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Canteiro Experimental I NP2 Aula: 20 mai 2014 Construção de áreas cobertas Foi elaborado em grupos propostas de coberturas para serem feitas em Canteiro na aula anterior, e definido as propostas iniciou-se os trabalhos. Também finalizamos detalhes dos fechamentos. Propostas elaboradas: Concerto do painel de concreto Proposta 1 Proposta 2 Proposta 3 Para a cobertura de bambu foram feitos suportes para uma espia que dará sustentação á lona. Aula: 27 mai 2014 Construção de áreas cobertas e mobiliário Além das áreas cobertas fizemos mobiliários para compor com as mesmas. Mão francesa no telhado e na mesa. Aula: 03 jun 2014 Termino das áreas cobertas e mobiliário Inicio da construção de um novo mobiliário, com bases de pneus cheios de terra e brita e socados manualmente, com o tampo de mesa de concreto armado. Construção da forma do tampo da mesa e preenchimento com argamassa. Aula: 10 jun 2011 Neste dia tivemos aula teórica sobre argamassa armada e elaboração das propostas de peças de design em argamassa. Proposta do grupo: Alexander Bavaresco Polyana Franco Maritê Sartori Gabriela Deminsly Douglas Baggio Renata Motter Vivian Wendt Aula: 17 jun 2011 Término do último mobiliário e escolha das propostas de peças de design de argamassa. As propostas escolhidas foram a de um banco com base vazada e outro banco em formato de “tonel partido” Poltrona Egg Banco de base vazada Aula 24 jun 2014 Pesquisa Solo- Cimento Alexander Bavaresco, Beatriz Portilho, Douglas Giovani Baggio, Maritê Sartori Solo cimento O solo cimento é o material resultante da uma mistura composta por terra, cimento e água. O produto deste processo é um material com boa resistência à compressão, bom índice de impermeabilidade, baixo índice de retração volumétrica e boa durabilidade. O solo é o componente mais utilizado para a obtenção do solo cimento, a terra ideal para a mistura deve ser arenosa contendo entre 70% a 80% de areia e o solo a ser utilizado na mistura pode ser extraído do próprio local da obra. O cimento entra em uma quantidade que varia de 5% a 10% do peso do solo, o suficiênte para estabilizá-lo e conferir as propriedades de resistência desejadas para o composto. No Brasil: Empregado no Brasil inicialmente na confecção de bases e sub-bases de pavimentos de estradas, o solo-cimento começou a ser empregado em construções em 1948, quando residências feitas com paredes monolíticas foram construídas na Fazenda Inglesa, em Petrópolis (RJ). Um ano depois, foi construído o famoso Hospital Adriano Jorge, do Serviço Nacional de Tuberculose, em Manaus, edifício com 10.800 m2 ainda em funcionamento e em bom estado de conservação. No entanto, o solo-cimento só foi amplamente aplicado em moradias por volta de 1978, quando o antigo BNH aprovou a técnica para construções de habitações populares. "Na época, estudos feitos pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo) e pelo Ceped (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento) comprovaram que, além do bom desempenho termoacústico, o solo-cimento aplicado em construções levava a uma redução de custos de 20% a 40%, se comparado com a alvenaria tradicional de tijolos de barro ou cerâmicos", diz Fernando Teixeira, consultor na área de solo-cimento. O engenheiro explica que, naquele momento, predominavam as construções com paredes monolíticas. "Recentemente, processos construtivos que envolvem o uso de blocos modulares com encaixe intertravado estão tendo muita aceitação", explica Teixeira. Apesar de mais cara do que a parede monolítica, a alvenaria de blocos apresenta vantagens como dispensar o emprego de fôrmas, acelerar a construção e facilitar a passagem das instalações hidráulica e elétrica. O tijolo de solo-cimento também é conhecido como tijolo modular ou ecológico. Ecológico pela expressiva redução do consumo de energia, já que não é necessária a queima do tijolo. Além disso, esse sistema de fabricação é muitas vezes viabilizado para programas habitacionais ou mutirões, como por administração direta. Fato que demonstra a transferência de tecnologia pela fácil assimilação dos operários, do equipamento e também da mão-de-obra já familiarizada com o sistema construtivo de alvenaria. O solo-cimento vem sendo aplicado ainda em: fundações, pisos, passeios, muros de contenção, barragens e blocos prensados. A tecnologia do solo-cimento também é aplicada às construções das populações de baixa renda e foi introduzida na