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AD1 – Quais são os tipos de poder existentes para Aristóteles e como são definidos. / Quais são as formas de governo para Aristóteles e o que as caracteriza. / Quais poderes constituem a tipologia moderna das formas de poder, segundo Norberto Bobbio, e como podem ser definidos. / Qual a relação entre Estado e poder político. Aristóteles contribuiu muito para o desenvolvimento do pensamento moral e ético que temos hoje e uma de suas contribuições está relacionada a descrição das formas de poder existentes. De acordo com o filósofo, existem três tipos de poder: o paterno, o despótico e o político. Antes de descrever no que consistem esses tipos de poder é importante destacar o critério usado para essa classificação. Segundo Aristóteles, o poder é definido de acordo com sua finalidade, ou seja, de acordo com o interesse que o leva a ser exercido. Dessa forma, o poder paterno pode ser caracterizado como aquele que é exercido pelo pai em benefício do filho. Portanto, neste caso, a finalidade do exercício desse poder é o próprio objeto. Já no caso do poder do tipo despótico, poder é exercido em favor ou interesse apenas do sujeito. Por isso podemos dizer que também se trata de uma forma absoluta e arbitrária. Um exemplo disso seria a relação senhor-escravo, em que o último não tinha qualquer direito de negação do poder exercido sobre ele. Por fim, porém bastante complexo, Aristóteles definiu o poder político. Neste caso ambos, o sujeito e o objeto deveriam ser beneficiados. O motivo de tal complexidade se dá porque nem sempre os interesses dos governantes e governados são os mesmos. Considerando tal realidade, o filósofo propôs uma outra tipologia, agora baseada nas formas de governo que, apesar de também se basear na finalidade, considera o número de governantes. Nesta tipologia temos: o governo de um só, o governo de poucos e o governo de muitos. Para estas três formas podemos dizer que há o bom e o mau governo, o que os define continua sendo o interesse. Uma só pessoa pode, por exemplo, exercer um bom governo, desde que o faça garantindo o seu interesse e o de seus governados. Contudo, o poder não é definido apenas de acordo com sua finalidade. A classificação moderna, elaborada por Norberto Bobbio trouxe um novo olhar sobre as formas de exercício do poder. Para ele o poder pode ser classificado em três tipos: econômico, ideológico e político. Porém é importante destacar que o simples fato de uma pessoa ter posses, ser inteligente ou bastante forte não implica, necessariamente, no fato de ela exercer algum tipo de poder ou influência sobre os outros. De acordo com a tipologia moderna, o poder econômico se daria na posse de algum bem extremamente necessário numa situação de escassez, o que possibilitaria que seu detentor influenciasse as demais pessoas a trabalharem para ele ou terem determinado tipo de comportamento. Já o poder ideológico não implica em qualquer tipo de posse, mas apenas possibilidade que determinado indivíduo ou empresas de todos os tipos têm de influenciar os demais com suas ideias. Esse tipo de poder pode ser exercido por modelos, sindicalistas, candidatos à algum cargo político, emissoras de tv e qualquer empresa que deseja vender seu produto, influenciando os clientes a comprarem o seu e abandonarem o concorrente. O poder político, diferente do que muitos pensam, está relacionado ao conjunto: autoridade/legalidade para exercer a força física juntamente com a posse de instrumentos que a potencializem. Dessa forma, o único capaz de exercer esse poder é o Estado, pois o faz conforme a “autorização” prévia de seus governados. Portanto o Estado pode exigir que os cidadãos paguem seus impostos, cumpram as leis ou participem de guerras, sob a pena de sofrerem as sanções previstas em lei em caso de desobediência.
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