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CONTABILIDADE GERAL - CAPÍTULO 1

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CAPÍTUlO 1
EStrutura ConCEitual da ContabilidadE
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
 3 Conhecer os conceitos e objetivos da contabilidade, seus usuários, os princípios que 
regem a contabilidade, os regimes contábeis e o plano de contas. 
 3 Diferenciar os regimes contábeis. 
 3 Conhecer a estruturação do plano de contas.
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 Contatibilidade Geral
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Estrutura ConCEitual da ContabilidadE
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 Capítulo 1 
ContExtualização
É com grande prazer que escrevo sobre Contabilidade Geral. Este capítulo 
tem por objetivo trazer as informações básicas sobre a estrutura conceitual da 
contabilidade. 
Nossa meta é mostrar que os processos contábeis são ótimos, que se 
prestam a análises necessárias das empresas e que a grande maioria dos 
empresários deveria utilizá-los, desde que, com dados confiáveis. 
Portanto, a contabilidade é responsável pela geração de informações 
necessárias para gerir as empresas. Compreendendo um conjunto coordenado 
de conhecimentos, com objeto e finalidades definidos, obedecendo a preceitos 
e normas próprias, pode-se dizer, então, que a contabilidade é uma ciência do 
grupo das chamadas ciências econômicas e administrativas. A contabilidade 
registra, estuda e interpreta os fatos financeiros ou econômicos que afetam a 
situação patrimonial de determinada pessoa, seja ela física ou jurídica.
Você compreenderá melhor a finalidade da contabilidade, observando 
a seguinte situação: suponha que você pretenda tornar-se comerciante, 
constituindo uma empresa para vender eletrodomésticos. Aí, surgem as 
primeiras perguntas:
- você vai constituir uma empresa com quê?
- O que você precisa ter em mãos para estar em condições de constituir 
um negócio?
 
Respondemos: Você precisa de um capital. E capital, neste caso, significa 
principalmente dinheiro.
Suponhamos, então, que você possua uma importância suficiente para 
montar a loja. Pronto, esta importância suposta é o seu capital inicial.
Bem, agora que você já tem o dinheiro, precisa de um local para instalar 
sua loja. Vamos supor que você também já tenha alugado uma casa para esse 
fim. E então, o que falta? 
 
Respondemos: Você precisa equipar sua loja com vitrines, balcões, 
prateleiras, cadeiras, mesas, etc.
Suponha, finalmente, ter adquirido esses materiais, e que eles já estejam 
em sua loja. 
 
A essa altura dos acontecimentos, você já deve estar indagando:
A contabilidade 
é responsável 
pela geração 
de informações 
necessárias para 
gerir as empresas. 
Compreendendo um 
conjunto coordenado 
de conhecimentos, 
com objeto e 
finalidades definidos, 
obedecendo a 
preceitos e normas 
próprias, pode-se 
dizer, então, que a 
contabilidade é uma 
ciência do grupo das 
chamadas ciências 
econômicas e 
administrativas. 
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 Contatibilidade Geral
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- E os eletrodomésticos, para venda? Pois bem, você deverá adquirir as 
mercadorias para negociar. 
Pronto, sua loja está instalada. Você já gastou dinheiro, já aplicou seu 
capital inicial. Agora sua empresa já existe e você a colocará em funcionamento. 
Veja, você vai abrir a sua loja.
Qual é o principal objetivo do seu negócio? Certamente, você responderá 
que é a obtenção de lucros. Muito bem. Para obter o lucro desejado, você 
precisará vender as suas mercadorias. sendo assim, podemos concluir que, 
na empresa, entrarão diariamente pessoas com finalidades diferentes:
a) algumas entrarão com o objetivo de lhe fornecer mercadorias, são 
chamadas de fornecedores;
b) outras entrarão na sua loja para comprar suas mercadorias, são os clientes.
Note bem:
• Quanto você imaginou ter de capital?
• Quanto você aplicou em relação a esse capital inicial?
• O que e quanto você comprou?
• Quais os bens que você possui e quantos são?
• Se você comprou a prazo, quanto ficou devendo e para quem?
• Se você vendeu a prazo, quanto tem para receber e de quem?
• Se você comprou ou vendeu à vista, quanto comprou e o que comprou, e 
quanto vendeu e o que vendeu?
• O que e quanto você possui agora?
Essas e outras perguntas nos levam a entender que você já possui 
um patrimônio, o qual está em movimento, em função de quatro operações 
principais – compras, vendas, pagamentos e recebimentos – e que essa 
movimentação (gestão) do patrimônio da sua empresa necessita de um 
controle, para que você possa avaliar e verificar se o seu principal objetivo 
(lucro) está sendo atingido.
Acho que você já percebeu que há necessidade de manter um controle 
do seu patrimônio. E é exatamente aí que a contabilidade desempenha o seu 
papel. Nosso estudo tem por objetivo trazer as informações básicas sobre 
a estrutura conceitual da contabilidade, qual seu objeto e objetivos, seus 
usuários, os aspectos do patrimônio. Também abordaremos os princípios 
fundamentais da contabilidade, pois são eles que dão o direcionamento de 
como ela deve ser efetuada, a questão dos regimes contábeis, e o plano de 
contas, que é uma peça fundamental da contabilidade. 
