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Biossegurança em Biotérios 2017

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Biossegurança em Biotérios
Ms. Diego Generoso 
Médico Veterinário 
Unipex – FMB - Unesp
A minha segurança e a 
sua dependem de nós. 
Seja consciente.
Nesta aula, vamos falar de 
proteção, segurança, qualidade, 
prevenção.
Medidas que fazem parte das 
práticas de biossegurança.
Cuidar dessas práticas é uma 
questão de cuidado.
O que é biossegurança?
É o conjunto de ações 
voltadas para a prevenção, 
minimização ou eliminação de 
riscos inerentes às atividades 
(experimentação animal), e 
que podem comprometer a 
saúde do homem, dos 
animais, do meio ambiente 
ou a qualidade dos trabalhos 
desenvolvidos. 
É o conjunto de ações 
voltadas para a prevenção, 
minimização ou eliminação de 
riscos inerentes às atividades 
(experimentação animal), e 
que podem comprometer a 
saúde do homem, dos 
animais, do meio ambiente 
ou a qualidade dos trabalhos 
desenvolvidos. 
O conceito de risco está associado 
à probabilidade que um dano, um 
ferimento ou que uma doença 
ocorra. ex. Atividades com 
agentes infecciosos.
O conceito de risco está associado 
à probabilidade que um dano, um 
ferimento ou que uma doença 
ocorra. ex. Atividades com 
agentes infecciosos.
O risco
● Biossegurança, biosseguridade e bioconfiança. Evitar 
riscos.
● Risco é a possibilidade de promoção de evento negativo, 
cientificamente fundamentado, para a saúde humana e 
animal, os vegetais, outros organismos e o meio ambiente, 
decorrente de processos ou situações envolvendo ou não 
organismos geneticamente modificados e seus derivados.
● No caso de instalações animais estamos falando dos 
riscos podem ser gerados por agentes químicos, físicos, 
biológicos e ergonômicos.
O que é Bioseguridade?
● O termo biosseguridade refere-se ao 
conjunto de ações que visa minimizar 
ameaças à vida decorrentes de ações 
intencionais, como os atos criminosos 
envolvendo armas químicas ou biológicas.
● A biosseguridade deve proteger os agentes 
biológicos de furtos, normalmente praticados 
por bioterroristas e prevenir a proliferação de 
armas biológicas.
● A biossegurança e biosseguridade devem 
funcionar como sistemas integrados a fim de 
evitar o comprometimento da pesquisa 
científica, e garantir qualidade nos processos e 
bem-estar dos animais.
● Práticas racionais, ações coordenadas de 
biossegurança e biosseguridade 
promovem o que se deseja em uma 
instalação: bioconfiança. 
O que é um biotério?
Biotério: É a instalação na qual são produzidos, mantidos ou utilizados 
animais para atividades de ensino ou de pesquisa científica. A instalação 
deve possuir infraestrutura adequada para atender aos requisitos 
ambientais, sanitários e de bem-estar animal para a espécie utilizada. São 
exemplos: instalações de roedores e lagomorfos, fazendas experimentais, 
canil, pocilga, baia, piquete, curral, galpão, granja, tanque para peixes, etc.
Padronização dos animais 
• Genetica
• criação e manutenção de linhagens 
• “outbred” (heterozigotas para muitos pares de alelos e mantidas em sistemas de 
cruzamento randômico) e 
• “inbred” (linhagens homozigotas para quase todos os pares de alelos, mantidas por 
sistemas de acasalamento entre irmãos por mais de 20 gerações). 
• mutantes e animais geneticamente modificados 
Padronização dos animais 
● Nutricional
● A nutrição adequada dá condições ao animal de atingir seu potencial: 
● genético, 
● de crescimento, 
● reprodutivo, 
● de longevidade e 
● de resposta à estímulos. 
 
Padronização dos animais 
● Sanitária
● Animais Convencionais → Animais que possuem 
microbiota indefinida – criados sem barreiras 
sanitárias. 
● Specific Patogen Free (SPF) → Animais isentos 
de Agentes Patogênicos Específicos. 
