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Capítulo 9 ANÁLISE DIFERENCIAL DE ESCOAMENTO DE FLUÍDOS 2 As equações diferenciais fundamentais do movimento de fluido são derivados neste capítulo , e mostramos como resolvê-los analiticamente para alguns escoamentos simples. Escoamento mais complicados, tais como o escoamento de ar induzido por um tornado mostrado aqui , não pode ser resolvido exactamente. 3 Objetivos • Entender como a equação diferencial de conservação da massa e da equação diferencial de momento são derivadas e aplicadas. • Calcular a função de corrente e campo de pressão , e plotar as linhas de corrente de um campo de velocidades conhecido. • Obter soluções analíticas das equações de movimento para um escoamento simples. 4 9–1 ■ INTRODUÇÃO (a) Na análise de volume de controle, o interior do volume de controle é tratado como uma caixa preta; (b) na análise diferencial, todos os detalhes do escoamento são resolvidos em cada ponto do domínio do escoamento Técnica do Volume de Controle é útil quando estamos interessados nas características gerais de um escoamento, como a taxa de fluxo de massa para dentro e para fora do volume de controle ou as forças aplicadas sobre um corpo. A Análise Diferencial envolve a aplicação de equações diferenciais de movimento do escoamento em todos os pontos no campo de escoamento sobre um região chamada domínio de escoamento. Condições de contorno as variáveis devem ser especificadas todas as fronteiras do domínio do escoamento; incluindo entradas, saídas, e paredes. Se o escoamento for variável, devemos estender nossa solução ao longo do tempo conforme o campo de escoamento.. 5 9–2 ■ CONSERVAÇÃO DA MASSA – A EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE Para deduzirmos uma equação diferencial para a conservação da massa, imaginamos um volume de controle encolhendo até um tamanho infinitesimal. A taxa de variação da massa dentro do volume de controle é igual às taxas de fluxos de massa que entra no volume de controle menos as taxas de fluxos de massa que sai do volume de controle. 6 Dedução usando o teorema do divergente A maneira mais rápida e mais simples para derivar a forma diferencial da conservação da massa é aplicar o teorema do divergente (teorema de Gauss). Esta equação é a forma compressível da equação da continuidade, uma vez que não têm assumido escoamento incompressível. Isso é válido em qualquer ponto no domínio do fluxo. 7 Derivando Usando um Volume de Controel Infinitesimal Um pequeno volume de controle em forma de caixa centrado no ponto P é usado para a dedução da equação diferencial para a conservação da massa em coordenadas cartesianas; os pontos vermelhos indicam o centro de cada face. Em localizações distantes do centro da caixa, usamos uma expansão em series de Taylor em relação ao centro da caixa. 8 O fluxo mássico através de uma superfície é igual a VnA. A entrada ou a saída de massa através de cada face do volume de controle diferencial é indicado através das setas azuis no centro de cada face. 9 O operador divergente em coordenadas cartesianas e cilíndricas. 10 Combustível e ar sendo comprimidos por um pistão em um cilindro de um motor de combustão interna. 11 12 Densidade adimensional como uma função do tempo adimensional para o Exemplo9–1. Forma alternativa da equação da continuidade À medida que um elemento material se move através de um campo de escoamento, sua densidade muda de acordo com a Eq. 9–10. 13 14 Equação da Continuidade em Coordenadas Cilíndricas Componente da velocidade e vetores unitários em coordenadas cilíndricas: (a) escoamento bidimensional no plano xy ou no plano r, (b) escoamento tridimensional. 15 Casos especiais da equação da continuidade Caso Especial 1: Escoamento permanente compressível 16 Caso Especial 2: Escoamento incompressível A perturbação de uma explosão não é sentida até que a onde de choque atinja o observador. 17 Duto convergente, projetado para um túnel de vento de alta velocidade (sem escala). 18 19 Linha de corrente para o duto convergente Exemplo 9–2. 20 21 A equação da continuidade pode ser usada para determinar uma componente de velocidade que falta. 22 23 Linhas de corrente e perfis de velocidade para (a) um escoamento de linha de vórtices (b) um escoamento em esperial de linha de vótices-sumidouros. 