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UNIDADE 2: AMBIENTE FINANCEIRO BRASILEIRO ANÁLISE DE INVESTIMENTO Prof. Esp. Luís Claudio Ribeiro 1. INTERMEDIAÇÕES FINANCEIRAS A atuação das finanças corporativas desenvolve-se dentro de um ambiente financeiro de mercado complexo e cada vez mais influente. Nesse contexto, o administrador financeiro deve identificar as melhores oportunidades de aplicação disponíveis e formar uma equilibrada posição de risco nas diversas decisões financeiras tomadas pela empresa. É fundamental ao administrador financeiro, portanto, entender como funcionam os mercados, sua estrutura e os rendimentos de seus instrumentos financeiros e o comportamento esperado das políticas econômicas. Intermediação Financeira é a atividade desenvolvida por instituições financeiras que consiste em transferir recursos dos agentes econômicos superavitários para os agentes econômicos deficitários. Uma instituição financeira pode atuar na intermediação de forma direta, atuando por conta própria, realizada geralmente por bancos comerciais; ou de forma auxiliar(indireta), quando age em nome de terceiros. Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro Agentes superavitários são pessoas, ou empresas, ou qualquer entidade que possui dinheiro, e gostariam de gastar mais do que tem no futuro. Para poder gastar mais dinheiro do que eles possuem, eles emprestam esse dinheiro e cobram juros. Com isso eles conseguem gastar mais do que tem, porém não agora, e precisam gastar no futuro quando recebem de volta o dinheiro com os juros. Já os agentes deficitários (a maioria da população) são aquelas pessoas/entidades que não tem dinheiro porém querem gastar agora. E não se importam de pagar mais por isso, porém no futuro. Tomam estes recursos na forma de “Operações de Crédito”. Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro A ilustração abaixo descreve uma instituição atuando de forma direta no processo de intermediação financeira. Agentes Superavitários • Poupadores depositam. Instituições Financeiras • Coleta – Intermediação ou aplicação de recursos financeiros. Agentes Deficitários • Tomadores – tomam dinheiro para suprir a carência de recursos. Utilizar os serviços dos intermediários financeiros apresenta diversas vantagens: A economia de escala: Em razão da quantidade de operações realizadas, os intermediários financeiros podem atuar com custos menores do que aqueles incorridos por tomadores e poupadores se operassem isoladamente. A especialização: Os intermediários financeiros são especialistas na compra e venda de ativos e passivos financeiros, o que lhes permite criar redes de relacionamento e aprimorar análises de riscos, previsões e conhecimentos de aspectos cada vez mais complexos. A eficácia alocativa: Os intermediários financeiros podem selecionar melhor os empreendimentos mais atrativos, com critérios de rentabilidade e retorno. A diversificação: Os intermediários financeiros reúnem grandes volumes de poupança ou dividem alternativas de investimento em pequenos volumes, com maior flexibilidade de prazos e taxas de juros. Maior segurança e diluição de riscos: Os intermediários financeiros assumem os riscos decorrentes de roubos, acidentes e inadimplência de seus tomadores, que podem ser diluídos em razão da grande quantidade de clientes. Liquidez: Os intermediários financeiros podem oferecer alternativas de captação e aplicação de recursos mais rapidamente do que os agentes conseguiriam por conta própria. Gestão de riscos: Ao oferecer alternativas de captação e aplicação de recursos aos seus clientes, os intermediários financeiros reduzem a exposição a riscos. Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro 2. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL Conjunto de instituições financeiras e instrumentos financeiros que visam transferir recursos dos agentes econômicos (pessoas, empresas, governo) superavitários para os deficitários. O Sistema Financeiro Nacional pode ser definido como sendo o conjunto de instituições e orgãos que regulam, fiscalizam e executam as operações relativas à circulação da moeda e do crédito. O Brasil, em sua Constituição Federal, cita qual o intuito do sistema financeiro nacional: “O Sistema Financeiro Nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do país e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram". (Art. 192, CF/88) Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL S IS T E M A F IN A N C E IR O N A C IO N A L ( S F N ) ENTIDADES NORMATIVAS ENTIDADES SUPERVISORAS ENTIDADES OPERACIONAIS Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro As entidades normativas são responsáveis pela definição