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CNPI - Conteudo Brasileiro - Apostila PDF


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Preparatório CNPI – Analista de Investimentos 
Conteúdo Brasileiro – Apostila 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2020 
 
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© Pro Educacional – Todos os direitos reservados 
 
 
 
A Pro Educacional é uma plataforma de educação financeira, especializada em certificações. 
Criada em 2016, oferece cursos preparatórios de alta qualidade e com baixo custo para 
atender a demanda crescente por profissionais no mercado financeiro. À frente dos nossos 
cursos estão professores certificados e com vivência no mercado. 
 
Nossos Valores 
Transparência, aprender e melhorar de forma contínua, inovação constante, 
aceleração e liberdade. 
 
Em busca de uma experiência mais completa e eficiente, enviamos esta apostila 
impressa (além da versão on-line), como material de apoio. Todos os cursos passam por 
atualizações constantes a fim de acompanhar o conteúdo exigido nos exames. Além 
disso, temos um canal aberto de suporte com especialistas para auxiliar você em seus 
estudos em todos os momentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esta apostila é parte integrante do Curso Preparatório CNPI da Pro 
Educacional. Este é um material complementar para seus estudos. Você 
pode conferir os exercícios de fixação, simulados e videoaulas na sua 
biblioteca acessando 
 
 
 
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1. Sistema Financeiro Nacional 
Com os conteúdos desse capítulo você será capaz de desenvolver as seguintes 
competências do Edital do CNPI – Conteúdo Brasileiro: 
1 - Órgãos de Regulação e Fiscalização – Principais Atribuições 
1.1- Conselho Monetário Nacional - CMN, Banco Central do Brasil - Bacen, 
Comissão de Valores Mobiliários -CVM, Banco do Brasil, Caixa Econômica 
Federal, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e 
Conselho de Recursos do SFN. 
1.2- Participantes: bancos comerciais, múltiplos, de investimento e de 
desenvolvimento, cooperativas e sociedades de crédito imobiliário, 
companhias hipotecárias, corretoras, distribuidoras e sociedades de 
arrendamento mercantil (leasing). 
2- Clearings e Sistemas 
2.1- Desenho do novo SPB: conceitos. 
2.2- Clearings 
1.1. Introdução ao capítulo – Sistema Financeiro 
Nacional – CNPI – Conteúdo Brasileiro 
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) desenvolve leis e cria instituições 
normativas e reguladoras, como o Conselho Monetário Nacional (CMN), o Banco 
Central do Brasil (BACEN) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para 
sistematizar o funcionamento das demais instituições financeiras públicas e privadas 
que intermediam a captação, distribuição e transferências de recursos financeiros 
da sociedade como um todo (ASSAF NETO, 2014). 
Nesse capítulo você encontrará 19 aulas e o Resumo. O objetivo é familiarizar o 
aluno com as funções doas agentes normativos, reguladores e executores do SFN, 
dentre eles o CMN, o Conselho de Valores Mobiliários (CVM) o BACEN, a Caixa 
Econômica Federal, o Banco do Brasil, bancos comerciais, bancos de 
desenvolvimento, como o BNDES, bancos múltiplos, bancos de investimento, 
cooperativas e sociedades de crédito e as clearings e sistemas. 
DICA DO PROFESSOR 
O conteúdo do capítulo é ajustado e organizado conforme a melhor ordem 
didática e maior probabilidade de cair na prova. 
 
 
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1.2. Sistema Financeiro Nacional 1 
O sistema financeiro serve para estruturar as relações econômicas que envolvem 
dinheiro; desde, por exemplo, a compra de um automóvel por uma pessoa física até 
a aquisição de uma máquina por uma empresa. De modo geral, é a transação de 
recursos entre poupadores (indivíduos e empresas) e investidores através do 
mercado financeiro. 
No Brasil, o Sistema Financeiro Nacional (SFN) desenvolveu mecanismos (leis) e 
criou instituições normativas e reguladoras, como o Conselho Monetário Nacional 
(CMN), o Banco Central do Brasil (BACEN, BCB ou BC) e a Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM), a fim de sistematizar o funcionamento das demais instituições 
financeiras públicas e privadas que servem como intermediárias de captação, 
distribuição e transferências de recursos financeiros de toda a sociedade (ASSAF 
NETO, 2014). As decisões das instituições normativas e reguladoras impactam a 
economia e, consequentemente, toda a sociedade. 
Além disso, o SFN possui o papel de harmonizar os interesses, de modo que 
necessidades individuais não se sobreponham às demandas coletivas. 
Figura – Composição e segmentos do Sistema Financeiro Nacional (SFN). 
 
Fonte: Banco Central do Brasil. 
A figura mostra as instituições organizadoras e o papel de cada uma delas, de modo 
a demonstrar o sistema, suas divisões e hierarquias. A fim de compreender o 
funcionamento desses órgãos, ao longo dos próximos subtemas, estudaremos 
essas instituições e seus papéis, para, posteriormente, verificarmos a legislação em 
vigor. 
 
 
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O Sistema Financeiro Nacional representa um grupo de agentes executivos, 
normativos e as instituições financeiras públicas e privadas que atuam na captação 
de recursos e distribuição, assim como transferências de valores entre os agentes 
econômicos, com o objetivo de garantir que a transmissão de recursos entre quem 
os tem de sobra (investidores ou credores) seja equilibrada em relação a quem 
necessita destes – tomadores ou credores (ASSAF NETO, 2014). 
Instituições do Sistema Financeiro Nacional 
As instituições do SFN estabelecem as funções normativas, harmonizam os direitos 
e deveres dos clientes, apresentando-lhes as soluções mais adequadas. Esse 
sistema é composto por três tipos de instituições: 
 Órgãos normativos: determinam regras gerais para o bom funcionamento 
do SFN. São eles: Conselho Monetário Nacional (CMN), Conselho Nacional 
de Seguros Privados (CNSP) e Conselho Nacional de Previdência 
Complementar (CNPC). 
 Entidades supervisoras: estão subordinadas aos órgãos normativos e 
atuam de modo que os cidadãos e os integrantes do sistema financeiro sigam 
as regras definidas pelos órgãos normativos. São elas: Banco Central do 
Brasil (BACEN), Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência 
de Seguros Privados (SUSEP) e Superintendência de Previdência 
Complementar (Previc). 
 Operadores: estão subordinados às entidades supervisoras e lidam com o 
público sob o papel de intermediário financeiro. São eles: bancos e caixas 
econômicas, cooperativas de crédito, instituições de pagamento, 
administradoras de consórcios, corretoras e distribuidoras, demais 
instituições não bancárias, bolsa de valores, bolsa de mercadorias e futuros, 
seguradoras e resseguradoras, entidades abertas de previdência, sociedades 
de capitalização e entidades fechadas de previdência complementar (fundos 
de pensão). 
Essas instituições existem para organizar as mais variadas possibilidades de 
transações financeiras, que abrangem desde a aquisição de um empréstimo 
bancário, um seguro de vida até a contratação de um plano de previdência ou um 
consórcio. 
Ligados diretamente ao CMN estão o Banco Central do Brasil (BACEN), que é um 
órgão executivo e fiscalizador, responsável por colocar em prática a política 
monetária do governo e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que atua no 
controle e desenvolvimento do mercado de valores mobiliários. As principais 
instituições financeiras ligadas ao BACEN são os bancos comerciais e múltiplos e 
bancos de investimentos; já ao CVM, são as bolsas de valores e as bolsas de 
mercadorias e futuros. 
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) é responsável por determinar 
as normas da política de seguros privados. Ligada a ele, a Superintendência de 
 
 
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Seguros Privados (SUSEP) controla e fiscaliza os mercados de seguros, 
previdência privada aberta, capitalização e resseguro.O Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) é o órgão 
responsável pela regulação das entidades fechadas de previdência complementar, 
também conhecidas como fundos de pensão. Está ligado à Superintendência 
Nacional de Previdência Complementar (Previc), que fiscaliza e supervisiona as 
atividades das entidades fechadas de previdência complementar. 
Esclarecimento: A previdência complementar ou previdência privada é aquela cuja 
escolha pela contratação é totalmente pertinente ao cliente, ou seja, facultativa, o 
que difere da previdência social, que é obrigatória para os funcionários registrados 
em carteira e regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
É importante ressaltar que todas as instituições financeiras do país pertencem ao 
Sistema Financeiro Nacional (SFN), mas nem todas trabalham diretamente com 
transações financeiras. Assim, o SFN também pode ser subdividido em: 
subsistema normativo e subsistema operativo. 
O subsistema normativo fiscaliza e regulamenta o sistema financeiro e as 
instituições que o compõem, sendo responsável por garantir o seu correto 
funcionamento. Ele é composto por instituições que estabelecem diretrizes de 
atuação das instituições que compõem o SFN. 
A Figura a seguir auxilia na compreensão do modo como está estruturado o 
subsistema normativo. Conforme é possível identificar, o subsistema normativo é 
composto por três instituições principais: o Conselho Monetário Nacional (CMN), o 
Banco Central do Brasil (BACEN) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ele 
também possui algumas instituições que são classificadas como especiais, dadas 
as funções que exercem: o Banco do Brasil (BB), o Banco Nacional de 
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Caixa Econômica Federal 
(CEF). 
Figura – O subsistema normativo. 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
 
