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Trabalho sobre Ondas Sísmicas

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1 
Universidade do Estado da Bahia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso: Engenharia de Produção Civil 
Disciplina: Física Geral e Experimental II 
Alunos: Henrique Vieira, Jorgeane Reis e Juliana Porto 
 
 
 
Salvador-Ba 
08/01/2013 
 
 
 
 2 
Universidade do Estado da Bahia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade do Estado da Bahia – UNEB 
Ondas Sísmicas 
Curso: Engenharia de Produção Civil 
Disciplina: Física Geral e Experimental II 
Alunos: Henrique Vieira, Jorgeane Reis, Juliana Porto 
 
 
 
 
 
 
Salvador - Ba 
08/01/2013 
 
 
 
 
 3 
Sumário: 
 
1.0 - Introdução....................................................................................................4 
2.0 - Definição......................................................................................................4 
3.0 - Como é produzido um terremoto.................................................................4 
4.0 - Os sismos induzidos....................................................................................5 
5.0 - Fenômenos antes e após um terremoto......................................................6 
6.0 - Tipos de ondas.............................................................................................7 
6.1 - Ondas de corpo................................................................................7 
6.2 - Ondas de superfície..........................................................................8 
7.0 – Tsunami.......................................................................................................8 
8.0 – Distribuição geográfica dos sismos.............................................................9 
9.0 –Escalas......................................................................................................10 
9.1 – Escala Richter.................................................................................11 
9.2 – Escala de Mercalli..........................................................................12 
9.3 – Escala de Momento........................................................................13 
10.0 - Ressonância.........................................................................................14 
10.1 - Liquefação.....................................................................................14 
 10.2 - Exemplos de ressonância.............................................................15 
11.0 - Construções antissísmicas......................................................................16 
12.0 - Terremotos no Brasil...............................................................................18 
13.0 - Conclusão................................................................................................19 
14.0-Referências bibliográficas..........................................................................20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
 
 
 
1.0 - INTRODUÇÃO: 
 
As ondas sísmicas são ondas de vibrações que viajam pelas 
rochas, que num sismo se propagam a partir do foco segundo superfícies 
concêntricas. Se você mover um jacarandá da sua posição de equilíbrio e 
soltou de repente, perceber-se o seu som característico. O mesmo acontece na 
Terra, um terremoto é justamente a súbita liberação das tensões impostas pelo 
terreno. Assim, o terreno é posto em vibração. Isto é devido à propagação de 
vibrações de onda. Em um terremoto se transmitem ondas que viajam pelo 
interior da terra. Seguem caminhos curvos devido à variada densidade e 
composição do interior da terra. A este tipo de ondas se chamam ondas 
internas, centrais ou de corpo, transmitem os tremores preliminares de um 
terremoto pero. Essas ondas de corpo são divididas em dois grupos: ondas 
primárias (P) y secundárias (S). 
 Também se propagam ondas pela superfície. São as que mais tardam em 
chegar. Devido a sua baixa frequência provocam ressonância em edifícios 
com maior facilidade que as ondas de corpo causando os efeitos mais 
devastadores. Existem ondas superficiais de dos tipos: de Rayleigh y de Love. 
 
 
 
2.0 - DEFINIÇÕES: 
 
Um sismo é um fenômeno de vibração brusca e passageira da superfície 
da Terra, resultante de movimentos subterrâneos de placas rochosas, 
de atividade vulcânica, ou por deslocamentos (migração) de gases no interior 
da Terra, principalmente metano. O movimento é causado pela liberação rápida 
de grandes quantidades de energia sob a forma de ondas sísmicas. 
Os grandes sismos, quando ocorrem em zonas habitadas e têm efeitos 
catastróficos, são popularmente designados pelos termos terremoto 
ou terremoto. Para os pequenos sismos se costuma usar abalo 
sísmico ou tremor de terra. Se um sismo abala zonas não habitadas, não são 
nunca usados o termo terremoto, também não se usa este termo em contextos 
científicos e da área de proteção civil. 
 