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Estrutura ConCEitual da ContabilidadE
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 Capítulo 1 
objEtivoS E uSuárioS da ContabilidadE
A contabilidade, de acordo com Franco (1998, p.25):
é uma ciência que estuda e controla o patrimônio das 
entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva 
e a interpretação dos fatos ocorridos, com o fim de 
oferecer informações sobre a sua composição e suas 
variações, bem como sobre o resultado econômico da 
gestão da riqueza patrimonial. 
A figura 1 mostra que toda entidade precisa de uma contabilidade, para 
que os fatos ocorridos sejam registrados, a fim de fornecer relatórios que serão 
utilizados no seu controle.
Figura 1 – A entidade e as ocorrências
Fonte: Adaptado de Franco (1998)
Durante todo o processo evolutivo da contabilidade, vários conceitos se 
formaram. Destacamos alguns: 
 
segundo Franco (1998, p. 21), “é a ciência que estuda e controla as 
variações no patrimônio das entidades econômico-administrativas, através de 
um conjunto sistematizado de preceitos e normas próprias”.
Padoveze (2000, p. 35) define “Contabilidade como o sistema de 
informação que controla o patrimônio de uma entidade”.
Percebemos, então, que a contabilidade é uma ciência que permite, através 
de suas técnicas, manter um controle permanente do patrimônio da empresa.
A partir desses conceitos, você poderá estar pensando:
- O que é Patrimônio?
Patrimônio é um conjunto de bens, direitos e obrigações de uma empresa 
ou de uma pessoa, avaliado em moeda.
No capítulo 2, você encontrará mais informações sobre o patrimônio.
Entidades
fatos registro relatórios controle
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 Contatibilidade Geral
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objEto E objEtivo da ContabilidadE 
A Contabilidade é a ciência que tem por objeto o patrimônio das entidades 
e por objetivo o controle desse patrimônio, com a finalidade de fornecer 
informações a seus usuários.
O patrimônio é o objeto da Contabilidade, isto é, constitui a matéria sobre 
a qual se exercem as funções contábeis. O patrimônio é um conjunto de bens, 
direitos e obrigações vinculados à entidade.
O objetivo da Contabilidade é controlar o patrimônio. Na Contabilidade, 
os objetivos estão definidos, como as informações que deverão ser geradas, 
para que os diversos usuários possam tomar conhecimento da situação da 
organização, em dado momento, com a finalidade de tomar as decisões que 
considerarem necessárias.
Perceba, então, que a finalidade da Contabilidade é a de controlar o 
Patrimônio, assegurar o controle do patrimônio administrado e fornecer 
informações sobre a composição e as variações patrimoniais, bem como o 
resultado das atividades econômicas desenvolvidas pela entidade para 
alcançar seus fins,que podem ser lucrativos ou meramente ideais (sociais, 
esportivos e outros); enfim, fornecer informações a seus usuários.
Em resumo, podemos dizer que o conhecimento sobre os conceitos 
contábeis, por parte das pessoas, é importante para a análise e interpretação 
de dados financeiros, planejamento e controle do patrimônio, seja ele pessoal 
ou empresarial.
no entanto, no entendimento de Fávero (1997), existem dois pontos 
fundamentais a serem considerados, que complicam o processo de geração 
de informações:
• Quem são os usuários da informação contábil? 
• Como gerar informações para esses usuários?
oS uSuárioS da ContabilidadE
Os usuários são pessoas que se utilizam da contabilidade, que se 
interessam pela situação da empresa e buscam, nas informações trazidas 
pela contabilidade, as suas respostas. Então, quem são esses usuários? Eles 
são denominados de usuários internos ou externos à entidade. 
A Contabilidade é a 
ciência que tem por 
objeto o patrimônio 
das entidades e por 
objetivo o controle 
desse patrimônio, 
com a finalidade de 
fornecer informações a 
seus usuários.
Os usuários são 
pessoas que 
se utilizam da 
contabilidade, que 
se interessam pela 
situação da empresa 
e buscam, nas 
informações trazidas 
pela contabilidade, 
as suas respostas. 
Então, quem são 
esses usuários? Eles 
são denominados de 
usuários internos ou 
externos à entidade. 
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 Capítulo 1 
Os usuários internos (diretores, gerentes, administradores nos diversos 
níveis) são pessoas que trabalham na entidade. Esses usuários utilizam as 
informações contábeis para ajudar no processo de decisão. Um gerente da 
empresa, por exemplo, necessita saber se um produto consegue produzir 
resultado positivo no mercado. Caso a resposta seja negativa, o gerente 
poderá decidir não mais vender o produto. Uma empresa comercial que 
possui diversas lojas, em diferentes cidades, poderá verificar em qual delas 
o resultado é melhor. A contabilidade é denominada gerencial quando é 
utilizada por esses usuários nas suas decisões.
Os usuários externos (acionistas, clientes, fornecedores, bancos, governo, 
sindicatos, etc.) utilizam as informações sobre a entidade para suas decisões. 