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O subsistema operativo abrange todas as instituições que atuam na intermediação 
financeira, bancárias ou não, e na realização da transferência de recursos entre 
fornecedores e tomadores de recursos por meio de regras bem definidas. 
A Figura a seguir explicita o modo como está estruturado o subsistema operativo. 
Conforme é possível ver, o subsistema operativo é composto por instituições 
financeiras que são formadas por pessoas jurídicas, privadas ou públicas que 
possuem como atividade primordial a intermediação, coleta ou aplicação de 
recursos financeiros da instituição, ou de moeda estrangeira ou nacional, assim 
como a tutela do valor de propriedade de terceiros. 
Figura – O subsistema operativo. 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
O principal objetivo do Sistema Financeiro Nacional é facilitar a transferência de 
recursos entre os agentes superavitários e os agentes deficitários. Isso é feito 
pelo que chamamos de intermediação financeira, conforme ilustrada na Figura a 
seguir. 
Figura – Intermediação financeira. 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
O agente superavitário é aquele cuja renda excede suas despesas, isto é, ele tem 
dinheiro para suprir todas as suas necessidades e ainda possui sobra de 
capital. Pode ser entendido, por exemplo, como o investidor depositando ou 
aplicando seus recursos em uma instituição financeira. Essa instituição financeira 
faz a intermediação entre o agente superavitário e o agente deficitário, que pode ser 
um banco, por exemplo. Já o agente deficitário é aquele cuja renda não cobre 
suas despesas; ou seja, suas necessidades não permitem que sobre dinheiro. Por 
isso, torna-se necessário buscar recursos junto a uma instituição financeira. 
Referências da aula 
ASSAF NETO, Alexandre. Mercado financeiro. São Paulo: Atlas, 2014. 
Banco Central do Brasil. Sistema Financeiro Nacional. Disponível em: 
 
 
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_lt_https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/sfn_gt_. Acesso em: 13 de fev. de 
2020. 
1.3. Sistema Financeiro Nacional 2 
O quadro a seguir apresenta uma visão geral do Sistema Financeiro Nacional 
(SFN). 
Figura – Visão geral do Sistema Financeiro Nacional. 
 
 
Observações: 
1 – Dependendo de suas atividades, corretoras e distribuidoras também são fiscalizadas pela CVM. 
 2 – As instituições de pagamento não compõem o SFN, mas são reguladas e fiscalizadas pelo BCB, 
conforme diretrizes estabelecidas pelo CMN. 
Legenda: 
1° nível: instituições normativas 
2° nível: instituições supervisoras 
3°/4° níveis: demais instituições operadoras 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
 
 
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As instituições financeiras possuem o papel de facilitar as transações monetárias a 
fim de torná-las cada vez mais transparentes, independentemente do nível social ou 
conhecimento do cliente sobre o tema, auxiliando-o a tomar decisões financeiras 
(GITMAN; MADURA, 2003). Essa transparência só é possível na medida em que 
suas normas consigam refletir os interesses dos envolvidos, de modo a tornar o 
ambiente complexo do mercado financeiro sempre mais preciso e coerente. Nesse 
contexto, as instituições do sistema normativo determinam as normas que devem 
ser obedecidas pelas instituições intermediárias e operacionais. 
As instituições normativas que existem no SFN brasileiro são: o CMN, o CNSP e o 
CNPC, que serão abordados com mais detalhe a seguir. 
Definição das instituições normativas 
O CMN é o órgão do SFN com maior poder, responsável por determinar as regras 
para as instituições financeiras, que estão todas submetidas a ele. O BACEN e a 
CVM também são instituições normativas, com as funções, respectivamente, de 
fiscalizar as instituições financeiras, como os bancos, e as operações realizadas, 
por exemplo, nas bolsas de valores. 
É possível concluir, desse modo, que as resoluções normativas do CMN estão 
interligadas aos bancos, bolsas de valores e outras instituições financeiras, de modo 
que a função do CMN é criar as regras para essas instituições, cabendo a seus 
subordinados, o BACEN e a CVM, fiscalizar a obediência a elas pelas instituições 
operacionais. 
O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), por sua vez, determina as 
regras para outro tipo de instituição, que são as seguradoras. A SUSEP, 
diretamente subordinada a ele, fiscaliza as instituições que realizam seguros, como, 
por exemplo, resseguradoras, entidades de previdência complementar aberta, 
sociedades de seguradoras e sociedades de capitalização. 
Já o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) estabelece as 
normas que devem ser obedecidas por fundos de pensão e planos de previdência 
complementar fechados. Caberá à Previc fiscalizar se as normas estão sendo 
cumpridas pelas instituições que fazem planos de previdência complementar 
fechada e fundos de pensão. 
Papel das instituições normativas 
Como já vimos, cada instituição normativa possui uma área de atuação. Vejamos 
cada uma delas: 
 CMN: formula a política de controle da moeda no SFN e incentiva (ou não) 
mecanismos de incentivo ao consumo de bens e serviços, prática também 
conhecida como política de crédito ou financiamento. Sua principal atribuição 
é gerar um ambiente de estabilidade monetária, permitindo o 
desenvolvimento econômico e social do país. 
 
 
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Figura – O Conselho Monetário Nacional (CMN). 
 
Fonte: Elaborado a partir do decreto nº 1.307, de 09 de outubro de 1994. 
 CNSP: acompanha a evolução do mercado segurador nacional, através não 
só do estabelecimento de normas, mas também da observação da evolução 
dos indicadores de risco e a ocorrência de incidentes cobertos pelos 
contratos de seguros, podendo assim permitir a modernização e evolução 
deste serviço. 
 CNPC: além de ser um órgão normativo, precisa também estar atento aos 
movimentos e reflexos que a economia e a gestão dos planos de previdênciacomplementar podem causar no montante de recursos acumulados pelos 
clientes para assim modernizar a legislação, garantindo os planos futuros de 
aposentadoria dos contratantes desses produtos. 
Essas atribuições das instituições normativas contribuem de modo que cada uma 
delas exerça seu papel e importância no SFN, como veremos mais detalhadamente 
a seguir. 
Figura – Importância das instituições normativas. 
 
Fonte: Elaborado a partir do decreto nº 1.307, de 09 de outubro de 1994. 
A importância das instituições normativas deve-se ao fato de elas regulamentarem o 
funcionamento do SFN, modernizarem as leis e determinarem as garantias que 
devem ser dadas às pessoas e empresas que operam nesse sistema. Para tanto, 
cada uma delas é composta por diversos membros que deliberam sobre questões 
importantes do mercado. 
 
 
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O CMN é composto por autoridades do alto escalão do governo federal: o ministro 
da Economia, como presidente, o presidente do Banco Central e o secretário 
especial de Fazenda do Ministério da Economia. Eles se reúnem periodicamente 
para discutir e estabelecer estratégias sobre assuntos referentes a perspectivas e 
ações necessárias para tratar de temas específicos do SFN e deliberarem sobre 
assuntos relacionados às competências do CMN, como controle de reservas 
cambiais e o nível de endividamento do país. 
O CNSP é composto pelo ministro da Economia, como presidente, pelo 
superintendente da SUSEP e por representantes dos Ministérios da Justiça e da 
Previdência Social*, do BACEN e da CVM, que discutem aspectos referentes à 
constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos contratos de seguro, 
previdência privada aberta, capitalização e resseguro. Além disso, atuam para 
estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro, fixação dos limites 
legais e técnicos das respectivas operações e disciplinar a corretagem de seguros e 
a profissão de corretor. 
*Nota: O Ministério da Previdência e Assistência Social atualmente não possui 
representação em razão de suas funções relacionadas à previdência terem sido 
absorvidas pelo Ministério da Fazenda e, em 2019, passou a integrar a pasta do 
Ministério da Economia. 
O CNPC é formado pelo ministro da Previdência Social, como presidente, e por 
representantes da Previc, da Secretaria de Políticas de Previdência Complementar 
(SPPC), da Casa Civil da Presidência da República, do Ministério da Economia (que 
passou a abranger os Ministérios da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e 
Gestão), das entidades fechadas de previdência complementar, dos patrocinadores 
e instituidores de planos de benefícios das entidades fechadas de previdência 
complementar e dos participantes e assistidos de planos de benefícios das referidas 
entidades. 
Todos esses órgãos são importantes para organizar a intermediação financeira da 
sociedade, equilibrando interesses entre os diversos agentes. A seguir, 
conheceremos as instituições subordinadas a eles. 
Figura – Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) e Conselho Nacional 
de Previdência Complementar (CNPC). 
 
Fonte: Elaborado a partir do decreto nº 1.307, de 09 de outubro de 1994. 
 