 
 
3.0 - COMO É PRODUZIDO UM TERREMOTO: 
 
A maioria dos sismos está relacionada à natureza tectônica da Terra, sendo 
designados sismos tectônicos. A força tectônica das placas é aplicada na 
litosfera (é a camada sólida mais externa de um planeta rochoso e é 
constituída por rochas e solo), que desliza lenta mais constantemente sobre a 
astenosfera (camada que se situa logo abaixo da litosfera, tendo sua 
temperatura mais elevada, possui menor rigidez sofrendo deformação quando 
sujeita a esforços) devido as correntes de convecção com origem no manto e 
 
 5 
no núcleo. Terremoto ou abalo sísmico é um movimento brusco e repentino do 
terreno resultante de uma falha, a ruptura de uma rocha é o mecanismo pelo 
qual o terremoto é produzido. Essa ruptura causa a liberação de uma grande 
quantidade de energia onde são geradas ondas elásticas que se propagam 
pela Terra em todas as direções. 
As rochas comportam-se como corpos elásticos e podem acumular 
deformações quando submetidas a esforços de compressão ou de tração. 
Quando esse esforço excede o limite de resistência da rocha esta se rompe ao 
longo de um plano, novo ou pré-existente de fratura, chamado falha. 
Normalmente não é o deslocamento na fratura que causa maior estrago, mas 
sim as vibrações (ondas elásticas) que se propagam a partir da fratura. 
Na maior parte das vezes a fratura nem atinge a superfície, mas as vibrações 
podem ser fortes o suficiente para causar danos consideráveis. 
As forças tectônicas que causam os sismos são devidas aos processos 
dinâmicos que ocorrem no interior da Terra, principalmente os lentos 
movimentos de convecção no manto, responsáveis pela deriva dos 
continentes. 
O local onde há o encontro entre as placas tectônicas é chamado de hipocentro 
(no interior da Terra) e o epicentro é o ponto da superfície acima do hipocentro. 
As consequências podem ser sentidas a quilômetros de distância, dependendo 
da proximidade da superfície que ocorreu a colisão (hipocentro) e da 
magnitude do terremoto. A magnitude é a quantidade de energia liberada no 
foco do terremoto, sendo medida a partir de uma escala denominada Escala 
Richter. A intensidade é a consequência causada pela ação do sismo, a 
destruição provocada por esse fenômeno. A escala mais utilizada para se 
classificar a intensidade é a de Mercalli. 
Entre os efeitos de um terremoto de grande magnitude em áreas povoadas 
estão a destruição da infraestrutura (ruas, estradas, pontes, casas, etc.), além 
de mortes. Os sismos nos oceanos provocam a formação de ondas gigantes 
(tsunamis). Essas ondas podematingir as áreas continentais, gerando grande 
destruição. 
Milhares de terremotos ocorrem diariamente no mundo. No entanto, a maioria 
apresenta baixa intensidade e tem hipocentro muito profundo, sendo assim, os 
terremotos são pouco percebidos na superfície terrestre. O Japão, localizado 
em uma zona muito sísmica, é atingido por centenas de terremotos por dia. 
Os lugares mais atingidos por terremotos são os territórios localizados em 
zonas de convergência de placas, em especial os países situados nos limites 
das placas tectônicas. 
 
 
 
4.0 - OS SISMOS INDUZIDOS: 
 
Estes são sismos associados à ação humana quer direta ou indiretamente. 
Podem-se dever à extração de minerais, água dos aquíferos ou 
de combustíveis fósseis, devido à pressão da água das albufeiras 
das barragens, grandes explosões ou a queda de grandes edifícios. Apesar de 
causarem vibrações na Terra, estes não podem ser considerados sismos no 
sentido lato, uma vez que geralmente dão origem a registros 
ou sismogramas diferentes dos terremotos de origem natural. 
 
