Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
22/11/2017 1 Aplicações e Propriedades das Rochas Os minerais são partículas sólidas inorgânicas que constituem as rochas e os solos, e que possuem forma geométrica, composição química e estrutura própria e definida. Minerais 22/11/2017 2 22/11/2017 3 Silicatos Minerais 22/11/2017 4 Óxidos Minerais Carbonatos Minerais 22/11/2017 5 Sulfatos Minerais Rochas Uma rocha é definida como um corpo sólido natural, resultante de um processo geológico determinado, formado por agregados de um ou mais minerais arranjados, segundo condições de temperatura e pressão existentes durante sua formação. De acordo com o processo de formação, podemos classificar as rochas em: • Rochas Ígneas ou magmáticas • Rochas Sedimentares • Rochas Metamórficas 22/11/2017 6 22/11/2017 7 22/11/2017 8 Rochas - Basalto O basalto é classificado como uma rocha ígnea vulcânica. Dentre as rochas pode ser considerado dos mais abundantes. As cores variam de cinza-escura a preta, com tonalidades avermelhadas/amarronzadas, devido a óxidos/hidróxidos de ferro gerados por alteração intempérica. É constituído principalmente por feldspato e uma das caraterísticas marcantes é a elevada resistência e a maior dureza entre as pedras mais utilizadas. Na construção civil, o basalto é muito utilizado como pedra britada em agregados asfálticos, para concretos e lastros de ferrovias. Assim como o granito possui larga aplicação como pedra para calçamento e em outras formas de pavimentação. Rochas - Basalto Quando polido pode ser utilizado como rocha ornamental, principalmente em pisos. 22/11/2017 9 22/11/2017 10 O Granito é uma rocha ígnea que, devido a seu processo de formação, é classificada como uma rocha plutônica. É composto principalmente de quartzo, feldspato e minerais ferro-magnesianos e as tonalidades de cor variam de cinza a rosa/avermelhada. Como principais caraterísticas da rocha, podemos destacar a homogeneidade, a isotropia (mesmas propriedades independente da direção dos minerais), alta resistência à compressão e baixa porosidade. Rochas - Granito 22/11/2017 11 Na construção civil é utilizado na confecção de fundações (em forma de bloco), de muros, calçamentos, como agregado para concreto e rocha ornamental em pisos, paredes, tampos de pias, lavatórios, bancadas e mesas, e em detalhes diversos. Rochas - Granito A fixação do granito como rocha ornamental é feita com o uso de argamassas próprias para o tipo de rocha. 22/11/2017 12 22/11/2017 13 22/11/2017 14 22/11/2017 15 22/11/2017 16 São utilizados principalmente em revestimentos de pisos e paredes e são muito empregados na confecção de mosaicos. Dependendo da composição podem apresentar razoável resistência ao risco. Rochas - Arenitos São rochas sedimentares carbonáticas compostas por mais de 50% de materiais carbonáticos (calcita ou dolomita). A principal aplicação na construção civil é como matéria-prima para a indústria cimenteira, de cal, vidreira. Rochas – Calcários e Dolomitos Alguns dolomitos podem ser utilizados como brita e agregado para concreto por serem mais duros que os calcáreos. 22/11/2017 17 22/11/2017 18 22/11/2017 19 Como características cabem destacar a boa resistência mecânica e as propriedades de material isolante térmico. Rochas – Ardósia Como material de construção é utilizada como rocha ornamental em coberturas de casas, pisos, tampos e bancadas. 