 
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Os intermediários financeiros são classificados de acordo com a área de atuação, 
considerando sua capacidade de oferta de crédito ou de indenizações e garantias 
(SZTAJN, 2011). 
Os principais agentes intermediadores são os bancos comerciais, os bancos de 
desenvolvimento e investimento, instituições que operam no mercado de câmbio, 
cooperativas de crédito, seguradoras, fundos de previdência complementar, 
arrendamento mercantil, agências de fomento, entre outros. Por estarem em contato 
direto com os clientes, são os responsáveis por alocar os recursos dos poupadores 
(investidores) para os tomadores, que passam a ser devedores. 
Definição das instituições de intermediação/operacionais 
As instituições financeiras estão divididas em grupos de acordo com sua forma de 
atuação. Veremos agora as principais instituições intermediárias com base nas 
definições do BACEN. 
Os bancos múltiplos são instituições privadas ou públicas que captam recursos e 
repassam-nos às empresas, famílias e governos, e prestam serviços. Podem operar 
as seguintes carteiras: comerciais, de investimento, de desenvolvimento, de crédito 
imobiliário, de arrendamento mercantil, financiamento e investimentos. 
Os bancos comerciais, que também podem ser privados ou públicos, oferecem 
recursos para financiar, em curto e médio prazo, a indústria, o comércio, serviços e 
pessoas físicas, e também podem captar depósitos à vista e a prazo. 
Outro tipo de instituição são os bancos de investimento, instituições privadas 
especializadas em operações de participação societária, financiamento de atividade 
produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e administração de recursos de 
terceiros. Já os bancos de desenvolvimento são controlados pelos governos 
estaduais e têm o objetivo de proporcionar recursos necessários para o 
financiamento de programas e projetos que promovam o desenvolvimento 
econômico e social dos estados. 
As cooperativas de crédito são um tipo de instituição que pode surgir da 
associação de funcionários de uma empresa, de profissionais de um segmento, de 
empresários ou da admissão livre e espontânea de outros tipos de associados. Os 
lucros das operações de empréstimos são repartidos entre os associados. 
Seguros, previdência e capitalização são considerados parte do sistema 
financeiro porque promovem a formação de poupança por parte dos agentes 
econômicos. Os recursos captados por esses intermediadores são aplicados em 
investimentos específicos, pois muitas vezes podem ser necessários para fazer 
frente a compromissos de seus clientes. 
As bolsas de valores, mercadorias e futuros atuam na intermediação de recursos 
do mercado de capitais (ações, opções, direitos, títulos, debêntures, notas 
promissórias) e contratos de derivativos. As Sociedades Corretoras de Títulos e 
 
 
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Valores Mobiliários (SCTVMs) são instituições autorizadas a negociar valores 
mobiliários e derivativos no mercado de negociações (pregão), e as sociedades 
distribuidoras de títulos e valores mobiliários possuem basicamente a mesma 
função, mas não podem atuar diretamente no mercado de negociações (pregão). 
Papel das instituições operacionais 
O papel das instituições operacionais é, em seu sentido mais amplo, o de funcionar 
como intermediadoras ou facilitadoras das atividades que ocorrem no SFN. Elas 
oferecem ou vendem os serviços prestados pelo sistema financeiro, sendo assim, 
quando se deseja fazer algum tipo de operação financeira, recorre-se a ela. 
Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (SCTVMs) 
A resolução nº 1.655, de 26 de outubro de 1989, trata sobre a constituição, 
organização e o funcionamento das Sociedades Corretoras de Títulos e Valores 
Mobiliários (SCTVMs). 
A sociedade corretora tem por objetivo social: 
 Operar em recinto ou em sistema mantido por bolsa de valores; 
 Subscrever, isoladamente ou em consórcio com outras sociedades 
autorizadas, emissões de títulos e valores mobiliários para revenda; 
 Intermediar oferta pública e distribuição de títulos e valores mobiliários no 
mercado; 
 Comprar e vender títulos e valores mobiliários por conta própria e de 
terceiros, observada regulamentação baixada pela Comissão de Valores 
Mobiliários e Banco Central do Brasil nas suas respectivas áreas de 
competência; 
 Encarregar-se da administração de carteiras e da custódia de títulos e 
valores mobiliários; 
 Incumbir-se da subscrição, da transferência e da autenticação de endossos, 
de desdobramento de cautelas, de recebimento e pagamento de resgates, 
jurose outros proventos de títulos e valores mobiliários; 
 Exercer funções de agente fiduciário; 
 Instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento; 
 Constituir sociedade de investimento – capital estrangeiro – e administrar a 
respectiva carteira de títulos e valores mobiliários; 
 Exercer as funções de agente emissor de certificados e manter serviços de 
ações escriturais; 
 Emitir certificados de depósito de ações; 
 Intermediar operações de câmbio; 
 Praticar operações no mercado de câmbio de taxas flutuantes; 
 Praticar operações de conta margem, conforme regulamentação da 
Comissão de Valores Mobiliários; 
 Realizar operações compromissadas; 
 
 
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 Praticar operações de compra e venda de metais preciosos, no mercado 
físico, por conta própria e de terceiros, nos termos da regulamentação 
baixada pelo Banco Central do Brasil; 
 Operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta própria e de 
terceiros, observada regulamentação baixada pela Comissão de Valores 
Mobiliários e Banco Central do Brasil nas suas respectivas áreas de 
competência; 
 Prestar serviços de intermediação e de assessoria ou assistência técnica, em 
operações e atividades nos mercados financeiro e de capitais; 
 Exercer outras atividades expressamente autorizadas, em conjunto, pelo 
Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários. 
Referências da aula 
GITMAN, Lawrence Jeffrey; MADURA, Jeff. Administração financeira: uma 
abordagem gerencial. Addison Wesley, 2003. 
BRASIL. Decreto n° 1.307. Disponível em: 
_lt_http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D1307.htm_gt_. Acesso 
em: 14 de fev. de 2020. 
BRASIL. Resolução n° 1.655. Disponível em: 
_lt_https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/
Lists/Normativos/Attachments/41828/Res_1655_v5_P.pdf_gt_. Acesso em: 14 de 
fev. de 2020. 
SZTAJN, Rachel. Sistema financeiro: entre estabilidade e risco. Elsevier Brasil, 
2013. 
1.4. Leis SFN 
Legislação em vigor 
O SFN no Brasil foi criado em 31 de dezembro de 1964, quando o então presidente 
da República Humberto de Alencar Castelo Branco decretou e sancionou a Lei n. 
4.595/1964, criando o CMN, o Banco Central do Brasil (que passou a ter o papel 
que era desempenhado pelo Banco do Brasil) e a Superintendência da Moeda e do 
Crédito (SUMOC), que na época ficou responsável pela formulação da política 
monetária, até então era dispersa em vários órgãos. 
Essa lei estabelece as funções, competências, deliberações, integrantes, 
instituições que vão funcionar com o CMN, as competências, funções e proibições 
ao BACEN e seus dirigentes. Determina também as instituições financeiras que 
poderão atuar no país mediante autorização do BACEN (ou do poder executivo, se 
forem estrangeiras) e as atribuições de todas as demais instituições que compõem o 
SFN. 
Além dessa lei, o SFN é regido por várias outras, listadas no quadro a seguir. 
 
 
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DICA: Todas as leis que estabelecem o funcionamento do mercado financeiro são 
de acesso ao público. Você pode conferir detalhes sobre cada uma delas no site do 
BACEN (BRASIL, [20–]b). 
Principais leis que compõem o SFN: 
Número 
da Lei 
Data da Lei Lei decretada ou sancionada 
4.131 
3 de 
setembro de 
1962 
Lei de Capital Estrangeiro: disciplina a aplicação do capital estrangeiro e as 
remessas de valores para o exterior e dá outras providências. 
4.595 
31 de 
dezembro 
de 1964 
Lei do Sistema Financeiro Nacional: dispõe sobre a política e as instituições 
monetárias, bancárias e creditícias, cria o CMN e dá outras providências. 
4.728 
14 de julho 
de 1965 
Lei do Mercado de Capitais: disciplina o mercado de capitais e estabelece 
medidas para seu desenvolvimento. 
6.024 
13 de março 
de 1974 
Lei de Intervenções e Liquidações: dispõe sobre a intervenção e a liquidação 
extrajudicial de instituições financeiras e dá outras providências. 
6.385 
7 de 
dezembro 
de 1976 
Lei do Mercado de Valores Mobiliários: dispõe sobre o mercado de valores 
mobiliários e cria a CVM. 
7.357 
2 de 
setembro de 
1985 
Lei do Cheque: dispõe sobre o cheque e dá outras providências. 
7.492 
16 de junho 
de 1986 
Lei do Colarinho Branco ou Crimes Financeiros: define os crimes contra o 
sistema financeiro nacional e dá outras providências. 
9.069 
29 de junho 
de 1995 
Lei do Real: dispõe sobre o Plano Real, o SFN, estabelece as regras e 
condições de emissão do Real e os critérios para conversão das obrigações 
para o Real e dá outras providências. 
9.447 
14 de março 
de 1997 
Lei de Responsabilidade Solidária: dispõe sobre a responsabilidade solidária 
de controladores de instituições submetidas aos regimes de que tratam a Lei 
n. 6.024/1974 e o Decreto-lei n. 2.321/1987; sobre a indisponibilidade de 
seus bens; sobre a responsabilização das empresas de auditoria contábil ou 
dos auditores contábeis independentes; sobre privatização de instituições 
cujas ações sejam desapropriadas, na forma do Decreto-lei n. 2.321/1987, e 
dá outras providências. 
9.613 
3 de março 
de 1998 
Lei da Lavagem de Dinheiro: dispõe sobre os crimes de “lavagem” ou 
ocultação de bens, direitos e valores; a prevenção da utilização do sistema 
financeiro para os ilícitos previstos nesta Lei; cria o Conselho de Controle de 
Atividades Financeiras (COAF) e dá outras providências. 
9.710 
19 de 
novembro 
de 1998 
Lei do PROER: dispõe sobre medidas de fortalecimento do SFN e dá outras 
providências. 
10.214 
27 de março 
de 2001 
Lei do Sistema de Pagamentos Brasileiro: dispõe sobre a atuação das 
câmaras e dos prestadores de serviços de compensação e de liquidação no 
âmbito do sistema de pagamentos brasileiro e dá outras providências. 
Fonte: BRASIL, [20–]b, [s.p.]. (Adaptado). 
 