 6 
Podem também ser provocados pela detonação de explosivos muito fortes, tais 
como explosões nucleares, que podem causar uma vibração de baixa 
magnitude. Para dar efeito ao Tratado de Não Proliferação de Armas 
Nucleares, a Agência Internacional de Energia Atômica usa as ferramentas 
da sismologia para detectar atividades ilícitas tais como os testes 
de armamento nuclear. Com este sistema é possível determinar exatamente 
onde ocorreu uma explosão. 
Algumas atividades antropogênicas de larga escala apresentam certo potencial 
para afetar o ambiente sismotectônico, desencadeando uma categoria especial 
de sismos induzidos. Como resultam da interação do homem com a natureza, 
na construção de grandes obras de engenharia, são também denominados 
sismos induzidos pelo homem. 
Tipos de terremotos induzidos: 
 
 Atividades de mineração e pedreiras; 
 Injeção profunda de fluídos sob alta pressão; 
 Extração de líquidos; 
 Explosões subterrâneas; 
 Enchimento de reservatórios na construção de barragens 
 
 
 
5.0 - FENÔMENOS ANTES E APÓS O TERREMOTO: 
 
 Sinais precursores: 
Aumento da emissão de gás rádon ou radônio; 
Aumento da emissão de gás hélio; 
Aumento da emissão de gás metano, com possível formação de nuvens de 
metano (coloridas); 
Aumento da atividade de vulcão de lama; 
Ocorrência de microssismos; 
Flutuações no campo magnético; 
Modificações na densidade das rochas; 
Variação dos níveis da água em poços próximos das falhas; 
Anomalias no comportamento dos animais; por exemplo migração em massa 
de anfíbios. 
Aumento da emissão de dióxido de carbono em áreas vulcânicas; 
 
 
 Após sismo: 
Ruídos sísmicos 
Alteração do caudal ou nível das fontes, poços e águas subterrâneas 
Aparecimento de fumarolas vulcânicas 
Formação de tsunamis 
Deslizamento de terra 
Abertura de falhas 
Vibração do solo 
Mudanças na rotação da Terra 
 
 
 
 7 
 
 
 
 
6.0 – TIPOS DE ONDAS: 
 
6.1 - Temos as ondas de corpo ou volume que se propagam através do 
interior da Terra, apresentando percursos radiais deformados devido às 
variações de densidade e composição do interior da Terra. 
Existem dois tipos de ondas de corpo: primárias (ondas P) e secundárias 
(ondas S). 
 
 
 Ondas P (ou primárias) - movimentam as partículas do solo 
comprimindo-as e dilatando-as. A direção do movimento das partículas é 
paralela à direção de propagação da onda; 
 
 
 
 
 
 
 Ondas S (ou secundárias) - movimentam as partículas do solo 
perpendicularmente à direção da propagação da onda. 
 
 
 
 
 
 As ondas P são as primeiras a chegar, pois têm uma velocidade de 
propagação maior. São ondas longitudinais que fazem a rocha vibrar 
paralelamente à direção da onda, tal como um elástico em contração. 
 Verifica-se alternadamente uma compressão seguida de uma distensão com 
amplitudes e períodos baixos, impondo aos corpos sólidos elásticos alterações 
 
 8 
de volume. A velocidade de propagação deste tipo de ondas varia com o meio 
em que se propagam, sendo típicos valores de 330 m/s no ar, 1450 m/s na 
água e 5000 m/s no granito. Não são tão destrutivas como as ondas S ou as 
ondas de superfície que se lhes seguem. A velocidade de propagação destas 
ondas é, em geral, ligeiramente inferior ao dobro daquela das ondas S. 
 As ondas S ou secundárias são ondas transversais ou de cisalhamento, o que 
significa que o solo é deslocado perpendicularmente à direção de propagação 
como num chicote. No caso de ondas S polarizadas horizontalmente, o solo 
move-se alternadamente para um e outro lado. São mais lentas que as P, com 
velocidades de propagação entre 2000 e 5000 m/s, sendo as segundas a 
chegar. 
 Estas provocam alterações morfológicas, contudo não há alteração de 
volume. As ondas S propagam-se apenas em corpos sólidos, uma vez que 
os fluidos (gases e líquidos) não suportam forças de cisalhamento. A sua 
velocidade de propagação é cerca de 60% daquela das ondas P, para um dado 
material. A amplitude destas ondas é várias vezes maior que a das ondas P. 
 As ondas P propagam-se nos meios sólidos, líquidos e gasosos, havendo 
variação de velocidade quando passam de um meio para o outro, enquanto 
as ondas S apenas se propagam nos meios sólidos. A velocidade das ondas P 
e S variam com as propriedades das rochas que atravessam, nomeadamente 
com a sua rigidez e com a sua densidade. 
 
