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trabalho de psicodia-1.docx

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ
 CURSO DE PSICOLOGIA
 Disciplina: Psicodiagnóstico 
KARLA DANIELE RODRIGUES
PATRÍCIA MOURA NEGREIROS 201407394088
SABRINA KELLE ALVES VIEIRA 201407394071
Processo Psicodiagnóstico em uma das seguintes vertentes teóricas
FORTALEZA / CE
 2017
Questão 01.
Comente sobre o Psicodiagnóstico em uma das seguintes vertentes teóricas: Psicanalítica OU Guestáltica OU Comportamental. De que forma a abordagem escolhida pode ser usada para fundamentar um processo Psicodiagnóstico? Explane sobre seu ponto de vista.
Para compreendermos como a Teoria Cognitivo Comportamental se fundamenta em um processo de Psicodiagnóstico, é importante ressaltar um breve conceito e entendimento do mesmo.
De acordo com Ocampo et al. (2005) e Arzeno (2003), o psicodiagnóstico é uma prática clínica bem delimitada, com objetivo, tempo e papéis definidos. Isto é, um processo que busca nas primeiras entrevistas traçar um caminho de avaliação e planejamento para quem sabe seja a opção do cliente passar por uma terapia ou outros tratamentos dependendo do diagnóstico a ser realizado. Para Cunha (2000) o psicodiagnóstico tem por finalidade averiguar forças e fraquezas do funcionamento psicológico do indivíduo com foco ou não na existência de psicopatologias.
Na perspectiva da Teoria Cognitivo Comportamental o psicodiagnóstico tem como objetivo avaliar o comportamento do indivíduo, e sua relação funcional com o ambiente, incluindo sua história de vida, seus afetos bem como emoções.  Para Beck (1997) a TCC busca a mudança no pensamento, logo no sistema de crenças do cliente, pois as emoções e sentimentos são causados não por situações determinadas, mas pela forma com que as pessoas vivenciam e enxergam tais situações. Ou seja, modificando esses padrões que a nível cognitivo estão distorcido, pode-se obter uma melhoria e qualidade de vida do indivíduo nos outros aspectos já citados acima.
O processo de avaliação cognitiva-comportamental, também chamada de conceituação, formulação ou enquadre cognitivo comportamental, é a porta de acesso ao desenvolvimento do tratamento psicoterápico (Caminha e cols.,2017). A Avaliação cognitiva-comportamental proporciona um nível de estrutura básico para o entendimento do paciente. Durante o processo de avaliação o terapeuta levanta hipóteses que norteiam o tratamento (Back, 2007).
A Avaliação tem como objetivo discutir com o paciente uma formulação dos problemas a serem tratados e obter informações suficientemente detalhadas a respeito dos fatores que mantem o problema para que se possa elaborar um plano de tratamento eficiente (Caminha e cols.,2017). Formular um caso é elaborar um modelo, uma representação demonstrativa de como um paciente está funcionando, e norteia a atuação terapêutica (Rangé,1998).
Para complementar as informações obtidas na entrevista, os terapeutas cognitiva-comportamental costumam utilizar uma serie de instrumentos de registro, avaliação e medidas padronizadas que auxiliam na compreensão do grau de dificuldade do cliente em determinadas áreas e também serve para monitorar o progresso do cliente ao longo do tratamento. 
O processo de formulação cognitiva-comportamental é mais do que um simples diagnostico, é a compreensão do funcionamento global do individuo,não somente no momento atual, mas ao longo de sua história de desenvolvimento, é um mapeamento de suas historias e o seu jeito de se relacionar com as pessoas. Destacam-se, ainda, os pontos de conflitos e dificuldades para o individuo, a serem trabalhados na terapia, e que serão posteriormente reavaliados, tanto pelo relato verbal subjetivo do paciente quanto pelas a medidas objetivas dos instrumentos disponíveis (Rangé,2001).
Questão 02
Quais as principais questões éticas envolvidas ao longo do processo Psicodiagnóstico e na elaboração do laudo?
Quando falamos de ética no campo psicológico, fala-se na responsabilidade que temos com as pessoas, no que se refere ao respeito que devemos a elas, assim como podemos encontrar no primeiro e em parte do segundo dos princípios fundamentais do Código de Ética (Conselho Federal de Psicologia, 1996) como: I ‘’ O psicólogo baseará o seu trabalho no respeito á dignidade e integridade do ser humano’’ e, II ‘’ O psicólogo trabalhará visando o bem estar do indivíduo e da comunidade...’’ Estes princípios podem não conduzir o trabalho de todos os psicólogos, ainda que deveriam, mas muitos psicólogos os adotam, e tem se repetido muito nos debates, como também se sabe que se trata de assuntos presentes em diversas discussões no campo da psicologia. III ‘’ O psicólogo em seu trabalho procurara sempre desenvolver o sentido de sua responsabilidade profissional através de um constante desenvolvimento pessoal, científico, técnico e ético’’. Logo em seguida no Código de Ética, em relação as responsabilidades gerais dos psicólogos, encontramos no primeiro artigo o seguinte: Art. 1° São deveres fundamentais do psicólogo: a) Assumir responsabilidade apenas por atividades para as quais esteja capacitado pessoalmente e tecnicamente. b) Fornecer, a quem de direito, na prestação de serviços psicológicos informações concorrentes ao trabalho a ser realizado e ao seu objetivo profissional. c) Informar a quem de direito os resultados decorrentes da prestação de serviço psicológico, transmitindo somente o que for necessário para a tomada de decisão que afetem o usuário ou o beneficiário. d) Orientar a quem de direito sobre os encaminhamentos apropriados, aparte da prestação de serviços psicológicos, e fornecer sempre que solicitado, os documentos pertinentes ao bom termo do trabalho. Art. 9° É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional afim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações quem tenham acesso no exercício profissional. 
Referências
NASCIMENTO, Regina Sonia Gattas Fernandes do. Perspectivas de futuro: as questões éticas na avaliação psicológica. São Paulo: Avaliação Psicológica,, 2005.
CFP. Código de Ética Profissional do Psicólogo. Brasília, Disponível em: <http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2012/07/codigo-de-etica-psicologia-1.pdf>. Acesso em: 31 mar. 2017.
SOUZA, Isabel Cristina Weiss de; CANDIDO, Carolina Ferreira Guarnieri. Diagnóstico psicológico e terapia cognitiva: considerações atuais. Rev. bras.ter. cogn.,  Rio de Janeiro ,  v. 5, n. 2, p. 82-93, nov.  2009 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-56872009000200009&lng=pt&nrm=iso>. acessos em  17  set.  2017

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