das políticas e diretrizes gerais do sistema financeiro, sem função executiva. Em geral, são entidades colegiadas, com atribuições específicas e utilizam-se de estruturas técnicas de apoio para a tomada das decisões. Atualmente, no Brasil funcionam como entidades normativas: ENTIDADES NORMATIVAS Conselho Monetário Nacional – CMN Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro As entidades supervisoras assumem diversas funções executivas, como a fiscalização das instituições sob sua responsabilidade, assim como funções normativas, com o intuito de regulamentar as decisões tomadas pelas entidades normativas ou atribuições outorgadas a elas diretamente pela Lei. ENTIDADES SUPERVISORAS O Banco Central do Brasil – BCB Comissão de Valores Mobiliários – CVM Superintendência de Seguros Privados – SUSEP Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro São todas as demais instituições financeiras, monetárias ou não, oficiais ou não, como também demais instituições auxiliares, responsáveis, entre outras atribuições, pelas intermediações de recursos entre poupadores e tomadores ou pela prestação de serviços. ENTIDADES OPERADORAS Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro Opera como agente financeiro do Governo Federal. Principal executor das políticas de crédito rural e industrial e de banco comercial do governo. Financiamentos de longo prazo a custos competitivos, para o desenvolvimento de projetos de investimentos e para a comercialização de máquinas e equipamentos novos, fabricados no país, bem como para o incremento das exportações brasileiras. Operacionalização das políticas do Governo Federal para habitação popular e saneamento básico. É um conselho, criado pela Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964 com poder deliberativo máximo do Sistema Financeiro Nacional é responsável por expedir normas e diretrizes gerais para as políticas monetárias, creditícias e cambial do país. É o órgão deliberativo máximo do Sistema Financeiro Nacional. O CMN não desempenha função executiva, apenas tem funções normativas. Atualmente, o CMN é composto por três membros: Ministro da Fazenda (Presidente); Ministro do Planejamento Orçamento e Gestão; e Presidente do Banco Central. Seus integrantes são nomeados diretamente pela função que exercem,ou seja, o presidente do CMN sempre será o Ministro de Estado da Fazenda. Se este é destituido de sua função, automaticamente deixa de ser o presidente do CMN. O CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL – CMN Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro Existem várias comissões que suportam o CMN. Foram criadas para poderem epecificar suas reuniões de forma à otimiza-las. É interessante observar que essas comissões foram criadas para otimizar, melhorar, especificar e regulamentar (normatizar) setores de responsabilidade do CMN, mas são subordinados a ele. Provavelmente a comissão mais importante é a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito (COMOC), que tem como atribuições o assessoramento técnico na formulação da política da moeda e do crédito do País. As matérias aprovadas são regulamentadas por meio de Resoluções, normativos de caráter público, sempre divulgadas no Diário Oficial da União e na página de normativos do Banco Central do Brasil. Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro Fixar as diretrizes e as normas da política cambial; Regulamentar as taxas de juros, comissões e qualquer outra forma de remuneração praticada pelas instituições financeiras; Regular a constituição e o funcionamento das instituições financeiras; Estabelecer as diretrizes para as instituições financeiras; Acionar medidas de prevenção ou correção de desequilíbrios econômicos, surtos inflacionários etc; Disciplinar todos os tipos de créditos e orientar as instituições financeiras no que se refere à aplicação de seus recursos e Regular as operações de redescontos e as operações no âmbito do mercado aberto. Funções do CMN: Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é o órgão normativo das atividades securitícias do país, foi criado pelo Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, diploma que institucionalizou, também, o Sistema Nacional de Seguros Privados, do qual o citado Colegiado é o órgão de cúpula. A principal atribuição do CNSP, na época da sua criação, era a de fixar as diretrizes e normas da política governamental para os segmentos de Seguros Privados e Capitalização, tendo posteriormente, com o advento da Lei nº 6.435, de 15 de julho de 1977, suas atribuições se estendido à Previdência Privada, no âmbito das entidades abertas. O CNSP desempenha, entre outras, as atribuições de fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados, regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades Abertas de Previdência Privada, Resseguradores e Corretores de Seguros. O CONSELHO NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS - CNSP Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro O CNPC é o órgão com a função de regular o regime de previdência complementar operado pelas entidades fechadas de previdência complementar (Fundos de Pensão). O CNPC é presidido pelo ministro da Previdência Social e composto por representantes da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), da Secretaria de Políticas de Previdência Complementar (SPPC), da Casa Civil da Presidência da República, dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão, das entidades fechadas de previdência complementar, dos patrocinadores e instituidores de planos de benefícios das entidades fechadas de previdência complementar e dos participantes e assistidos de planos de benefícios das referidas entidades. O CONSELHO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR - CNPC Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro O Banco Central do Brasil foi criado em 1964 com a promulgação da Lei da Reforma Bancária (Lei nº 4.595 de 31.12.64). Sua sede é em Brasília e possui representações regionais em Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. É uma autarquia federal que tem como principal missão institucional assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda nacional e um sistema financeiro sólido e eficiente. A partir da Constituição de 1988, a emissão de moeda ficou a cargo exclusivo do BCB. O presidente do BCB e os seus diretores são nomeados pelo Presidente da República após a aprovação prévia do Senado Federal, que é feita por uma arguição pública e posterior votação secreta. BANCO DO CENTRAL DO BRASIL – BCB Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro Assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda nacional e da solidez do Sistema Financeiro Nacional; Executar a política monetária mediante utilização de títulos do Tesouro Nacional; Fixar a taxa de referência para as operações compromissadas de um dia, conhecida como taxa SELIC*; Controlar as operações de crédito das instituições que compõem o Sistema Financeiro Nacional; Formular, executar e acompanhar a política cambial e de relações financeiras com o exterior; Fiscalizar as instituições financeiras e as clearings (câmaras de compensação); Emitir papel-moeda; COMPETÊNCIAS DO BANCO CENTRAL DO BRASIL: * Taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) é a taxa básica utilizada como referência pela política monetária. Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro Executar os serviços do meio circulante para atender à demanda de dinheiro necessária às atividades econômicas; Manter o nível de preços (inflação) sob controle; Manter sob controle a expansão da moeda e do crédito e a taxa de juros; Operar no mercado aberto, de recolhimento compulsório e de redesconto; Executar o sistema de metas para a inflação; Divulgar as decisões do Conselho Monetário Nacional; Manter ativos de ouro e de moedas estrangeiras para atuação nos mercados de câmbio; Administrar as reservas internacionais brasileiras; Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras nacionais; Conceder autorização para o funcionamento das instituições financeiras. COMPETÊNCIAS DO BANCO CENTRAL DO BRASIL: Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi criada em 07 de dezembro de 1976 pela Lei 6.385 para fiscalizar e desenvolver o mercado de valores mobiliários no Brasil. A Comissão de Valores Mobiliários é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Fazenda, porém sem subordinação hierárquica. Com o objetivo de reforçar sua autonomia e seu poder fiscalizador, o governo federal editou, em 31.10.01, a Medida Provisória nº 8 (convertida na Lei 10.411 de 26.02.02), pela qual a CVM passa a ser uma "entidade autárquica em regime especial, vinculada ao Ministério da Fazenda, com personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada de autoridade administrativa independente, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, e autonomia financeira e orçamentária" (art. 5º). É administrada por um Presidente e quatro Diretores nomeados pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado Federal. Eles formam o chamado "colegiado" da CVM. Seus integrantes têm mandato de 5 anos e só perdem seus mandatos "em virtude de renúncia, de condenação judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar" (art. 6º § 2º). O Colegiado define as políticas e estabelece as práticas a serem