulo de Tarso 
Sanseverino, julgado em 22/4/2014. 
CUIDADO: Não confundir regras de competência 
internacional (norma processual) com os elementos 
de conexão do DIP (normas materiais). 
 
 
 
 
 
 
o “Limites da jurisdição nacional” 
 
o Novidades na “competência” concorrente 
O tema no Novo CPC 
 
 
 
(art. 22) 
I – alimentos, quando: 
a) o credor tiver domicílio ou residência no 
Brasil; 
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como 
 
 
 
posse ou propriedade de bens, recebimento de 
renda ou obtenção de benefícios econômicos; 
II – decorrentes de relações de consumo, 
quando o consumidor tiver domicílio ou 
residência no Brasil; 
 
 
 
III – em que as partes, expressa ou tacitamente, 
se submeterem à jurisdição nacional. 
(prorrogação da jurisdição nacional) 
 
o novidades sobre “competência” exclusiva 
 
 
 
(art. 23) 
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução 
de união estável, proceder à partilha de bens 
situados no Brasil, ainda que o titular seja de 
nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio 
 
 
 
fora do território nacional. 
 
o Derrogação da jurisdição nacional (art. 25) 
 
Art. 25. Não compete à autoridade judiciária 
 
 
 
brasileira o processamento e o julgamento da 
ação quando houver cláusula de eleição de foro 
exclusivo estrangeiro em contrato internacional, 
arguida pelo réu na contestação. 
§ 1º Não se aplica o disposto no caput às 
 
 
 
hipóteses de competência internacional exclusiva 
previstas neste Capítulo. 
§ 2º Aplicam-se à hipótese do caput o art. 63, §§ 
1º a 4º. (regulamentação da cláusula eletiva de 
foro, permitindo ao juiz declará-la abusiva 
 
 
 
antes da citação, remetendo os autos ao juízo 
competente) 
 
o Ampla regulamentação da cooperação 
jurídica internacional (art 26/41) 
 
 
 
 O artigo 26 dispõe as normas gerais e 
princípios aplicáveis à cooperação 
internacional, tais como respeito ao 
devido processo legal e isonomia 
 artigo 27 explicita as hipóteses de 
 
 
 
cabimento do pedido de cooperação. 
 Matéria vinha sendo disciplinada na 
Resolução nº 9/2005 do Superior 
Tribunal de Justiça. 
 Criação do auxílio direito (art. 28/34) 
 
 
 
 Quando objeto da cooperação não 
depender de delibação da 
autoridade brasileira sobre uma 
decisão judicial 
 Criação da “autoridade central” 
 
 
 
(Ministério da Justiça/Ministério 
Público) 
 Fornecimento de informações 
 Atos de instrução probatória 
 Quando dependerem de ato 
 
 
 
jurisdicional, a competência será da 
Justiça Federal, com pedido feito 
pela AGU 
 Os art. 972 a 977 regulam o 
procedimento da homologação de 
 
 
 
sentença extrangeira e concessão de 
“exequatur” 
 
3. Competência da Justiça Federal 
 
 Regras: CF, art. 109, I a III, VII, X, XI 
 
 
 
 
 
 
Súmula 150: 
Compete à 
Justiça 
Características: taxatividade e 
constitucionalidade do rol 
Dinâmica: Justiça Federal X Estadual 
(Súmulas 150, 224, STJ) 
 
 
 
Federal decidir sobre a existência de interesse 
jurídico que justifique a presença, no processo, da 
União, suas autarquias ou empresas públicas 
 
Súmula 224: Excluído do feito o ente federal, cuja 
presença levara o Juiz Estadual a declinar da 
 
 
 
competência, deve o Juiz Federal restituir os autos e 
não suscitar conflito. 
 
 
 
MPF 24o. Concurso 
QUESTÃO 
 
 
 
(75). ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: 
a) ( ) arrolado o Presidente da República como 
testemunha em ação de improbidade administrativa, 
o magistrado deverá observar, na sua inquirição, o 
que dispõe a respeito o Código de Processo Civil, 
porque se trata de ação civil. 
 
 
 
b) ( ) se a ação tiver sido proposta peia pessoa 
jurídica lesada, não é necessária a participação do 
Ministério Público na ação destinada a obter a 
condenação de servidor público a ressarcir danos 
patrimoniais decorrentes de ato de improbidade 
administrativa. 
 
 
 
c) ( ) o juiz federal deve simplesmente restituir os 
autos ao juízo estadual, e não suscitar conflito de 
competência, se concluir no sentido da exclusão do 
processo do ente federal cuja presença motivara o 
juiz estadual a declinar da competência. 
 
 
 
d) ( ) independentemente da prévia recusa, expressa 
ou tácita, da autoridade administrativa no 
fornecimento de informações, é legítimo o 
ajuizamento da ação constitucional do habeas data. 
 
 
 
 
3.1. Hipóteses 
 C
o
m
p
e
1) Interesse da União, Autarquia ou 
Empresa Pública na condição de autoras, rés, 
assistentes ou opoentes 
 
 
 
tência em razão da pessoa 
 Partes 
 Todas as modalidades interventivas? (“amicus 
curiae”) 
 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E AMBIENTAL. 
LEGITIMIDADE PARA A PROPOSITURA DE AÇÃO 
CIVIL PÚBLICA EM DEFESA DE ZONA DE 
AMORTECIMENTO DE PARQUE NACIONAL. 
 
 
 
 
O MPF possui legitimidade para propor, naJustiça 
Federal, ação civil pública que vise à proteção de 
zona de amortecimento de parque nacional, ainda 
que a referida área não seja de domínio da União. 
Com efeito, tratando-se de proteção ao meio 
ambiente, não há competência exclusiva de um 
 
 
 
ente da Federação para promover medidas 
protetivas. Impõe-se amplo aparato de fiscalização a 
ser exercido pelos quatro entes federados, 
independentemente do local onde a ameaça ou o 
dano estejam ocorrendo e da competência para o 
licenciamento. Deve-se considerar que o domínio da 
 
 
 
área em que o dano ou o risco de dano se manifesta 
é apenas um dos critérios definidores da 
legitimidade para agir do MPF. Ademais, convém 
ressaltar que o poder-dever de fiscalização dos 
outros entes deve ser exercido quando determinada 
atividade esteja, sem o devido acompanhamento do 
 
 
 
órgão local, causando danos ao meio ambiente. 
AgRg no REsp 1.373.302-CE, Rel. Min. Humberto 
Martins, julgado em 11/6/2013. 
 
 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. COMPETÊNCIA PARA 
JULGAMENTO DE DEMANDA QUE VERSE SOBRE 
OBTENÇÃO DE DIPLOMA DE CURSO DE ENSINO A 
DISTÂNCIA DE INSTITUIÇÃO NÃO CREDENCIADA 
PELO MEC. RECURSO REPETITIVO (ART. 543-C DO 
CPC E RES. 8/2008-STJ). 
 
