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Rotação de culturas e tipos de adubação

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Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT/Sinop 
ICAA – Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais 
Engenharia Agrícola e Ambiental 
Gabriela Casagrande 
Guilherme Tavares 
Karoline Carvalho 
Luiz Pedro Zanon 
Tópicos a serem discutidos 
 Rotação de Cultura; 
 
 Adubação Orgânica; 
 
 Adubação Verde; 
 
 Adubação Mineral. 
Rotação de Cultura 
É o método que permite plantar mais 
de uma cultura na mesma safra. 
Destina áreas da sua propriedade 
(talhões ou glebas) 
Por que fazer a rotação de cultura? 
 Melhor utilização do solo e nutrientes; 
 
 Mobilização e transporte dos nutrientes das 
camadas mais profundas para a superfície; 
 
 Auxilia no controle de plantas daninhas, doenças e 
pragas; 
 
 Repõe restos orgânicos e protege o solo da ação 
dos agentes climáticos. 
Nutrientes 
60% 
Milho absorve Potássio (K) 
10% 
30% 
NUTRIENTES 
NUTRIENTES 
Reciclagem de Nutrientes 
Pragas 
Gramíneas Deixam nela muita palhada 
Ao contrário, essa decisão deve ser muito 
bem pensada para que cada cultura 
possa usufruir de benefícios deixados pela 
cultura anterior. 
Fixa o 
Nitrogênio 
Utiliza o 
Nitrogênio 
Utilizando essa técnica 
Pode-se melhorar a produtividade agrícola 
e, ao mesmo tempo, conservar a fertilidade 
do solo. 
Evita-se que sejam cultivadas, em uma 
mesma área, consecutivamente, espécies 
com as mesmas necessidades nutricionais, 
havendo tempo para que o solo recupere 
parte da fertilidade. 
 
Diversifica sua produção e amplia as 
possibilidades de negócios. 
Adubação Orgânica 
 É feita com a utilização de vários tipos de resíduos. Existem 
diversos adubos orgânicos, de origem animal, vegetal e 
agroindustrial, recomendados para utilização no cultivo 
orgânico de hortaliças; 
 
 Adubos oriundos de fontes externas à propriedade ou de 
sistemas convencionais de criação, no caso dos estercos de 
origem animal, a atenção deve ser redobrada; 
 
 Recomenda-se empregar sistemas de compostagem no 
processo produtivo. 
Vantagens Adubação Orgânica 
 Libera nutriente para as plantas; 
 
 Facilita a absorção de nutrientes pelas plantas; 
 
 Aumenta a capacidade do solo em armazenar nutrientes; 
 
 Melhora a estrutura do solo; 
 
 A adubação orgânica diminui o gasto com adubo mineral; 
 
Desvantagem Adubação Orgânica 
 
 O uso somente de adubos orgânicos não resolve o problema 
para garantir ou aumentar a fertilidade dos solos. 
Adubos Orgânicos Comercializados 
 Torta de algodão; 
 
 Torta de mamona; 
 
 Farinha de chifres e cascos; 
 
 Esterco de galinha; 
 
 Vinhaça. 
Produção de Milho com Adubo Orgânico 
 O sólido deve sempre ser submetido ao processo 
compostagem, para evitar perdas e disponibilizar os 
nutrientes para culturas a serem desenvolvidas na 
propriedade; 
 
 As pesquisas realizados pela Embrapa Milho e Sorgo 
mostraram produtividades de 5.200 a 7.600 kg de milho por 
hectare, em plantio convencional, com o uso de doses 
crescentes de dejetos de suínos; 
 
 A produção de milho em sistema de plantio direto, adubado 
com dejetos de suínos, de maneira exclusiva e combinada, 
alcançou produtividades que variaram de 6.400 até 8.400 kg 
ha-1. 
Produção de Milho com Adubo Orgânico 
 A produtividade atingida com 50 m3 ha-1, em aplicação 
exclusiva, foi 21% superior à obtida com adubação química; 
 
 Os sistemas de uso dos dejetos de suínos com doses 
crescentes exclusivas proporcionaram uma rentabilidade de 
48% a 70%, sem contar com os efeitos benéficos que a 
adubação orgânica opera no solo; 
 
 Por fim, vemos que o adubo orgânico exerce três funções: 
como fertilizante, como corretivo e como melhorador ou 
condicionador do solo. 
Adubo Orgânico 
Adubo Orgânico 
Adubação Verde 
 Principal objetivo é a introdução de uma espécie apropriada 
para depositar sobre o solo ou incorporar sua massa vegetal; 
 