implantadas e desenvolvidas pelas Superintendências, as instâncias executivas da CVM. Sua sede é localizada na cidade do Rio de Janeiro com Superintendências Regionais nas cidades de São Paulo e Brasília.COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CVM Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro Estimular a formação de poupança e a sua aplicação em valores mobiliários; Assegurar e fiscalizar o funcionamento eficiente das bolsas de valores, do mercado de balcão e das bolsas de mercadorias e futuros; Proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do mercado contra emissões irregulares de valores mobiliários e contra atos ilegais de administradores de companhias abertas ou de carteira de valores mobiliários; Evitar ou coibir modalidades de fraude ou de manipulação que criem condições artificiais de demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários negociados no mercado; Assegurar o acesso do público a informações sobre os valores mobiliários negociados e sobre as companhias que os tenham emitido; Assegurar o cumprimento de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários; Assegurar o cumprimento, no mercado, das condições de utilização de crédito fixadas pelo Conselho Monetário Nacional. Realizar atividades de credenciamento e fiscalização de auditores independentes, administradores de carteiras de valores mobiliários, agentes autônomos, entre outros. ATRIBUIÇÕES DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS: Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro Fiscalizar e inspecionar as companhias abertas e os fundos de investimento; Apurar, mediante inquérito administrativo, atos ilegais e práticas não- equitativas de administradores de companhias abertas e de quaisquer participantes do mercado de valores mobiliários, aplicando as penalidades previstas em lei; Fiscalizar e disciplinar as atividades dos auditores independentes, consultores e analistas de valores mobiliários. ATRIBUIÇÕES DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS: Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro A Susep é o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. Criada em 1966 pelo Decreto-Lei 73/66, que também instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados, de que fazem parte o CNSP, o IRB, as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalização, as entidades de previdência privada aberta e os corretores habilitados. É uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, administrada por um Conselho Diretor, composto pelo Superintendente e por quatro Diretores. - ATRIBUIÇÕES: Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades Abertas de Previdência Privada e Resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP; Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro. SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS – SUSEP Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro A Previc atua como entidade de fiscalização e de supervisão das atividades das entidades fechadas de previdência complementar e de execução das políticas para o regime de previdência complementar operado por essas entidades. É uma autarquia vinculada ao Ministério da Previdência Social. SUPERINTENDÊNCIA NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR - PREVIC - COMPETÊNCIAS: Proceder à fiscalização das atividades das entidades fechadas de previdência complementar e de suas operações; Apurar e julgar infrações e aplicar as penalidades cabíveis; Expedir instruções e estabelecer procedimentos para a aplicação das normas relativas à sua área de competência, de acordo com as diretrizes do Conselho Nacional de Previdência Complementar, a que se refere o inciso XVIII do art. 29 da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003; Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro Autorizar: a) a constituição e o funcionamento das entidades fechadas de previdência complementar, bem como a aplicação dos respectivos estatutos e regulamentos de planos de benefícios; b) as operações de fusão, de cisão, de incorporação ou de qualquer outra forma de reorganização societária, relativas às entidades fechadas de previdência complementar; c) a celebração de convênios e termos de adesão por patrocinadores e instituidores, bem como as retiradas de patrocinadores e instituidores; e d) as transferências de patrocínio, grupos de participantes e assistidos, planos de benefícios e reservas entre entidades fechadas de previdência complementar; Harmonizar as atividades das entidades fechadas de previdência complementar com as normas e políticas estabelecidas para o segmento; Decretar intervenção e liquidação extrajudicial