Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Análise de Pequenos Sinais Transistores - parte - 2 Professor Lucas Tenório de Souza Silva 1- INTRODUÇÃO 1 – INTRODUÇÃO A análise que será vista a seguir considera que o sinal é pequeno, ou seja: Sinal de Tensão da ordem de unidades V à poucas dezenas de mV; ou Sinal de Corrente da ordem de: unidade de centenas de mA; ou Potência da ordem de: centenas de mW Existem três modelos de transistores comumente utilizado para análise AC para pequenos sinais: O modelo re (enfase de Bolestad) O modelo hibrido O modelo hibrido equivalente 2- AMPLIFICAÇÃO NO DOMÍNIO AC 2- AMPLIFICAÇÃO NO DOMÍNIO AC O transistor utilizado como amplificador permite que a potência AC de saída seja maior que a potência AC de entrada. O que permite que Po(AC) seja maior que Pi(AC) é a potência CC aplicada. O que ocorre é que a P(CC) auxilia a Po(AC). Apesar da P(CC) auxiliar a Po(AC), é possível aplicar o Teorema de Superposição para fazer a análise separando as fontes CC da CA. 3- MODELAGEM DO BJT 3- MODELAGEM DO BJT Assim como foi feito para o diodo, a análise do circuito transistorizado também é ser feita utilizando modelos de diodo. Sobre o modelo híbrido equivalente: Era comumente aplicado, pois utiliza informações da folha de dados do fabricante. A desvantagem é os dados que possuem faixas, obtidas para um determinado ponto quiescente, e assim geralmente o ponto real de funcionamento não coincide com as desejadas. Apesar da desvantagem, é uma abordagem aproximada bastante confiável. 3- MODELAGEM DO BJT Sobre o modelo re: É uma versão resumida do modelo hibrido. Alguns parâmetros do circuito são determinados pelas condições reais, mas ainda necessita da folha de dados do fabricante. Sobre o modelo hibrido: É semelhante ao modelo re, mas utilizado geralmente para alta frequência (acima de 300kHz). Possui uma conexão entre a entrada e a saída usando elemento resistivo e capacitivo. Modelo Híbrido Equivalente Modelo re 3- MODELAGEM DO BJT Conhecendo o teoremas de superposição e funcionamento do capacitor no regime Ac, análise AC de pequenos sinais iniciará da seguinte maneira: Substitui todas as fontes CC por um curto-circuito (T. Superposição); Substitui todos os capacitores por um curto - circuito ( considera baixa Impedância em AC); Redesenha o circuito de modo mais lógico e conveniente; Antes Depois 3- MODELAGEM DO BJT É necessário identificar os parâmetros (Zi, Zo, Ii, Io) e os sentidos do sistema quadripolo de forma corrente; Zi: impedância de entrada; Zo: impedância de saída; Ii: corrente de entrada; Io: corrente de saída; Com os parâmetros, será possível calcular: Ganho de Tensão; Ganho de Corrente: i o i i i A i o v v v A x x x i v Z 4 – BJT COMO AMPLIFICADOR 4 – BJT COMO AMPLIFICADOR Aplicações com transistores com finalidade de amplificação deve colocar ponto de operação na região ativa. Através dos conhecimento de polarização visto anteriormente, é possível estabelecer uma corrente de emissor ou coletor previsível e insensível (estável). Para compreender como o transistor opera como amplificador, considere o circuito a seguir: #Obsevação: Letra Maiúscula: Sinal CC (VBE) Letra Minúscula: Sinal AC (vbe) Minúscula com Maiúscula: Misturado (Ib ou iB) 4 – BJT COMO AMPLIFICADOR 4.1 – Análise CC: Considera apenas a fonte VBE, curto-circuitando vbe (vbe=0); O circuito deve ser polarizado para que o ponto de operação esteja na região ativa, ou seja jBE direta e JBC reversa. Com o ponto quiescente na região ativa e considerando que a junção B-E se comporta como diodo e ICIE , o circuito apresenta as seguintes relações: T BE V V SC eII C E I I C B I I RCCCCE VVV q Tk V KT mV C VT 26 106,1 3001038,1 19 23 Cq KT KJk K 19 23 106,1: 30027273: /1038,1: 4 – BJT COMO AMPLIFICADOR 4.2 – Corrente de Coletor e Transcondutância: Considera ambas as fonte VBE e vbe, o novo sinal é dado por vBE: Substituindo na formula da corrente do coletor: Para valores de vbe<<Vt (26mV) pode-se considerar que: Logo a corrente AC do coletor é dada por: É chamada de transcondutância (gm) a relação entre a corrente ic e a tensão vbe: T be T BE T beBE T BE V v V V S V vV S V v SC eeIeIeIi