Esses usuários se diferenciam dos internos, por não estarem envolvidos 
diretamente com a entidade. A habilidade desses usuários em obter informação da 
entidade é mais limitada; por não serem pessoas da entidade. Eles têm acesso à 
informação preparada pela administração da entidade. A contabilidade destinada 
a esses usuários recebe o nome de contabilidade financeira.
Evidentemente, os usuários internos não são os únicos que se utilizam da 
contabilidade para buscar informações; os usuários externos também buscam 
informações para conhecer melhor a situação da empresa. Assim, o processo 
decisório acaba sendo influenciado pelas informações contábeis disponíveis, o 
que requer do contador sensibilidade, para entender que seria injusto oferecer 
as mesmas informações padronizadas para os usuários externos e internos. 
Você, com certeza, já procurou emprego. Se você tivesse conhecimento 
das informações contábeis da empresa, na qual procurava emprego, e 
percebesse que a mesma não tinha uma boa situação financeira, você iria 
trabalhar nessa empresa? Por quê?
Até agora, estudamos os diversos conceitos relacionados à contabilidade 
e quem se utiliza das informações geradas pela contabilidade, sendo eles os 
usuários internos e externos.
semelhante ao que se passa em outras áreas do conhecimento, a 
contabilidade também é governada por um conjunto de leis de formação, 
os chamados Princípios Fundamentais da Contabilidade, que servem para 
orientar a pratica profissional. Sobre esses princípios, trataremos a seguir.
Evidentemente, os 
usuários internos 
não são os únicos 
que se utilizam da 
contabilidade para 
buscar informações; 
os usuários externos 
também buscam 
informações para 
conhecer melhor 
a situação da 
empresa. 
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PrinCíPioS FundamEntaiS da ContabilidadE
Não pretendemos apresentar uma ampla discussão sobre os Princípios 
Fundamentais da Contabilidade, mas simplesmente mostrar-lhe esses 
fundamentos da contabilidade. 
a) Princípio da entidade
O princípio da entidade reconhece que o patrimônio é o objeto da 
contabilidade. Nesse sentido, deve existir separação entre os diversos 
patrimônios. Em termos práticos, isso significa, por exemplo, que o patrimônio 
de entidade não se confunde com o patrimônio dos sócios. 
É muito comum, em pequenas empresas, o proprietário utilizar os recursos 
da conta corrente da empresa para efetuar pagamentos pessoais. Essa atitude 
não respeita o princípio da entidade, pois não separa os dois patrimônios 
envolvidos: o patrimônio da entidade e o do proprietário. seria correto que a 
conta corrente da empresa só fosse utilizada para os pagamentos da empresa.
b) Princípio da continuidade
A continuidade de uma entidade deve ser levada em conta, quando estão 
sendo preparadas as suas demonstrações financeiras. Caso exista chance 
de que a entidade cesse suas operações, isso pode afetar a forma de como 
alguns ativos e passivos serão apresentados ou avaliados. 
Uma situação possível de ocorrer é um empréstimo captado numa 
instituição financeira em que existe um compromisso de pagamento imediato, 
diante da possibilidade de não continuidade. Isso, naturalmente, afeta a 
situação do balanço patrimonial da entidade.
Alguns ativos somente possuem valor, caso a empresa continue existindo 
no futuro. É o caso dos denominados “impostos a compensar”. A entidade pode 
reduzir a carga tributária no futuro, conforme permitido pela legislação. Entretanto, 
essa possibilidade não existe caso a entidade paralise suas operações.
c) Princípio da oportunidade
A oportunidade diz respeito ao fato de a contabilidade reconhecer um 
determinado evento, tão logo o mesmo ocorra. E que o mesmo seja feito de 
forma correta. 
Considere a seguinte situação: um grupo de empregados entra com 
processo na justiça trabalhista contra a entidade. Nesse momento, a entidade 
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 Capítulo 1 
estudará a situação; se for constatada a chance de a empresa perder o 
processo, o mesmo deverá ser registrado imediatamente. Assim, a empresa 
já pode reconhecer essa despesa, e, em consequência, diminuindo seu lucro, 
pagar menos imposto de renda. 
d) Princípio do registro pelo valor original
Quando um bem é adquirido por uma entidade, ele deve ser registrado 
pelo valor de aquisição. O princípio do registro pelo valor original significa 
que se deve considerar como valor de um terreno, por exemplo, o preço 
pago na sua aquisição. Além disso, se um terreno foi comprado, deve 
ser registrado na contabilidade da entidade, e o seu valor não deve ser 
alterado. Outro aspecto importante, decorrente desse princípio, é que a 
contabilidade deve ser feita em moeda nacional. 
 
e) Princípio da atualização monetária
Os aumentos de preços da economia afetam os valores da contabilidade 
de uma entidade. O princípio da atualização monetária reconhece esse fato 
e afirma que esses efeitos devem ser considerados. Desse modo, o valor de 
aquisição de um terreno deverá sofrer atualização monetária, para reconhecer 
a inflação ocorrida no período. 