das entidades fechadas de previdência complementar, bem como nomear interventor ou liquidante, nos termos da lei; Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro Nomear administrador especial de plano de benefícios específico, podendo atribuir-lhe poderes de intervenção e liquidação extrajudicial, na forma da lei; Promover a mediação e a conciliação entre entidades fechadas de previdência complementar e entre estas e seus participantes, assistidos, patrocinadores ou instituidores, bem como dirimir os litígios que lhe forem submetidos na forma da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996; Enviar relatório anual de suas atividades ao Ministério da Previdência Social e, por seu intermédio, ao Presidente da República e ao Congresso Nacional; Adotar as demais providências necessárias ao cumprimento de seus objetivos. Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro O Banco do Brasil é o mais antigo banco comercial do Brasil e foi criado em 12 de outubro de 1808 pelo príncipe regente D. João. É uma sociedade de economia mista de capitais públicos e privados. É também uma empresa aberta que possui ações cotadas na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBOVESPA). O Banco do Brasil opera como agente financeiro do Governo Federal e é o principal executor das políticas de crédito rural e industrial e de banco comercial do governo. E a cada dia mais tem se ajustado a um perfil de banco múltiplo tradicional. BANCO DO BRASIL – BB Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro Criado em 1952 como autarquia federal, hoje é uma empresa pública vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio. É responsável pela política de investimentos a longo prazo do Governo Federal, necessários ao fortalecimento da empresa privada nacional. Com o objetivo de fortalecer a estrutura de capital das empresas privadas e desenvolvimento do mercado de capitais, o BNDES conta com linhas de apoio para financiamentos de longo prazo a custos competitivos, para o desenvolvimento de projetos de investimentos e para a comercialização de máquinas e equipamentos novos, fabricados no país, bem como para o incremento das exportações brasileiras. Os financiamentos são feitos com recursos próprios, empréstimos e doações de entidades nacionais e estrangeiras e de organismos internacionais, como o BID. Também recebe recursos do PIS e PASEP. Conta com duas subsidiárias integrais, a FINAME (Agência Especial de Financiamento Industrial) e a BNDESPAR (BNDES Participações), criadas com o objetivo, respectivamente, de financiar a comercialização de máquinas e equipamentos; e de possibilitar a subscrição de valores mobiliários no mercado de capitais brasileiro. As três empresas, juntas, compreendem o chamado "Sistema BNDES". BANCONACIONAL DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL – BNDES Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro Criada em 12 de janeiro de 1861 por Dom Pedro II com o propósito de incentivar a poupança e de conceder empréstimos sob penhor. É a instituição financeira responsável pela operacionalização das políticas do Governo Federal para habitação popular e saneamento básico. A Caixa é uma empresa 100% pública e não possui ações em bolsas. Além das atividades comuns de um banco comercial, a CEF também atende aos trabalhadores formais - por meio do pagamento do FGTS, PIS e seguro- desemprego , e aos beneficiários de programas sociais e apostadores das Loterias. As ações da Caixa priorizam setores como habitação, saneamento básico, infraestrutura e prestação de serviços. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – CEF Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro 3. VALORES MOBILIÁRIOS O conceito de valor mobiliário é altamente relevante para o mercado. Se determinado título for considerado um valor mobiliário, significa dizer que ele deve se sujeitar às regras e à fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários. Isso implica uma mudança significativa na forma como esses títulos podem ser ofertados e negociados no mercado. Valores mobiliários são, predominantemente, ações, debêntures e quotas de fundos de investimento. Todavia, existem vários outros tipos de valores mobiliários. O art. 2º da Lei nº 6.385/76 (que dispõe sobre o mercado de valores mobiliários e cria a Comissão de Valores Mobiliários), com alterações feitas pela Lei nº 10.303/01, define como valores mobiliários os bônus de subscrição, os cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de desdobramento relativos aos valores mobiliários, os certificados de depósito de valores mobiliários, as cédulas de debêntures, os contratos futuros, de opções e outros derivativos. Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro “Art. 2º São valores mobiliários sujeitos ao regime desta Lei: I - as ações, debêntures e bônus de subscrição; II - os cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de desdobramento relativos aos valores mobiliários referidos no inciso II; III - os certificados de depósito de valores mobiliários; IV - as cédulas de debêntures; V - as cotas de fundos de investimento em valores mobiliários ou de clubes de investimento em quaisquer ativos; VI - as notas comerciais; VII - os contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos subjacentes sejam valores mobiliários; VIII - outros contratos derivativos, independentemente dos ativos subjacentes; e IX - quando ofertados publicamente, quaisquer outros títulos ou contratos de investimento coletivo, que gerem direito de participação, de parceria ou de remuneração, inclusive resultante de prestação de serviços, cujos rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de terceiros.“ § 1º Excluem-se do regime desta Lei: I - os títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal; II - os títulos cambiais de responsabilidade de instituição financeira, exceto as debêntures. Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro 4. ATIVOS FINANCEIROS Os ativos financeiros negociados no mercado podem ser classificados com relação a renda, prazo e emissão. Um ativo é entendido como de renda fixa quando todos os rendimentos oferecidos ao seu titular são conhecidos previamente, no momento da aplicação. Mesmo sendo de renda fixa, os rendimentos dos títulos podem ser: a) prefixados, quando os juros totais são definidos por todo o período da operação, independentemente do comportamento da economia; b) pós -fixados, quando somente uma parcela dos juros é fixa (taxa real de juros, líquida da inflação), sendo a outra parte definida com base num indexador de preços contratado (índices de variação de preços, como IGP-M, INPC, TR etc.). Os principais ativos de renda fixa negociados no Brasil são os Certificados de Depósitos Bancários (CDB), debêntures, caderneta de poupança, fundos de investimentos em renda fixa, letras de câmbio e letras hipotecárias. É importante avaliar que os títulos de renda fixa embutem um risco, determinado principalmente pela inadimplência do emitente do papel e flutuações nas taxas de inflação e nas taxas de juros de mercado. Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro 31 DEBÊNTURES São valores mobiliários representativos de dívida de médio e longo prazos que asseguram a seus detentores (debenturistas) direito de crédito contra a companhia emissora. São títulos emitidos por empresas do tipo S/A (Sociedades Anônimas). Os recursos são destinados principalmente para capital fixo das empresas, paga juros, participações nos lucros etc. São títulos de crédito de médio e longo prazo emitidos por uma empresa (S.A.) Ou seja, você se torna credor da companhia, de acordo com as regras divulgadas na escritura do título. Todo debenturista é um credor da empresa Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro Nas Debêntures há a presença de cupons periódicos. Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro QUEM PODE EMITIR DEBÊNTURES? A captação de recursos no mercado de capitais, via emissão de debêntures, pode ser feita por Sociedade por Ações (S.A.), de capital fechado ou aberto. Entretanto, somente as companhias abertas, com registro na CVM – Comissão de Valores Mobiliários – podem efetuar emissões públicas de debêntures. Como a companhia paga pelos recursos obtidos na emissão? A possibilidade de a emissora determinar o fluxo de amortizações e as formas de remuneração dos títulos é o principal atrativo das debêntures. Essa flexibilidade permite que as parcelas de amortização e as condições de remuneração se ajustem ao fluxo de caixa da companhia, ao projeto que a emissão está financiando – se for o caso – e às condições de mercado no momento da emissão. Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro O QUE SÃO DEBÊNTURES CONVERSÍVEIS? São aquelas que podem ser trocadas por ações da companhia emissora. As debêntures conversíveis – e também as não conversíveis – podem contemplar cláusulas de permutabilidade por outros ativos ou por ações de emissão de terceiros que não a emissora. As condições de conversibilidade, bem como as de permutabilidade, devem estar descritas na escritura de emissão. QUAL A DIFERENÇA ENTRE DEBÊNTURE NOMINATIVA E ESCRITURAL? A debênture nominativa é aquela cujos registro e controle das transferências são realizados pela companhia emissora no Livro de Registro de Debêntures Nominativas. A escritural, por sua vez, é aquela cuja custódia e escrituração são feitas por instituição financeira autorizada pela CVM para prestar tais serviços. Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro QUAIS SÃO AS ESPÉCIES DE DEBÊNTURES? As espécies de garantias poderão ser constituídas cumulativamente. Em função do tipo de garantia oferecida ou da ausência de garantia, as debêntures são assim classificadas: com garantia real – garantidas por bens integrantes do ativo da companhia emissora, ou de terceiros, sob a forma de hipoteca, penhor ou anticrese; com garantia flutuante – asseguram privilégio geral sobre o ativo da emissora, em caso de falência. Os bens objeto da garantia flutuante não ficam vinculados à emissão, o que possibilita à emissora dispor desses bens sem a prévia autorização dos debenturistas; quirografária ou sem preferência – não oferecem privilégio algum sobre o ativo da emissora, concorrendo em igualdade de condiçõescom os demais credores quirografários, em caso de falência da companhia; e subordinada – na hipótese de liquidação da companhia, oferecem preferência de pagamento tão somente sobre o crédito de seus acionistas. Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro QUAL A DIFERENÇA ENTRE EMISSÃO PÚBLICA E PRIVADA? A primeira é direcionada ao público investidor em geral, feita por companhia aberta, sob registro na CVM. Já a emissão privada é voltada a um grupo restrito de investidores, não sendo necessário o registro na Comissão. COMO TRANSCORRE UM PROCESSO DE EMISSÃO PÚBLICA DE DEBÊNTURES? A emissão de debêntures é decidida em assembleia geral de acionistas ou em reunião do conselho de administração da emissora, ambos com poderes para estabelecer todas as condições da emissão. A companhia deve escolher uma instituição financeira (banco de investimento ou múltiplo, corretora ou distribuidora de títulos e valores mobiliários) para estruturar e coordenar todo o processo de emissão. Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro 37 Similar ao anterior, intransferível, obrigatoriamente nominativos. LETRAS DE CÂMBIO São emitidas pelos financiados dos contratos de crédito. Após do aceite, a Letra de Câmbio é vendida a investidores através do Mercado Financeiro. São a principal fonte de recursos para financiar bens duráveis, utilizadas pelas Sociedades Financeiras. CERTIFICADOS DE DEPÓSITOS BANCÁRIOS (CDB) É uma obrigação de pagamento futura de um capital aplicado em depósito a prazo fixo em Instituição Financeira. Transferível. RECIBOS DE DEPÓSITOS BANCÁRIOS (RDB) Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro 5. MERCADO DE AÇÕES Ação é a menor parcela representativa do capital social de uma sociedade anônima. Quando compra uma ação, o investidor se torna acionista da empresa, quer dizer, torna-se um sócio, com direito aos bens e lucros. A responsabilidade do acionista está limitada ao valor das suas ações, ou seja, se a empresa for à falência, o acionista perde apenas o valor das ações adquiridas. A Lei 6.404/76 dita: “Art. 1.º A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.” Ao comprar ações, o investidor espera ter lucros com a sua aquisição, mas por ser um título de renda variável, esse retorno não é uma certeza. Não existe uma promessa de rendimento embutido ao título. O principal retorno de aquisição de ações são os dividendos, que se caracterizam pelos lucros da sociedade anônima distribuídos aos acionistas. Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro Ordinárias (ON) A característica principal desse tipo de ação é o fato de que ela permite que seu proprietário tenha direito a voto nas assembleias gerais da empresa, influenciando nas alterações dos estatutos, na eleição da diretoria etc. Preferenciais (PN) Tem como característica principal dar ao acionista preferência em receber dividendos e ser reembolsado do capital, no caso de dissolução da empresa. Podem ser diferenciadas por classes, como letras que apareçam após sua denominação. A emissora é quem estabelece as características de cada classe de ação. De fruição Tipo de ação que confere ao titular participação nos dividendos e no acervo e preferência de aquisição de novas ações. Conserva o direito de voto e é de posse e propriedade dos fundadores da companhia. São ações que têm sua amortização deliberada em assembleia ou no estatuto da empresa. Esse tipo de ação concorre ao acervo líquido, depois de assegurado os direitos daquelas não amortizadas. TIPOS DE AÇÕES Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro Nominativas A CVM define as ações nominativas como aquelas emitidas em nome de seu titular, o qual estará inscrito no Livro de Registro de Ações Nominativas. Escriturais A