● Gnotobióticos → Possuem uma microbiota 
associada conhecida. 
● Germ Free → Animais totalmente isentos de 
microrganismos. 
Ambiente de trabalho
 Salas de criação, manutenção, cirurgias, quarentenas, 
manipulações de animais em experimentação
 Exposição a carcinogenicos, quimicos, radiação 
ionizante, agentes infecciosos, produtos alergenicos.
● Os laboratórios e instalações animais têm níveis 
de biossegurança que indicam o grau de 
contenção e complexidade da proteção. O nível 
de biossegurança do laboratório ou de instalação 
animal é determinado segundo as classes de 
risco dos agentes biológicos.
A classificação dos riscos dos 
agentes biológicos
● Os agentes biológicos que afetam o homem, os 
animais e as plantas são distribuídos em classes 
de risco segundo fatores como patogenicidade 
do microrganismo infectante, virulência, via de 
inoculação etc.
Classes de risco e níveis de 
biossegurança
● Classe 1 - Baixo risco individual 
e para a coletividade: inclui os 
agentes biológicos conhecidos 
por não causarem doenças em 
pessoas ou animais adultos 
sadios.
Exemplo: Lactobacillus sp.
Classes de risco e níveis de 
biossegurança
● Classe 2 Moderado risco individual e 
limitado risco para a comunidade: inclui os 
agentes biológicos que provocam infecções 
no homem ou nos animais, cujo potencial 
de propagação na comunidade e de 
disseminação no meio ambiente é limitado, 
e para os quais existem medidas 
terapêuticas e profiláticas eficazes.
Exemplo: Schistosoma mansoni.
Classes de risco e níveis de 
biossegurança
● Classe 3 Alto risco individual e moderado 
risco para a comunidade: inclui os agentes 
biológicos que possuem capacidade de 
transmissão por via respiratória e que 
causam enfermidades humanas ou 
animais, potencialmente letais, para as 
quais existem usualmente medidas de 
tratamento e/ou de prevenção.
Representam risco se disseminados na 
comunidade e no meio ambiente, podendo 
se propagar de pessoa a pessoa.
Exemplo: Bacillus anthracis.
Classes de risco e níveis de 
biossegurança
● Classe Alto risco individual e para a comunidade. Inclui os 
agentes biológicos com grande poder de transmissibilidade por 
via respiratória ou de transmissão desconhecida. Até o momento 
não há nenhuma medida profilática ou terapêutica eficaz contra 
infecções ocasionadas por estes. Causam doenças humanas e 
animais de alta gravidade, com alta capacidade de disseminação 
na comunidade e no meio ambiente. Esta classe inclui 
principalmente os vírus.
Exemplo: Vírus Ebola.
RISCOS
Químicos 
Físicos
Biológicos 
Risco ergonomico
Risco de acidentes
RISCO BIOLOGICO
● Risco sempre presente no bioterio – 
animais são reservatorios naturais de 
varias zoonoses.
● Os ambiente possui muitas particulas 
alergenicas e dependendo da 
sensibilidade individual, podem levar a 
sérios problemas de saúde.
RISCO BIOLOGICO
● Exposição a secreções, excreções, 
aerossois, inoculação direta, contato com 
membranas mucosas, ingestão (?), outras
Zoonoses 
A transmissão geralmente pode ser evitada;
ALERGIAS
Adotar “boas práticas de laboratório”
São infecções transmitidas entre os animais 
vertebrados e o homem.
Os animais de laboratorio são fontes em 
potencial desta condição.
Portadores assintomaticos
Riscos Químicos
● Produtos químicos proporcionam efeitos 
irritantes, causticos, toxicos ou produzem 
alergias, anestesicos volateis, substancias 
cancerigenas, outros.
● Uso de capelas de segurança quimica 
● Uso dos EPIs (mascara, oculos de proteção)
● FISPQ
Não utilizar produtos que mascarem o odor;
Para o controle, realizar limpeza e ventilação 
adequadas;
Concentração influenciada por: ventilação, 
umidade relativa, desenho das gaiolas, 
densidade populacional, estado sanitário dos 
animais;
Riscos Físicos
● Cortes por vidros, peças metálicas, 
gaiolas, agulhas, injurias por queimaduras, 
mordidas e arranhões.