O objetivo principal da atualização monetária é, exatamente, expurgar os 
efeitos inflacionários sobre os elementos patrimoniais, de modo a possibilitar 
que as demonstrações contábeis retratem o real estado econômico-financeiro 
da empresa.
nesses últimos anos, o Brasil tem passado por vários planos econômicos, 
com variação do nível de inflação e com retorno e volta oficial/legal/fiscal doprocedimento de atualização monetária. No momento, estamos sem esse 
procedimento, desde 1o de janeiro de 1996.
f) Princípio da competência
O princípio da competência estabelece quando a contabilidade deve 
registrar a receita e a despesa. A regra é que ambas devem ser consideradas 
na demonstração do resultado de uma entidade quando ocorrem, independente 
de pagamento ou recebimento.
Um exemplo da aplicação do princípio da competência refere-se à situação 
da receita de prestação de serviço de uma entidade, a prazo. A contabilidade 
fará o registro da receita quando ocorrer a prestação do serviço, e não quando 
a entidade obtiver o recebimento. 
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 Contatibilidade Geral
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g) Princípio da prudência
O princípio da prudência considera que, entre as alternativas válidas 
na quantificação dos componentes das demonstrações financeiras, deve-se 
adotar a que irá apresentar o menor ativo e o maior passivo para a entidade. 
Em decorrência da equação contábil, isso significa que, entre duas alternativas 
existentes, deve-se escolher a que apresenta o menor patrimônio líquido. 
É importante notar que se deve aplicar o princípio da prudência quando 
existir incerteza na estimativa dos valores. Considere, a título de exemplo, uma 
entidade que responde por um processo na justiça trabalhista. Já se sabe que 
a entidade será condenada, mas a previsão do valor a ser pago está em torno 
de dois números. A contabilização deve adotar a prudência, ou seja, utilizar o 
número que represente o maior passivo. 
Uma discussão mais aprofundada sobre os Princípios Fundamentais da 
Contabilidade pode ser vista na Resolução n. 774, de 16/12/1994, do Conselho 
Federal de Contabilidade. Consulte o site: www.cfc.org.br
ATIVIDADE DE ESTUDO:
Agora, que você sabe em que consiste cada um dos Princípios Fundamentais 
da Contabilidade, vamos resolver o Estudo de Caso:
 
O Grupo Provença do vale ltda. está contratando uma pessoa para 
trabalhar no Departamento de Contabilidade, tendo em vista a expansão 
de seus negócios. A pessoa a ser contratada deverá ter conhecimentos 
de contabilidade.
Considere que seja você esta pessoa. Nessas condições, estude 
cautelosamente os dados a seguir, que fazem parte do teste de seleção, e 
a seguir responda os questionamentos:
a) Um dos sócios emitiu um cheque seu para pagamento de uma duplicata 
da empresa.
b) A empresa recebeu um pedido de venda em 30/10/2008, o diretor 
comercial mandou o contador contabilizar o pedido. A venda e a 
entrega da mercadoria ocorreriam no dia 03/11/2008.
c) A empresa comprou um imóvel por R$ 85.000,00. Oito meses após 
a aquisição, o diretor da empresa verificou que o seu imóvel estava 
valendo R$ 100.000,00. Então, solicitou ao contador que retificasse o 
valor do imóvel para R$ 100.000,00.
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 Capítulo 1 
d) O prolabore dos sócios, referente ao mês de janeiro e pagos em 
fevereiro, estão contabilizados em fevereiro.
e) A empresa está às voltas com um processo judicial. Na avaliação do 
departamento jurídico, ela tem 40% de chance de ganhar a causa. O 
contador entende que deve fazer a provisão e lançar em despesa o 
valor depositado.
Nas questões, que princípios devem ser observados:
a) ________________________________________________________
b) ________________________________________________________
c) ________________________________________________________
d) ________________________________________________________
e) ________________________________________________________
Como vimos, a contabilidade possui regras a serem seguidas, e entre elas 
estão os Princípios Fundamentais da Contabilidade, os quais servem para 
orientar os profissionais contábeis na elaboração das informações para vários 
tipos de usuários; porém, nem sempre esses usuários têm entendimento das 
práticas e normas contábeis. Entre as práticas contábeis, encontram-se os 
regimes contábeis. Para melhor compreensão, vamos descrevê-los a seguir.
rEgimES ContábEiS
Regimes contábeis são as normas que orientam o registro e o controle 
dos fatos patrimoniais. Os regimes contábeis estão divididos em Regime de 
Competência e Regime de Caixa.
a) Regime de Competência: determina que as receitas e as despesas 
devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrem, 
sempre simultaneamente, quando se correlacionam, independentemente de 
recebimento ou pagamento.
De acordo com Hoji (2000), o regime de competência de exercícios, as 
receitas e as despesas são consideradas em função de seu fato gerador e não 
em função do seu recebimento ou pagamento, respectivamente. As receitas do 
exercício são aquelas efetivamente ganhas no período; não importa se foram 
recebidas ou não. As despesas do exercício são aquelas efetivamente incorridas 
no período, não importando se têm sido pagas ou não. O regime de competência 
se diferencia do regime de caixa, pelo fato do último considerar como receitas e 
despesas do período as que foram efetivamente recebidas ou pagas.