CVM define as ações escriturais como aquelas cujo controle da posição dos titulares é feito por instituições financeiras especificamente autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para a prestação do serviço de ações escriturais. As ações conferem a seus titulares os seguintes direitos: Dividendos – parcela do lucro da empresa distribuído aos seus acionistas em proporção ao seu número de ações daquela empresa. Bonificações – quando uma companhia incorpora reservas ou lucros em suspenso, estes foram retirados do lucro da empresa em determinado período. Por fazerem parte dos lucros, que pertencem aos acionistas, estes são obrigatoriamente transformados em ações e estas são distribuídas aos acionistas, proporcionalmente à quantidade que eles já possuem. Por serem valores já incorporados ao patrimônio da empresa, a transformação em ações aumenta o capital, mas não altera o patrimônio. Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro Direitos de subscrição – quando a empresa vai aumentar seu capital social, lançando novas ações no mercado, geralmente ela dá o direito aos acionistas de adquirir lotes das novas ações em condições mais vantajosas, em proporção às possuídas. A esse direito dá-se o nome de Direito de Subscrição, que é um valor mobiliário que pode ser negociado na bolsa de valores. UNDERWHITING OU SUBSCRIÇÃO DE AÇÕES Ocorre quando uma sociedade anônima, com o intuito de captar recursos para concretizar investimentos decididos em assembleia geral dos acionistas, emite novas ações que serão negociadas no mercado, sempre com a intermediação de bancos de investimentos, bancos múltiplos com carteira de investimentos, corretoras de títulos e valores mobiliários e distribuidoras de valores mobiliários. A esse tipo de emissão dá-se o nome de operação de subscrição de ações no mercado primário. As vantagens para subscrição de novas ações são o acesso a uma fonte de recursos, o que fortalece a empresa; o crescimento potencial da empresa; a liquidez para os títulos já emitidos e o desenvolvimento da imagem, que estará na mídia durante o processo, entre outras. Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro As desvantagens são a distribuição de lucros aos novos acionistas; a obrigatoriedade de auditoria; a apresentação de contas de resultado; a anuidade à bolsa de valores; manter informações à CVM, bolsas e mídia, entre outras. As diversas formas de se realizar uma operação de underwriting são: abertura de capital – uma sociedade de capital fechado resolve oferecer ações pela primeira vez ao mercado em geral; aumento de capital – quando uma companhia de capital aberto decide oferecer novas ações ao mercado investidor; abertura de capital via block-trade – quando uma sociedade anônima resolve abrir seu capital através da venda de um lote de ações pertencentes a um acionista, ou a um grupo de acionistas, por meio de leilão. Block-trade de ações de companhias abertas – muito parecido com a descrição anterior, mas com algumas características próprias, reguladas pela Bolsa de Valores e pela CVM, de títulos que a empresa possui em carteira. Juros sobre capital próprio – utilizado para remunerar os acionistas com os rendimentos obtidos sobre a parte dos lucros não distribuídos e investidos pela empresa. Como é contabilizado como custo, pode ser abatido no Imposto de Renda devido pela empresa. Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro As sociedades anônimas podem, ainda, tomar algumas medidas que afetam o mercado acionário. Duas delas são: Operação de Split (desdobramento) – aumenta-se o número deações por meio de desdobramento proporcional. Exemplo: uma ação de R$10,00 pode ser desdobrada / dividida em 10 ações de R$1,00. Essa operação não modifica o capital da empresa, aumentando apenas o número de ações existentes. Operação de Inplit (agrupamento) – Reunem-se ações por meio de um agrupamento. Exemplo: 10 ações de R$1,00 cada podem ser agrupadas em uma ação apenas, com o valor de R$10,00. Como descrito no item anterior, essa operação não altera o capital da empresa. As ações podem também ser classificadas em ações “com” e ações “ex”: Ações “com” (cheias) – ações que conferem a seu titular o direito aos proventos distribuídos pelas empresas; Ações “ex” (vazias) – ações cujo direito ao provento já foi exercido pelo acionista. Somente podem ser negociadas, em pregão de bolsa, as ações que não possuam proventos anteriores a receber. Assim, quando a assembleia de uma empresa aprova a distribuição de um novo provento, as ações passam a ser negociadas “ex”. Ambiente Financeiro Brasileiro – Prof. Luís Claudio Ribeiro
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