 
 
 
A Justiça Federal tem competência para o 
julgamento de demanda em que se discuta a 
existência de obstáculo à obtenção de diploma após 
conclusão de curso de ensino a distância em razão 
de ausência ou obstáculo ao credenciamento da 
 
 
 
instituição de ensino superior pelo Ministério da 
Educação. Quanto à competência para o julgamento 
de demandas que envolvam instituição de ensino 
particular, o STJ entende que, caso a demanda 
verse sobre questões privadas relacionadas ao 
contrato de prestação de serviços firmado entre a 
 
 
 
instituição de ensino superior e o aluno — 
inadimplemento de mensalidade, cobrança de taxas 
— e desde que não se trate de mandado de 
segurança, a competência, em regra, é da Justiça 
Estadual. Em contraposição, em se tratando de 
mandado de segurança ou referindo-se a demanda 
 
 
 
ao registro de diploma perante o órgão público 
competente — ou mesmo ao credenciamento da 
entidade perante o Ministério da Educação —, não 
há como negar a existência de interesse da União 
no feito, razão pela qual, nos termos do art. 109 da 
CF, a competência para julgamento da causa será 
 
 
 
da Justiça Federal. Essa conclusão também se aplica 
aos casos de ensino a distância. Isso porque, 
conforme a interpretação sistemática dos arts. 9º e 
80, § 1º, da Lei 9.394/1996, à União cabe a 
fiscalização e o credenciamento das instituições de 
ensino que oferecem essa modalidade de prestação 
 
 
 
de serviço educacional. Precedentes citados do STJ: 
AgRg no REsp 1.335.504-PR, Segunda Turma, DJe 
10/10/2012, e REsp 1.276.666-RS, Segunda Turma, 
DJe 17/11/2011; e do STF: AgRg no RE 698.440-RS, 
Primeira Turma, DJe 2/10/2012. REsp 1.344.771-PR, 
 
 
 
Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 
24/4/2013. 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. COMPETÊNCIA PARA O 
JULGAMENTO DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA. 
 
 
 
 
Em ação civil pública ajuizada na Justiça Federal, 
não é cabível a cumulação subjetiva de demandas 
com o objetivo de formar um litisconsórcio passivo 
facultativo comum, quando apenas um dos 
demandados estiver submetido, em razão de regra 
de competência ratione personae, à jurisdição da 
 
 
 
Justiça Federal, ao passo que a Justiça Estadual seja 
a competente para apreciar os pedidos 
relacionados aos demais demandados. De fato, a 
fixação do foro para o julgamento de ação civil 
pública leva em consideração uma espécie sui 
generis de competência territorial absoluta, que se 
 
 
 
fixa primeiramente em razão do local e extensão do 
dano (art. 2º da Lei 7.347/1985), desencadeando a 
partir daí uma competência relativa concorrente 
entres os outros juízos absolutamente competentes. 
Entretanto, isso não derroga as regras alusivas à 
competência também absoluta da Justiça Federal, 
 
 
 
que têm estatura constitucional e que, na verdade, 
definem hipótese de jurisdição especial, o que não 
exclui a observância do critério da extensão e do 
local do dano no âmbito federal. Desse modo, a 
Justiça Federal também tem competência funcional 
e territorial sobre o local de qualquer dano, 
 
 
 
circunstância que torna as regras constitucionais de 
definição de sua competência rigorosamente 
compatíveis e harmônicas com aquelas previstas nos 
diplomas legais sobre processo coletivo que levam 
em conta também o local e a extensão do dano. A 
respeito do litisconsórcio facultativo comum, cabe 
 
 
 
ressaltar que esse traduz um verdadeiro cúmulo de 
demandas, que buscam vários provimentos somados 
em uma sentença formalmente única. Sendo assim, 
e levando-se em conta que todo cúmulo subjetivo 
tem por substrato um cúmulo objetivo, com causas 
de pedir e pedidos materialmente diversos (embora 
 
 
 
formalmente únicos), para a formação de 
litisconsórcio facultativo comum há de ser 
observada a limitação segundo a qual só é lícita a 
cumulação de pedidos se o juízo for igualmente 
competente para conhecer de todos eles (art. 292, § 
1º, II, do CPC). Portanto, como no litisconsórcio 
 
 
 
facultativo comum o cúmulo subjetivo ocasiona 
cumulação de pedidos, não sendo o juízo 
competente para conhecer de todos eles, ficará 
inviabilizado o próprio litisconsórcio, notadamente 
nos casos em que a competência se define ratione 
personae, como é a jurisdição cível da Justiça 
 
 
 
Federal. Ademais, tal conclusão se harmoniza, 
inclusive, com a regra segundo a qual "os 
litisconsortes serão considerados, em suas relações 
com a parte adversa, como litigantes distintos" (art. 
48 do CPC). REsp 1.120.169-RJ, Rel. Min. Luis Felipe 
Salomão, julgado em 20/8/2013. 
 
 
 
 
 Importante! 
- Caso concreto 1: A Defensoria Pública de 
União (DPU) ajuizou ação civil pública, com 
pedido de antecipação de tutela, em face de 
onze instituições financeiras, entre elas a 
Caixa Econômica Federal - CEF e o Unibanco 
 
 
 
- União de Bancos Brasileiros S.A., 
objetivando provimento que impusesse às 
rés a manutenção de todos os documentos 
que se referissem às contas-poupança 
existentes em junho de 1987, assim como a 
aplicação do IPC de 26,06% à correção dos 
depósitos no período indicado. 
 
 
 
- Problema 1: o acórdão faz correta análise 
da questão do ponto de vista do polo 
passivo. Mas e o polo ativo? A presença da 
DPU não seria suficiente para levar a 
questão à JF? 
- Problema 2: Os equívocos, inclusive do 
recorrente (DPU), decorrem da má 
 
 
 
compreensão da ordem de 
estabelecimento das espécies de 
competência. 
 
 
 Casos em que a competência não será da 
justiça federal 
 
 
 
 
 
SÚMULA n. 506: A Anatel não é parte legítima nas 
demandas entre a concessionária e o usuário de 
telefonia decorrentes de relação contratual. 
 
 
 
 
Súmula 517 STF: AS SOCIEDADES DE ECONOMIA 
MISTA SÓ TÊM FORO NA JUSTIÇA FEDERAL, QUANDO 
A UNIÃO INTERVÉM COMO ASSISTENTE OU 
OPOENTE. 
 
 
 
 
Súmula 270 STJ: O protesto pela preferência de 
crédito, apresentado por ente federal em execução 
que tramita na Justiça Estadual, não desloca a 
competência para a Justiça Federal. 
 
 
QUESTÃO 
 
 
 
 
 
Prova: CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz Federal 
7) Assinale a opção correta no que se refere à 
competência da justiça federal. 
 
 
 
a) Se a União for credora do de cujus, a competência 
para o processamento do inventário será da justiça 
federal.*** 
b) O fato de o INSS ter interesse na matéria não é 
suficientepara atrair a competência da justiça 
federal 
 
 
 
c) É da justiça federal a competência para processar 
e julgar as ações relativas às penalidades 
administrativas impostas aos empregadores pelos 
órgãos de fiscalização das relações de trabalho 
d) É da justiça federal a competência para processar 
e julgar execução de dívida ativa inscrita pela 
 
 
 
fazenda nacional para cobrança de custas 
processuais oriundas de reclamatória trabalhista 
e) A possibilidade de ação em curso no juízo federal 
repercutir no resultado de lide em que figure pessoa 
jurídica de direito privado, ainda que não incluída no 
 
 
 
rol constitucional, modifica a competência para o 
julgamento 
GABARITO: D 
 
Súmula 161 STJ. É da competência da Justiça 
Estadual autorizar o levantamento dos valores 
 
 
 
relativos ao PIS-PASEP e FGTS, em decorrência do 
falecimento do titular da conta. 
 
 Lei 9.469/97 , art. 5° parágrafo único: 
 
 
 
 
“As pessoas jurídicas de direito público poderão 
intervir INDEPENDENTE DA DEMONSTRAÇÃO DE 
INTERESSE JURÍDICO nas causas que possam ter 
reflexos de natureza econômica” 
 
 Falência 
 
 
 
 
 
 Contribuições sociais (CF art.. 114, VIII) 
Pergunta-se: e a execução fiscal de 
tributo federal de empresa falida? 
 
