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1 Universidade do Estado da Bahia Curso: Engenharia de Produção Civil Disciplina: Física Geral e Experimental II Alunos: Henrique Vieira, Jorgeane Reis e Juliana Porto Salvador-Ba 08/01/2013 2 Universidade do Estado da Bahia Universidade do Estado da Bahia – UNEB Ondas Sísmicas Curso: Engenharia de Produção Civil Disciplina: Física Geral e Experimental II Alunos: Henrique Vieira, Jorgeane Reis, Juliana Porto Salvador - Ba 08/01/2013 3 Sumário: 1.0 - Introdução....................................................................................................4 2.0 - Definição......................................................................................................4 3.0 - Como é produzido um terremoto.................................................................4 4.0 - Os sismos induzidos....................................................................................5 5.0 - Fenômenos antes e após um terremoto......................................................6 6.0 - Tipos de ondas.............................................................................................7 6.1 - Ondas de corpo................................................................................7 6.2 - Ondas de superfície..........................................................................8 7.0 – Tsunami.......................................................................................................8 8.0 – Distribuição geográfica dos sismos.............................................................9 9.0 –Escalas......................................................................................................10 9.1 – Escala Richter.................................................................................11 9.2 – Escala de Mercalli..........................................................................12 9.3 – Escala de Momento........................................................................13 10.0 - Ressonância.........................................................................................14 10.1 - Liquefação.....................................................................................14 10.2 - Exemplos de ressonância.............................................................15 11.0 - Construções antissísmicas......................................................................16 12.0 - Terremotos no Brasil...............................................................................18 13.0 - Conclusão................................................................................................19 14.0-Referências bibliográficas..........................................................................20 4 1.0 - INTRODUÇÃO: As ondas sísmicas são ondas de vibrações que viajam pelas rochas, que num sismo se propagam a partir do foco segundo superfícies concêntricas. Se você mover um jacarandá da sua posição de equilíbrio e soltou de repente, perceber-se o seu som característico. O mesmo acontece na Terra, um terremoto é justamente a súbita liberação das tensões impostas pelo terreno. Assim, o terreno é posto em vibração. Isto é devido à propagação de vibrações de onda. Em um terremoto se transmitem ondas que viajam pelo interior da terra. Seguem caminhos curvos devido à variada densidade e composição do interior da terra. A este tipo de ondas se chamam ondas internas, centrais ou de corpo, transmitem os tremores preliminares de um terremoto pero. Essas ondas de corpo são divididas em dois grupos: ondas primárias (P) y secundárias (S). Também se propagam ondas pela superfície. São as que mais tardam em chegar. Devido a sua baixa frequência provocam ressonância em edifícios com maior facilidade que as ondas de corpo causando os efeitos mais devastadores. Existem ondas superficiais de dos tipos: de Rayleigh y de Love. 2.0 - DEFINIÇÕES: Um sismo é um fenômeno de vibração brusca e passageira da superfície da Terra, resultante de movimentos subterrâneos de placas rochosas, de atividade vulcânica, ou por deslocamentos (migração) de gases no interior da Terra, principalmente metano. O movimento é causado pela liberação rápida de grandes quantidades de energia sob a forma de ondas sísmicas. Os grandes sismos, quando ocorrem em zonas habitadas e têm efeitos catastróficos, são popularmente designados pelos termos terremoto ou terremoto. Para os pequenos sismos se costuma usar abalo sísmico ou tremor de terra. Se um sismo abala zonas não habitadas, não são nunca usados o termo terremoto, também não se usa este termo em contextos científicos e da área de proteção civil. 