6.2 - E temos também as ondas de superfície que são semelhantes às ondas 
que se observam à superfície de um corpo de água e propagam-se 
imediatamente acima da superfície terrestre. Com a chegada das ondas 
interiores à superfície geram-se ondas superficiais que são, em geral, as 
causadoras das destruições provocadas pelos sismos de grande intensidade. 
Nas ondas superficiais distinguem-se dois tipos: 
 Ondas de Love ou ondas L - que são ondas de torsão, em que o 
movimento das partículas é horizontal e em ângulo reto (perpendicular) 
à direção de propagação da onda; 
 Ondas de Rayleigh ou ondas R, que são ondas circulares em que o 
movimento das partículas se produz num plano vertical àquele em que 
se encontra a direção de propagação da onda. 
 
 
Obs.: As ondas superficiais propagam-se com menor velocidade que as ondas 
P e S. 
 
 
 
7.0 - TSUNAMI: 
 
O termo "tsunami" vem das japonesas tsu (porto) e nami (ondas). 
Quando duas placas entram em contato em uma região conhecida como limite 
de placa, uma mais pesada pode deslizar por baixo de outra mais leve. Isso é 
chamado de subducção. A subducção submarina frequentemente deixa 
enormes rastros: profundas trincheiras oceânicas no fundo do mar. 
Em alguns casos de subducção, parte do fundo do mar conectado à placa mais 
leve pode se romper repentinamente para cima, devido à pressão proveniente 
 
 9 
da placa que afunda. Isto resulta em um terremoto. O foco do terremoto é o 
ponto no interior da Terra no qual ocorre a ruptura. Depois da ruptura, as 
rochas se quebram e as primeiras ondas sísmicas são geradas. O epicentro é 
o ponto do fundo do mar diretamente acima do foco. Quando este pedaço da 
placa se rompe e dispara toneladas de rochas para cima, com uma força 
tremenda, essa energia é transferida para a água, empurrando-a e elevando o 
nível do mar. 
 
 
 
 
 
 
Curiosidade:As ocorrências naturais capazes de causar um tsunami são chamadas de eventos geradores 
de tsunamis. Além dos terremotos e do vulcanismo, há dois eventos geradores de tsunamis 
menos prováveis: deslizamentos submarinos e vulcões submarinos. Frequentemente, estes 
eventos acompanham grandes terremotos, somando-se à potência total de um tsunami ou 
criando tsunamis adicionais. Eles funcionam de maneira análoga ao terremoto. 
 
 
 
 
 
8.0 - DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DOS SISMOS: 
 
As regiões mais suscetíveis a abalos sísmicos são as regiões próximas às 
placas tectônicas como o oeste da América do Sul onde está localizada a placa 
de Nazca e a placa Sul-Americana; e nas regiões em que se formam novas 
placas como no oceano Pacífico onde se localiza o Cinturão de Fogo. O 
comprimento de uma falha causada por um terremoto pode variar de 
centímetros a quilômetros. 
 
 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9.0 – ESCALA: 
 
 A escala de Mercalli mede a intensidade dos terremotos pelos seus efeitos, 
enquanto a escala de Richter mede sua magnitude pela energia liberada. 
A magnitude sísmica consiste na avaliação da quantidade de energia liberada 
no hipocentro durante um sismo. Existem diferentes maneiras e métodos de 
determinar magnitudes dos terremotos, mas todas elas podem ser relacionadas 
entre si. 
 