 A melhoria é conseguida através da matéria orgânica não 
decomposta das plantas cultivadas para a Adubação Verde; 
 
 Deve ser previamente planejado, devido as diferentes 
características das espécies utilizadas para a prática. 
Vantagens da Adubação Verde 
 Aumento da capacidade de armazenagem de água no solo; 
 
 Descompactação e estruturação do solo; 
 
 Fornecimento de nitrogênio fixado direto da atmosfera; 
 
 Proteção do solo contra os agentes da erosão e radiação 
solar; 
 
 Diminuição da variação térmica do solo; 
 
 Recuperação de solos de baixa fertilidade. 
A escolha da espécie cultivada 
 Estudar criteriosamente as condições ambientais e de 
cobertura do solo do local a receber o adubo; 
 
 Considerar, além da espécie, as características da sua 
propriedade, como topografia, altitude, tipo de solo e 
disponibilidade de água para irrigação; 
 
 Se o objetivo do produtor for elevar a disponibilidade de 
nitrogênio no solo, a escolha deverá ser por uma leguminosa; 
 
 Se o solo contiver excesso de nitrogênio devido a repetição 
de adubação com esse nutriente, é preferível o cultivo de 
espécies da família das gramíneas. 
Tipos de Adubação Verde 
Adubação Verde em Rotação 
 
 A espécie é plantada durante uma estação inteira, cobrindo 
o solo de 4 a 6 meses; 
 
 É indicada para preparo de plantio de culturas perenes ou 
para recuperação de um solo muito degradado infestado de 
nematoides, fortemente erodido ou compactado; 
 
 Primavera∕Verão, geralmente, ocorre o plantio de 
leguminosas, principalmente feijão de porco, mucunas, caupi 
e guandu; 
 
 Outono∕Inverno as espécies principais são aveia-preta, nabo 
forrageiro. 
Tipos de Adubação Verde 
Adubação Verde em Faixa 
 
 Plantados em faixas e o restante de área pertence ao cultivo 
comercial; 
 
 As faixas devem ser diferentes anualmente, permitindo a 
melhoria de toda a propriedade; 
 
 Em regiões com declive é interessante o plantio de espécies 
que retêm enxurradas; 
 
 Cultivo de feijão ou milho com faixas de leucina, ou o plantio 
de mandioca com faixas de crotalária. 
Tipos de Adubação Verde 
Adubação Verde em Consórcio 
 
 O plantio se faz em consórcio com a cultura comercial; 
 
 Para a eliminação da competição por luz, o adubo deve ser 
de menor porte que a cultura principal ou ser 
roçado∕podado; 
 
 Em Culturas anuais o adubo verde é semeado entrelinhas da 
cultura comercial, não havendo diminuição de área 
plantada; 
 
 Em Culturas perenes ocorre da mesma forma que o plantio 
do adubo em culturas anuais, porém o adubo não pode ser 
muito agressivo. 
Tipos de Adubação Verde 
Coquetel 
 
 Consiste na aplicação de várias espécies de plantas de 
adubação em uma área, aleatoriamente plantadas; 
 
 O objetivo é o aumento da diversidade e utilizar, ao mesmo 
tempo os benefícios das culturas; 
 
 O coquetel é constituído de 45% de gramíneas, 45% de 
leguminosas e 10% das demais famílias. 
Tipos de Adubação Verde 
Adubo Verde em Faixas Coquetel 
Adubo Verde em Consórcio Adubo Verde em Rotação 
 Extração em minas – transformados 
em industrias 
 
– Diretamente assimilados no solo; 
 
 
– Pequena transformação para serem 
absorvidos. 
 
 
Adubação Mineral 
 Principais elementos 
 
– Nitrogênio (N) 
 
– Fósforo (P) 
 
– Potássio (K) 
 Elementos secundários 
 
- Boráx 
 
 
- Sulfato de zinco 
Adubação Mineral 
 Quantidade N,P,K tecidos vegetais; 
 
 
 Quantidade N,P,K adubações; 
 
 
 “Fixação do fósforo”. 
Adubação Mineral Transformação do nitrogênio 
atmosférico (N₂) para a assimilação 
das plantas; 
 
 Incremento populacional → novas 
fontes de nitrogênio no solo; 
 
 Recomendação 160 a 400 kg de 
N mineral/ha/ano. 
Adubação Nitrogenada 
 Primeira aplicação deve ser feita em 
cobertura 
 