24 25 (a) Em um campo de escoamento incompressível, os elementos de fluídos podem transladar, distorcer e girar, mas não crescem e não encolhem em volume; (b) em um campo de escoamento compressível, os elementos de fluído podem crescer ou encolher em volume enquanto transladam, distorcem e giram. Discução O resultado final é geral - não se limitando a coordenadas cartesianas . Aplica-se a escoamentos transientes e escoamentos permanentes. 26 27 9–3 ■ A FUNÇÃO DE CORRENTE A Função de Corrente em Coordenadas Cartesianas Incompressible, two-dimensional stream function in Cartesian coordinates: stream function Existem várias definições da função de corrente, dependendo do tipo de escoamento sob consideração, bem como do Sistema de coordenadas que está sendo utilizado. 28 Curvas da constante são linhas de corrente do escoamento. Curvas onde a função corrente é constante representam linhas de corrente do escoamento 29 30 Streamlines for the velocity field of Example 9–8; the value of constant is indicated for each streamline, and velocity vectors are shown at four locations. 31 32 33 Linhas de corrente para o campo de velocidade do Exemplo 9–9; o valor da constante é indicado para cada linha de corrente. 34 A diferença do valor de de uma linha de corrente para outra é igual a vazão volumétrica por unidade de largura entre as duas linhas de corrente. (a) Volume de controle limitado pelas linhas de corrente 1 e 2 e pelas fatias A e B no plano xy; (b) Vista ampliada da região ao redor do comprimento infinitesimal ds. 35 O valor de aumenta à esquerda da direção do escoamento no plano xy. Ilustração da “convenção do lado esquerdo”. No plano xy, o valor da função corrente sempre aumenta à esquerda da direção do escoamento. Na figura, a função corrente aumenta à esquerda da direção do escoamento, independentemente de quanto o escoamento gira e torce. Quando as linhas de corrente estão distantes (inferior direito da figura), a magnitude da velocidade (a velocidade do fluido) na vizinhança é pequena em relação à velocidade em locais onde as linhas de corrente estão juntas (região média) . Isto é causado pelas linhas de corrente convergentes, com a diminuição da área da seção transversal, a velocidade deve aumentar para manter a vazão entre as linhas de corrente. 36 Linhas de emissão produzidas pelo escoamento de Hele-Shaw sobre uma plana inclinada. As linhas de emissão modelam as linhas de corrente de escoamento potencial (Cap. 10) sobre uma plana inclinada bidimensional com a mesma forma da seção transversal. 37 Linha de corrente para escoamento livre ao longo de uma parede com uma abertura de sucção estreita; valores da linha de corrente são mostrados em unidades de m²/s; a linha de corrente grossa é a linha de corrente divisória. A direção do vetor velocidade no ponto A é determinada pela convenção do lado esquerdo. 38 39 A Função de Corrente em Coordenadas Cilíndricas Escoamento sobre um corpo axissimétrico em coordenadas cilíndricas com simetria rotacional em relação ao eixo z; tanto a geometria quanto o campo de velocidade não dependem de , e u = 0. 40 Linhas de corrente parao campo de velocidades do Exemplo 9–12, com K = 10 m2/s e C = 0; o valor da constante é indicado para várias linhas de corrente. 41 A Função de Corrente Compressível 42 9–4 ■ EQUAÇÃO DA QUANTIDADE DE MOVIMENTO As componentes positivas do tensor de tensões em coordenadas cartesianas nas faces positivas (direita, superior e frontal) de um volume de controle retangular infinitesimal. Os pontos vermelhos indicam o centro de cada face. As componentes positivas nas faces negativas (esquerda, inferior e traseira) estão na direção oposta aquela mostrada. O tensor de tensões é o tensor que trata da distribuição de tensões e esforços internos nos meios contínuos. 43 Derivação Usando o Teorema da Divergencia Uma forma estendida do teorema do divergente é útil não somente para vetores, mas também para tensores. Na equação, Gij é uma tensor de segunda ordem, V é um volume e A é a área da superfície que delimita e define o volume. A Equação de Cauchy é uma forma diferencial da equação da quantidade de movimento. Ela se aplica a qualquer tipo de fluído. 