comunidade da região cacaueira porque tem como benefícios: a economia de tempo e material, bem como facilidade de execução atendendo a segmentos da população na faixa de pobreza. Técnicas de execução: Paredes: o A parede é executada com painéis, travados verticalmente entre si, moldados no local, com auxílio de guias verticais, moldes e outros acessórios. Para o pé direito até 2,80 m, a espessura da parede é de 12 cm. o As guias verticais podem sem: perdidas, pois ficam embutidas na parede e são geralmente de concreto armado; ou recuperadas, pois são retiradas após a conclusão do painel e são geralmente de madeira. No sistema de guias recuperadas, o painel executado serve como guia para o painel seguinte. o Os moldes, geralmente de madeira – laminado fenólico com 18 mm de espessura, são fixados às guias por meio de parafusos de aço, com diâmetro de 2,5 cm (1/2’). o Para construir os painéis, fixam-se duas guias verticais aprumadas, onde deslizam os moldes, presos entre si por parafusos. No espaço limitado pelos moldes e guias compacta-se a mistura de terra e cimento, em camadas com altura igual ou inferior a 20 cm até o completo enchimento do molde. o A desmoldagem é feita logo após a compactação, podendo o molde, em seguida, ser fixado para compactação do bloco imediatamente superior ao recém-moldado e assim sucessivamente, até atingir a altura total da parede. o No caso de paredes perpendiculares entre si, fazem-se três rasgos verticais no painel executado, os quais servirão de guias; os dois rasgos externos guiam a molde e o do meio garante o encaixe responsável pela articulação do painel. A cura do solo-cimento é feita molhando a parede 3 vezes ao dia, durante 7 dias após executada. o A fundação também pode ser executada com solo-cimento em sapata corrida. Abre uma cava ao longo de toda parede e compacta a mistura na cava, em camadas com altura igual ou inferior a 20 cm. Tijolos: O tijolo deste material é feito pela prensa, manual ou automatizada, dessa mistura. Após a prensa ele passa pela cura e secagem, não sendo necessária sua queima que resulta num produto com características de durabilidade e resistências mecânicas definidas. Modulação do tijolo solo-cimento. Exemplos de passagens hidráulicas. Para construção de barragens e muros de contenções, a forma mais indicada é o uso do produto dentro de sacos, que deverão serem molhados apenas depois de empilhados de forma que fiquem travados. Para grandes obras recomenda-se fazer analise do solo em laboratório, para determinaçãodas misturas adequadas evitando-se disperdicio, ou mesmo, a geração de um produto final de baixa qualidade. Vantagens O solo-cimento vem se consagrando como tecnologia alternativa por oferecer o principal componente da mistura - o solo – em abundância na natureza e geralmente disponível no local da obra ou próxima a ela. O processo construtivo do solo-cimento é muito simples, podendo ser rapidamente assimilado por mão-de-obra não qualificada. Apresentam boas condições de conforto, comparáveis às construções de alvenarias de tijolos cerâmicos, não oferecendo condições para instalações e proliferações de insetos nocivos à saúde pública, atendendo às condições mínimas de habitabilidade. É um material de boa resistência e perfeita impermeabilidade, resistindo ao desgaste do tempo e à umidade, facilitando a sua conservação. A aplicação do chapisco, emboço e reboco são dispensáveis, devido ao acabamento liso das paredes monolíticas, em virtude da perfeição das faces (paredes) prensadas e a impermeabilidade do material, necessitando aplicar uma simples pintura com tinta à base de cimento, aumentando mais a sua impermeabilidade, assim como o aspecto visual, conforto e higiene. Materiais que constituem o solo cimento Solo: Os solos adequados são os chamados solos arenosos, ou seja, aqueles que apresentam uma quantidade de areia na faixa de 60% a 80% da massa total da amostra considerada, conforme figura. Solos adequados para a produção de solo-cimento. Quando este tipo de solo não for encontrado, pode-se fazer uma correção granulométrica no solo encontrado (70% de areia e 30% de silte e argila), misturando uniformemente e peneirados, obtendo-se o mesmo resultado. Nas misturas usuais, as quantidades variam na faixa de 12 a15 partes de cimento para 100 partes de solo seco, em massa, o que corresponde, em média, à proporção cimento solo. Desta maneira, é facilmente notada a importância que a escolha de um solo adequado representa para