3.0 - COMO É PRODUZIDO UM TERREMOTO: A maioria dos sismos está relacionada à natureza tectônica da Terra, sendo designados sismos tectônicos. A força tectônica das placas é aplicada na litosfera (é a camada sólida mais externa de um planeta rochoso e é constituída por rochas e solo), que desliza lenta mais constantemente sobre a astenosfera (camada que se situa logo abaixo da litosfera, tendo sua temperatura mais elevada, possui menor rigidez sofrendo deformação quando sujeita a esforços) devido as correntes de convecção com origem no manto e 5 no núcleo. Terremoto ou abalo sísmico é um movimento brusco e repentino do terreno resultante de uma falha, a ruptura de uma rocha é o mecanismo pelo qual o terremoto é produzido. Essa ruptura causa a liberação de uma grande quantidade de energia onde são geradas ondas elásticas que se propagam pela Terra em todas as direções. As rochas comportam-se como corpos elásticos e podem acumular deformações quando submetidas a esforços de compressão ou de tração. Quando esse esforço excede o limite de resistência da rocha esta se rompe ao longo de um plano, novo ou pré-existente de fratura, chamado falha. Normalmente não é o deslocamento na fratura que causa maior estrago, mas sim as vibrações (ondas elásticas) que se propagam a partir da fratura. Na maior parte das vezes a fratura nem atinge a superfície, mas as vibrações podem ser fortes o suficiente para causar danos consideráveis. As forças tectônicas que causam os sismos são devidas aos processos dinâmicos que ocorrem no interior da Terra, principalmente os lentos movimentos de convecção no manto, responsáveis pela deriva dos continentes. O local onde há o encontro entre as placas tectônicas é chamado de hipocentro (no interior da Terra) e o epicentro é o ponto da superfície acima do hipocentro. As consequências podem ser sentidas a quilômetros de distância, dependendo da proximidade da superfície que ocorreu a colisão (hipocentro) e da magnitude do terremoto. A magnitude é a quantidade de energia liberada no foco do terremoto, sendo medida a partir de uma escala denominada Escala Richter. A intensidade é a consequência causada pela ação do sismo, a destruição provocada por esse fenômeno. A escala mais utilizada para se classificar a intensidade é a de Mercalli. Entre os efeitos de um terremoto de grande magnitude em áreas povoadas estão a destruição da infraestrutura (ruas, estradas, pontes, casas, etc.), além de mortes. Os sismos nos oceanos provocam a formação de ondas gigantes (tsunamis). Essas ondas podematingir as áreas continentais, gerando grande destruição. Milhares de terremotos ocorrem diariamente no mundo. No entanto, a maioria apresenta baixa intensidade e tem hipocentro muito profundo, sendo assim, os terremotos são pouco percebidos na superfície terrestre. O Japão, localizado em uma zona muito sísmica, é atingido por centenas de terremotos por dia. Os lugares mais atingidos por terremotos são os territórios localizados em zonas de convergência de placas, em especial os países situados nos limites das placas tectônicas. 4.0 - OS SISMOS INDUZIDOS: Estes são sismos associados à ação humana quer direta ou indiretamente. Podem-se dever à extração de minerais, água dos aquíferos ou de combustíveis fósseis, devido à pressão da água das albufeiras das barragens, grandes explosões ou a queda de grandes edifícios. Apesar de causarem vibrações na Terra, estes não podem ser considerados sismos no sentido lato, uma vez que geralmente dão origem a registros ou sismogramas diferentes dos terremotos de origem natural. 