44 Dedução Usando um elemento de fluido infinitesimal O fluxo de momento que entra e que sai da componente x do momento através de cada face de um volume de controle infinitesimal; os pontos vermelhos indicam o centro de cada face. 45 Em geral, o vetor gravidade não está necessariamente alinhado com qualquer eixo em especial, e há três componentes da força de volume agindo em um elemento infinitesimal de fluído. 46 Esboço ilustrando as forças de superfície agindo na direção x devido à componente apropriada do tensor de tensões em cada face do volume de controle infinitesimal; os pontos vermelhos indicam o centro de cada face. 47 48 Formas Alternativas da Equação de Cauchy 49 Dedução Usando Segunda Lei de Newton Se o elemento de fluído diferencial é um elemento material, este se move com o fluido e a segunda Lei de Newton pode ser aplicada. 50 9–5 ■ A EQUAÇÃO DE NAVIER–STOKES Introdução Para fluidos em repouso, a única tensão sobre um elemento de fluido é a pressão hidrostática, que sempre age para dentro e normal a qualquer superfície. ij, tensor de tensões cisalhantes Pressão Mecânica é a media das tensões normais atuando sobre um elemento de fluido. 51 Fluido Newtoniano vs Não Newtoniano Comportamento reológico dos fluídos — a tensão de cisalhamento como uma função da taxa de deformação de cisalhamento.. Reologia: O estudo da deformação de fluidos. Fluido Newtoniano: Fluido para os quais a tensão de cisalhamento é linearmente proporcional à taxa de deformação. Viscoelastico: Um fluido que retorna (total ou parcialmente) a sua forma original após a tensão aplicada é libertado Alguns fluidos não newtonianos são conhecidos como Cisalhamento diluto (Shear thinning) ou fluido pseudoplástico, quanto mais o fluido é cisalhado, ele se torna menos viscoso. Fluidos plásticos são aqueles em que o efeito de pseudoplasticidade é extremo. Em alguns fluídos é necessária uma tensão finita chamada de tensão de escoamento para que o fluido comece a fluir, esses fluidos são chamados de fluidos plásticos de Bingham. 52 Fluido dilatante: Quanto mais o fluido é cisalhado, ele se torna mais viscoso. Quando um engenheiro cai na areia movediça (fluido dilatante); quanto mais rapidamente tentar se mover, mais viscoso se torna o fluido. 53 Dedução da Equação de Navier–Stokes para escoamento incompressível, Isotérmico 54 O operador Laplaciano, mostrado nas coordenadas cartesianas e cilíndricas, aparece nos termos viscosos da equação de Navier– Stokes. A equação de Navier–Stokes é a pedra fundamental da mecânica dos fluídos. A equação de Navier–Stokes é uma equação diferencial parcial transiente, não linear, de segunda ordem. A Equação 9–60 tem quatro incógnitas (três componentes de velocidade e a de pressão), embora ela represente apenas três equações (três componentes, porque ela é uma equação vetorial). Obviamente, precisamos de outra equação para tenhamos uma solução do problema . A quarta equação é a equação da continuidade (Eq. 9–16). 55 56 Equações da Continuidade e de Navier–Stokes em Coordenadas Cartesianas 57 Equações da Continuidade e de Navier–Stokes em Coordenadas Cilíndricas 58 Uma forma alternativa para os dois primeiros termos viscosos nas componentes r e da equação de Navier–Stokes. 59 9–6 ■ ANÁLISE DIFERENCIAL DOS PROBLEMAS DE ESCOAMENTO DE FLUIDOS Existem dois tipos de problemas para os quais as equações diferenciais (continuidade e Navier–Stokes) são úteis: • Calculando o campo de pressão para um campo de velocidade conhecido • Calcular ambos os campos de velocidade e pressão para um fluxo de geometria conhecida e condições de contorno conhecidos Uma campo de escoamento geral tridimensional, mas incompressível com propriedades constantes requer quatro equações para determinar quatro incógnitas. 60 Cálculo do Campo de Pressão para um Campo de Velocidade Conhecido O primeiro conjunto de exemplos envolve o cálculo do campo de pressão para um campo de velocidade conhecida. Como a pressão não aparece na equação da continuidade, que pode, teoricamente, gerar um campo de velocidade baseada unicamente em conservação de massa. No entanto, uma vez que a velocidade aparece em ambas as equações, equação da continuidade e a equação de Navier– Stokes, estas duas equações são acopladas. Além disso, a pressão aparece em todas as três componentes da equação de Navier–Stokes, e, assim, os campos de velocidade e de pressão também são acoplados. Este acoplamento entre velocidade e pressão nos permite calcular o campo de pressão para um campo de velocidade conhecido. 