 
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1.5. Conselho Monetário Nacional – CMN 
O Conselho Monetário Nacional (CMN), criado pela Lei nº 4.595, de 31 de 
dezembro de 1964, pode ser considerado um órgão de caráter unicamente 
normativo. Ele não realiza atividades executivas. Além disso, o CMN é responsável 
pelo controle do SFN; assim, define as diretrizes, regulamentações e regulações 
que as entidades que compõem o SFN devem seguir, sendo também responsável 
por disciplinar a atuação dessas entidades. 
IMPORTANTE! 
Guarde bem as quatro funções citadas acima: estabelecer diretrizes, regulamentar, 
regular e disciplinar. 
Tome muito cuidado quando for responder às questões da prova. Lembre-se 
sempre de que o CMN não exerce atividades executivas. Ele também não é 
responsável por fiscalizar, efetuar transações ou supervisionar entidades. 
Sua função é unicamente normativa. Existem outras instituições responsáveis por 
fiscalizar as demais que compõem o SFN e proceder conforme necessário caso 
identifiquem atividade suspeita. 
Órgão máximo do Sistema Financeiro Nacional: 
São membros do Conselho Monetário Nacional (Lei n° 13.844, de 18 de junho de 
2019): 
 Ministro da Economia (presidente do conselho); 
 Presidente do Banco Central do Brasil (BACEN); e 
 Secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia. 
IMPORTANTE! 
Até então o Conselho Monetário Nacional era composto por apenas três 
integrantes: o ministro da Fazenda, que ocupava o lugar de presidente do CMN; o 
presidente do BACEN; e o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão 
(MPOG). 
Em 2019, houve uma reorganização nos ministérios. Assim, o CMN passou a ser 
composto por: ministro da Economia, presidente do BACEN e pelo secretário 
especial de Fazenda. 
Outras competências do CMN: 
 Autorizar as emissões de papel-moeda; 
 Estabelecer condições para que o Banco Central da República do Brasil 
emita moeda-papel de curso forçado; 
 Aprovar os orçamentos monetários, preparados peloBanco Central da 
República do Brasil; 
 Determinar as características gerais das cédulas e das moedas; 
 Fixar as diretrizes e normas da política cambial, inclusive quanto à compra e 
venda de ouro e quaisquer operações em Direitos Especiais de Saque e em 
moeda estrangeira; 
 
 
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 Regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que exercerem 
atividades subordinadas ao CMN, bem como a aplicação das penalidades 
previstas; 
 Limitar, sempre que necessário, as taxas de juros, descontos nas comissões 
e qualquer outra forma de remuneração de operações e serviços bancários 
ou financeiros, inclusive os prestados pelo Banco Central da República do 
Brasil; 
 Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de fundos 
público; 
 Determinar o percentual de recolhimento de compulsório; 
 Regulamentar as operações de redesconto; 
 Decidir sobre a estrutura técnica e administrativa do Banco Central da 
República do Brasil e fixar seu quadro de pessoal, bem como estabelecer os 
vencimentos e vantagens de seus funcionários, servidores e diretores, 
cabendo ao presidente deste apresentar as respectivas propostas; 
 Regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização de todas as 
instituições financeiras que operam no país; e 
 Baixar normas que regulam as operações de câmbio, inclusive swaps, a fim 
de fixar limites, taxas, prazos e outras condições. 
DICA! 
O CMN é um órgão normativo, ou seja, ele não executa tarefas. Lembre-se dos 
verbos autorizar, regulamentar, determinar, disciplinar etc. Cuidado com os 
verbos autorizar e regulamentar, pois também podem ser usados para se referir 
às funções do BACEN. 
O CMN realiza reuniões ordinárias, uma a cada mês, porém, o presidente do CMN 
pode convocar reuniões extraordinárias quando for necessário. 
O CMN divulga resoluções nas quais torna públicas suas deliberações, as quais são 
aprovadas com a maioria dos votos. Nos casos de urgência e relevante interesse 
(fixe esses dois termos, pois eles são importantes), o presidente do CMN pode 
deliberá-las sozinho. Nesses casos, não é necessária a reunião dos três membros 
do CMN. 
Nesse caso, tem-se uma deliberação ad referendum, ou seja, na próxima reunião do 
CMN, os demais membros devem ratificar a decisão tomada pelo presidente, a qual 
deixa de ser válida se não for validada por todos. 
Mas, afinal, quais são as funções do CMN? Veremos cada uma delas a seguir. 
 Formular a política da moeda e do crédito: esta é a sua principal função. 
Isto é, o CMN possui a incumbência de garantir a eficiência na troca de 
recursos entre os agentes superavitários e deficitários e a estabilidade do 
SFN. 
 
 
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 Regular o valor interno da moeda: o CMN possui como função prevenir ou 
corrigir os surtos inflacionários ou deflacionários de origem interna ou 
externa. Ele também é responsável por agir em caso de depressões 
econômicas e outros desequilíbrios conjunturais. Assim, cabe ao CMN tomar 
medidas que busquem adaptar o volume dos meios de pagamento às 
necessidades da economia. 
 Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de 
pagamento do país, tendo em vista a melhor utilização dos recursos em 
moeda estrangeira: as diretrizes editadas pelo CMN podem ser utilizadas 
para regular o valor da moeda brasileira em relação ao valor observado das 
moedas estrangeiras. Assim, o CMN é responsável por determinar os 
instrumentos utilizados para controlar as reservas internacionais e por definir 
o modo de utilização desses instrumentos. 
 Estabelecer as metas de inflação: conforme dito antes, o CMN possui, 
entre suas funções, evitar surtos inflacionários e deflacionários, através da 
definição de metas de inflação que devem ser perseguidas pelo Banco 
Central e os intervalos de tolerância. Isto é, o quanto a inflação pode se 
desviar para cima ou para baixo dessa meta. 
 Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras públicas 
e privadas: o CMN é responsável por definir quais instituições financeiras 
podem exercer atividades em cada segmento dos mercados financeiros. 
 Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos 
financeiros, de modo a garantir a eficiência do sistema de pagamentos: 
o CMN é responsável por garantir a eficiência do mercado financeiro. Assim, 
ele pode definir diretrizes para aumentá-la. 
 Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras: trata-se de 
outra função muito importante exercida pelo CMN. Ele é responsável por 
garantir a segurança do SFN, sendo que, para isto, precisa fixar diretrizes 
que garantam a solvência e a liquidez das instituições financeiras. 
 Coordenar a política monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da 
dívida pública, interna e externa: cabe ao CMN editar diretrizes que evitem 
abusos na condução dessas políticas, principalmente o endividamento 
público excessivo. 
 Autorizar as emissões de papel-moeda: o CMN também é responsável por 
definir as diretrizes sobre o modo como deve ocorrer a emissão de papel-
moeda. 
 
 
 
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Esta última função do CMN leva-o a exercer funções adicionais, tais como: 
1) Estabelecer condições seguidas pelo Banco Central para a emissão de 
moeda-papel; 
2) Aprovar os orçamentos monetários do Banco Central utilizados para 
estimar as necessidades totais de moeda e crédito; e 
3) Determinar as características das cédulas e moedas. 
 Fixar as diretrizes e normas da política cambial: trata-se de outra função 
do CMN; ao definir as diretrizes e normas da política cambial, ele normatiza 
as reservas internacionais. 
 Disciplinar o crédito em todas as suas modalidades e as operações 
creditícias em todas as suas formas, inclusive aceites, avais e 
prestações de quaisquer garantias por parte das instituições 
financeiras: cabe ao CMN disciplinar e regular o crédito, definindo as 
condições que devem ser seguidas nessas operações. 
 Regular a constituição, o funcionamento e a fiscalização dos que 
exercerem atividades subordinadas ao SFN, bem como a aplicação das 
penalidades previstas: o CMN é a entidade responsável por dizer quais 
instituições podem atuar, o modo como estas devem atuar e quem será 
responsável por sua regulação. 
 
 Limitar, se necessário, as taxas de juros, comissões e outros meios de 
remuneração de operações e serviços bancários ou financeiros, 
incluindo os prestados pelo Banco Central: o CMN pode limitar as taxas 
de juros e demais remunerações oriundas de transações financeiras. 
Observe que ele não deve exercer essa função diariamente, mas apenas em 
casos extraordinários e se houver necessidade. 
 Disciplinar as atividades das Bolsas de Valores e dos corretores de 
fundos públicos (atualmente chamados de sociedades corretoras de 
títulos e valores mobiliários): também cabe ao CMN estabelecer as 
diretrizes que devem ser seguidas pelas Bolsas de Valores e corretores de 
fundos públicos. 
 Expedir normas gerais de contabilidade e estatística observadas pelas 
instituições financeiras: esta é outra função do CMN, em que é 
responsável por determinar as normas de contabilidade e estatísticas 
seguidas pelas instituições financeiras, o que garante a transparência e a 
segurança do SFN. 
 