9.1- A escala Richter (Escala de magnitude): 
 
A magnitude de um sismo pode ser quantificada pela escala de Richter e está 
relacionada com a energia liberada durante o sismo, sendo expressa 
pela fórmula matemática estabelecida em1935 por Beno Gutenberg e Charles 
Francis Richter: 
log E = 11,4 + 1,5M 
Onde E é a energia liberada (em ergs*¹) e M a magnitude do terremoto. 
O incremento de uma unidade nesta escala corresponde a um aumento de dez 
vezes na amplitude da onda sísmica e cerca de 32 vezes na energia libertada 
durante o sismo. 
 
 
 11 
*¹ erg é a unidade de energia ou de trabalho no sistema de unidades centímetro-grama-segundo (CGS), 
símbolo "erg" 
Graduação da escala Richter: 
Descrição Magnitude Efeitos Frequência 
Micro < 2,0 Micro tremor de terra, não se sente
[4]
. ~8000 por dia 
Muito pequeno 2,0-2,9 Geralmente não se sente mas é detectado/registrado. ~1000 por dia 
Pequeno 3,0-3,9 
Frequentemente sentido, mas raramente causa 
danos. 
~49000 por ano 
Ligeiro 4,0-4,9 
Tremor notório de objetos no interior de habitações, 
ruídos de choque entre objetos. Danos importantes 
pouco comuns. 
~6200 por ano 
Moderado 5,0-5,9 
Pode causar danos maiores em edifícios mal 
concebidos em zonas restritas. Provoca danos 
ligeiros nos edifícios bem construídos. 
800 por ano 
Forte 6,0-6,9 
Pode ser destruidor em zonas num raio de até 180 
quilômetros em áreas habitadas. 
120 por ano 
Grande 7,0-7,9 Pode provocar danos graves em zonas mais vastas. 18 por ano 
Importante 8,0-8,9 
Pode causar danos sérios em zonas num raio de 
centenas de quilômetros. 
1 por ano 
Excepcional 9,0-9,9 Devasta zonas num raio de milhares de quilômetros. 1 a cada 20 anos 
Extremo >10,0 Nunca registrado. 
Extremamente raro 
(Desconhecido) 
 
Na realidade, os sismos de magnitude 9 são excepcionais e os efeitos das magnitudes superiores 
não são aqui descritos. 
 
 12 
 
9.2 - Escala de Mercalli Modificada (MM) (Escala de intensidade): 
 
É uma escala qualitativa usada para determinar a intensidade de um sismo a 
partir dos seus efeitos sobre as pessoas e sobre as estruturas construídas e 
naturais. Foi elaborada pelo vulcanólogo italiano Giuseppe Mercalli, em 1902, 
daí o nome que ostenta. Os efeitos de um sismo são classificados em graus, 
denotados pelos numerais romanos de I a XII, com o grau I a corresponder a 
um tremor não sentido pelas pessoas, e o grau XII à alteração calamitosa do 
relevo da região afetada. 
 
Graduação da Escala de Mercalli Modificada (1956) - versão simplificada 
Graus de intensidade sísmica 
I Imperceptível Não sentido. Apenas registrado pelos sismógrafos. 
II Muito fraco 
Sentido por um muito reduzido número de pessoas em repouso, em especial 
pelas que habitam em andares elevados. 
III Fraco 
Sentido por um pequeno número de pessoas. Bem sentido nos andares 
elevados. 
IV Moderado 
Sentido dentro das habitações, podendo despertar do sono um pequeno número 
de pessoas. Nota-se a vibração de portas e janelas e das loiças dentro dos 
armários. 
V Forte 
Praticamente sentido por toda a população, fazendo acordar muita gente. Há 
queda de alguns objetos menos estáveis e param os pêndulos dos relógios. 
Abrem-se pequenas fendas nos estuques das paredes. 
VI 
Bastante 
forte 
Provoca início de pânico nas populações. Produzem-se leves danos nas 
habitações, caindo algumas chaminés. O mobiliário menos pesado é deslocado. 
VII Muito forte 
Caem muitas chaminés. Há estragos limitados em edifícios de boa construção, 
mas importantes e generalizados nas construções mais frágeis. Facilmente 
perceptível pelos condutores de veículos automóveis em trânsito. Desencadeia 
pânico geral nas populações. 
VIII Ruinoso 
Danos acentuados em construções sólidas. Os edifícios de muito boa construção 
 