6 Podem também ser provocados pela detonação de explosivos muito fortes, tais como explosões nucleares, que podem causar uma vibração de baixa magnitude. Para dar efeito ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, a Agência Internacional de Energia Atômica usa as ferramentas da sismologia para detectar atividades ilícitas tais como os testes de armamento nuclear. Com este sistema é possível determinar exatamente onde ocorreu uma explosão. Algumas atividades antropogênicas de larga escala apresentam certo potencial para afetar o ambiente sismotectônico, desencadeando uma categoria especial de sismos induzidos. Como resultam da interação do homem com a natureza, na construção de grandes obras de engenharia, são também denominados sismos induzidos pelo homem. Tipos de terremotos induzidos: Atividades de mineração e pedreiras; Injeção profunda de fluídos sob alta pressão; Extração de líquidos; Explosões subterrâneas; Enchimento de reservatórios na construção de barragens 5.0 - FENÔMENOS ANTES E APÓS O TERREMOTO: Sinais precursores: Aumento da emissão de gás rádon ou radônio; Aumento da emissão de gás hélio; Aumento da emissão de gás metano, com possível formação de nuvens de metano (coloridas); Aumento da atividade de vulcão de lama; Ocorrência de microssismos; Flutuações no campo magnético; Modificações na densidade das rochas; Variação dos níveis da água em poços próximos das falhas; Anomalias no comportamento dos animais; por exemplo migração em massa de anfíbios. Aumento da emissão de dióxido de carbono em áreas vulcânicas; Após sismo: Ruídos sísmicos Alteração do caudal ou nível das fontes, poços e águas subterrâneas Aparecimento de fumarolas vulcânicas Formação de tsunamis Deslizamento de terra Abertura de falhas Vibração do solo Mudanças na rotação da Terra 7 6.0 – TIPOS DE ONDAS: 6.1 - Temos as ondas de corpo ou volume que se propagam através do interior da Terra, apresentando percursos radiais deformados devido às variações de densidade e composição do interior da Terra. Existem dois tipos de ondas de corpo: primárias (ondas P) e secundárias (ondas S). Ondas P (ou primárias) - movimentam as partículas do solo comprimindo-as e dilatando-as. A direção do movimento das partículas é paralela à direção de propagação da onda; Ondas S (ou secundárias) - movimentam as partículas do solo perpendicularmente à direção da propagação da onda. As ondas P são as primeiras a chegar, pois têm uma velocidade de propagação maior. São ondas longitudinais que fazem a rocha vibrar paralelamente à direção da onda, tal como um elástico em contração. Verifica-se alternadamente uma compressão seguida de uma distensão com amplitudes e períodos baixos, impondo aos corpos sólidos elásticos alterações 8 de volume. A velocidade de propagação deste tipo de ondas varia com o meio em que se propagam, sendo típicos valores de 330 m/s no ar, 1450 m/s na água e 5000 m/s no granito. Não são tão destrutivas como as ondas S ou as ondas de superfície que se lhes seguem. A velocidade de propagação destas ondas é, em geral, ligeiramente inferior ao dobro daquela das ondas S. As ondas S ou secundárias são ondas transversais ou de cisalhamento, o que significa que o solo é deslocado perpendicularmente à direção de propagação como num chicote. No caso de ondas S polarizadas horizontalmente, o solo move-se alternadamente para um e outro lado. São mais lentas que as P, com velocidades de propagação entre 2000 e 5000 m/s, sendo as segundas a chegar. Estas provocam alterações morfológicas, contudo não há alteração de volume. As ondas S propagam-se apenas em corpos sólidos, uma vez que os fluidos (gases e líquidos) não suportam forças de cisalhamento. A sua velocidade de propagação é cerca de 60% daquela das ondas P, para um dado material. A amplitude destas ondas é várias vezes maior que a das ondas P. As ondas P propagam-se nos meios sólidos, líquidos e gasosos, havendo variação de velocidade quando passam de um meio para o outro, enquanto as ondas S apenas se propagam nos meios sólidos. A velocidade das ondas P e S variam com as propriedades das rochas que atravessam, nomeadamente com a sua rigidez e com a sua densidade. 