 
 
 
- Compete à Justiça Comum o julgamento de 
causas que envolvam o SEBRAE. (RE – 414375) 
 
 
 
 
 
- Ações acidentárias: INSS e Empregador 
(Súmula Vinculante 22). 
 
Primeira Seção 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. 
COMPETÊNCIA PARA JULGAR PEDIDO DE PENSÃO 
 
 
 
POR MORTE DECORRENTE DE ÓBITO DE 
EMPREGADO ASSALTADO NO EXERCÍCIO DO 
TRABALHO. 
 
Compete à Justiça Estadual – e não à Justiça Federal 
– processar e julgar ação que tenha por objeto a 
 
 
 
concessão de pensão por morte decorrente de 
óbito de empregado ocorrido em razão de assalto 
sofrido durante o exercício do trabalho. Doutrina e 
jurisprudência firmaram compreensão de que, em 
regra, o deslinde dos conflitos de competência de 
juízos em razão da matéria deve ser dirimido com a 
 
 
 
observância da relação jurídica controvertida, 
notadamente no que se refere à causa de pedir e ao 
pedido indicados pelo autor da demanda. Na 
hipótese, a circunstância afirmada não denota 
acidente do trabalho típico ou próprio, disciplinado 
no caput do art. 19 da Lei 8.213⁄1991 (Lei de 
 
 
 
Benefícios da Previdência Social), mas acidente do 
trabalho atípico ou impróprio, que, por presunção 
legal, recebe proteção na alínea "a" do inciso II do 
art. 21 da Lei de Benefícios. Nessa hipótese, o nexo 
causal é presumido pela lei diante do evento, o que é 
compatível com o ideal de proteção ao risco social 
 
 
 
que deve permear a relação entre o segurado e a 
Previdência Social. Desse modo, o assalto sofrido no 
local e horário de trabalho equipara-se ao acidente 
do trabalho, e o direito à pensão por morte 
decorrente do evento inesperado e violento deve 
ser apreciado pelo juízo da Justiça Estadual, nos 
 
 
 
termos do art. 109, I, parte final, da CF combinado 
com o art. 21, II, “a”, da Lei 8.213⁄1991. CC 
132.034-SP, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado 
em 28/5/2014. 
 
 
 
 
 
SÚMULA n. 505: A competência para processar e 
julgar as demandas que têm por objeto obrigações 
decorrentes dos contratos de planos de previdência 
privada firmados com a Fundação Rede Ferroviária 
de Seguridade Social – REFER é da Justiça estadual. 
 
 
 
 
 Explicação da súmula 
 “A REFER, entidade fechada de previdência 
privada, organizada sob a forma de fundação, 
possui personalidade jurídica própria que não 
se confunde com a da sua instituidora e 
patrocinadora, ou seja, a RFFSA, sociedade de 
economia mista que sequer é demandada 
 
 
 
nesses casos” (ver precedente abaixo) 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. COMPETÊNCIA DA 
JUSTIÇA ESTADUAL PARA APRECIAR AÇÕES 
ENVOLVENDO SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA 
 
 
 
EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL, SOB A 
INTERVENÇÃO DO BACEN. 
 
Compete à Justiça Estadual, e não à Justiça Federal, 
processar e julgar ação proposta em face de 
sociedade de economia mista, ainda que se trate de 
 
 
 
instituição financeira em regime de liquidação 
extrajudicial, sob intervenção do Banco Central. 
Com efeito, inexiste previsão no art. 109 da CF que 
atribua a competência à Justiça Federal para 
processar e julgar causas envolvendo sociedades de 
economia mista. Ademais, o referido dispositivo 
 
 
 
constitucional é explícito ao excluir da competência 
da Justiça Federal as causas relativas à falência; cujo 
raciocínio é extensível aos procedimentos 
concursais administrativos, tais como a intervenção 
e a liquidação extrajudicial, o que aponta 
inequivocamente para a competência da Justiça 
 
 
 
Estadual, a qual ostenta caráter residual. 
Precedentes citados: REsp 459.352-RJ, Terceira 
Turma, DJe 31/10/2012, e REsp 1.162.469-PR, 
Terceira Turma, DJe 9/5/2012. REsp 1.093.819-TO, 
Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 
19/3/2013. 
 
 
 
 
Observação: É que a ação não é contra o BACEN, 
nem será ele terceiro interveniente. Ocorrendo a 
intervenção do BACEN (p. ex. como assistente do 
réu, haverá a modificação de competência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pergunta-se: onde litiga a OAB? 
QUESTÃO 
 
 
 
 
Prova: CESPE - 2011 - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Federal 
8) A respeito da competência, assinale a opção 
correta. 
a) A justiça federal é competente para julgar causas 
que envolvam como parte conselho de fiscalização 
 
 
 
profissional de âmbito nacional, cabendo à justiça 
estadual o julgamento das que envolvam os 
conselhos regionais. 
b) A competência da justiça federal é funcional e, por 
consequência, absoluta e inderrogável pela vontade 
das partes, sem qualquer ressalva. 
 
 
 
c) O interesse jurídico do ente submetido à 
competência da justiça federal é avaliado pelo juiz 
federal, podendo o protesto pela preferência de 
crédito apresentado por ente federal em execução 
que tramite na justiça estadual deslocar a 
 
 
 
competência para a justiça federal, se assim 
entender o juiz federal. 
d) Excluído o ente federal do feito, cessa a razão que 
tenha justificado a declinação da competência para a 
justiça federal, não precisando o juiz da causa 
 
 
 
suscitar conflito negativo de competência para 
devolvê-lo à justiça estadual. 
e) A decisão de juiz federal que exclui ente federal da 
relação processual pode ser objeto de reexame na 
justiça estadual, desde que realizado por tribunal. 
GABARITO: D (Súmula 224, STJ) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) Causas entre Estado Estrangeiro 
ou Organização Internacional contra 
Município ou pessoa residente ou 
domiciliada no país 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pergunta-se: quais os limites da 
imunidade de jurisdição? 
Pergunta-se: demanda laboral contra 
organismo internacional ou estrangeiro. 
Qual a justiça competente? 
 
 
 
 
 
CF, art. 114 
I - as ações oriundas da relação de trabalho, 
abrangidos os entes de direito público externo e da 
 
 
 
administração pública direta e indireta da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
 
 
RO 89 / BA 
RECURSO ORDINÁRIO 
 
 
 
T3 - TERCEIRA TURMA 
DJe 26/08/2011 
RECURSO ORDINÁRIO - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR 
DANOS MATERIAIS E MORAIS DECORRENTES DE 
ACIDENTE DO TRABALHO PROPOSTA PELO 
TRABALHADOR EM FACE DE ORGANISMO 
 
 
 
INTERNACIONAL (UNICEF) - DISCUSSÃO ACERCA DA 
INSTAURAÇÃO DA JURISDIÇÃO BRASILEIRA - OBJETO 
RECURSAL PREJUDICADO - RECONHECIMENTO DA 
INCOMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM- EMENDA 
CONSTITUCIONAL N. 45/2004 - LITÍGIO ORIUNDO DA 
RELAÇÃO DE TRABALHO E PRESENÇA DE 
 
 
 
ORGANISMO INTERNACIONAL - INEXISTÊNCIA DE 
SENTENÇA DE MÉRITO - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA 
DO TRABALHO - RECURSO PREJUDICADO E 
DECLARAÇÃO, DE OFÍCIO, DA INCOMPETÊNCIA DA 
JUSTIÇA COMUM. 
 