O regime de 
competência se 
diferencia do regime 
de caixa, pelo fato do 
último considerar como 
receitas e despesas do 
período as que foram 
efetivamente recebidas 
ou pagas.
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 Contatibilidade Geral
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Vejamos este exemplo, apresentado por Hoji (2000) e adaptado aos 
objetivos deste caderno: uma empresa adquire, em abril de 2006, material 
de escritório (papel, clips, canetas, cartuchos para impressora, papel, etc.), 
por R$ 2.300,00, a prazo, para pagamento em junho de 2006. O material é 
totalmente consumido no mês de maio de 2006. Considerando que o resultado 
do exercício é apurado mensalmente, em que mês será atribuída a despesa 
com material de escritório (abril, maio ou junho)?
• Aquisição do material de escritório: abril
• Consumo do material de escritório: maio
• Pagamento do material de escritório: junho
Pelo regime de competência, o material de escritório será registrado 
como despesa no mês de maio (mês do consumo). No mês de abril (mês de 
aquisição), o material foi registrado no ativo (estoque), ou seja, um gasto não 
desembolsado, pois será pago no mês de junho.
 
b) Regime de Caixa: considera o registro contábil do pagamento ou 
recebimento no momento de sua efetivação, não importando a que período se 
refere o fato.
De acordo com Hoji (2000), no regime de caixa, são consideradas 
receitas do período aquelas efetivamente recebidas e, despesas do período 
as efetivamente pagas. As empresas com fins lucrativos estão obrigadas, 
pela legislação fiscal, a adotarem o regime de competência na apuração 
do resultado, o que não impede que o regime de caixa seja utilizado 
gerencialmente como instrumento de controle e de decisão.
A utilização do regime de caixa ou financeiro é muito comum nas empresas 
sem fins lucrativos, como: associações, entidades religiosas, entidades 
filantrópicas, bem como nas micro e pequenas empresas, dispensadas da 
obrigatoriedade do regime de competência.
Com base no exemplo anterior, pelo regime de caixa, o material de 
escritório será registrado como despesa no mês de junho, mês do efetivo 
pagamento, e não no mês de consumo.
Na maioria das vezes, os empresários se perguntam: como obtive lucro, 
se não tenho dinheiro em caixa para pagar as minhas dívidas? E a resposta é: 
o lucro é fluxo econômico de recursos e caixa é fluxo financeiro de recursos. É 
imprescindível que todo empresário se utilize desse importante instrumento de 
gestão (a demonstração do fluxo de caixa) para administrar de forma eficiente 
os recursos da entidade (HOJI, 2000).
De acordo com 
Hoji (2000), no 
regime de caixa, 
são consideradas 
receitas do período 
aquelas efetivamente 
recebidas e, despesas 
do período as 
efetivamente pagas. 
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Estrutura ConCEitualda ContabilidadE
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 Capítulo 1 
Para fixar melhor os regimes contábeis, observe uma aplicação prática 
dos conceitos:
Veja o seguinte exemplo: a empresa Estrela Ltda teve uma receita de 
R$ 20.000,00 no período, sendo que apenas 60% dessa receita foi recebida. 
Teve despesas no total de R$ 17.000,00 no mesmo período, sendo que R$ 
12.000,00 foram efetivamente pagos. Os resultados, utilizando o regime de 
competência (econômico) e o regime de caixa (financeiro) serão os seguintes:
 Itens Regime de Competência Regime de Caixa
Receita 20.000,00 12.000,00
(-) Despesas 17.000,00 12.000,00
lucro 3.000,00 0
Normalmente, o resultado apurado pelo regime de competência é bem 
diferente daquele apresentado pelo regime de caixa. O regime de competência 
representa o resultado econômico e o regime de caixa representa o resultado 
financeiro. Os dois conceitos se complementam.
Em resumo, podemos dizer que o conhecimento dos regimes contábeis é 
importante, pois refletem a situação da empresa de modo diferente. Lembramos 
também que a contabilidade é fundamentada no regime da competência, e isto 
vocês já tiveram conhecimento quando estudamos os princípios fundamentais 
da contabilidade.
ATIVIDADE DE ESTUDO:
1 Considerando os dados a seguir, referentes ao mês de dezembro/2005, 
calcule o resultado, de acordo com o regime de competência e o regime 
de caixa:
Despesa de dezembro de 2005 paga em janeiro/2006 $ 46,00
Despesa de dezembro de 2005 paga em janeiro/2006 $ 64,00
Despesa de dezembro/2005 paga em dezembro/2005 $ 55,00
Receita de dezembro/2005 recebida em janeiro/2006 $ 37,00
Receita de janeiro/2006 recebida em dezembro/2005 $ 73,00
Receita de dezembro/2005 recebida em dezembro/2005 $ 61,00
Resultado apurado pelo regime de competência: $ _________________
Resultado apurado pelo regime de caixa: $ _________________
O resultado apurado 
pelo regime de 
competência é bem 
diferente daquele 
apresentado pelo 
regime de caixa. O 
regime de competência 
representa o resultado 
econômico e o regime 
de caixa representa o 
resultado financeiro. 