6.2 - E temos também as ondas de superfície que são semelhantes às ondas que se observam à superfície de um corpo de água e propagam-se imediatamente acima da superfície terrestre. Com a chegada das ondas interiores à superfície geram-se ondas superficiais que são, em geral, as causadoras das destruições provocadas pelos sismos de grande intensidade. Nas ondas superficiais distinguem-se dois tipos: Ondas de Love ou ondas L - que são ondas de torsão, em que o movimento das partículas é horizontal e em ângulo reto (perpendicular) à direção de propagação da onda; Ondas de Rayleigh ou ondas R, que são ondas circulares em que o movimento das partículas se produz num plano vertical àquele em que se encontra a direção de propagação da onda. Obs.: As ondas superficiais propagam-se com menor velocidade que as ondas P e S. 7.0 - TSUNAMI: O termo "tsunami" vem das japonesas tsu (porto) e nami (ondas). Quando duas placas entram em contato em uma região conhecida como limite de placa, uma mais pesada pode deslizar por baixo de outra mais leve. Isso é chamado de subducção. A subducção submarina frequentemente deixa enormes rastros: profundas trincheiras oceânicas no fundo do mar. Em alguns casos de subducção, parte do fundo do mar conectado à placa mais leve pode se romper repentinamente para cima, devido à pressão proveniente 9 da placa que afunda. Isto resulta em um terremoto. O foco do terremoto é o ponto no interior da Terra no qual ocorre a ruptura. Depois da ruptura, as rochas se quebram e as primeiras ondas sísmicas são geradas. O epicentro é o ponto do fundo do mar diretamente acima do foco. Quando este pedaço da placa se rompe e dispara toneladas de rochas para cima, com uma força tremenda, essa energia é transferida para a água, empurrando-a e elevando o nível do mar. Curiosidade:As ocorrências naturais capazes de causar um tsunami são chamadas de eventos geradores de tsunamis. Além dos terremotos e do vulcanismo, há dois eventos geradores de tsunamis menos prováveis: deslizamentos submarinos e vulcões submarinos. Frequentemente, estes eventos acompanham grandes terremotos, somando-se à potência total de um tsunami ou criando tsunamis adicionais. Eles funcionam de maneira análoga ao terremoto. 8.0 - DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DOS SISMOS: As regiões mais suscetíveis a abalos sísmicos são as regiões próximas às placas tectônicas como o oeste da América do Sul onde está localizada a placa de Nazca e a placa Sul-Americana; e nas regiões em que se formam novas placas como no oceano Pacífico onde se localiza o Cinturão de Fogo. O comprimento de uma falha causada por um terremoto pode variar de centímetros a quilômetros. 10 9.0 – ESCALA: A escala de Mercalli mede a intensidade dos terremotos pelos seus efeitos, enquanto a escala de Richter mede sua magnitude pela energia liberada. A magnitude sísmica consiste na avaliação da quantidade de energia liberada no hipocentro durante um sismo. Existem diferentes maneiras e métodos de determinar magnitudes dos terremotos, mas todas elas podem ser relacionadas entre si. 9.1- A escala Richter (Escala de magnitude): A magnitude de um sismo pode ser quantificada pela escala de Richter e está relacionada com a energia liberada durante o sismo, sendo expressa pela fórmula matemática estabelecida em1935 por Beno Gutenberg e Charles Francis Richter: log E = 11,4 + 1,5M Onde E é a energia liberada (em ergs*¹) e M a magnitude do terremoto. O incremento de uma unidade nesta escala corresponde a um aumento de dez vezes na amplitude da onda sísmica e cerca de 32 vezes na energia libertada durante o sismo. 11 *¹ erg é a unidade de energia ou de trabalho no sistema de unidades centímetro-grama-segundo (CGS), símbolo "erg" Graduação da escala Richter: Descrição Magnitude Efeitos Frequência Micro < 2,0 Micro tremor de terra, não se sente [4] . ~8000 por dia Muito pequeno 2,0-2,9 Geralmente não se sente mas é detectado/registrado. ~1000 por dia Pequeno 3,0-3,9 Frequentemente sentido, mas raramente causa danos. ~49000 por ano Ligeiro 4,0-4,9 Tremor notório de objetos no interior de habitações, ruídos de choque entre objetos. Danos importantes pouco comuns. ~6200 por ano Moderado 5,0-5,9 Pode causar danos maiores em edifícios mal concebidos em zonas restritas. Provoca danos ligeiros nos edifícios bem construídos. 800 por ano Forte 6,0-6,9 Pode ser destruidor em zonas num raio de até 180 quilômetros em áreas habitadas. 120 por ano Grande 7,0-7,9 Pode provocar danos graves em zonas mais vastas. 18 por ano Importante 8,0-8,9 Pode causar danos sérios em zonas num raio de centenas de quilômetros. 