QUESTÃO 
 
 
 
 
 
TRF - 4ª REGIÃO - 2014 – 
2) Dadas as assertivas abaixo, assinale a alternativa 
correta. 
 
 
 
 
I. Compete ao Supremo Tribunal Federal processar 
e julgar, originariamente, litígio entre Estado 
estrangeiro e Estado-membro da República 
Federativa do Brasil. 
 
 
 
 
II. Compete ao Superior Tribunal de Justiça 
processar e julgar agravo de instrumento interposto 
contra decisão interlocutória, em exceção de 
incompetência, proferida por Juiz Federal, em ação 
de indenização movida por Estado estrangeiro 
 
 
 
contra pessoa jurídica de direito privado 
domiciliada no Brasil. 
 
III. Desde que haja renúncia à imunidade de 
jurisdição pelo Estado estrangeiro, compete ao juiz 
trabalhista de primeiro grau processar e julgar 
 
 
 
reclamatória trabalhista intentada contra embaixada 
estrangeira localizada no Brasil. 
 
a) Está correta apenas a assertiva I. 
b) Está correta apenas a assertiva II. 
c) Estão corretas apenas as assertivas I e II. 
 
 
 
d) Estão corretas apenas as assertivas II e III. 
e) Estão corretas todas as assertivas. 
GABARITO: C 
(I – CORRETA: Art. 102, I, “e”, CR; II – CORRETA 
Informativo 466 do STJ: Ag 1.371.230-CE, Rel. Min. 
Arnaldo Esteves Lima, julgado em 15 - 1a Turma - 
 
 
 
COMPETÊNCIA. ORGANISMO INTERNACIONAL. 
LITISCONSÓRCIO) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3) Causas fundadas em 
tratado/contrato da União com 
Estado estrangeiro ou organismo 
internacional 
 
 
 
 
 
 Decreto 79.347/77 – Danos causados por 
poluição de óleo 
 
 
 
 Decreto 56.826/65 – Convenção de NY 
(Prestação de alimentos no Estrangeiro – 
Alimentante ou Alimentando) 
 
 
 
 
 
CONFLITO DE COMPETÊNCIA. UNIVERSIDADE 
FEDERAL. REVALIDAÇÃO E 
REGISTRO DE DIPLOMA ESTRANGEIRO. AÇÃO 
ORDINÁRIA FUNDADA EM CONVENÇÃO 
E ACORDO INTERNACIONAIS. COMPETÊNCIA DA 
JUSTIÇA FEDERAL COMUM. 
 
 
 
3. É competente a Justiça Federal Comum para a 
análise da ação ordinária que busca a revalidação e 
registro de diploma estrangeiro, com base em 
Convenção e Acordo Internacionais, como se deduz 
do exame conjunto dos arts. 3º da Lei nº 10.259/01 
e 109, da CF. 
 
 
 
4. Conflito conhecido para declarar competente o 
Juízo Federal da 3ª Vara da Seção Judiciária do 
Estado do Maranhão, ora suscitado. 
CC 104102 / MA 
 
 
QUESTÃO 
 
 
 
 
TRF3/2011 
34. Assinale a opção correspondente a situação que 
é de competência da justiça federal. 
 
 
 
 
 a) pedido de modificação do registro de brasileiro 
naturalizado 
 b) ação de alimentos proposta em favor de 
alimentando residente em outro país contra 
alimentante residente no Brasil, conforme a 
Convenção de Nova Iorque 
 
 
 
 c) qualquer causa que verse a respeito da violação 
de direitos humanos 
 d) pretensão reparatória decorrente da aplicação da 
Convenção de Montreal, que regula o transporte 
aéreo internacional 
 
 
 
e) pedido de abertura de inventário realizado por 
indígena para tratar de bens deixados por antecessor 
falecido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4) Causas relativas a direitos 
humanos a que se refere o § 5º 
deste artigo (incluído pela EC 45/04) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Note-se que a grave violação dos DH pode 
suscitar ação civil também. Procurador geral deve 
requerer deslocamento de competência ao STJ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5) Mandado de Segurança e Habeas 
Data contra ato de autoridade 
federal 
 
 
 
 
 Sum 177 STJ 
 Competência originária do STJ: CF, art. 105, I,b 
 Competência originária do STF: CF, art. 102,I, “d”. 
 
 
Pergunta-se: e se a autoridade for dirigente 
de uma sociedade de economia mista? 
 
 
 
 
 
 
 
Não compete ao Supremo, mas à Justiça Federal, 
conhecer de mandado de segurança impetrado 
 
 
 
contra ato, omissivo ou comissivo, praticado, não 
pela Mesa, mas pelo presidente da Câmara dos 
Deputados." (MS 23.977, Rel. Min. Cezar Peluso, 
julgamento em 12-5-2010, Plenário, DJE de 27-8-
2010.) Vide: MS 24.099-AgR, Rel. Min. Maurício 
 
 
 
Corrêa, julgamento em 7-3-2002, Plenário, DJ de 2-8-
2002. 
 
 
"Juntas comerciais. Órgãos administrativamente 
subordinados ao Estado, mas tecnicamente à 
 
 
 
autoridade federal, como elementos do sistema 
nacional dos Serviços de Registro do Comércio. 
Consequente competência da Justiça Federal para o 
julgamento de mandado de segurança contra ato do 
presidente da Junta, compreendido em sua atividade 
fim." (RE 199.793, Rel. Min. Octavio Gallotti, 
 
 
 
julgamento em 4-4-2000, Primeira Turma, DJ de 18-
8-2000.) 
 
 
 
 
6) Execução de carta rogatória ou de 
sentença estrangeira e causas 
referentes à nacionalidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7) Disputa sobre direitos indígenas 
 
 
 
 
 Parâmetros: art. 231, 215 216 da CF 
 
O fato do autor ou do réu de uma determinada ação 
ser índio, por si só, não é capaz de ensejar a 
competência da Justiça Federal, principalmente 
 
 
 
quando a ação visar um interesse ou direito 
particular. Precedentes. 
AgRg no CC 112250 
 
4.Competência territorial da Justiça Federal 
 
 
 
 
Regras (CF 109 §1° e 2°) 
4.1. Quando a União for autora, afora na seção do 
domicílio do réu 
 
4.2. Quando for ré, o autor pode escolher entre a 
seção de seu domicílio, a do local do ato ou fato 
 
 
 
que originou a demanda, a do local da coisa, ou a 
do DF 
 União autora de litígio sobre direito de 
propriedade 
 União ré em litígio de propriedade 
 
 
 
 Autarquias e empresas públicas (súmula 363 
STF) > MUDOU TUDO!!!! VEJA: 
 
 
INFORMATIVO 755, STF. 
Repercussão Geral 
 
 
 
Art. 109, § 2º, da CF e autarquias federais - 1 
A regra prevista no § 2º do art. 109 da CF (“§ 2º - As 
causas intentadas contra a União poderão ser 
aforadas na seção judiciária em que for domiciliado 
o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou fato 
que deu origem à demanda ou onde esteja situada 
 
 
 
a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal”) também se 
aplica às ações movidas em face de autarquias 
federais. Essa a conclusão do Plenário que, por 
maioria, negou provimento a recurso extraordinário 
em que se discutia o critério de definição do foro 
competente para processar e julgar ação ajuizada em 
 
 
 
face do Conselho Administrativo de Defesa 
Econômica - CADE. A Corte registrou que o aludido 
dispositivo constitucional teria por escopo facilitar a 
propositura de ação pelo jurisdicionado em 
contraposição ao ente público. Lembrou que o STF 
já teria enfrentado a questão da aplicabilidade do 
 