a produção de um solo-cimento com qualidade. Na obtenção do solo, para grande volume de obras, a dosagem do cimento deve ser determinada em laboratório, atendendo não só a qualidade final, mas também à economia, pois um traço exageradamente rico em cimento poderia comprometer a construção. Escolhido o material e determinada a dosagem (traço), o construtor prepara a mistura de forma semelhante a que se faz para outras argamassas. Quando o volume de obras é pequeno, existem testes para a avaliação das características granulométricas de um solo. Alguns deles são feitos, como o Teste da garrafa e o da Retração do solo. Preparo da mistura: Deverá ser feito o peneiramento do solo numa malha ABNT de 4,8mm. Esta operação tem por função promover a pulverização do material, sendo o resíduo destorroado e, então, repeneirado. Deverão ser descartados apenas aqueles pedregulhos maiores que a abertura da malha. O solo é espalhado em uma superfície lisa (bandeja de madeira ou chão batido), devidamente peneirado. Adiciona-se o cimento e faz-se a mistura até obter uma coloração uniforme ao longo de toda a massa. Logo após, coloca-se água em pequena quantidade, de preferência com o uso de regador com pequeno chuveiro adaptado, evitando a sua concentração em determinados pontos. Na prática, a umidade da mistura é verificada através de procedimentos simplificados, baseados na coesão apresentada pela massa fresca. Quando a amostra está seca, não existe a formação de um bolo compacto, com marca nítida 30% AREIA SILTE e AR GILA 70% dos dedos em relevo, ao apertarmos na mão a massa de forma enérgica. Outro método complementar muito utilizado consiste em deixar cair o bolo formado, de uma altura aproximadamente um metro, sobre aD superfície rígida. No impacto o bolo deverá se desmanchar, não formando uma massa única e compacta. Se houver excesso de água, a massa manterá úmida e rígida após o impacto, fato não desejável. Passo a passo da construção de uma casa: Foto 1 - Após a colocação do gabarito metálico e antes da concretagem do radier é feita a locação da ferragem vertical (vergalhões de 8 mm), que deve ficar engastada na fundação. Antes da concretagem, verifica-se também a locação das tubulações de água e esgoto Foto 2 - A concretagem do radier deve ser seguida da marcação da "dama", base de argamassa impermeabilizada que acompanha o traçado das paredes. Para sua marcação, deve ser considerado que 1 m corresponde a 1,005 m na marcação de eixo a eixo Foto 3 -Sobre a "dama" já endurecida é assentada a 1a fiada de tijolos. Para isso, é utilizada a argamassa feita com a própria mistura de solo-cimento aditivada de cal ou outro produto químico que ajude a reter água e minore a retração. As duas primeiras fiadas devem ser rigorosamente niveladas e alinhadas Foto 4 - Os tijolos são encaixados uns sobre os outros em juntas desencontradas. A cada 0,50 m o prumo e o nível devem ser conferidos. Os furos designados no projeto devem ser grauteados. O encontro de paredes deve ser solidarizado com grampos e grapas. As instalações ficam embutidas nos furos dos tijolos e acompanham a execução da alvenaria Foto 5 -Após a colocação dos caixonetes das portas e das janelas, são feitas vergas e contravergas com tijolo de solo- cimento do tipo canaleta. Para isso, os furos de duas fiadas imediatamente abaixo são obturados com um copinho de plástico e grauteados. Dois vergalhões horizontais são dispostos em paralelo no interior da canaleta que é então grauteada. Foto 6 - Após o término da alvenaria é executada a cobertura. A casa já está pronta. Patologias Trincas originadas pela expansão e contração dos tijolos de solo-cimento que foram fabricados ou curados em desacordo com os procedimentos adequados Patologia comum em construções de solo-cimento originada pela má utilização da tecnologia Lote fora das especificações. Peças com trincas originadas por expansão/contração e ruptura por esmagamento As trincas verticais podem ter sido originadas pelas seguintes causas: tijolos com diferentes espessuras, incompatibilidade com o graute ou recalque diferencial da fundação Hotel-residência Projetado pelo arquiteto Silvio Luiz Tamura Jono, a construção, de 500 m2, localizada em Campinas (SP), foi executada com alvenaria de blocos de encaixe intertravado de solo-cimento. "Optei por sistemas construtivos que conferissem rapidez à obra", explica Jono, que associou a tecnologia do solo-cimento à cobertura de telhas cerâmicas com estrutura metálica e