22/11/2017 20 22/11/2017 21 22/11/2017 22 Derivam de rochas graníticas e possuem granulometria média a grossa. São rochas de elevada resistência e apropriadas para a maioria dos propósitos da engenharia. Rochas – Gnaisses 22/11/2017 23 22/11/2017 24 22/11/2017 25 São rochas duras, com alta resistência à britagem e ao corte, resistentes a alterações intempéricas e hidrotermais, formadas por quartzo recristalizado. Apresentam-se nas cores branca, vermelha e com tons de amarelo. Como material de construção são utilizados em pisos e calçamentos. Rochas – Quartzitos 22/11/2017 26 22/11/2017 27 22/11/2017 28 22/11/2017 29 22/11/2017 30 22/11/2017 31 • As pedras naturais são apreciadas pelo seu inegável valor estético, tendo, na construção, aplicações de função estrutural e de função ornamental. Aplicação na Construção Civil Propriedades I – QUÍMICAS Composição química Reatividade Durabilidade II – FÍSICAS Cor Densidade Porosidade Permeabilidade Absorção Dureza Módulo de Elasticidade Coeficiente de Poisson III – GEOLÓGICAS Composição mineralógica Textura Estrutura Estado de alteração Fraturas Gênese IV - MECÂNICAS Resistência à compressão Resistência ao choque Resistência ao desgaste Resistência ao corte Resistência à britagem V - GEOTÉCNICAS Grau de alteração Grau de resistência à compressão simples Grau de fraturamento 22/11/2017 32 Propriedades I. PROPRIEDADES QUÍMICAS 1. COMPOSIÇÃO QUÍMICA · Por si só não é um elemento suficiente par definir uma rocha; · A composição varia muito de uma amostra pra outra; · Existem limites de erros permitidos nas diferentes dosagens. 2. REATIVIDADE · Algumas rochas possuem elementos químicos capazes de reagir, como p.ex, o silicato e a sílica mineral (reagem com álcalis do cimento Portland); · Reações – cimento/agregado: provocam a deteriorização do concreto; · Outros tipos: transformação do anidrito em gesso (túneis), dissolução dos carbonatos, lixiviação de rochas em obras hidráulicas, etc. (ação do intemperismo) 3. DURABILIDADE · Resistência da rocha à ação do intemperismo; · Julgamento é feito na prática pela preservação de monumentos antigos e por meio de ensaios. Propriedades II. PROPRIEDADES FISÍCAS 1. COR · Fator de classificação fraco devido a grande variabilidade, até mesmo dentro de uma mesma jazida; · Podem ser: monócronas (uma única coloração uniformemente distribuída) e polícronas (duas ou mais cores); · Rochas compactas (sedimentares) - coloração devido a pigmentações ou difusão de grãos diminutos de minerais coloridos; · Amarela, alaranjada ou vermelha - pigmentação de hidróxido de ferro; · Cinzenta e preta - pigmentos carbonosos ou betuminosos ; · Verde - depende de compostos de ferro (sulfetos) e de níquel. 2. PESO ESPECÍFICO DOS GRÃOS · Depende do peso específico dos seus elementos constituintes e de sua porosidade; Ex.: Granitos 2,65 g/cm3; arenitos em torno de 2,0 g/cm3. · Determinado em laboratório: 22/11/2017 33 • Determinação da massa específica do grãos • A amostra do material britado deve ter um peso aproximado de 200g. • A amostra deve ser lavada e seca em estufa a uma temperatura compreendida entre 100 e 110ºC; • A amostra é moída para que os grãos obtidos passem num peneiro de 0.125mm de abertura; • Parte do pó (100g), isento de elementos metálicos, é utilizado para se determinar o seu volume, num picnômetro, com uma precisão de 1%; • Sobre o pó da rocha verte-se água destilada e aspira-se o ar contido nos vazios inter-granulares. • Após a decantação das partículas em suspensão, o líquido fica límpido, procedendo-se então ao enchimento do picnômetro com água destilada. Processos experimentais - propriedades das pedras Procedimento: 1.Coloca-se um peso seco conhecido dos grãos num picnômetro, completa-se com água e pesa-se. (Peso do picnômetro + água) + (peso dos grãos seco) – (peso do picnômetro + grãos + água) = peso da água substituída pelo solo 2.Deste peso, calcula-se o volume de água e tem-se o peso específico. MÉTODO DO PICNÔMETRO: Ps Pt Pw Vw=VsProcessos experimentais 22/11/2017 34 Unidades (g/cm3, Kg/m3, KN/m3) 21 PPP P s as g MÉTODO DO PICNÔMETRO: Processos experimentais Propriedades II. PROPRIEDADES FISÍCAS 3. POROSIDADE · É