 
 
art. 109, § 2º, da CF, à autarquia em debate, e que 
ficara consignada, na ocasião, a finalidade do 
preceito constitucional, que seria a defesa do réu. 
Ademais, assentara que o critério de competência 
constitucionalmente fixado para as ações nas quais 
a União fosse autora deveria estender-se às 
 
 
 
autarquias federais, entes menores, que não 
poderiam ter privilégio maior que a União. O 
Colegiado asseverou que o preceito constitucional 
em exame não teria sido concebido para favorecer a 
União, mas para beneficiar o outro polo da 
demanda, que teria, dessa forma, mais facilidade 
 
 
 
para obter a pretendida prestação jurisdicional. 
Frisou que, com o advento daCF/1988, não teria 
sido estruturada a defesa judicial e extrajudicial das 
autarquias federais, que possuiriam, à época, 
representação própria, nos termos do art. 29 do 
ADCT. Entretanto, com a edição da Lei 10.480/2002, 
 
 
 
a Procuradoria-Geral Federal passara a ser 
responsável pela representação judicial e 
extrajudicial das autarquias e fundações públicas 
federais. Ponderou que fixar entendimento no 
sentido de o art. 109, § 2º não ser aplicável a essas 
hipóteses significaria minar a intenção do 
 
 
 
constituinte de simplificar o acesso à Justiça. 
Ressaltou que não se trataria de eventual conflito da 
legislação processual civil com a Constituição, uma 
vez que aquela não incidiria no caso. Acresceu que as 
autarquias federais possuiriam, de maneira geral, os 
mesmos privilégios e vantagens processuais 
 
 
 
concedidos à União, dentre os quais o pagamento 
das custas judiciais somente ao final da demanda, 
quando vencidas (CPC, art. 27); prazos em quádruplo 
para contestar e em dobro para recorrer (CPC, art. 
188); duplo grau de jurisdição, salvo as exceções 
legais (CPC, art. 475); execução fiscal de seus 
 
 
 
créditos (CPC, art. 578); satisfação de julgados pelo 
regime de precatórios (CF, art. 100 e CPC, art. 730); e 
foro privilegiado perante a Justiça Federal (CF, art. 
109, I). Assinalou que a fixação do foro competente 
com base no art. 100, IV, a, do CPC, nas ações 
propostas contra autarquias federais resultaria na 
 
 
 
concessão de vantagem processual não estabelecida 
para a União, a qual possuiria foro privilegiado 
limitado pelo art. 109, § 2º, da CF. 
RE 627709/DF, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 
20.8.2014. (RE-627709) 
 
 
 
 
Importante! 
Acórdão revolucionário no âmbito da 
competência territorial da justiça federal 
 Entendia-se que, para autarquias e 
fundações, aplicava-se o CPC para definir-se 
competência territorial (foro do domicílio do 
réu. Sede ou agência onde ocorreu o ato ou 
 
 
 
fato) 
 Agora aplica-se a regra que a CF 
estabeleceu para a União (mais benéfica ao 
particular, estabelecendo vários foros 
concorrentemente competentes). 
 A CF só deixou as autarquias de fora 
porque em 88 ainda não estava estruturada 
 
 
 
sua defesa (hoje está, com a Procuradoria 
Federal), não fazendo mais sentido a 
diferenciação. Não se pode tratar as 
autarquias federais com mais privilégios 
processuais do que a própria União Federal. A 
distinção perdeu sentido! 
 
 
 
 
4.3. Competência federal por delegação (CF, art. 
109, §§ 3º e 4º) 
 
4.3.1. regra básica 
4.3.2. instalação posterior de vara federal 
4.3.3. natureza da competência do §3º 
 
 
 
4.3.4. conflito de competência 
 4.3.5. outras hipóteses (Lei 5010/66; Lei 6969/81; D-
L 227/67) 
 
Súmula 11: A PRESENÇA DA UNIÃO OU DE 
QUALQUER DE SEUS ENTES, NA AÇÃO DE 
 
 
 
USUCAPIÃO ESPECIAL, NÃO AFASTA A COMPETENCIA 
DO FORO DA SITUAÇÃO DO IMOVEL. 
 
 
 
 
Pergunta-se: a delegação de competência 
para a JF configura opção ou 
obrigatoriedade do autor? 
 
 
 
 
Sum 8 (TRF 4): “Subsiste no novo texto 
constitucional a opção do segurado para ajuizar 
ações contra a Previdência Social no foro estadual 
do seu domicílio ou no juizo federal”. 
 
 
 
 
 
 
Execução Fiscal - Importante! 
O art. 15, I, da Lei nº 5.010, de 30 de maio de 
1966 foi revogado expressamente pelo inciso 
IX do art. 114 da Lei nº 13.043, de 13 de 
novembro de 2014. Significa que não há mais 
 
 
 
competência federal delegada nas execuções 
fiscais. Todas execuções fiscais propostas por 
entes federais após a norma devem ser 
ajuizadas na Justiça Federal, não podendo 
mais tramitar na Justiça Estadual. 
 
 
 
 
 
 Mandado de Segurança – ATENÇÃO 
Súmula 216 do Tribunal Federal de Recursos 
“Compete à JF processar e julgar Mandado de 
Segurança impetrado contra autoridade 
previdenciária ainda que localizada em comarca do 
interior” 
 
 
 
(STJ CC 31437-MG) 
 
 
SÚM. N. 428-STJ. Compete ao Tribunal Regional 
Federal decidir os conflitos de competência entre 
 
 
 
juizado especial federal e juízo federal da mesma 
seção judiciária. Rel. Min. Luiz Fux, em 17/3/2010. 
 
 
 
 
Pergunta-se: havendo ação civil pública na 
Justiça Estadual e outra continente na 
federal, reúnem-se os feitos? 
 
 
 
A resposta encontra-se na Súmula 489. Aplica-se 
também para conexão de ACP (questão de 
legitimação ativa concorrente) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MPF/24o. Concurso 
 
QUESTÃO 
 
 
 
37.(73). SOBRE O TEMA DA COMPETÊNCIA, TENHA 
EM MENTE AS SEGUINTES AFIRMAÇÕES: 
I - Proposta a execução fiscal, a posterior mudança 
de domicílio do executado não desloca a 
competência já fixada. 
 
 
 
 
II - Compete à Justiça Comum Estadual processar e 
julgar ação de servidor público municipal, pleiteando 
direitos relativos ao vínculo estatutário. I 
 
 
 
 
II - A presença da União ou de qualquer de seus 
entes, na ação de usucapião especial, não afasta a 
competência do foro da situação do imóvel. 
 
Diante destas afirmações, é correto dizer que: 
 
 
 
a) ( ) a proposição I está correta, enquanto a III está 
incorreta. 
b) ( ) a proposição II está correta, mas a I está 
incorreta. 
c) ( ) a proposição III está correta, mas a II está 
incorreta. 
 
 
 
d) ( ) todas as proposições estão corretas. 
 
 
 
- Repete o art. 109, I da CF 
- Relaciona expressamente todas as exceções 
O tema no Novo CPC 
 
 
 
constitucionais 
o Recuperação judicial 
o Falência 
o Insolvência civil 
o Acidente do trabalho 
 
 
 
o Justiça eleitoral 
o Justiça do trabalho 
- Não remessa dos autos nos termos da sum 
150 quando restar pedido de competência 
do juiz estadual (indefere em parte a 
 
 
 
petição inicial) 
- Positivação da sum 224. 
 