lajes treliçadas e protendidas de concreto. Na construção, com dois andares, os blocos de solo-cimento foram empregados de duas maneiras: como alvenaria grauteada autoportante e como vedação, associados a uma estrututura de concreto. O principal desafio da obra foi o projeto executivo da alvenaria, ou seja, determinar os grautes de modo que estes não afetassem a passagem da tubulação de esgoto e das instalações elétricas e hidráulicas", explica Tamura, que especificou a aplicação de verniz à base de silicone na parte externa da alvenaria aparente como impermeabilização. No interior da construção, as paredes foram rebocadas com gesso e revestidas com azulejos nas áreas molháveis. Para o preenchimento dos furos dos blocos, foi utilizado concreto misturado manualmente. "O preenchimento dos furos foi feito a cada 0,5 m, para evitar a formação de bolhas de ar nas colunas", explica o arquiteto. O projeto fez uso de blocos de solo-cimento do tipo canaleta para a configuração das vergase contravergas, preenchidas com concreto e armadas com barras de ferro 3/16" CA 50. Os grautes, por sua vez, foram armados com barras de ferro 3/8" CA 50. Para corrigir as pequenas irregularidades em altura durante o assentamento dos blocos foi aplicada, entre as fiadas, uma mistura de cola branca com a terra da própria jazida do tijolo. Sob as paredes, foi executada uma sapata corrida com 50 cm de largura x 30 cm de altura. O uso de alvenaria de blocos de encaixe intertravado foi associado ao sistema de lajes treliçadas e protendidas de concreto Para a construção, os blocos de solo-cimento foram empregados de duas maneiras: como alvenaria grauteada autoportante e como vedação, associados a uma estrutura de concreto Considerações finais As possibilidades de aplicação do solo-cimento são muito abrangentes e estão longe de serem esgotadas. Por ser um processo de fácil assimilação por qualquer pessoa, utilizando somente materiais locais, não necessitando de energia de qualquer natureza para sua produção, nem mesmo animal, a tecnologia do solo-cimento certamente se constitui no processo que permitirá uma verdadeira revolução nas construções rurais e urbanas brasileiras, pois associa um baixo custo a uma elevada qualidade. Referências Bibliográficas Consultadas ABCP. Disponível em: <http://www.abcp.org.br/conteudo/basico-sobre-cimento/aplicacoes/solo-cimento>. Último acesso em: 30-06-2014. CEPLAC. Disponível em: www.ceplac.gov.br/radar/Artigos/artigo7.htm>. Último acesso em: 30-06-2014. WIKIPEDIA. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Solo_cimento>. Último acesso em: 30-06-2014. CAIXA. Disponível em: < http://www1.caixa.gov.br/gov/gov_social/municipal/programa_des_urbano/inov_tecno/solo_cimento/index.asp > Último acesso em: 30-06-2014 FÓRUM DA CONSTRUÇÃO.Disponível em:< http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=9&Cod=449> Último acesso em: 30-06-2014 TELLUS. Disponível em: <http://tellus.arq.br/blog/casa-sustentavel-tijolo-solo-cimento> Último acesso em: 30-06-2014 PINI. Disponível em: <http://piniweb.pini.com.br/construcao/noticias/alvenaria-de-solo-cimento-79781-1.aspx> Último acesso em: 30-06-2014 Aula 01 jul 2014 Nesta aula iniciamos os banco que foram escolhidos. Para ambos, foram desenhados os formatos em uma superfície de madeira nas dimensões corretas e escala 1:1. Após, foi pré- dimensionado os lugares a serem perfurados para por as barras de ferro que serviriam de suporte para o papelão, que por sua vez servirá de molde para a argamassa se assentar. Depois de colocado o papelão é posto uma malha de aço no meio do molde para dar sustentação á cobertura de argamassa e depois amarrado as barras com arame para que não se desloquem e depois disso é despejado o material dentro dos moldes. Optou-se por prevenir a deformação que a argamassa traria á peça ao ser colocada na forma de papel colocando as barras muito próximas. A distância entre as barras é de aproximadamente 5 centímetros. Nas áreas curvas esta distância é menor. A argamassa irá perder a água e assim irá deixar o papelão úmido, porém com as barras próximas esperamos que não deforme a forma projetada. Parte inferior da base que receberá a argamassa após a colocação de todas as barras de ferro. Colocação do molde para a argamassa. Neste dia também foram feitos mais bancos de argamassa e reparos na mesa. Na última aula (15/07) realizaremos a entrega do caderno e terminaremos os bancos.
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