 13 
sofrem alguns danos. Caem campanários e chaminés de fábricas. 
IX Desastroso 
Desmoronamento de alguns edifícios. Há danos consideráveis em construções 
muito sólidas. 
X Destruidor 
Abrem-se fendas no solo. Há cortes nas canalizações, torção nas vias de 
caminho de ferro e empolamentos e fissuração nas estradas. 
XI Catastrófico 
Destruição da quase totalidade dos edifícios, mesmo os mais sólidos. Caem 
pontes, diques e barragens. Destruição das redes de canalização e das vias de 
comunicação. Formam-se grandes fendas no terreno, acompanhadas de 
desligamento. Há grandes escorregamentos de terrenos. 
XII Cataclismo 
Destruição total. Modificação da topografia. Nunca foi presenciado no período 
histórico. 
 
 
 
9.3 - Escala de magnitude de momento (mms): 
 
É usada pelos sismólogos para medir a magnitude dos terremotos em termos 
de energia liberada. 
A MMS é, no entanto, a escala usada para estimar as magnitudes de todos os 
grandes terremotos modernos. 
 ´ 
 
μ = módulo de cisalhamento das rochas envolvidas no terremoto. 
Usualmente é de 30 gigapascal. 
S = área de ruptura ao longo da falha geológica onde ocorreu o terremoto 
D = deslocamento médio de S 
Usualmente mede-se o momento diretamente dos sismógrafos*², dado que 
o tamanho das ondas de períodos muito grandes, geradas por um 
terremoto, é proporcional ao momento sísmico. As unidades físicas do 
momento sísmico são força x distância medidos em dyn x cm. 
Para calcular a magnitude do momento sísmico, utiliza-se a equação 
construída por Hiroo Kanamori. 
 
 
 
 
 14 
 
 
w= trabalho mecânico realizado 
Mo= momento sísmico 
Os valores constantes da equação são atribuídos de modo que haja 
consistência com os valores de magnitude produzidos pelas antigas escalas, 
sobretudo a escala de momento local (ou escala Richter). 
Da mesma forma que a escala Richter, um aumento de 1 ponto nesta escala 
logarítmica corresponde a um aumento de 101.5 = 31.6 vezes na quantidade de 
energia liberada e um aumento de 2 pontos corresponde a um incremento de 
103 = 1000 vezes em energia. 
*² Sismógrafo é um aparelho que registra as ondas sísmicas, ou seja, a intensidade dos terremotos. 
 
 
10.0 – RESSONÂNCIA: 
Cada elemento ou parte deuma máquina, tem uma “Frequência Natural” ou 
uma frequência na qual ele “gosta” de vibrar. Tocar um sino ou tanger a corda 
de um violão faz com que eles vibrem em sua frequência natural. 
A frequência natural de cada objeto é determinada por sua massa e rigidez. 
Aumentar a massa (ou peso) de um objeto reduz ou abaixa a sua frequência 
natural. Aumentar a rigidez do objeto, como por exemplo, aumentar a tração de 
uma corda do violão, aumenta ou sobe sua frequência natural. O fato de que 
cada objeto tem pelo menos uma frequência natural não implica em um 
problema. Mas, um problema de vibração excessiva pode acontecer como 
resultado da coincidência de uma frequência natural da máquina com uma 
frequência inerente de funcionamento dela. Quando isso acontece, o problema 
é denominado de “Ressonância”. Do ponto de vista da vibração, a ressonância 
atua como um amplificador mecânico. Mesmo forças pequenas ou normais tais 
como o desbalanceamento residual, ou o desalinhamento, as forças hidráulicas 
ou aerodinâmicas, ou ainda as forças magnéticas em motores, que 
normalmente resultam em pequenas ou insignificantes vibrações, podem vir a 
ter amplitudes de vibração extremamente altas se uma delas excitar uma 
condição de ressonância. 
Assim, se a frequência natural de oscilação do sistema e a excitações 
constantes sobre ele estiverem sobre a mesma frequência, a energia do 
sistema será aumentada, fazendo com que vibre com amplitudes cada vez 
maiores. 
10.1 – Liquefação: 
A liquefação do solo descreve o comportamento de solos que, quando 
carregados repentinamente sofrem uma transição de um estado sólido para um 
estado líquido, ou ficam com a consistência de um líquido grosso. A 
 