 
 
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Referências da aula 
BRASIL. Lei n° 4.595. Disponível em: 
_lt_http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%204.5
95-1964?OpenDocument_gt_. Acesso em 14 de fev. de 2020. 
 BRASIL. Lei n° 13.844. Disponível em: 
_lt_http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.
844-2019?OpenDocument_gt_. Acesso em 14 de fev. de 2020. 
1.6. Comissão de Valores Mobiliários –CVM 
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma autarquia voltada para o 
desenvolvimento, disciplina e fiscalização do mercado de títulos e valores 
mobiliários. A CVM não exerce julgamento de valor em relação a qualquer 
informação divulgada pelas companhias. Entretanto, ela zela pela sua regularidade 
e confiabilidade e, para tanto, normatiza e busca sua padronização. Assegurar a 
disponibilidade tempestiva das informações sobre os negócios com valores 
mobiliários e sobre as companhias que os tenham emitido constitui um ponto 
fundamental da normatização no mercado, a qual tem sido a base da política de 
regulação da CVM. 
De acordo com o artigo 5° da Lei n° 10.411, de 26 de fevereiro de 2002, é instituída 
a CVM, entidade autárquica em regime especial, vinculada ao Ministério da 
Economia (até janeiro de 2019 era vinculada ao Ministério da Fazenda, que foi 
extinto), ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus 
dirigentes, e autonomia financeira e orçamentária. 
A Comissão de Valores Mobiliários é administrada por um presidente e quatro 
diretores, nomeados pelo presidente da República depois de aprovados pelo 
Senado Federal, dentre pessoas de ilibada reputação e reconhecida competência 
em matéria de mercado de capitais. O mandato é de cinco anos. 
É o órgão normativo voltado para o desenvolvimento do mercado de títulos e 
valores mobiliários. 
Títulos e valores mobiliários são: 
 ações; 
 fundos de investimentos; 
 debêntures; 
 bônus de subscrição; 
 derivativos; e 
 etc. 
Principais atribuições da CVM: 
 Estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; 
 
 
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 Assegurar o funcionamento eficiente e regular das bolsas de valores e 
instituições auxiliares; 
 Proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões e atos 
fraudulentos nos mercados primários e secundários de ações; 
 Evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar 
condições artificiais de demanda, oferta ou preço de valores mobiliários; 
 Assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários 
negociados e sobre as companhias; 
 Assegurar a observância de práticas comerciais equitativas; 
 Apurar, julgar e punir irregularidades cometidas no mercado; e 
 Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação de títulos 
emitidos pelas empresas de capital aberto. 
São disciplinadas e fiscalizadas pela CVM as seguintes atividades: (art. 1° da Lei 
n° 6.385, de 7 de dezembro de 1976, redação dada pela Lei n° 10.303, de 31 de 
outubro de 2001): 
I – a emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado; 
II – a negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários; 
III – a negociação e intermediação no mercado de derivativos; 
IV – a organização, o funcionamento e as operações das bolsas de valores; 
V – a organização, o funcionamento e as operações das Bolsas de Mercadorias e 
Futuros; 
VI – a administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários; 
VII – a auditoria das companhias abertas; e 
VIII – os serviços de consultor e analista de valores mobiliários. 
Objetivos da CVM: 
 Fixar e implementar as diretrizes e normas do mercado de valores 
mobiliários; 
 Fiscalizar a emissão, o registro, a distribuição e a negociação dos títulos 
emitidos pelas sociedades anônimas de capital aberto; 
 Estimular investimentos no mercado acionário; e 
 Fortalecer o mercado de valores mobiliários. 
IMPORTANTE! 
A CVM é o BACEN do mercado mobiliário. O BACEN fiscaliza o banco e protege 
cliente. A CVM fiscaliza a S/A aberta e protege o acionista. 
A CVM é a entidade supervisora que disciplina o funcionamento das entidades 
administradoras de mercados organizados de valores mobiliários e a negociação no 
mercado de capitais. Além disso, possui o papel de disciplinar como e por quem é 
 
 
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efetuada a custódia de valores mobiliários. Quanto à possibilidade de suspensão de 
emissão, distribuição ou negociação de ativos mobiliários, isso ocorre normalmente 
quando algum grande negócio está em processo de ser fechado, envolvendo fusões 
ou aquisições de empresas. Cabe também à CVM a supervisão do mercado de 
derivativos. A CVM é composta por um presidente e quatro diretores, nomeados 
pelo presidente da República após serem aprovados em sabatina pelo Senado 
Federal. O mandato dos dirigentes é de cinco anos, vedada a recondução e 
devendo ser renovado, a cada um ano, 1/5 dos membros do colegiado. 
Entre os operadores desse mercado, há as Bolsas de Mercadorias e Futuros, que 
são associações privadas civis, cujo objetivo é efetuar o registro, a compensação e 
a liquidação, física e financeira, das operações realizadas em pregão ou em sistema 
eletrônico. Para tanto, devem desenvolver, organizar e operacionalizar um mercado 
de derivativos livre e transparente, que proporcione aos agentes econômicos a 
oportunidade de efetuarem operações de hedging (proteção) ante flutuações de 
preço de commodities agropecuárias, índices, taxas de juro, moedas e metais, bem 
como de todo e qualquer instrumento ou variável macroeconômica cuja incerteza de 
preço no futuro possa influenciar negativamente suas atividades. Possuem 
autonomia financeira, patrimonial e administrativa e são fiscalizadas pela CVM. 
Referências da aula 
BRASIL. Lei n° 10.411. Disponível 
em:_lt_http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10411.htm_gt_. Acesso em: 
14 de fev. de 2020. 
 BRASIL. Lei n° 6.385. Disponível em: 
_lt_http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6385.htm_gt_. Acesso em: 14 de fev. 
de 2020. 
 BRASIL. Lei n° 10.303. Disponível em: 
_lt_http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10303.htm_gt_. Acesso em: 
14 de fev. de 2020. 
1.7. Banco Central do Brasil – BACEN 
O Banco Central do Brasil (BACEN) é a entidade supervisora do Sistema 
Financeiro Nacional (SFN). Cabe destacar que ele deve obedecer às diretrizes 
estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), sendo responsável pela 
supervisão das entidades financeiras, bancos de câmbio e outras instituições 
financeiras intermediárias. 
Autarquia vinculada ao Ministério da Economia (anteriormente vinculada ao 
Ministério da Fazenda, que foi extinto em janeiro de 2019). 
Diretoria colegiada composta de presidente e oito diretores (nove membros), 
todos nomeados pelo presidente da República e aprovados pelo Senado. 
 Principal órgão executivo do SFN. 
 
 
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Compete ao BACEN cumprir e fazer cumprir as disposições que lhe são atribuídas 
pela legislação em vigor e as normas expedidas pelo CMN. 
Principais atribuições do BACEN: 
 autorizar o funcionamento e fiscalizar as instituições financeiras, punindo-as 
se for o caso; 
 emitir moeda-papel e moeda metálica; 
 controlar o crédito e o fluxo de capitais estrangeiros; e 
 executar a política monetária e cambial. 
Outras atribuições: 
 executar os serviços do meio circulante; 
 determinar o recolhimento de até cem por cento do total dos depósitos à 
vista e de até sessenta por cento de outros títulos contábeis das instituições 
financeiras; 
 realizar operações de redesconto e empréstimos a instituições financeiras 
bancárias; 
 ser depositário das reservas oficiais de ouro e moeda estrangeira e de 
Direitos Especiais de Saque, realizando todas e quaisquer operações 
previstas no Convênio Constitutivo do Fundo Monetário Internacional; 
 formular e executar as políticas monetárias e cambiais, de acordo com as 
diretrizes do Governo Federal; 
 executar as diretrizes e normas do CMN; 
 regular e administrar o Sistema Financeiro Nacional; 
 administrar o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e o meio circulante; 
 receber os recolhimentos compulsóriosdos bancos. 
IMPORTANTE! 
O BACEN é o “banco dos bancos” e responsável pelo bom funcionamento do 
SPB. 
O BACEN possui as funções apresentadas a seguir. 
 Emitir a moeda: o Banco Central possui o monopólio da emissão de papel-
moeda e moeda metálica. Porém, essa emissão não é desregulada; quem 
estabelece os limite e diretrizes para a emissão de moeda é o CMN. 
 Executar os serviços de meio circulante: cabe ao BACEN retirar do 
mercado moedas que apresentam defeitos ou que sejam muito velhas e 
substituí-las por moedas novas. 
 