1 por ano Excepcional 9,0-9,9 Devasta zonas num raio de milhares de quilômetros. 1 a cada 20 anos Extremo >10,0 Nunca registrado. Extremamente raro (Desconhecido) Na realidade, os sismos de magnitude 9 são excepcionais e os efeitos das magnitudes superiores não são aqui descritos. 12 9.2 - Escala de Mercalli Modificada (MM) (Escala de intensidade): É uma escala qualitativa usada para determinar a intensidade de um sismo a partir dos seus efeitos sobre as pessoas e sobre as estruturas construídas e naturais. Foi elaborada pelo vulcanólogo italiano Giuseppe Mercalli, em 1902, daí o nome que ostenta. Os efeitos de um sismo são classificados em graus, denotados pelos numerais romanos de I a XII, com o grau I a corresponder a um tremor não sentido pelas pessoas, e o grau XII à alteração calamitosa do relevo da região afetada. Graduação da Escala de Mercalli Modificada (1956) - versão simplificada Graus de intensidade sísmica I Imperceptível Não sentido. Apenas registrado pelos sismógrafos. II Muito fraco Sentido por um muito reduzido número de pessoas em repouso, em especial pelas que habitam em andares elevados. III Fraco Sentido por um pequeno número de pessoas. Bem sentido nos andares elevados. IV Moderado Sentido dentro das habitações, podendo despertar do sono um pequeno número de pessoas. Nota-se a vibração de portas e janelas e das loiças dentro dos armários. V Forte Praticamente sentido por toda a população, fazendo acordar muita gente. Há queda de alguns objetos menos estáveis e param os pêndulos dos relógios. Abrem-se pequenas fendas nos estuques das paredes. VI Bastante forte Provoca início de pânico nas populações. Produzem-se leves danos nas habitações, caindo algumas chaminés. O mobiliário menos pesado é deslocado. VII Muito forte Caem muitas chaminés. Há estragos limitados em edifícios de boa construção, mas importantes e generalizados nas construções mais frágeis. Facilmente perceptível pelos condutores de veículos automóveis em trânsito. Desencadeia pânico geral nas populações. VIII Ruinoso Danos acentuados em construções sólidas. Os edifícios de muito boa construção 13 sofrem alguns danos. Caem campanários e chaminés de fábricas. IX Desastroso Desmoronamento de alguns edifícios. Há danos consideráveis em construções muito sólidas. X Destruidor Abrem-se fendas no solo. Há cortes nas canalizações, torção nas vias de caminho de ferro e empolamentos e fissuração nas estradas. XI Catastrófico Destruição da quase totalidade dos edifícios, mesmo os mais sólidos. Caem pontes, diques e barragens. Destruição das redes de canalização e das vias de comunicação. Formam-se grandes fendas no terreno, acompanhadas de desligamento. Há grandes escorregamentos de terrenos. XII Cataclismo Destruição total. Modificação da topografia. Nunca foi presenciado no período histórico. 9.3 - Escala de magnitude de momento (mms): É usada pelos sismólogos para medir a magnitude dos terremotos em termos de energia liberada. A MMS é, no entanto, a escala usada para estimar as magnitudes de todos os grandes terremotos modernos. ´ μ = módulo de cisalhamento das rochas envolvidas no terremoto. Usualmente é de 30 gigapascal. S = área de ruptura ao longo da falha geológica onde ocorreu o terremoto D = deslocamento médio de S Usualmente mede-se o momento diretamente dos sismógrafos*², dado que o tamanho das ondas de períodos muito grandes, geradas por um terremoto, é proporcional ao momento sísmico. As unidades físicas do momento sísmico são força x distância medidos em dyn x cm. Para calcular a magnitude do momento sísmico, utiliza-se a equação construída por Hiroo Kanamori. 14 w= trabalho mecânico realizado Mo= momento sísmico Os valores constantes da equação são atribuídos de modo que haja consistência com os valores de magnitude produzidos pelas antigas escalas, sobretudo a escala de momento local (ou escala Richter). Da mesma forma que a escala Richter, um aumento de 1 ponto nesta escala logarítmica corresponde a um aumento de 101.5 = 31.6 vezes na quantidade de energia liberada e um aumento de 2 pontos corresponde a um incremento de 103 = 1000 vezes em energia. *² Sismógrafo é um aparelho que registra as ondas sísmicas, ou seja, a intensidade dos terremotos. 