 15 
liquefação é mais ocorrente no desprendimento para moderar solos granulados 
saturados com drenagem pobre, como em areias finas ou areia e cascalho, ou 
contendo fendas de sedimentos impermeáveis. Nesse caso os grãos de terra 
se desprendem e se acomodam de outra forma. Pode ocorrer de pedaços mais 
rochosos ou mesmo rochas inteiras ou até peças metálicas subam 
impulsionados pelos grãos. 
Quando temos prédios ou qualquer tipo de construção sobre esse tipo de solo 
estamos sujeitos a sérios danos, pois a liquefação faz com que a estrutura 
desmorone facilmente. Áreas muito desenvolvidas, construídas sobre material 
de solos de sedimentos soltos, podem sofrer prejuízos graves até mesmo de 
um terremoto relativamente leve. A liquefação também pode causar 
deslizamentos de terra graves. Neste caso, os deslizamentos de terra foram a 
força destruidora mais significativa, tirando centenas de vidas. 
 
10.2 – Exemplos de ressonância: 
Uma criança em um balanço nunca ouviu falar em ressonância, mas sabe 
como usá-la. Num instante ela descobre qual é o momento certo de dobrar o 
corpo para aumentar a amplitude do movimento. 
 
O corpo de um instrumento musical, um violão, por exemplo, é uma caixa de 
ressonância. As vibrações da corda entram em ressonância com a estrutura 
da caixa de madeira que "amplifica" o som e acrescenta vários harmônicos, 
dando o timbre característico do instrumento. Sem o corpo, o som da corda 
seria fraco e insosso. Em uma guitarra a ressonância é substituída, 
parcialmente, por efeitos eletrônicos. 
 
 16 
 
 
 
11.0 – CONSTRUÇÕES ANTI-SÍSMICAS: 
São construções feitas para resistir a terremotos. 
Os edifícios antissísmicos precisam ter níveis apropriados de resistência 
sísmica: mesmo o sismo mais forte não deve provocar o colapso do edifício, 
apesar de ser aceitável certo nível de danos. Um sismo fraco, por outro lado, 
não deve provocar nem mesmo pequenos danos, tais como fendas reparáveis. 
Existem atualmente duas técnicas experimentais complementares para simular 
o efeito de um sismo numa estrutura: uma baseada na plataforma sísmica e a 
outra no muro de reação (ver imagem acima). Uma plataforma sísmica é uma 
plataforma que simula um sismo através da produção de vibrações em uma, 
duas ou três dimensões. O edifício de teste – normalmente um modelo a escala 
reduzida – é colocado na plataforma sísmica e sujeito ao ‘sismo’, sendo o efeito 
registrado. O edifício cai? Aparecem fendas nas paredes? Qual o padrão de 
ocorrência dos danos? Quanto tempo consegue o edifício resistir ao sismo? A 
desvantagem desta simulação é que não pode ser interrompida a meio do 
‘sismo’: apenas os danos finais podem ser avaliados. O muro de reação, pelo 
contrário, permite o teste de edifícios de tamanho real. O edifício é colocado na 
base rígida do sistema e braços hidráulicos ligados ao muro de reação 
exercem uma pressão no edifício, correspondente a um sismo. O sismo pode 
simulado em câmara lenta – um sismo real que dura apenas alguns segundos 
pode levar horas a simular. Isto permite acompanhar com pormenor os danos 
sofridos pelo edifício; o teste pode ser interrompido para os engenheiros 
verificarem o edifício com mais cuidado ou para evitar que ele colapse 
totalmente. Os sensores registram os efeitos do sismo simulado no edifício, 
incluindo a deformação, a tensão, as inclinações e a força. 
 