 
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 Exercer o controle de crédito em todas as suas formas: o BACEN deve 
controlar os volumes de crédito na economia. 
 Receber os recolhimentos compulsórios e os depósitos voluntários à 
vista das instituições financeiras: quando os bancos pegam dinheiro que 
se encontra parado nas contas-correntes e emprestam-no para outros 
clientes, eles podem ocasionar inflação. Para evitar que isso ocorra, o 
BACEN recolhe compulsoriamente parte dos depósitos à vista. Assim, os 
bancos comerciais são obrigados a recolher parte dos depósitos à vista para 
o Banco Central. O BACEN também recebe depósitos voluntários dos bancos 
comerciais. 
 
 Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra 
e venda de títulos públicos federais: o BACEN pode comprar ou vender 
títulos públicos emitidos pelo governo. 
 
 Banco dos bancos: o BACEN presta diversos serviços financeiros para os 
demais bancos, principalmente serviços de redesconto (concessão de 
créditos para instituições financeiras bancárias), de modo que o BACEN é o 
emprestador de última instância do SFN. 
 Banco do governo: o BACEN é o banco do governo, nele ficam depositadas 
as reservas internacionais do país, sejam reservas oficiais de ouro, moeda 
estrangeira ou direitos especiais de saques. Ademais, é preciso enfatizar 
que as transações realizadas entre o BACEN e o governo são limitadas, para 
evitar o financiamento dos gastos públicos com a emissão de moeda. O 
 
 
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BACEN não pode conceder empréstimos ao governo federal, apesar de 
as reservas de caixa do governo permanecerem no BACEN. 
 Supervisão do Sistema Financeiro Nacional: conforme foi enfatizado 
anteriormente, o CMN normatiza, mas não fiscaliza o SFN. O BACEN, junto 
com outras instituições, é responsável por supervisionar o SFN. 
As instituições supervisionadas pelo BACEN são: 
 instituições que captam depósitos à vista; 
 instituições financeiras que não captam depósitos à vista; 
 bancos de câmbio; e 
 outras entidades financeiras que atuam como intermediárias de recursos. 
Entre as atividades de supervisão realizadas pelo BACEN, é possível destacar: 
 A fiscalização das instituições financeiras e a aplicação das penalidades 
adequadas; 
 Concessão de autorizações para as instituições financeiras: 
o atuarem no país; 
o instalarem ou transferirem suas sedes ou dependências, inclusive no 
exterior; 
o serem transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas; 
o realizarem operações de câmbio, crédito real e venda de títulos da dívida 
pública federal, estadual ou municipal, debêntures, ações, letras 
hipotecárias e demais títulos de crédito ou mobiliários; 
o prorrogarem os prazos concedidos para funcionamento; 
o alterarem seus estatutos; 
o alienarem ou transferirem o seu controle acionário; e 
o estabelecerem as condições para o exercício de cargos de direção nas 
Instituições financeiras privadas. 
 Evitar a entrada de outras instituições no SFN: 
o controlar o fluxo de capitais estrangeiros, garantindo o funcionamento 
adequado do sistema cambial, inclusive com a operação via ouro, moeda 
e operações de crédito no exterior; 
o regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros 
papéis; 
o vigiar as empresas que atuam nos mercados financeiros e de capitais que 
possam interferir nesses mercados e em relação às modalidades ou 
processos operacionais que utilizam; 
o Determinar que as matrizes das instituições financeiras registrem as 
firmas que operam com suas agências há mais de um ano; e 
o autorizar instituições financeiras estrangeiras a operar no Brasil. 
 
 
 
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O quadro a seguir resume as funções do BACEN: 
Quadro – Funções do BACEN. 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
Ao Conselho Monetário Nacional (CMN) compete regular a constituição, o 
funcionamento e a fiscalização das instituições financeiras, cabendo ao BACEN a 
execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis. 
O SFN tem como órgão executivo central o BACEN, que estabelece normas a 
serem observadas pelo CMN. 
Em termos de política econômica, o Banco Central dispõe de alguns instrumentos. 
Ou seja, o Banco Central possui a sua disposição basicamente três instrumentos 
para a realização da política monetária: operações de mercado aberto, redesconto e 
depósitos compulsórios. Os depósitos compulsórios consistem em um instrumento à 
disposição do Banco Central para influenciar a quantidade de moeda na economia. 
Eles representam uma parcela dos depósitos captados pelos bancos, os quais 
devem ser mantidos compulsoriamente “esterilizados” no Banco Central. 
A alíquota dos depósitos compulsórios é um dos determinantes do multiplicador 
monetário, ou seja, da oferta de moeda em relação à base monetária. Por exemplo, 
diminuições na alíquota farão com que os bancos possam emprestar maior parcela 
das suas reservas e, assim, aumentar a quantidade total de moeda para uma dada 
quantidade de base monetária. Esse instrumento de política monetária tem 
 
 
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assumido outras funções, como, por exemplo, funcionar como instrumento auxiliar 
para garantir a fluidez dos pagamentos no Sistema de Pagamentos Brasileiro – SPB 
–, considerando que as instituições podem movimentar livremente, ao longo do dia, 
os valores correspondentes à exigibilidade do compulsório, devendo efetuar o 
recolhimento apenas no final do dia. Outra nova função é a atuação dos depósitos 
como ferramenta macroprudencial, que contribui para a estabilidade do sistema 
financeiro. Essa atuação tornou-se evidente ao longo da crise de 2008 quando o 
instrumento foi utilizado para ajustar o nível geral e a distribuição da liquidez no 
sistema financeiro. 
Atualmente, no Brasil, existem as seguintes modalidades de depósitos compulsórios 
e de encaixe obrigatório: 
 depósito compulsório sobre recursos à vista; 
 depósito compulsório sobre recursos de depósitos e de garantias realizadas; 
 encaixe obrigatório sobre recursos de depósitos de poupança; e 
 depósito compulsório sobre recursos a prazo. 
Há também outros dois tipos de depósitos compulsórios que atualmente estão com 
alíquotas iguais a zero: 
 depósito compulsório sobre a concessão de aval, fiança ou outras garantias 
em operações de empréstimos/financiamentos entre pessoas físicas ou 
jurídicas não financeiras (Circular nº 2.563, 1995); e 
 depósito compulsório sobre operações ativas e passivas (Circular nº 2.511, 
de 1994). 
Além disso, há outros tipos de recolhimentos obrigatórios realizados no Banco 
Central. São eles: 
 os depósitos decorrentes de insuficiência no direcionamento para operações 
de financiamento imobiliário dos recursos captados em depósitos de 
poupança; 
 insuficiência no direcionamento dos recursos captados em depósitos à vista 
para operações de crédito destinado à população de baixa renda e a 
microempreendedores; e 
 o decorrente da insuficiência no direcionamento para crédito rural. 
Referências da aula 
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Circular n° 2.511, de 1994. Disponível em: 
_lt_https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.asp?arquivo=/
Lists/Normativos/Attachments/43180/Circ_2511_v1_O.pdf_gt_.Acesso em: 18 de 
fev. de 2020. 
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Circular n° 2.563. Disponível em: 
_lt_https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/circ/1995/pdf/circ_2563_v3_p.pdf_gt_. 
Acesso em: 18 de fev de 2020. 
 
 
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1.8. Conselho de Recursos do SFN 
O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) é um órgão 
colegiado, de segundo grau, integrante da estrutura do Ministério da Economia e 
tem por finalidade julgar, em última instância administrativa, os recursos contra as 
sanções aplicadas pelo BACEN e CVM e, nos processos de lavagem de dinheiro, as 
sanções aplicadas pelo COAF (agora pela UIF) e demais autoridades competentes. 
O CRSFN é um órgão paritário, integrante da estrutura do Ministério da 
Economia Os conselheiros titulares e suplentes são possuidores de conhecimentos 
especializados em assuntos relativos aos mercados financeiro, de câmbio, de 
capitais, de consórcios e de crédito rural e industrial. Tanto os Conselheiros 
Titulares, como os seus respectivos suplentes, são designados pelo Ministro da 
Economia, com mandato de três anos, renovável por igual período por até duas 
vezes, devendo ter competência reconhecida e conhecimentos especializados nas 
matérias de competência do CRSFN. 
IMPORTANTE! 
A Medida Provisória nº 870, de 1º de janeiro de 2019, criou o Ministério da 
Economia. Com isso, as estruturas dos ministérios da Fazenda; do Planejamento, 
Desenvolvimento e Gestão; da Indústria, Comércio Exterior e Serviços; e do 
Trabalho passaram a integrar um novo ministério chamado Economia. 
O CRSFN é constituído por dezesseis conselheiros, sendo oito membros (quatro 
titulares e respectivos suplentes) indicados pelo Governo e oito (quatro titulares e 
respectivos suplentes) indicados por entidades representativas dos mercados 
financeiro e de capitais. A Portaria do Ministério da Fazenda nº 246, de 2 de maio 
de 2011, alterada pela Portaria nº 423, de 29 de agosto de 2011, estabelece as 
entidades do setor privado que indicam conselheiros titulares e suplentes. 
Fazem ainda parte do Conselho de Recursos: 
 Procuradores da Fazenda Nacional, designados pelo Procurador-Geral da 
Fazenda Nacional, com atribuição de zelar pela fiel observância da legislação 
aplicável 
 Um Secretário-Executivo, nomeado pelo Ministro da Economia, responsável 
pela execução e coordenação dos trabalhos administrativos. Para tanto o 
Ministério da Economia, o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores 
Mobiliários proporcionam o respectivo apoio técnico e administrativo.O 
CRSFN é composto por: 
 