 30 – 45 dias após o plantio 
 
 Recomendação: 
 Uréia (45%N) 
 Sulfato de amônio (20% N) 
 Nitrato de cálcio (14% N) 
 Nitrato de amônio (34%) 
Adubação Nitrogenada 
 Arco Voltaico 
 Oxidação do N₂(atm) e O₂(atm); 
 Alta temperatura; 
 Formam óxidos de nitrogênio; 
 Reagem com H₂O(atm) (acido nítrico e 
nitroso); 
 Contato solo ou calcário → nitratos; 
 Sais nitrogenados aproveitáveis pelas 
plantas; 
Adubação Nitrogenada 
 Cianamida cálcica (CaCN₂) 
 
 Reação carbeto de cálcio ou carbureto 
com N₂ puro 
 
 Sal, fixador de N₂, fornece cálcio 
 
 
 Usada na cultura da uva 
 
 
 
 
 
Adubação Nitrogenada 
 Processos mais modernos de fixação 
de nitrogênio para o solo: 
 
 Síntese da amônia; 
 Síntese da ureia; 
 Síntese do ácido nítrico; 
 Síntese do nitrato de amônio; 
 Síntese do sulfato de amônio. 
Adubação Nitrogenada 
N₂ + 3H₂  2NH₃ 
 
 Base dos outros fertilizantes 
 
 Reação com catalisadores e alta pressão 
 
Síntese da Amônia 
Formação do Carbamato 
2NH₃ + CO₂ ↔ NH₂CO₂NH₄ 
 
 
Desidratação do Carbamato 
NH₂CO₂NH₄ ↔ CO(NH₂)₂ + H₂O 
 
Síntese da Ureia 
 Oxidação da amônia 
 
 
NH₃ + 2O₂  HNO₃ + H₂O 
Síntese do Ácido Nítrico 
 Neutralização entre ácido nítrico com 
amônia gasosa 
 
Neutralização 
NH₃ + HNO₃  NH₄NO₃ 
 
Síntese do Nitrato de Amônio 
 Reação exotérmica entre amônia e 
ácido sulfídrico 
 Produto da reação: sulfato de amônio 
 
 
2NH₃ + H₂SO₄  (NH₄)₂SO₄ 
 
 
Síntese do Sulfato de Amônio 
 Matéria prima é a apatita; 
 
 Moagem (aplicação direta no solo); 
 
 Acidulados (transformação do minério em 
adubo solúvel). 
Adubação Fosfatada 
 Plantas requerem suprimento constante de P; 
 
 Inicio quantidades pequenas; 
 
 Época de frutificação quantidades maiores 
(mobilização das reservas); 
 
 Absorção do P = íons H₂PO₄ e HPO₄. 
 
Adubação Fosfatada 
 Fase sólida e líquida 
 O P pode ser orgânico (67 – 71)% 
 O P pode ser inorgânico (33 – 29)% 
 
 Pouco P perdido por lixiviação; 
 
 Escorrimento superficial e remoção 
pelas culturas = Formas significativas 
de perder P. 
Adubação Fosfatada 
 Nutriente mais importante para a 
produção de frutos; 
 
 Recomendado entre 100 a 750 kg de 
K₂O/há dependendo do teor do solo; 
 
 Primeira aplicação deve ser cobertura. 
 
Adubação Potássica 
 Teor de potássio inferior a 59 g/dm³ 
 Iniciar a aplicação de K₂O junto com o N 
 Formas de cloreto de potássio(60% K₂O) 
 Sulfato de potássio (50% K₂O) 
 Nitrato de potássio (48% K₂O) 
 
 Teor de potássio superior a 234 g/dm³ 
dispensam adubação potássica. 
 
Adubação Potássica 
 Objetivos: 
 
 Eliminar a acidez do solo; 
 
 
 Fornecer suprimento de cálcio e 
magnésio. 
 
Calagem 
 Benefícios químicos: 
 Aumentar disponibilidade de fósforo; 
 
 Diminuir a disponibilidade de alumínio e 
manganês = formação hidróxidos; 
 
 Aumento da mineralização da M.O. 
 
 Favorecer a fixação biológica de 
Nitrogênio. 
 
Calagem 
 Benefícios Físicos: 
 
 Aumenta Agregação (Cálcio é um cátion 
floculante); 
 
 
 Diminuição da compactação. 
 
Calagem 
 Calagem em excesso ou mal aplicada 
pode ter efeito negativo na 
disponibilidade de micronutrientes; 
 
 É a prática mais econômica que 
garante aumento na produtividade; 
 
 Para que haja boa incorporação, fazer 
calagem quando estiver preparando o 
solo. 
Calagem

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