 
 
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12.0 – TERREMOTOS NO BRASIL: 
 
 
O Brasil está situado no centro da placa Sul-Americana, no qual ela atinge até 
200 quilômetros de espessura, e os sismos nessa localidade, raramente 
possuem magnitude e intensidade elevadas. No entanto, existe a ocorrência de 
terremotos no território brasileiro, causados por desgastes na placa tectônica, 
promovendo possíveis falhas geológicas. Essas falhas, causadoras de abalos 
sísmicos, estão presentes em todo o território nacional proporcionando 
terremotos de pequena magnitude; alguns deles são considerados 
imperceptíveis na superfície terrestre. 
Há registros de terremotos no Brasil desde o início do século 20. 
Segundo dados obtidos a partir do "Mapa Tectônico do Brasil", este mostra a 
existência de 48 falhas, nas quais se concentram as ocorrências de terremotos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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13.0 – Conclusão: 
 
 
 Um terremoto pode originar-se de várias fontes (vulcânica, tectônica e 
antropológica), porém o raciocínio é o mesmo: elas se originam de energia 
liberada do atrito entre as rochas quando estas atingem a deformação plástica, 
propagando-se na forma de ondas sísmicas. Os simos geram vários tipos de 
onda, na qual as mais importantes são as ondas P e S, pois, interpretando-as 
podemos localizar o epicentro do terremoto. 
 Existem vários meios de medir a energia de um terremoto; os mais usados e 
famosos são a escala de Richter e de Mercalli, onde a primeira é uma escala 
quantitativa e a segunda qualitativa. 
 A frequência natural de um objeto é extremamente importante no universo da 
construção civil, onde o objetivo é evitar a ressonância e liquefação dos solos. 
 Nos dias atuais, a tecnologia permite à sociedade a redução das tragédias 
causadas pelos abalos sísmicos por meio de mecanismos que minimizem os 
efeitos dos mesmos usando construções sólidas e flexíveis, amortecedores e 
soluções poderosas e simples. 
 Por fim, o Brasil não está imune a terremotos; é improvável a ocorrência de 
grandes sismos, entretanto, pequenos sismos podem e já ocorreram neste 
país. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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14.0 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
 
 
O que são ondas sísmicas. Disponível em: 
http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/geologia/geologi
a_trabalhos/ondassismicas.htm 
 
Terremoto. Disponível em: 
http://www.brasilescola.com/geografia/terremotos.htm 
 
Estrutura da terra. Disponível em: 
http://domingos.home.sapo.pt/estruterra_2.htmlComo funcionam os tsunamis. Disponível em: 
http://ciencia.hsw.uol.com.br/tsunami.htm 
 
Os terremotos e suas magnitudes. Disponível em: 
http://www.geomundo.com.br/meio-ambiente-40113.htm 
 
Escala de Mercalli. Disponível em: 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_de_Mercalli 
 
Ressonância. Disponível em: 
http://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/Ondas/ressonancia.php 
 
Mecânica ondulatória. Disponível em: 
http://pt.scribd.com/doc/52919528/77/Exemplos-de-ressonancia 
 
Combate aos sismos: projetar e testar edifícios antissísmicos. Disponível 
em: 
http://www.scienceinschool.org/2010/issue15/earthquakes/portuguese 
SERWAY, R. A.: JEWERTT, J.W.Jr.- Princípios de física volume 2: 
Movimento ondulatório termodinâmico. Publicado em 2004. 
 
Ondas sísmicas. Disponível em: 
http://www.obsis.unb.br/index.php?option=com_content&view=article&id=55&It
emid=66 
 
Sismologia. Disponível em: 
http://moho.iag.usp.br/sismologia/ondasSismicas.php 
 
Ondas sísmicas. Disponível em: 
http://www.infopedia.pt/$ondas-sismicas 
 
Entenda como ondas sísmicas se propagam. Disponível em: 
http://www.apolo11.com/terremotos_wave.php 
 
 
 
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