Os dois conceitos se 
complementam.
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 Contatibilidade Geral
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2 Sabe-se o seguinte:
a) Receitas do ano:
De vendas $ 300.000,00
De vendas a prazo (não recebidas) $ 400.000,00
De prestação de serviços à vista $ 40.000,00
De prestação de serviço a prazo (não recebido) $ 30.000,00 
 $ 770.000,00
b) Despesas do ano:
Aluguéis pagos (01/01 a 30/11) $ 50.000,00
Aluguel (12) a pagar em janeiro $ 5.000,00
salários pagos (01/01 a 30/11) $ 100,000,00
Salários (12) a pagar em janeiro $ 15.000,00
Água e luz pagas $ 5.000,00
 $ 175.000,00
Pelo Regime de Caixa e de Competência, temos lucro de:
( ) $ 185.000,00 – $ 180.000,00
( ) $ 185.000,00 – $ 595.000,00
( ) $ 595.000,00 – $ 185.000,00
( ) $ 180.000,00 – $ 590.000,00
Agora você já conheceu a estrutura conceitual da contabilidade, e para 
que esta consiga desempenhar seu papel, dentro de todos seus preceitos, é 
fundamental um plano de contas, pois, é através dele que se registram os 
acontecimentos de uma empresa.
inicialmente, veremos o que é conta e, posteriormente, estudaremos o 
plano de contas.
Plano dE ContaS
na sua linguagem cotidiana, o que representa a palavra conta? Possivelmente, 
sua resposta será:
- É quanto se deve na farmácia, no supermercado, na loja, enfim, é tudo 
aquilo que tenho para pagar.
Vejamos o conceito do ponto de vista técnico, ou seja, da contabilidade:
CONTA – é o nome técnico dado aos componentes patrimoniais (Bens, 
Direitos, Obrigações e Patrimônio Líquido) e aos elementos de resultados 
(Despesas e Receitas).
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Estrutura ConCEitual da ContabilidadE
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 Capítulo 1 
E, agora você deve estar perguntando, mas para que servem essas 
contas dentro da contabilidade? É através das contas que a contabilidade 
consegue desempenhar o seu papel. Por isso, elas devem ser tratadas com 
bastante carinho pelos contabilistas. Todos os acontecimentos que ocorrem 
na empresa, responsáveis pela sua gestão, como as compras, as vendas, os 
pagamentos, os recebimentos são registrados em livros próprios, através das 
contas. (RiBEiRO, 1996).
Até aqui você ficou sabendo que as contas são importantes para os 
registros contábeis. São elas que permitem a escrituração dos atos e fatos 
ocorridos nas empresas. Todo o contabilista, ao proceder a escrituração 
contábil, deve ter em mãos uma relação de todas as contas necessárias ao 
seu processo contábil. Essa relação de contas chama-se plano de contas.
Através das contas se faz a escrituração contábil dos atos e fatos ocorridos 
nas empresas. Esclarecemos que os atos são os acontecimentos que ocorrem 
na empresa e que não provocam alterações no patrimônio, e os fatos são os 
acontecimentos que provocam variações nos valores patrimoniais, podendo 
ou não alterar o patrimônio).
Então, você deve estar pensando: afinal, o que é o Plano de Contas?
a) Plano de contas
O Plano de Contas é a estrutura sobre a qual se constrói e elabora a 
escrituração, com a finalidade de mantê-la ordenada, de forma a obter, de 
maneira clara e objetiva, os dois instrumentos informativos mais importantes 
da contabilidade: o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do 
Exercício (PADOvEZE, 2000).
Em outras palavras, o plano de contas deve ser planejado com a mesma 
estrutura do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do 
Exercício.
Para Padoveze (2000, p.73), é chamado plano de contas:
conjunto de contas criado pelo contador, para atender às 
necessidades de registro dos fatos administrativos, de forma 
a possibilitar a construção dos principais relatórios contábeis 
e atender a todos os usuários da informação contábil.
O Plano de Contas deve ser tão detalhado, conforme as necessidades e 
o interesse da empresa em informações detalhadas; não existem regras que 
estabeleçam o número máximo ou o número mínimo de contas que um plano 
de contas deve conter. É preciso que se saiba, todavia, que o plano de contas 
Através das contas 
se faz a escrituração 
contábil dos atos 
e fatos ocorridos 
nas empresas. 
Esclarecemos que 
os atos são os 
acontecimentos que 
ocorrem na empresa 
e que não provocam 
alterações no 
patrimônio, e os fatos 
são os acontecimentos 
que provocam 
variações nos valores 
patrimoniais, podendo 
ou não alterar o 
patrimônio).
O Plano de Contas 
deve ser tão 
detalhado, conforme 
as necessidades e o 
interesse da empresa 
em informações 
detalhadas; não 
existem regras que 
estabeleçam o número 
máximo ou o número 
mínimo de contas que 
um plano de contas 
deve conter. 
deve estar elaborado de forma a permitir a inclusão de novas contas, sempre 
que isto se fizer necessário. Portanto, o grau de detalhamento do plano de 
contas varia segundo o interesse do contador e da empresa, levando sempre 
em consideração a necessidade de registrar todas as ocorrências na vida de 
uma empresa.