 
Art. 45. Tramitando o processo perante outro 
 
 
 
juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal 
competente, se nele intervier a União, suas 
empresas públicas, entidades autárquicas e 
fundações, ou conselho de fiscalização de 
atividade profissional, na qualidade de parte ou 
 
 
 
de terceiro interveniente, exceto as ações: 
I – de recuperação judicial, falência, insolvência 
civil e acidente de trabalho; 
II – sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do 
trabalho. 
 
 
 
 
§ 1º Os autos não serão remetidos se houver 
pedido cuja apreciação seja de competência do 
juízo junto ao qual foi proposta a ação. 
§ 2º Na hipótese do § 1º, o juiz, ao não admitir 
 
 
 
a cumulação de pedidos em razão da 
incompetência para apreciar qualquer deles, 
não apreciará o mérito daquele em que exista 
interesse da União, suas entidades autárquicas 
ou empresas públicas. 
 
 
 
§ 3º O juízo federal restituirá os autos ao juízo 
estadual sem suscitar conflito se o ente federal 
cuja presença ensejou a remessa for excluído do 
processo. 
 
5. Jurisprudência 
 
 
 
 
Ações contra atos do CNJ e competência do STF 
A competência originária do STF para as ações 
ajuizadas contra o CNJ se restringe ao mandado de 
segurança, mandado de injunção, “habeas data” e 
“habeas corpus”. As demais ações em que 
 
 
 
questionado ato do CNJ ou do CNMP submetem-se 
consequentemente ao regime de competência 
estabelecido pelas normas comuns de direito 
processual. Com base nesse entendimento, a 2ª 
Turma, negou provimento a agravos regimentais 
em ações cíveis originárias e manteve a decisão 
 
 
 
monocrática atacada que assentara a 
incompetência do STF e remeteraos autos à justiça 
federal. 
ACO 2373 AgR/DF, rel. Min. Teori Zavascki, 
19.8.2014. (ACO-2373) 
 
 
 
 
 
Primeira Seção 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. COMPETÊNCIA PARA 
APRECIAR DEMANDA EM QUE SE OBJETIVE 
EXCLUSIVAMENTE O RECONHECIMENTO DO 
 
 
 
DIREITO DE RECEBER PENSÃO DECORRENTE DA 
MORTE DE ALEGADO COMPANHEIRO. 
 
Compete à Justiça Federal processar e julgar 
demanda proposta em face do INSS com o objetivo 
de ver reconhecido exclusivamente o direito da 
 
 
 
autora de receber pensão decorrente da morte do 
alegado companheiro, ainda que seja necessário 
enfrentar questão prejudicial referente à existência, 
ou não, da união estável. A definição da 
competência se estabelece de acordo com os termos 
da demanda, e não a partir de considerações a 
 
 
 
respeito de sua procedência, da legitimidade das 
partes ou de qualquer juízo acerca da própria 
demanda. Assim, se a pretensão deduzida na inicial 
não diz respeito ao reconhecimento de união 
estável, mas apenas à concessão de benefício 
previdenciário, deve ser reconhecida a competência 
 
 
 
da Justiça Federal. Nesse contexto, ainda que o juízo 
federal tenha de enfrentar o tema referente à 
caracterização da união estável, não haverá 
usurpação da competência da Justiça Estadual, pois 
esse ponto somente será apreciado como questão 
prejudicial, possuindo a demanda natureza 
 
 
 
nitidamente previdenciária. CC 126.489-RN, Rel. 
Min. Humberto Martins, julgado em 10/4/2013. 
 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. INCOMPETÊNCIA DA 
JUSTIÇA FEDERAL PARA PROCESSAR E JULGAR 
 
 
 
AÇÃO QUE OBJETIVE RESTITUIÇÃO DE INDÉBITO 
DECORRENTE DE MAJORAÇÃO ILEGAL DE TARIFA DE 
ENERGIA ELÉTRICA. 
 
A Justiça Federal não é competente para processar 
e julgar ação em que se discuta restituição de 
 
 
 
indébito decorrente de majoração ilegal de tarifa de 
energia elétrica. Isso porque a existência de 
discussão acerca de restituição de indébito 
decorrente de majoração ilegal de tarifa de energia 
elétrica, por si só, não implica legitimidade da União 
ou da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) 
 
 
 
para figurar no polo passivo da ação. Precedentes 
citados: AgRg no Ag 1.372.472-MS, Segunda Turma, 
DJe 14/10/2011, e REsp 1.190.139-RS, Segunda 
Turma, DJe 13/12/2011. AgRg no REsp 1.307.041-RS, 
Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 
18/12/2012. 
 
 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. COMPETÊNCIA. 
COBRANÇA DE TAXA PARA EXPEDIÇÃO DE 
DIPLOMA. UNIVERSIDADE PARTICULAR. 
 
 
 
 
É da Justiça estadual, via de regra, a competência 
para julgar a ação em que se discute a legalidade da 
cobrança de instituição de ensino superior estadual, 
municipal ou particular de taxa para expedição de 
diploma de curso, salvo quando se tratar de 
mandado de segurança cuja impetração se volta 
 
 
 
contra ato de dirigente de universidade pública 
federal ou de universidade particular, hipótese de 
competência da Justiça Federal. Nos casos que 
versem sobre questões privadas relacionadas ao 
contrato de prestação de serviços firmado entre a 
instituição de ensino superior e o aluno (por 
 
 
 
exemplo, inadimplemento de mensalidade, cobrança 
de taxas, matrícula), desde que se trate de ação 
diversa à do mandado de segurança, não há 
interesse da União em figurar no feito, afastando sua 
legitimidade e, consequentemente, a competência 
da Justiça Federal. Precedente citado: CC 108.466-
 
 
 
RS, DJe 1º/3/2010. REsp 1.295.790-PE, Rel. Mauro 
Campbell Marques, julgado em 6/11/2012. 
 
 
Corte Especial: DIREITO PROCESSUAL CIVIL. 
COMPETÊNCIA. ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA 
 
 
 
TUTELA. ATO PRATICADO PELA ADMINISTRAÇÃO 
JUDICIÁRIA COM BASE EM DECISÃO DO CJF. 
SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS DO PODER 
JUDICIÁRIO. 
 
 
 
 
Não usurpa a competência do STJ a decisão de juiz 
de primeira instância que, antecipando os efeitos de 
tutela jurisdicional requerida no bojo de ação 
ordinária, suspende ato praticado não pelo CJF, mas 
pela Administração Judiciária com base em decisão 
do CJF e relacionado não a juízes federais, mas a 
 
 
 
servidores públicos federais do Poder Judiciário. A 
Corte Especial, na Rcl 1.526-DF, DJ 7/3/2005, já 
decidiu que os atos praticados pelo Conselho da 
Justiça Federal (CJF) no exercício de sua 
competência não podem ser suspensos por 
antecipação de tutela deferida em ação ordinária 
 
 
 
por juiz de primeiro grau, sob pena de subversão ao 
sistema de controle administrativo, que passaria a 
ser supervisionado pelos próprios destinatários, 
malferindo a disciplina do art. 1º, § 1º, da Lei n. 
8.437/1992. A mesma restrição, contudo, não pode 
ser estendida à hipótese em que o juízo de primeiro 
 
 
 
grau suspenda, em sede de antecipação dos efeitos 
da tutela, ato praticado não pelo CJF, mas pela 
Administração Judiciária com base em decisão do 
CJF. A circunstância de a matéria em debate ter sido 
examinada e disciplinada, de alguma forma, pelo 
CJF não transforma, por si só, o STJ em único órgão 
 