10.0 – RESSONÂNCIA: Cada elemento ou parte deuma máquina, tem uma “Frequência Natural” ou uma frequência na qual ele “gosta” de vibrar. Tocar um sino ou tanger a corda de um violão faz com que eles vibrem em sua frequência natural. A frequência natural de cada objeto é determinada por sua massa e rigidez. Aumentar a massa (ou peso) de um objeto reduz ou abaixa a sua frequência natural. Aumentar a rigidez do objeto, como por exemplo, aumentar a tração de uma corda do violão, aumenta ou sobe sua frequência natural. O fato de que cada objeto tem pelo menos uma frequência natural não implica em um problema. Mas, um problema de vibração excessiva pode acontecer como resultado da coincidência de uma frequência natural da máquina com uma frequência inerente de funcionamento dela. Quando isso acontece, o problema é denominado de “Ressonância”. Do ponto de vista da vibração, a ressonância atua como um amplificador mecânico. Mesmo forças pequenas ou normais tais como o desbalanceamento residual, ou o desalinhamento, as forças hidráulicas ou aerodinâmicas, ou ainda as forças magnéticas em motores, que normalmente resultam em pequenas ou insignificantes vibrações, podem vir a ter amplitudes de vibração extremamente altas se uma delas excitar uma condição de ressonância. Assim, se a frequência natural de oscilação do sistema e a excitações constantes sobre ele estiverem sobre a mesma frequência, a energia do sistema será aumentada, fazendo com que vibre com amplitudes cada vez maiores. 10.1 – Liquefação: A liquefação do solo descreve o comportamento de solos que, quando carregados repentinamente sofrem uma transição de um estado sólido para um estado líquido, ou ficam com a consistência de um líquido grosso. A 15 liquefação é mais ocorrente no desprendimento para moderar solos granulados saturados com drenagem pobre, como em areias finas ou areia e cascalho, ou contendo fendas de sedimentos impermeáveis. Nesse caso os grãos de terra se desprendem e se acomodam de outra forma. Pode ocorrer de pedaços mais rochosos ou mesmo rochas inteiras ou até peças metálicas subam impulsionados pelos grãos. Quando temos prédios ou qualquer tipo de construção sobre esse tipo de solo estamos sujeitos a sérios danos, pois a liquefação faz com que a estrutura desmorone facilmente. Áreas muito desenvolvidas, construídas sobre material de solos de sedimentos soltos, podem sofrer prejuízos graves até mesmo de um terremoto relativamente leve. A liquefação também pode causar deslizamentos de terra graves. Neste caso, os deslizamentos de terra foram a força destruidora mais significativa, tirando centenas de vidas. 10.2 – Exemplos de ressonância: Uma criança em um balanço nunca ouviu falar em ressonância, mas sabe como usá-la. Num instante ela descobre qual é o momento certo de dobrar o corpo para aumentar a amplitude do movimento. O corpo de um instrumento musical, um violão, por exemplo, é uma caixa de ressonância. As vibrações da corda entram em ressonância com a estrutura da caixa de madeira que "amplifica" o som e acrescenta vários harmônicos, dando o timbre característico do instrumento. Sem o corpo, o som da corda seria fraco e insosso. Em uma guitarra a ressonância é substituída, parcialmente, por efeitos eletrônicos. 16 11.0 – CONSTRUÇÕES ANTI-SÍSMICAS: São construções feitas para resistir a terremotos. Os edifícios antissísmicos precisam ter níveis apropriados de resistência sísmica: mesmo o sismo mais forte não deve provocar o colapso do edifício, apesar de ser aceitável certo nível de danos. Um sismo fraco, por outro lado, não deve provocar nem mesmo pequenos danos, tais como fendas reparáveis. Existem atualmente duas técnicas experimentais complementares para simular o efeito de um sismo numa estrutura: uma baseada na plataforma sísmica e a outra no muro de reação (ver imagem acima). Uma plataforma sísmica é uma plataforma que simula um sismo através da produção de vibrações em uma, duas ou três dimensões. O edifício de teste – normalmente um modelo a escala reduzida – é colocado na plataforma sísmica e sujeito ao ‘sismo’, sendo o efeito registrado. O edifício cai? Aparecem fendas nas paredes? Qual o padrão de ocorrência dos danos? Quanto tempo consegue o edifício resistir ao sismo? A desvantagem desta simulação é que não pode ser interrompida a meio do ‘sismo’: apenas