beBEBE vVv T be V v CC eIi T be CC T beV v V v Ii V v e T be 11 be T C CC v V I Ii cCC iIi be T C c v V I i bemc vgi T C m V I g 4 – BJT COMO AMPLIFICADOR A transcondutância pode ser vista como a inclinação da curva vBE x iC: Deseja-se que vbe pequena suficiente para que a operação fique restrita ao segmento quase linear da curva exponencial 4 – BJT COMO AMPLIFICADOR 4.3 – Corrente de Base e Resist. de Entrada da Base: Conhecida a relação entre corrente de base e de coletor, então: Assim a corrente de base AC pode ser dada como: A resistência de entrada a base e o emissor, vista da base, é dada por r BBbe T CC B C B iIv V II i i i T C m V I g be T Cc b v V Ii i be m b v g i C T B C mb be I V I I g r i v r B T I V r 4 – BJT COMO AMPLIFICADOR 4.4 –Corrente de Emissor e R. de Entrada do Emissor: Conhecida a relação entre corrente de emissor e de coletor, então: Assim a corrente AC de emissor pode ser dada como: A resistência de entrada da base para o emissor, vista pelo emissor é dada por re: Comparando r e re: eEbe T CC E C E iIv V II i i i beT Cc e v V Ii i T C m E T e e be e V I g I V r i v r mm e gg r 1 be T C e v V I i beT E e v V I i b ee e be e b be i ri r i v r i v r err )1( err be ii )1( 5 - MODELO re 5 - MODELO re O modelo re será construído e analisado para as configurações EC e BC, pois o modelo para a configuração CC, pode ser utilizada a configuração EC. 5.1 – Modelo re para configuração Emissor Comum. Enxergando o circuito pelo sinal de entrada: 1 – Na base: o sinal na entrada (vi) será igual a tensão vbe que provoca uma variação de corrente ib 2 – No coletor: injeção de ib que provoca uma variação na corrente ic dado por ib (fonte de corrente controlada por corrente). 3 – No emissor: relação da tensão vbe e ib é similar a de um diodo e a junção B-E pode ser aproximada a uma resistência entre os terminais da base e emissor. be m b v g i bc ii b be i v r err 5 - MODELO re Assim vista pela entrada, o modelo re pode desenhado como se vê mais abaixo: Impedância de Entrada do transistor: e b be iT iT iT rr i v i v Z )1( Modelo hibrido B T I V r T C m V I g Modelo re E T e I V r bemb vgi Modelo T (modelo equivalentedo modelo re) err 5 - MODELO re O modelo anterior ainda não esta completo. É necessário enxergar o circuito de saída, neste caso: 1- as curvas de saída da configuração não são paralelas. 2 – As retas tangentes de cada curva são concorrentes, passando por um ponto chamada de Tensão de Early (VA); 3 – O inverso da inclinação das retas tangentes, identificará a impedância de saída do transistor para esta configuração, podendo ser determinada por: É desejável que ro seja elevada, sendo obtida em com inclinações menores. Cq A Cq CEqA ooT I V I VV rZ C CE o I V y x r )( fabricantedodadohr oeo 5 - MODELO re Assim o modelo re para a configuração emissor comum é dado pelo circuito abaixo: Cq A ooT I V rZ C CE o I V r )( fabricantedodadohr oeo ETe IVr ebbeiTiTiT rrivIVZ )1( BTIVr bemc vgi T C m V I g ee m rr g 1 Modelo hibrido Modelo re 5 - MODELO re 5.2 – Modelo re para configuração Base Comum. O circuito equivalente para a configuração Base Comum é similar ao modelo utilizado para o emissor comum, mas é necessário lembrar que: Corrente e Tensão de entrada: Ie e Vbe; Corrente e Tensão de saída: Ic e Vcb; A análise é feita com o transistor PNP é similar ao modelo re NPN, mudando apenas o sentido da fonte de corrente. PNP NPN E T eiT I V rZ Cq A ooT I V rZ 5 - MODELO re Como o sinal é introduzido entre o emissor a base, a impedância de entrada vista pelo sinal é dada pelo valor de resistência da junção B- E polarizada diretamente (resistência baixa), identificada por re. Como a corrente de emissor e coletor possuem valores muito próximos, então a curva de saída possuem retas tangente com inclinação baixíssima e consequentemente ro para essa configuração é elevadíssima. E T eiT I V rZ Cq A ooT I V rZ err )1( Modelo re bemc vgi Modelo T (modelo equivalente do modelo re) 6 – APLICAÇÃOD DO MODELO re 6 – APLICAÇÃOD DO MODELO re 6.1 - Modelo re na config. EC com Divisor de Tensão: A análise AC feita para esta polarização poderá ser feita da mesma forma para as outas polarizações de EC. 