 
 
jurisdicional competente para a apreciação da 
causa a ser julgada exclusivamente em sede de 
mandado de segurança, sob pena de impedir que o 
jurisdicionado escolha meio processual que 
entenda mais adequado, de acordo com as matérias 
de fato e de direito deduzidas, em que haja, 
 
 
 
inclusive, se for o caso, fase probatória. Ademais, 
restringir a competência apenas ao STJ resultaria 
em evidente cerceamento ao direito constitucional 
de ação ante a dificuldade imposta para o seu 
exercício, infringindo, em seu alcance, a garantia 
inscrita no art. 5º, XXXV, da CF. Além disso, a 
 
 
 
suspensão por juízo de primeira instância em sede 
de antecipação dos efeitos da tutela de ato que 
beneficie a magistratura federal, como ocorreu no 
caso julgado na mencionada Rcl 1.526-DF, 
subverteria o sistema de controle administrativo, o 
que não acontece na hipótese em que o ato 
 
 
 
suspendido tenha como beneficiários não 
magistrados, mas servidores públicos federais do 
Poder Judiciário. Precedentes citados: Rcl 1.526-DF, 
DJ 7/3/2005; Rcl 3.707-RO, DJe 1º/2/2010, e Rcl 
4.135-CE, DJe 2/12/2010. Rcl 4.209-PB, Rel. Min. 
João Otávio de Noronha, julgada em 7/11/2012. 
 
 
 
 
 
Turma recursal e competência - 1 
Compete à turma recursal o exame de mandado de 
segurança, quando utilizado como substitutivo 
recursal, contra ato de juiz federal dos juizados 
 
 
 
especiais federais. Essa a conclusão do Plenário ao 
desprover recurso extraordinário em que pleiteado o 
estabelecimento da competência de Tribunal 
Regional Federal para processar e julgar o writ, visto 
que a referida Corte entendera competir à turma 
recursal apreciar os autos. Preliminarmente, 
 
 
 
conheceu-se do extraordinário. Explicitou-se que o 
caso não se assemelharia ao tratado no RE 
576847/BA (DJe de 7.8.2009), em que se deliberara 
pelo não-cabimento de mandado de segurança 
impetrado contra decisão interlocutória proferida 
em juizado especial. 
 
 
 
 
 
MANDADO DE SEGURANÇA. ATO DA CORTE 
ESPECIAL. 
 
 
 
 
A Corte Especial extinguiu, sem resolução do 
mérito, mandado de segurança impetrado contra 
acórdão da própria Corte Especial, por entender 
incabível o manejo do writ nessa hipótese. A 
decisão fundamentou-se no fato de que, caso o 
mandamus fosse conhecido, haveria confusão entre 
 
 
 
autoridade coatora e órgão julgador e, por 
conseguinte, não haveria verticalidade entre as 
duas posições, o que é necessário para a apreciação 
do remédio constitucional. Isso é o que decorre da 
interpretação do art. 11, IV, do RISTJ, que prevê a 
possibilidade de impetração de mandado desegurança e habeas data contra ato de relator ou 
órgão fracionário do Tribunal, que serão processados 
e julgados pela Corte Especial. Além disso, foi 
reiterado o entendimento de que “não cabe 
mandado de segurança contra ato judicial passível 
de recurso ou correição” (Sum. n. 267/STF), já que o 
 
 
 
acórdão proferido pela Corte Especial pode ser 
objeto de recurso extraordinário. Por fim, ficou 
ressalvada a hipótese de impetração contra ato 
judicial manifestamente ilegal ou teratológico, o que 
não se configurou nos autos. Precedentes citados: 
AgRg no MS 11.558-ES, DJ 1º/8/2006; RMS 30.328-
 
 
 
PR, DJe 26/4/2010, e RMS 26.937-BA, DJe 
23/10/2008. MS 16.042-DF, Rel. Min. João Otávio de 
Noronha, julgado em 15/2/2012. 
 
Informativo nº 0451 
Período: 11 a 15 de outubro de 2010. 
 
 
 
Segunda Seção 
CC. SÚMULA VINCULANTE. TRÂNSITO EM JULGADO. 
 
Cuida-se de ação de indenização por danos 
materiais e morais ajuizada contra o empregador 
pela mãe de empregado falecido em acidente de 
 
 
 
trabalho. Quanto a essa mesma ação, o STJ, 
lastreado no entendimento jurisprudencial 
vigorante à época, resolveu anterior conflito, 
excluindo a competência da Justiça laboral, acórdão 
que transitou em julgado. Contudo, o STF, em 
aresto posterior ao julgamento do conflito e com a 
 
 
 
edição de sua Súmula Vinculante n. 22, entendeu 
ser competente, em tais casos, a Justiça do 
Trabalho, o que foi posteriormente acolhido por 
julgados deste Superior Tribunal. Daí o novo conflito 
suscitado, agora para ver prevalecer a referida 
súmula vinculante. Quanto a isso, é certo que a 
 
 
 
Seção já decidiu ser possível o reexame da questão 
de competência diante de alteração do texto 
constitucional (em razão da EC n. 45/2004), todavia 
não se trata da hipótese, pois o que mudou foi a 
interpretação do tema. Dessarte, mesmo ao concluir 
que a Súm. Vinculante n. 22-STF abarcaria, em tese, 
 
 
 
a hipótese, nota-se que sua edição deu-se 
posteriormente ao julgamento do primevo conflito. 
Nesse mesmo contexto, julgado do STF entendeu 
que a falta de aplicação desse enunciado não 
importaria desrespeito ao art. 103-A da CF/1988. 
Tem-se, então, que há decisão já transitada em 
 
 
 
julgado deste Superior Tribunal acerca da 
competência proferida antes da edição da referida 
súmula vinculante, dentro do mesmo contexto 
constitucional em que suscitado o novo conflito, o 
que, em respeito à coisa julgada e ao princípio da 
segurança jurídica, determina não ser possível rever 
 
 
 
a competência. Precedentes citados do STF: Rcl 
10.119-SP, DJe 4/6/2010; do STJ: CC 101.977-SP, DJe 
5/10/2009; CC 59.009-MG, DJ 26/6/2006; Rcl 2.923-
SP, DJe 2/2/2009, e Rcl 1.859-MG, DJ 24/10/2005. CC 
112.083-SC, Rel. Min. Raul Araújo Filho, julgado em 
13/10/2010. 
 
 
 
 
 
Súmula Vinculante 22 
A Justiça do Trabalho é competente para processar e 
julgar as ações de indenização por danos morais e 
 
 
 
patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho 
propostas por empregado contra 
empregador, inclusive aquelas que ainda não 
possuíam sentença de mérito em primeiro grau 
quando da promulgação da Emenda Constitucional 
no 45/04. 
 
 
 
 
 
Informativo nº 0467 
Período: 21 a 25 de março de 2011. 
Segunda Seção 
 
 
 
COMPETÊNCIA. JUÍZOS FALIMENTAR E TRABALHISTA. 
EXECUÇÃO. 
 
A Seção reiterou que compete ao juízo no qual se 
processa a recuperação judicial julgar as causas que 
envolvam interesses e bens da empresa que teve 
 
 
 
deferido o processamento da sua recuperação 
judicial, inclusive para o prosseguimento dos atos de 
execução que tenham origem em créditos 
trabalhistas. Uma vez realizada a praça no juízo 
laboral, a totalidade do preço deve ser transferida 
ao juízo falimentar. Assim, a Seção conheceu do 
 
 
 
conflito, declarando competente o juízo da 
recuperação para o qual deverá ser remetida a 
importância arrecadada com a alienação judicial do 
imóvel da massa falida na execução trabalhista. 
Precedentes citados: CC 19.468-SP, DJ 7/6/1999; CC 
90.160-RJ, DJe 5/6/2009; CC 90.504-SP, DJe 
 
 
 
1°/7/2008, e CC 86.065-MG, DJe 16/12/2010. CC 
112.390-PA, Rel. Min. Sidnei Beneti, julgado em 
23/3/2011. 
 