os danos finais podem ser avaliados. O muro de reação, pelo contrário, permite o teste de edifícios de tamanho real. O edifício é colocado na base rígida do sistema e braços hidráulicos ligados ao muro de reação exercem uma pressão no edifício, correspondente a um sismo. O sismo pode simulado em câmara lenta – um sismo real que dura apenas alguns segundos pode levar horas a simular. Isto permite acompanhar com pormenor os danos sofridos pelo edifício; o teste pode ser interrompido para os engenheiros verificarem o edifício com mais cuidado ou para evitar que ele colapse totalmente. Os sensores registram os efeitos do sismo simulado no edifício, incluindo a deformação, a tensão, as inclinações e a força. 17 18 12.0 – TERREMOTOS NO BRASIL: O Brasil está situado no centro da placa Sul-Americana, no qual ela atinge até 200 quilômetros de espessura, e os sismos nessa localidade, raramente possuem magnitude e intensidade elevadas. No entanto, existe a ocorrência de terremotos no território brasileiro, causados por desgastes na placa tectônica, promovendo possíveis falhas geológicas. Essas falhas, causadoras de abalos sísmicos, estão presentes em todo o território nacional proporcionando terremotos de pequena magnitude; alguns deles são considerados imperceptíveis na superfície terrestre. Há registros de terremotos no Brasil desde o início do século 20. Segundo dados obtidos a partir do "Mapa Tectônico do Brasil", este mostra a existência de 48 falhas, nas quais se concentram as ocorrências de terremotos. 19 13.0 – Conclusão: Um terremoto pode originar-se de várias fontes (vulcânica, tectônica e antropológica), porém o raciocínio é o mesmo: elas se originam de energia liberada do atrito entre as rochas quando estas atingem a deformação plástica, propagando-se na forma de ondas sísmicas. Os simos geram vários tipos de onda, na qual as mais importantes são as ondas P e S, pois, interpretando-as podemos localizar o epicentro do terremoto. Existem vários meios de medir a energia de um terremoto; os mais usados e famosos são a escala de Richter e de Mercalli, onde a primeira é uma escala quantitativa e a segunda qualitativa. A frequência natural de um objeto é extremamente importante no universo da construção civil, onde o objetivo é evitar a ressonância e liquefação dos solos. Nos dias atuais, a tecnologia permite à sociedade a redução das tragédias causadas pelos abalos sísmicos por meio de mecanismos que minimizem os efeitos dos mesmos usando construções sólidas e flexíveis, amortecedores e soluções poderosas e simples. Por fim, o Brasil não está imune a terremotos; é improvável a ocorrência de grandes sismos, entretanto, pequenos sismos podem e já ocorreram neste país. 20 14.0 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: O que são ondas sísmicas. Disponível em: http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/geologia/geologi a_trabalhos/ondassismicas.htm Terremoto. Disponível em: http://www.brasilescola.com/geografia/terremotos.htm Estrutura da terra. Disponível em: http://domingos.home.sapo.pt/estruterra_2.htmlComo funcionam os tsunamis. Disponível em: http://ciencia.hsw.uol.com.br/tsunami.htm Os terremotos e suas magnitudes. Disponível em: http://www.geomundo.com.br/meio-ambiente-40113.htm Escala de Mercalli. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_de_Mercalli Ressonância. Disponível em: http://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/Ondas/ressonancia.php Mecânica ondulatória. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/52919528/77/Exemplos-de-ressonancia Combate aos sismos: projetar e testar edifícios antissísmicos. Disponível em: http://www.scienceinschool.org/2010/issue15/earthquakes/portuguese SERWAY, R. A.: JEWERTT, J.W.Jr.- Princípios de física volume 2: Movimento ondulatório termodinâmico. Publicado em 2004. Ondas sísmicas. Disponível em: http://www.obsis.unb.br/index.php?option=com_content&view=article&id=55&It emid=66 Sismologia. Disponível em: http://moho.iag.usp.br/sismologia/ondasSismicas.php Ondas sísmicas. Disponível em: http://www.infopedia.pt/$ondas-sismicas Entenda como ondas sísmicas se propagam. Disponível em: http://www.apolo11.com/terremotos_wave.php 21
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