a propriedade das rochas em conter espaços vazios (relação entre o volume dos vazios e o volume total da rocha -%); · Dependente de: a) Tipo de rocha: · sedimentares: grande volume de vazios dando-lhes maior porosidade mas, quanto cimentadas, a porosidade diminui; · ígneas: extrusivas possuem maior porosidade que as intrusivas; · metamórficas: baixa porosidade e varia com o grau de metamorfismo, sendo que, quanto mais intenso, mais porosa é a rocha. b) Estado de alteração: · tem influência através do fenômeno de lixiviação e dissolução; · resistência à compressão diminui com a porosidade; · classificação: extremamente porosa (50%), muito porosa (10 a 30%), bastante porosa (5% a 10%), medianamente porosa (2,5% a 5%), pouco porosa (1 a 2,5%) e muito compacta (1%). 22/11/2017 35 Processos experimentais - propriedades das pedras A porosidade é definida como a razão entre o volume do poro ( Vp) e o volume total da rocha ( Vt). O volume total da rocha é constituído pela soma do volume do poro e o volume da matriz (fase sólida da rocha). Porosidade primária ou deposicional: é aquela adquirida pela rocha durante a deposição ou bioconstrução, ou seja, é originada na formação das rochas e é caracterizada pelos espaços aleatórios entre os grãos agrupados das rochas (porosidade intergranular), como no caso dos arenitos ou dos carbonatos (SUGUIO, 1973), como mostra a Figura 1. Porosidade primária do tipo intergranular. Processos experimentais - propriedades das pedras Porosidade secundária ou pós- deposicional: é adquirida após a diagênese das rochas reservatórios. Nesse período, essas rochas são submetidas a esforços mecânicos, podendo resultar no aparecimento de fraturas ou falhas (porosidade de fraturas), fraturas essas que podem aparecer em arenitos, folhelho e carbonato, como mostra a Figura 2. Pode ocorrer, ainda, em rochas solúveis, como os calcários, aonde o material vai se dissolvendo devido ao ataque de fluidos de formação (porosidade de condutos ou cárstica), 22/11/2017 36 • Porosímetro e Permeâmetro a gás – equipamentos • Determina a distribuição do tamanho de poros e permeabilidade em amostras através da adsorção e infiltração de gás. • A porosimetria por adsorção a gás se baseia em um volume de gás conhecido e isotermicamente expandido dentro de um volume de poros desconhecido. • Após a expansão, a pressão se mede, e este valor depende do volume de poro desconhecido, que se obtém utilizando a Lei de Boyle. Processos experimentais - propriedades das pedras A equação matemática da lei de Boyle é: pV = K onde: p representa a pressão do sistema. V representa o volume do gás. k é a constante que representa a pressão e volume do sistema. • Microtomógrafo – equipamentos • Caracterizar as amostras micro-estruturalmente (porosidade e estimativa da distribuição de tamanho de poros), além de determinar permeabilidade. • Esta técnica é não-destrutiva, permitindo que as amostras possam ser reutilizadas. • Este equipamento também fornece imagens das amostras tanto em 2D quanto em 3D, o que facilita a visualização e caracterização detalhada das amostras. Processos experimentais - propriedades das pedras 22/11/2017 37 Propriedades II. PROPRIEDADES FISÍCAS 4. PERMEABILIDADE · Maior ou menor facilidade que a rocha oferece à percolação da água; · Primária - existe desde a sua formação; · Secundária- devido à lixiviação, dissolução de componentes mineralógicos, etc; · Metamórficas possuem baixa permeabilidade e sedimentares, maior valor. 