No livro Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações-FIPECAFI, 
você encontrará, no capitulo 2, mais informações e também um modelo de 
PlAnO DE COnTAs. 
b) Técnica da elaboração do plano decontas
 
O Plano de contas deve possuir contas em número suficiente para 
registrar todos os valores positivos, todos os valores negativos, 
todos os ingressos e todas as despesas de forma detalhada, a fim 
de não ocorrerem confusões. na preparação do Plano de Contas 
deve-se iniciar do grupo maior para os grupos menores - do geral 
para o particular. (FAGUnDEs, 2009).
Assim, segundo Fagundes (2009), podemos dizer que o plano de contas 
pode se dividir em quatro grandes grupos:
• Contas patrimoniais: - ativo
 - passivo e patrimônio líquido 
• Contas de resultado: - receitas
 - despesas 
Ou, visando à elaboração da demonstração do resultado do exercício, em 
apenas três:
•	 Ativo: agrupando todas as contas que representam bens ou direitos da empresa.
•	 Passivo e patrimônio líquido: agrupando todas as contas que representam 
as obrigações da empresa e o capital próprio (patrimônio líquido).
•	 Contas de resultado: agrupando as contas de resultado. seu saldo 
representa uma receita, um ingresso, um lucro, quando credor, ou uma 
despesa, um gasto, uma perda, quando devedor.
As contas de segundo grau são aquelas que representam o agrupamento 
de contas em que se divide o ativo, o passivo e as contas de resultado, com 
o mesmo ordenamento em que é feita a apresentação das demonstrações 
contábeis. 
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Estrutura ConCEitual da ContabilidadE
25
 Capítulo 1 
Assim, teremos dentro do ativo, os seguintes grandes grupos, conforme a 
Medida Provisória 449/2008:
1 ATIVO
1.1 Ativo Circulante: Este grupo agrega as contas que representam os 
valores disponíveis em caixa, em bancos, os valores a receber até a data 
do próximo balanço, os estoques e as despesas pagas antecipadamente 
e que influenciarão os resultados do exercício seguinte. Este grupo pode 
ser dividido em outros subgrupos de acordo com as necessidades e 
conveniências. 
1.2 Ativo Não-Circulante: Este grupo agrega as contas que representam 
os valores a receber (os direitos) cujo vencimento ocorre após o balanço 
seguinte, denominado Ativo Realizável a Longo Prazo; e as contas 
representativas dos bens adquiridos com caráter permanente, que são os 
Investimentos, as Imobilizações e o Intangível:
a) Investimentos: Agrupam as contas que representam as aplicações 
de recursos financeiros em outras empresas ou em bens que não 
mantenham relação com a atividade objeto da empresa.
b) Imobilizações: Aqui se agrupam as contas que representam as 
aplicações de recursos financeiros que visam à manutenção da atividade 
objeto da empresa e as respectivas contas de regularização.
c) Intangível: Os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos, 
destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa 
finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. 
2 PASSIVO
2.1 Passivo Circulante: Reúne as contas representativas das obrigações 
da empresa, vencíveis no decurso do exercício seguinte (antes do 
próximo balanço). 
2.2 Passivo Não-Circulante: Agrupa as contas que representam as obrigações 
que terão seu vencimento após o decurso do exercício seguinte (após o 
próximo balanço); também neste grupo estão as contas de Resultado de 
Exercícios Futuros e do Patrimônio líquido. 
a) Resultado de exercícios futuros: são as contas que representam 
as receitas e despesas relativas a obras, cujo ciclo operacional seja 
superior a um ano. Ex.: a construção de um edifício.
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 Contatibilidade Geral
26
b) Patrimônio líquido: são as contas que representam o patrimônio líquido 
da empresa, formado pelo seu capital social, suas reservas e lucros ou 
prejuízos acumulados.
rESultado do PEríodo
O resultado do período compara as receitas com as despesas do período, 
reconhecidas e apropriadas, conforme o regime de competência, já estudado 
neste capítulo, apurando um resultado que pode ser positivo ou negativo. As 
contas que compõem este resultado estão descritas a seguir:
a) Receita Bruta: reúne as contas que representam a receita bruta das 
vendas de mercadorias, de mercadorias e serviços, ou apenas, de serviços.
b) Abatimentos da Receita Bruta: reúne as contas que representam as vendas 
anuladas, os descontos incondicionais e os impostos incidentes sobre as 
vendas, dos quais o comerciante é mero repassador (iCMs, Pis e COFins).
c) Custo das Vendas: neste grupo se reúnem as contas utilizadas na apuração 
do custo das mercadorias vendidas: mercadorias estoque (EI); compras à 
vista; compras a prazo; fretes sobre compras e devolução de compras. 
 
d) Despesas Operacionais: são todas as despesas necessárias à atividade 
geral da empresa, tendo em vista o fim a que ela se propõe. Este grupo, 
geralmente, é dividido em subgrupos, de acordo com o interesse da empresa 
(despesas com vendas, despesas administrativas, despesas financeiras etc.)