61 62 63 Para um campo de escoamento bidimensional no plano xy , diferenciação cruzada revela se a pressão P é uma função suave 64 O campo de velocidades em um escoamento incompressível não é afetado pela magnitude da pressão absoluta, mas apenas por diferenças de pressão. Como a pressão aparece apenas como um gradiente na equação de Navier- Stokes, o valor da pressão absoluta não é relevante – somente as diferenças de pressão é que importam. Gráfico de contorno de pressão, gráfico do vetor velocidade e linhas de corrente para escoamento descendente de ar através de um canal com bloqueio: (a) Caso 1; (b) Caso 2 – idêntico ao Caso 1, exceto que P em todos os pontos foi aumentada de 500 Pa. Nos gráficos de contorno, azul representa baixa pressão e vermelho representa alta pressão. 65 66 67 Linha de corrente e perfis de velocidade para uma linha de vórtices. 68 69 For a two-dimensional flow field in the r-plane, cross-differentiation reveals whether pressure P is a smooth function. 70 71 A linha de vórtices bidimensional é uma aproximação simples de um tornado; a pressão mais baixa está no centro dos vórtices. 72 Soluções Exatas das equações da continuidade e de Navier–Stokes Procedimento para resolver a as equações da continuidade e de Navier-Stokes. Boundary Conditions Um pistão movendo se com uma velocidade VP em um cilindro. Um filme fino de óleo é cisalhado entre o pistão e o cilindro; é mostrada uma vista ampliada do filme de óleo. A condição de contorno de não escorregamento exige que a velocidade do fluido adjacente a uma parede seja igual à velocidade da parede. 73 Numa interface entre dois fluidos, a velocidade dos dois fluidos têm de ser iguais. Além disso, a tensão de cisalhamento paralela à interface deve ser a mesma em ambos os fluidos. Ao longo de uma superfície livre horizontalde água e ar, as velocidades da água e do ar devem ser iguais e as tensões de cisalhamento devem ser iguais. No entanto, uma vez que air << water, uma boa aproximação é que a tensão de cisalhamento na superfície da água é insignificantemente pequena . As condições de contorno ao longo de um plano de simetria são definidas para garantir que o campo de escoamento em um lado do plano de simetria seja uma imagem espelhada do campo de escoamento no outro lado, como é mostrado aqui para um plano horizontal de simetria. Dependendo da configuração do problema, outras condições de contorno podem surgir. Por exemplo, muitas vezes precisamos definir as condições de entrada em uma fronteira do domínio do escoamento onde o fluido entra no domínio. Da mesma forma, definimos as condições de saída na saída do domínio do escoamento. Condições de simetria são usados ao longo de um eixo ou plano de simetria. Para problemas de escoamento transiente precisamos definir as condições iniciais (no momento de partida, geralmente t = 0). 74 75 Geometria do Exemplo 9–15: escoamento viscoso entre duas placas infinitas; a placa superior se move e a placa inferior encontra-se fixa.. 76 Uma região totalmente desenvolvida de um campo de escoamento é uma região onde o perfil de velocidade não é alterada com a distância a jusante. Escoamentos totalmente desenvolvidos são encontrados em, canais e tubos longos e reto. O escoamento Couette completamente desenvolvido é mostrado aqui – o perfil de velocidade em x2 é idêntico ao perfil em x1. 77 78 79 Para campos de escoamento incompressíveis sem superfícies livres, a pressão hidrostática não contribui para a dinâmica do campo de escoamento. 80 O perfil de velocidade do Exemplo 9–15: escoamento Couette entre placas paralelas. 81 Tensões agindo sobre um elemento de fluído infinitesimal bidimensional retangular cuja a face inferior está em contato com a placa inferior do Exemplo 9–15. 82 Um viscosímetro rotacional; o cilindro interno roda com velocidade angular , e é aplicado um torque Tapplied através do qual calcula-se a viscosidade do fluido. 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102
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