 
 
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Figura – Composição do CRSFN 
 
 
Fonte: Ministério da Economia (Disponível em: 
_lt_http://fazenda.gov.br/orgaos/colegiados/crsfn/institucional/estrutura-e-composicao_gt_. Acesso 
em: 9 set. 2019.) 
Atuam junto ao CRSFN procuradores da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional 
(PGFN), designados pelo Procurador-Geral, com a finalidade de zelar pela fiel 
observância da legislação aplicável, de modo que opinam sobre recursos, 
comparecem às sessões de julgamento e reuniões técnicas, bem como assessoram 
juridicamente a presidência do Conselho. O Conselho conta também com uma 
Secretaria Executiva como unidade de apoio administrativo e gestão. 
Preside o CRSFN um dos conselheiros indicados pelo Ministério da Economia. O 
Vice-presidente do Conselho é designado pelo Ministro da Economia dentre os 
conselheiros indicados pelas entidades privadas representativas dos mercados 
financeiro e de capitais. 
Tem por finalidade julgar, em última instância administrativa: 
 De decisões do Banco Central do Brasil: 
o Que aplicarem penalidades em sede de processo administrativo 
sancionador instaurado em razão do descumprimento de normas legais e 
regulamentares que lhe caiba fiscalizar; 
o Que aplicarem medidas cautelares; 
o Referentes à desclassificação e à descaracterização de operações de 
crédito rural; e 
 
 
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o Relacionadas à retificação de informações, à aplicação de multas e custos 
financeiros associados a recolhimento compulsório, ao encaixe obrigatório 
e ao direcionamento obrigatório de recursos. 
 De decisões das autoridades competentes relativas à aplicação das sanções 
previstas na lei de lavagem de dinheiro; 
 Da Comissão de Valores Mobiliários em processo administrativo sancionador 
instaurado mediante inquérito administrativo para apurar atos ilegais e 
práticas não equitativas de administradores, membros do conselho fiscal e 
acionistas de companhias abertas, dos intermediários e dos demais 
participantes do mercado; 
 Que apliquem às empresas comerciais exportadoras a penalidade de 
cancelamento do Registro Especial na Carteira de Comércio Exterior do 
Banco do Brasil (CACEX) e na Secretaria da Receita Federal, em 
decorrência de fraudes na exportação relativas a preços, pesos, medidas, 
classificação e qualidade; e 
 Do Conselho de Controle de Atividades Financeiras. 
Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados, de 
Previdência Privada Aberta e de Capitalização – CRSNSP 
O Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados, de 
Previdência Privada Aberta e de Capitalização (CRSNSP), órgão colegiado 
integrante da estrutura básica do Ministério da Economia, tem por finalidade o 
julgamento, em última instância administrativa, dos recursos de decisões da 
Superintendência de Seguros Privados – SUSEP. 
O CRSNSP será composto por conselheiros indicados pelo setor público e, em igual 
número, por conselheiros indicados, em lista tríplice, pelas entidades representantes 
dos mercados sujeitos à regulação da SUSEP, designados pelo Ministro da 
Economia. 
O CRSNSP terá como Presidente representante do Ministério da Economia, 
designado pelo Ministro da Economia. 
A Secretaria-Executiva do CRSNSP será exercida pelo Ministério da Economia. 
O Secretário-Executivo do CRSNSP será designado pelo Ministro de Estado da 
Economia. 
A composição, a organização e o funcionamento do CRSNSP serão fixados em 
Regimento Interno aprovado por ato do Ministro de Estado da Economia. 
Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP 
O CNSP desempenha, entre outras, as atribuições de fixar as diretrizes e normas 
da política de seguros privados, regular a constituição, organização, 
funcionamento e fiscalização das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, 
 
 
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Entidades Abertas de Previdência Privada, Resseguradores e Corretores de 
Seguros. 
1.9. Caixa Econômica Federal 
O decreto-lei nº 759, de 12 de agosto de 1969, autorizou a constituição da Caixa 
Econômica Federal (CEF), como instituição financeira sob forma de empresa 
pública, dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio 
e autonomia administrativa, vinculada ao Ministério da Fazenda (hoje está vinculada 
ao Ministério da Economia, sendo que o Ministério da Fazenda foi extinto em janeiro 
de 2019). 
Uma característica distintiva da Caixa é que ela prioriza a concessão de 
empréstimos e financiamentos a programas e projetos nas áreas de assistência 
social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esporte. 
Além de centralizar o recolhimento e posterior aplicação de todos os recursos 
oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), integra o Sistema 
Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e o Sistema Financeiro da Habitação 
(SFH). 
Monopólio das operações de: Empréstimo sob penhor de bens, Recolhimento do 
FGTS, e Bilhetes loterias. 
Principais atribuições e competências da Caixa Econômica Federal: 
 Receber em depósito sob a garantia da União, economias populares, 
incentivando os hábitos de poupança; 
 Conceder empréstimos e financiamentos de natureza assistencial,cooperando com as entidades de direito público e privado na solução dos 
problemas sociais e econômicos; 
 Operar no setor habitacional, como sociedade de crédito imobiliário e 
principal agente do Banco Nacional de Habitação, com o objetivo de facilitar e 
promover a aquisição de sua casa própria, especialmente pelas classes de 
menor renda da população; 
 Explorar, com exclusividade, os serviços da Loteria Federal do Brasil e da 
Loteria Esportiva Federal nos termos da legislação pertinente; 
 Exercer o monopólio das operações sobre penhores civis, com caráter 
permanente e da continuidade; 
 Prestar serviços que se adaptem à sua estrutura de natureza financeira, 
delegados pelo Governo Federal ou por convênio com outras entidades ou 
empresas; 
 Realizar, no mercado financeiro, como entidade integrante do Sistema 
Financeiro Nacional, quaisquer outras operações, no plano interno ou 
externo, podendo estipular cláusulas de correção monetária, observadas as 
condições normativas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional; 
 
 
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 Realizar, no mercado de capitais, para investimento ou revenda, as 
operações de subscrição, aquisição e distribuição de ações, obrigações e 
quaisquer outros títulos ou valores mobiliários, observadas as condições 
normativas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional; 
 Realizar, na qualidade de Agente do Governo Federal, pôr conta e ordem 
deste, e sob a supervisão do Conselho Monetário Nacional, quaisquer 
operações ou serviços nos mercados financeiro e de capitais, que lhe forem 
delegados, mediante convênio. 
1.10. Banco do Brasil 
O Banco do Brasil (BB) é uma S.A. de capital misto, cujo controle acionário é 
exercido pela União. É o principal agente financeiro do Governo Federal. 
Suas três principais funções são: 
1) Agente financeiro do Governo Federal: responsável pela execução de sua 
política creditícia e financeira. Pode receber tributos e rendas federais, 
realizar pagamentos necessários e constantes do orçamento da União e 
executar a política de preços mínimos de produtos agropecuários; 
2) Banco comercial; e 
3) Banco de investimento e desenvolvimento: ao operar com créditos a 
médio e longo prazo. 
O BB opera como agente financeiro do Governo Federal e é o principal executor das 
políticas de crédito rural e industrial, assim como de banco comercial do governo. 
Além disso, ele ajusta-se cada vez mais a um perfil de banco múltiplo tradicional. 
Até janeiro de 1986, o BB assemelhava-se a uma autoridade monetária mediante 
ajustamentos da conta movimento do BACEN e do Tesouro Nacional. Atualmente, é 
um banco comercial comum. 
O BB é responsável pela Câmara de Compensação. A Câmara de Compensação é 
uma central ou mecanismo de processamento central por meio do qual as 
instituições financeiras concordam em trocar instruções de pagamento ou outras 
obrigações financeiras (e.g. valores mobiliários). As instituições liquidam os 
instrumentos trocados em um momento determinado com base em regras e 
procedimentos da Câmara de Compensação. Em alguns casos, ela pode assumir 
responsabilidades significativas de contraparte, financeiras ou de administração de 
risco para o sistema de compensação. 
O BB é uma sociedade de economia mista de capitais públicos e privados. É 
também uma empresa aberta que possui ações cotadas na B3. 
 