5. DUREZA · Dureza da rocha difícil determinação – vários minerais. . Resistência ao risco, dada pela escala de Mohs; . Ex.: Granito: Ao tentar riscar com uma ponta de aço, os cristais de mica são riscados e o que não ocorre com os de quartzo. · Na prática: a) riscável pela unha ou exageradamente fácil pelo canivete; b) riscável pelo canivete; c) dificilmente ou não riscáveis pelo canivete Corresponde as rochas, moles, médias e duras. Propriedades III. PROPRIEDADES MECÂNICAS 1. RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO · Grande variabilidade de resultados; · Para rochas estratificadas: compressão paralela e perpendicular ao leito de estratificação tanto no caso seco quanto saturado; · Normalmente tem-se: a) rochas de grãos finos, da mesma espécie que rochas de grãos grossos, possuem maior resistência à compressão; b) quanto mais forte for o ligamento entre os cristais, maior a resistência à compressão; c) as rochas silicificadas tem maior resistência; d) os corpos de prova com compressão perpendicular aos planos de estratificação apresentam maior resistência à compressão. 2. RESISTÊNCIA AO CHOQUE (Rc) · Resistência ao impacto de um peso que cai de uma certa altura; · Medida pelo produto do peso pela altura de queda que provoca a ruptura do corpo-de-prova; · Importância quando usada p/ pavimentação de estradas e aeroportos; 22/11/2017 38 • Ensaio de Resistência a Compressão simples • As amostras são submetidas à força de compressão da prensa após a sua secagem em estufa à temperatura de 105±5ºC, durante 24 horas; • A tensão de compressão obtém-se a partir da média aritmética dos valores das tensões de rotura. Processos experimentais - propriedades das pedras Propriedades III. PROPRIEDADES MECÂNICAS 3. RESISTÊNCIA AO DESGASTE · Resistência ao desgaste por atrito mútuo ® resistência da rocha sob a forma de agregado, quando submetida a atrito mútuo de seus fragmentos. Em alguns métodos são acrescentada esferas de ferro fundido ou aço. Conforme o tipo de máquina: resistência ao desgaste Los Angeles, Deval, · Resistência ao desgaste por abrasão ® resistência da rocha quando submetida à abrasão de abrasivos especificados. Importância especial quando a rocha for empregada sob a forma de pavimentos. Método utilizado é o de resistência à abrasão Los Angeles; 22/11/2017 39 • Ensaio de Resistência ao Degaste • é possível determinar a resistência à abrasão, medindo o comprimento do sulco produzido na superfície por um disco rotativo, em condições determinadas e com auxílio de material abrasivo. Processos experimentais - propriedades das pedras Propriedades IV. PROPRIEDADES GEOTÉCNICAS 1. GRAU DE ALTERAÇÃO · São classificados em: praticamente sã, alterada e muito alterada; · Tal classificação é muito subjetiva; · Não está incluso na classificação a rocha extremamente alterada (considerada material de transição ou solo de alteração de rocha). 2. GRAU DE RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO SIMPLES · São divididos em: 22/11/2017 40 Propriedades IV. PROPRIEDADES GEOTÉCNICAS 3. GRAU DE CONSISTÊNCIA · São baseados em características físicas: resistência ao impacto (tenacidade), resistência ao risco (dureza), friabilidade; · São divididos em: Propriedades IV. PROPRIEDADES GEOTÉCNICAS 4. GRAU DE FRATURAMENTO · Apresentado em número de fraturas por metro linear ao longo de uma dada direção; · São consideradas somente as “originais” 5. CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA DA ROCHA · Expresso pela reunião dos parâmetros anteriores. 22/11/2017 41 Referências CRIVELARO, Marcos. Materiais de construção. 1. ed. São Paulo. Editora Erica LTDA. Apostila de Materiais de Construção Básicos HAGEMANN, S. E. 2011/2 Departamento Acadêmico de Engenharia Civil – CEFET/MG PPGEC - Programa de Pós-Graduação Engenharia Civil. Apresentação Pedras Naturais. DECIV – EM – UFOP. Anabela Mendes Moreira. Materiais de Construção. Pedras Naturais. ESTT. Profa. M.Sc. Maria Letícia C. L. Beinichis. Notas de Aulas. Introdução à Construção Civil. FundaçãoEdson Queiroz, Universidade de Fortaleza.
Compartilhar