Risco ergonomico
● Quedas, lombalgias, 
excesso de pesono 
transporte e 
movimentação de 
materiais.
Regras de Segurança
● Pessoas não autorizadas, não devem entrar na instalação;
● Não manusear animais que não esteja habilitado para tal;
● Comunicar acidentes de trabalho;
● Manter em ordem a área de trabalho;
● Não utilizar materiais defeituosos;
● Manter as mãos limpas e unha aparadas;
● Materiais de vidro, ao se quebrarem, devem ser recolhidos 
com pá e vassoura;
● Não falar alto na area de experimentação animal;
● Não ligar som, musica, celular na area de experimentação 
animal.
Rotinas para trabalho com animais
Guardar pertences no armario e levar 
somente o necessário para anotações;
Utilizar os EPI's;
Seguir as normas;
Acionar o técnico do local quando tiver 
duvida;
Preparar a area de trabalho e manter em 
ordem após o uso;
Cuidado ao portar e manusear fármacos 
controlados.
Paramentação
Lavar as mãos (utilizar sabão, antiséptico e 
gel alcoolico);
Vestir os EPI's toda vez que entrar nos 
bioterios e areas experimentais.
EPI's
Sequencia para a vestimenta:
1.Touca
2.Mascara (PFF2 no minimo, outras: N95)
3.Propé
4.Avental descartavel (minimo gramatura 40)
5.Luvas (latex, nitrila, esteril, ...)
6.Adicionais: uniforme, proteção dos olhos, 
proteção das orelhas, protetor facial, 
aventais de chumbo (radiação ionizante) e 
outros.
EPI's
Descarte
Em lixeiras contendo embalagem de residuo 
contaminado (embalagem branca)
 Retirar todos os EPI's antes de sair da area de 
experimentação animal. 
EPC's
Autoclaves
Extintores
Cabines de segurança biologica
Recipientes para rejeitos
Cabine de raspagem
Cabine de troca animal
Racks para mini-isoladores
...
Manuseio de perfurocortantes
Realizar a atividade com cautela e atenção;
Não re-encapar agulhas;
Não deixar objetos desta categoria jogados 
e desprotegidos.
Utilizar embalagens de descarte de 
perfurocortantes.
Limite 
Dietário 
Cuidado ao adicionar químicos e ou 
ingredientes nocivos;
Descartar materiais vencidos;
Rotular as formulações - indicando data de 
fabricação, validade, quem produziu, 
conservação.
Cirurgias
Utilizar rotinas de cirurgia asséptica 
(esterilizar os materiais, seguir rotinas para 
manter limpo os materiais)
Técnicas experimentais
Observar e assistir o seu modelo sempre 
para minimizar o sofrimento desnecessário 
ou não autorizado.
Seguir estritamente o que foi solicitado ao 
CEUA
RESÍDUOS
Tratamento e disposição final dos resíduos 
dos serviços de saúde;
 RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - 
RDC Nº 306, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2004 - 
PGRSS;
Grupo A – A2 – residuos provenientes de 
animais;
Grupo B – medicamentos e quimicos;
Grupo D – residuo sem risco biologico, 
quimico e para o meio ambiente
Grupo E – perfurocortantes;
CONCLUSÃO
O trabalho com animais de laboratório requer a utilização e o contato 
com substâncias químicas e alérgenos potencialmente perigosos para a 
saúde do pessoal envolvido, as instalações e os próprios animais.
Esses perigos podem ser minimizados ou eliminados com o estrito 
cumprimento de procedimentos operacionais padronizados.
O trabalho em biotério exige boa saúde geral, boa visão, olfato e 
audição, bem como um elevado padrão de higiene pessoal, permitindo 
assim trabalhar com segurança no locais que utilizam animais.
Obrigado!
Dúvidas?
Diego Generoso
dgeneroso@fmb.unesp.br
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