É importante ressaltar os aspectos operacionais que o contador deve 
levar em consideração, na criação das contas. são elementos que ele cria e 
dos quais se utiliza para melhor controlar o patrimônio de uma entidade. com 
o objetivo de responder às três perguntas básicas para o responsável pela 
entidade contabilizada, que são:
• O que tenho e devo e qual o valor do que tenho e devo?
• Respondida através do Balanço Patrimonial.
• Quanto ganhei no último período?
• Respondida pela variação do Patrimônio líquido, no Balanço Patrimonial e 
na Demonstração de Resultados.
• Como foi o ganho do último período?
O resultado do período 
compara as receitas 
com as despesas do 
período, reconhecidas 
e apropriadas.
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Estrutura ConCEitual da ContabilidadE
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 Capítulo 1 
• Respondida pela Demonstração dos Resultados (Receitas – Despesas).
O contador cria tantas contas quantas forem necessárias, para registrar 
todos os fatos que possibilitem tais respostas.
Para finalizar, você deve ter percebido que, para assegurar a uniformidade 
na utilização de contas para o registro das transações, as empresas se utilizam 
de um plano de contas.
Um plano de contas representa a organização das contas usadas pela 
empresa para o registro das transações, com o objetivo de assegurar a 
uniformidade na sua utilização. 
Neste capítulo, você conheceu alguns termos usados na contabilidade, 
tais como: Ativo, Passivo e Patrimônio líquido. no próximo capítulo, em que 
estudaremos o patrimônio, esses termos serão melhor esclarecidos.
ATIVIDADE DE ESTUDOS:
O sistema patrimonial de contas divide-as em quatro grandes agrupamentos:
 Contas Patrimoniais = contas de Ativo e Passivo
 Contas de Resultado = contas de Receitas e Despesas
As contas abaixo representam um patrimônio em detalhe.
Coloque (A) se for conta de Ativo; (P) se for conta de Passivo; (D) se for 
conta de Despesa; e (R) se for conta de Receita.
( ) Caixa ( ) Empréstimos ( ) Bancos com movimento
( ) Juros recebidos ( ) Juros pagos ( ) Fretes e despachos
( ) Salários a pagar ( ) Salários ( ) Duplicatas a receber
( ) Móveis e utensílios ( ) Vendas ( ) Descontos obtidos
( ) Duplicatas a pagar ( ) Mercadorias estoque ( ) Aluguéis pagos
( ) Encargos de INSS ( ) Aluguéis recebidos ( ) Capital Social
( ) Comissões pagas ( ) Comissões recebidas ( ) Viagens e refeições
( ) Energia elétrica ( ) Gastos com telefone ( ) FGTs a pagar 
algumaS ConSidEraçõES
Neste capítulo, conhecemos que o objetivo da contabilidade é avaliar o 
patrimônio da empresa, fornecendo informações úteis aos diversos tipos 
de usuários. Podemos perceber que a contabilidade não é propriedade do 
contador e nem a ele se destina. Compete a este importante profissional 
comunicar,da forma mais apropriada possível, a informação que possa auxiliar 
os tomadores de decisão.
Entendemos que os conceitos contábeis devem ser claros e concisos, 
de modo a serem corretamente entendidos pelos usuários. Vimos, também, 
que os usuários são divididos em usuários internos, que são pessoas que 
trabalham na entidade, ou externos, como por exemplo, a autoridade fiscal, os 
investidores, as agências reguladoras do governo, os fornecedores e clientes. 
Diferenciamos os regimes de caixa e de competência e aprendemos que, 
na contabilidade, usamos o regime de competência. 
E, não menos importante, você compreendeu que o plano de contas é um 
guia para se fazer contabilidade e que cada empresa deverá efetuar um plano 
de contas de acordo com suas necessidades.
rEFErênCiaS
BRASIL. Medida provisória n. 449/08, de 4 de dezembro de 2008. 
Diário	Oficial	da	União, Poder Executivo, Brasília, DF, 4 dez. 2008. 
Seção 1. Disponível em: <http://legis.senado.gov.br/mate/servlet/
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FAGUNDES, Jair Antonio. Site do contador. Disponível em: <http://www.jair.
fema.com.br/>. Acesso em: 23 abr. 2009.
FAVERO, Hamilton Luiz. Contabilidade: teoria e prática. são Paulo: Atlas, 
1997.
FRAnCO, Hilário. Contabilidade geral. 23. ed. são Paulo: Atlas, 1998.
HOJI, Masakazu. Administração	financeira: uma abordagem prática. 2. ed. 
são Paulo: Atlas, 2000. 
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Estrutura ConCEitual da ContabilidadE
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 Capítulo 1 
PADOvEZE, Clóvis luís. Manual de contabilidade básica. Uma introdução 
à prática contábil. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
RiBEiRO, Osni Moura. Contabilidade básica. 20. ed. são Paulo: saraiva, 
1996.
30
 Contatibilidade Geral
30
CAPÍTUlO 2
Patrimônio
A partir da concepção do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
 3 Compreender a situação patrimonial das entidades.
 3 Classificar a situação do patrimônio das entidades.
 3 Diferenciar origens e aplicações de recursos.

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