 
 
 
 
 
Informativo nº 0466 
Período: 7 a 18 de março de 2011. 
Primeira Turma 
COMPETÊNCIA. ORGANISMO INTERNACIONAL. 
LITISCONSÓRCIO. 
 
 
 
 
É cabível a interposição de agravo de instrumento 
neste Superior Tribunal a fim de impugnar decisão 
interlocutória em causa na qual as partes são 
organismo internacional, na condição de 
litisconsorte passivo necessário, e pessoa jurídica de 
direito privado domiciliada no país (arts. 105, II, c, 
 
 
 
da CF, 539, II, b e parágrafo único, do CPC e 36 e 37 
da Lei n. 8.038/1990). Na espécie, o juízo federal 
excluiu do polo passivo o organismo internacional, 
declarando-se incompetente para processar e julgar 
a ação ordinária na qual a agravante (sociedade 
empresária recorrente) questiona o resultado de 
 
 
 
processo licitatório promovido pelo estado membro 
que, para a execução de programa de modernização 
da gestão fiscal, firmou contrato de empréstimo com 
aquele organismo. Sabe-se que não é o simples fato 
da participação de um ente estrangeiro que atrairá a 
competência cível da Justiça Federal (art. 109, II, da 
 
 
 
CF), porque tal competência é ratione personae (art. 
109, I, da CF). Daí, a questão é saber se a presença 
do organismo internacional é necessária no polo 
passivo da ação proposta pela sociedade empresária 
recorrente. In casu, não havendo exigência legal, a 
determinação da presença dele na lide dependerá, 
 
 
 
essencialmente, da natureza jurídica entre autor e 
réus, que, na hipótese dos autos, diz respeito à 
participação/desclassificação da licitante do 
certame. Ocorre que, nos termos da política para 
aquisição de bens e contratação de obras financiadas 
pelo citado organismo, ele revisa alguns 
 
 
 
procedimentos para assegurar-se de que o processo 
licitatório seja realizado em harmonia com eles, 
sendo essas as condições impostas a todos os 
eventuais contratantes, inclusive ao estado membro, 
para a lavratura do empréstimo, não havendo 
indícios de interferência dele na decisão técnica da 
 
 
 
comissão de licitação. Nesse contexto, a relação 
jurídica de direito material demandada em juízo que 
envolve a recorrente, o estado e o organismo não 
possui natureza incindível a justificar a presença do 
último no polo passivo da demanda como 
litisconsorte necessário, pois são distintas as 
 
 
 
relações da recorrente com o estado (processo 
licitatório) e deste com o organismo (contrato de 
financiamento). De sorte que a competência para 
processar e julgar a ação ordinária é da Justiça 
estadual. Com essas ponderações, a Turma negou 
provimento ao agravo. Precedentes citados: Ag 
 
 
 
1.003.394-CE, DJe 29/10/2008; Ag 627.913-DF, DJ 
7/3/2005; AgRg no Ag 1.141.540-SP, DJe 11/9/2009, 
e AgRg no Ag 1.166.793-RS, DJe 25/9/2009. Ag 
1.371.230-CE, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, 
julgado em 15/3/2011. 
 
 
 
 
Informativo nº 0464 
Período: 21 a 25 de fevereiro de 2011. 
Segunda Seção 
COMPETÊNCIA. INDENIZAÇÃO. ABSTENÇÃO. USO. 
MARCA. 
 
 
 
 
Nos embargos de divergência, discutiu-se qual seria 
a norma aplicável para definir o foro competente 
para processar e julgar ação de indenização 
cumulada com pedido de abstenção da prática de 
concorrência desleal pelo uso ilícito de marca: se a 
regra de competência prevista pelo art. 100, V, a, 
 
 
 
parágrafo único, do CPC – segundo a qual o autor 
pode eleger o foro do local do fatoou o de seu 
domicílio –, ou o preceito geral que define a 
competência nos termos do art. 94 do CPC – de 
maneira a declarar a competência do foro do 
domicílio do réu. Anotou a Min. Relatora que a 
 
 
 
questão já foi objeto de diversas manifestações na 
Terceira e na Quarta Turma deste Superior Tribunal, 
sem que houvesse a consolidação de um 
entendimento em qualquer dos dois sentidos. 
Ressaltou que, enquanto a Terceira Turma atribuia 
ao autor a prerrogativa de eleger entre o foro de seu 
 
 
 
domicílio ou o do local em que ocorreu o fato ilícito 
para a propositura da referida ação, a Quarta Turma 
sempre entendeu ser aplicável à espécie a regra de 
competência do art. 94 do CPC – ao se pretender 
perdas e danos, a competência é do foro do réu –; 
assim, no caso, o pleito não poderia deslocar a 
 
 
 
competência para o domicílio da autora; pois, como 
se trata de um pedido cumulado (hipótese em que é 
pleiteada a condenação ao pagamento de 
indenização pela suposta utilização indevida da 
marca), não se poderia determinar a indenização, 
que é consequência, sem dizer se houve o uso ilícito 
 
 
 
da marca. Nessa circunstância, em que a disputa 
seria pelo uso da marca, entendem que sempre o 
foro competente é o do domicílio do réu. Entretanto, 
para a Min. Relatora, condutora da tese vencedora, 
a norma do art. 100, parágrafo único, do CPC 
representa o instituto do forum commissi delicti e 
 
 
 
refere-se aos delitos de modo geral. Explicou que a 
expressão “delito” nela contida é abrangente, 
aludindo tanto ao ilícito civil quanto ao penal. Se 
for constatada a contrafação ou a concorrência 
desleal, não há como negar a ilicitude da conduta 
da embargada nos termos dos arts. 129 e 189 da Lei 
 
 
 
n. 9.279/1996. Por essa razão, deve ser aplicado à 
espécie o entendimento jurisprudencial de que a 
ação de reparação de dano tem por foro o lugar 
onde ocorreu o ato ou fato, ainda que a 
demandada seja pessoa jurídica com sede em outro 
lugar, prevalecendo a regra do art. 100, V, a, do CPC 
 
 
 
sobre a dos arts. 94 e 100, IV, a, do mesmo diploma. 
Ressaltou, ainda, que a intenção do art. 100, 
parágrafo único, do CPC é facilitar o acesso da 
vítima de ato ilícito à Justiça, de modo que o 
prejudicado pela prática de um ato ilícito – civil ou 
penal – possa acionar o criminoso no foro do local 
 
 
 
do fato, de seu domicílio ou mesmo no foro do 
domicílio do réu, a seu exclusivo critério. Por fim, 
destacou que a cumulação das pretensões 
cominatória e indenizatória não impede a aplicação 
da citada norma. Diante disso, a Seção, após o voto 
de desempate do Min. Presidente Massami Uyeda, 
 
 
 
uniformizou o entendimento divergente entre a 
Terceira e a Quarta Turma para que prevaleça a 
orientação de declarar a competência do foro do 
domicílio do autor ou do foro no qual ocorreu o fato 
para o julgamento de ação de abstenção de uso de 
marca cumulada com pedido de indenização. 
 
 
 
Precedente citado: REsp 681.007-DF, DJ 22/5/2006. 
EAg 783.280-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgados 
em 23/2/2011.