1ª) Construir o circuito para o sinal AC: Substitui todas as fontes CC por um curto-circuito (T. Superposição); Substitui todos os capacitores por um curto - circuito ( considera baixa Impedância em AC); 6 – APLICAÇÃOD DO MODELO re 2ª) Substituir o transistor pelo modelo equivalente (modelo re): 3ª) Calculo da Impedância de Entrada do Circuito (Zi): 4ª) Calculo da Impedância de Saída do Circuito (Zo): Se ro 10 Rc: eei rRrRZ //')1//(' oCo rRZ //ETe IVr C CE o I V r )( fabricantedodadohr oeo Co RZ ee m rr g 1 6 – APLICAÇÃOD DO MODELO re 5ª) Ganho de tensão do amplificador sem carga: O ganho de tensão do sinal, considerando a RL (carga) e RS (fonte): # Observação: observe que o ganho é negativo. Isto representa uma inversão no sinal ou seja, um deslocamento de fase de 180°. e i bCobRco r v iRriVv )//()( E T e I V r i o vNL v v A )//()( Co e i o Rr r v v e Co i o r Rr v v )//( e Co vNL r Rr A )//( e LCo vL r RRr A )////( ifonte i s i ZR Z v v e LCo ifonte i vL s i vtotal r RRr ZR Z A v v A )////( ee m rr g 1 6 – APLICAÇÃOD DO MODELO re 6ª) Ganho de corrente com RL: i o i i i A e ie b e eb i i i r irR i rR ri Z v i )//'( //' L LCo e ie L LCob L o o R RRr r irR R RRri R v i )////()//'()////()( Le LCoe i o Rr RRrrR i i )////()//'( Le LCoe i Rr RRrrR A )////()//'( E T e I V r L i VLiL R Z AA e LCo vL r RRr A )////( eei rRrRZ //')1//(' 6 – APLICAÇÃOD DO MODELO re 6.2 - Modelo re na config. BC com Duas Fontes: 1ª) Construir o circuito para o sinal AC: Substitui todas as fontes CC por um curto-circuito (T. Superposição); Substitui todos os capacitores por um curto - circuito ( considera baixa Impedância em AC); 2ª) Calculo da Impedância de Entrada do Circuito (Zi): 3ª) Calculo da Impedância de Saída do Circuito (Zo): eEi rRZ // E T e I V r Co RZ 6 – APLICAÇÃOD DO MODELO re 4ª) Ganho de tensão do amplificador sem: O ganho de tensão do sinal, considerando a RL (carga) e RS (fonte): # Observação: observe que o ganho é positivo. Isto informa que o sinal estará como a mesma fase do sinal de entrada. e i eCeRCo r v iRivv )( i o vNL v v A )( e i Co r v Rv e C i o r R v v e C vNL r R A e LC vL r RR A )//( ifonte i s i ZR Z v v e LC ifonte i vL s i vtotal r RR ZR Z A v v A )//( 6 – APLICAÇÃOD DO MODELO re 5ª) Ganho de corrente com RL: i o i i i A e ieE e eE ee i i i r irR i rR ri Z v i )//( // L LC e ieE L LCe L o o R RR r irR R RRi R v i )//()//()//()( Le LCeE i o Rr RRrR i i )//)(//( Le LCeE i Rr RRrR A )//)(//( E T e I V r L i VLiL R Z AA e LCo vL r RRr A )////( eei rRrRZ //')1//(' 6 – APLICAÇÃOD DO MODELO re 6.3 - Modelo re na config. CC – Seguidor de Emissor: 1ª) Construir o circuito para o sinal AC: Substitui todas as fontes CC por um curto-circuito (T. Superposição); Substitui todos os capacitores por um curto - circuito ( considera baixa Impedância em AC); 2ª) Calculo da Impedância de Entrada do Circuito (Zi): Zb EeBi RrRZ ))1((// E T e I V r )())1(( EeEeb RrRrZ 6 – APLICAÇÃOD DO MODELO re eEo rRZ // eE i eeEREo rR v iiRvv eE iE o rR vR v eE E i o rR R v v eE E vNL rR R A i o vNL v v A 3ª) Calculo da Impedância de Saída do Circuito (Zo): Fonte de tensão: Curto-circuita; Fonte de Corrente: Abre o Circuito; Vista do emissor: re; 4ª) Ganho de tensão do amplificador: O ganho de tensão do sinal, considerando a RL (carga) e RS (fonte): eLE LE vL rRR RR A )//( // ifonte i s i ZR Z v v eLE LE ifonte i vL s i vtotal rRR RR ZR Z A v v A )//( // 6 – APLICAÇÃOD DO MODELO re 5ª) Ganho de corrente do amplificador:i o i i i A )//( )](//[ )(// )//( LEe iEeB e EeB LEee i i i RRr iRrR i RrR RRri Z v i L LE LEe iEeB L LEe L o o R RR RRr iRrR R RRi R v i )//( )//( )](//[)//( LLEe LEEeB i o RRRr RRRrR i i )//( )//)]((//[ LLEe LEEeB i RRRr RRRrR A )//( )//)]((//[ )(// EeBi RrRZ L i VLiL R Z AA eLE LE vL rRR RR A )//( // 6 – APLICAÇÃO EM CASCATA 5ª) Ganho de corrente do amplificador: POLARIZAÇÃO DOS TRANSISTORES EXERCÍCIOS: LIVRO: Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos - BOYLESTAD, R. Exercícios do Capítulo 5: Referente a análises de circuitos usando as configurações EC, BC e CC. Objetivo dos exercícios é trabalhar seu entendimento e sanar suas dúvidas, então faça-os e traga suas dúvidas.
Compartilhar