 
 
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Principais atribuições e competências do Banco do Brasil: 
 Receber, a crédito do Tesouro Nacional, as importâncias provenientes da 
arrecadação de tributos ou rendas federais; 
 Realizar os pagamentos e suprimentos necessários à execução do 
Orçamento Geral da União e leis complementares, de acordo com as 
autorizações que lhe forem transmitidas pelo Ministério da Fazenda; 
 Conceder aval, fiança e outras garantias, consoante expressa autorização 
legal; 
 Adquirir e financiar estoques de produção exportável; 
 Executar a política de preços mínimos dos produtos agropastoris; 
 Ser agente pagador e recebedor fora do País; 
 Executar o serviço da dívida pública consolidada; 
 Principal executor dos serviços bancários de interesse do Governo Federal; 
 Arrecadar os depósitos voluntários; 
 Executar os serviços de compensação de cheques e outros papéis; 
 Realizar, por conta própria, operações de compra e venda de moeda 
estrangeira e, por conta do Banco Central da República do Brasil, nas 
condições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional; 
 Realizar recebimentos ou pagamentos e outros serviços de interesse do 
Banco Central da República do Brasil; 
 Dar execução à política de comércio exterior; 
 Financiar a aquisição e instalação da pequena e média propriedade rural, nos 
termos da legislação que regular a matéria; 
 Financiar as atividades industriais e rurais; e 
 Difundir e orientar o crédito, inclusive às atividades comerciais, de modo a 
suplementar a ação da rede bancária. 
1.11. Bancos Comerciais 
Os bancos comerciais (BC) são sociedades anônimas que possuem como objetivo 
promover o encontro entre os agentes superavitários e os agentes deficitários, além 
de realizar operações financeiras de curto prazo. Como eles possuem depósito à 
vista, criam moeda. 
Entre as atividades realizadas pelos BCs, destacam-se as concessões de 
empréstimos, operações de crédito, pagamento de cheques, transferência de 
recursos e ordens de pagamento, aluguel de cofres e custódia de valores, serviços 
de cobrança, pagamento de tarifas públicas e impostos e operações com moedas. 
A principal fonte de recursos dos BCs são os depósitos à vista, utilizados para 
conceder crédito para consumidores e empresas. 
Os bancos comerciais: 
 são a base do sistema monetário; 
 
 
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 são intermediários financeiros que captam recursos de credores e os 
distribuem através do crédito para devedores; 
 têm como objetivo principal proporcionar suprimento de recursos necessários 
para financiar, a curto e médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas 
prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral; 
 devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima e, em sua 
denominação social, deve constar a expressão “banco”. 
Produtos de captação de recursos: 
 depósitos à vista: conta-corrente (atividade típica do banco comercial); 
 depósitos a prazo: CDB, RDB; 
 cobrança bancária; 
 arrecadação de tarifas e tributos públicos; 
 recursos externos; e 
 recursos de instituições financeiras oficiais. 
Produtos de aplicação de recursos: 
 desconto de títulos; 
 abertura de crédito simples em conta-corrente: cheques especiais; 
 operações de crédito rural, câmbio e comércio internacional; e 
 empréstimos. 
VOCÊ SABIA? 
Para diminuir a criação de moedas feitas pelos bancos comerciais, o BACEN 
utiliza o depósito compulsório. 
1.12. Bancos de desenvolvimento 
Os bancos de desenvolvimento são instituições financeiras controladas pelos 
governos estaduais e têm como objetivo precípuo proporcionar o suprimento 
oportuno e adequado dos recursos necessários ao financiamento, a médio e a longo 
prazos, de programas e projetos que visem a promover o desenvolvimento 
econômico e social do respectivo Estado. 
As operações passivas são: 
 depósitos a prazo; 
 empréstimos externos; 
 emissão ou endosso de cédulas hipotecárias; e 
 emissão de cédulas pignoratícias de debêntures e de Títulos de 
Desenvolvimento Econômico. 
 
 
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As operações ativas são: empréstimos e financiamentos, dirigidos prioritariamente 
ao setor privado. 
Devem ser constituídos sob forma de sociedade anônima, com sede na capital do 
Estado que detiver seu controle acionário, devendo adotar, obrigatória e 
privativamente, em suadenominação social, a expressão “banco de 
desenvolvimento”, seguida do nome do Estado em que tenha sede. 
1.13. Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social — BNDES 
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o 
principal instrumento de execução da política de investimento do Governo Federal e 
tem por objetivo primordial apoiar programas, projetos, obras e serviços que se 
relacionem com o desenvolvimento econômico e social do País. 
O BNDES exerce suas atividades tendo em vista o estímulo à iniciativa privada, sem 
prejuízo de apoio a empreendimentos de interesse nacional a cargo do setor 
público. 
O órgão de orientação superior do BNDES é o Conselho de Administração, cuja 
composição é apresentada a seguir. 
 Dez membros, entre eles o presidente do Conselho, sendo quatro indicados 
pelo ministro da Economia, uma vez que o Ministério da Economia passou a 
integrar os Ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão; do Trabalho e 
Emprego; da Fazenda e das Relações Exteriores; e os demais membros são 
indicados pelo ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio 
Exterior. 
 Um representante dos empregados do BNDES. 
 O presidente do BNDES, que exercerá a vice-presidência do Conselho. 
Trata-se de uma empresa pública, e não de um banco comercial. 
Atribuições e objetivos do BNDES 
 Impulsionar o desenvolvimento econômico, atenuar desequilíbrios regionais e 
promover o crescimento das exportações. 
 Apoio, através de concessão, com foco no impacto socioambiental e 
econômico no Brasil, incentivando a inovação, o desenvolvimento regional e 
socioambiental. 
 Oferecer condições especiais para micro, pequenas e médias empresas, 
assim como linhas de investimentos sociais, direcionadas para a educação e 
saúde, agricultura familiar, saneamento básico e transporte urbano. 
 
 
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 Em situações de crise, o Banco também possui fundamental atuação 
anticíclica e auxilia na formulação das soluções para a retomada do 
crescimento da economia. 
Figura – Relação do BNDES com outros órgãos governamentais. 
 
Fonte: Banco Nacional de Desenvolvimento (2019). 
Governo Federal (controlador e regulador): a União Federal (pessoa jurídica de 
direito público representante do Governo Federal) é controladora do BNDES, ou 
seja, detém a totalidade das 6.273.711.452 ações ordinárias, nominativas, sem valor 
nominal, que compõe o capital social subscrito do BNDES. As atividades do BNDES 
são supervisionadas diretamente pelo Ministério da Economia. O Governo Federal 
também atua como regulador das atividades do BNDES, por meio, principalmente, 
do Ministério da Economia. 
Ministério da Economia: é a unidade do Governo Federal diretamente responsável 
pela supervisão das atividades do BNDES. Regula e orienta as atividades deste por 
meio das unidades destacadas ao lado na figura acima. 
Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST): 
acompanha o desempenho econômico e financeiro do BNDES. A SEST elabora e 
acompanha o Programa de Dispêndios Globais (PDG) e a proposta do Orçamento 
de Investimentos (OI) do BNDES. 
Comissão de Valores Mobiliários (CVM): o BNDES atua no mercado de capitais, 
por meio de sua subsidiária BNDESPar, de acordo com as normas estabelecidas 
pela CVM. 
Conselho Monetário Nacional (CMN): o CMN estabelece as diretrizes da política 
de crédito do Banco. Ele é responsável, por exemplo, por fixar a Taxa de Juros de 
 
 
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Longo Prazo (TJLP), uma das principais referências para o custo financeiro dos 
financiamentos do BNDES. 
Secretaria do Tesouro Nacional (STN): o Tesouro Nacional é um dos provedores 
de recursos do BNDES, concedidos ao Banco na forma de títulos públicos do 
Tesouro. Os informes sobre a emissão dos títulos estão disponíveis no site do 
Tesouro e em relatório emitido pelo BNDES sobre o tema. O Tesouro cumpre, 
ainda, outras funções relacionadas ao BNDES, como a definição de condições de 
crédito do Banco ao setor público (empresas e órgãos das três esferas de governo). 
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP): é responsável pela regulação 
do mercado de seguros brasileiro, inclusive aqueles usados na constituição de 
garantias dos financiamentos realizados pelo BNDES. 
Secretaria da Receita Federal do Brasil: é responsável pela administração dos 
tributos de competência da União, inclusive os previdenciários, e aqueles incidentes 
sobre o comércio exterior. O BNDES, seus clientes, seus fornecedores e demais 
parceiros devem estar em dia com suas obrigações tributárias junto à Receita 
Federal. 
Congresso Nacional (fiscalizador): solicita ao Tribunal de Contas da União (TCU) 
a realização de auditorias e inspeções no BNDES. Recebe periodicamente e emite 
parecer sobre relatório detalhado de todos os financiamentos do BNDES que usam 
recursos provenientes do Tesouro Nacional. 
Banco Central do Brasil (BACEN) (fiscalizador): regula e supervisiona a atuação 
de todos os bancos brasileiros, inclusive do BNDES, de modo a determinar 
procedimentos e regras de operação; recebe e analisa as demonstrações 
financeiras do Banco; apura e divulga a Taxa de Longo Prazo (TLP). 
Tribunal de Contas da União (TCU) (fiscalizador): recebe, analisa e julga a 
prestação de contas dos administradores do BNDES; demanda informações e 
realiza auditorias por iniciativa própria ou por solicitação do Congresso Nacional; 
avalia a legalidade da contratação e aposentadoria de todos os empregados do 
BNDES; fiscaliza a aplicação dos recursos da União repassados ao Banco. 
Controladoria-Geral da União (CGU) (fiscalizador): fiscaliza e avalia a execução 
de programas de governo; orienta tecnicamente e avalia o trabalho da Auditoria 
Interna do BNDES; realiza auditorias e avalia os resultados da gestão dos 
administradores. 
Referência da aula 
Banco Nacional de Desenvolvimento. Home Page. Disponível em: 
_lt_https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home_gt_. Acesso em: 17 de fev. de 
2020. 
 
 
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1.14. Bancos múltiplos e bancos de 
investimento 
Bancos múltiplos 
Os bancos múltiplos são instituições financeiras (IF), privadas ou públicas, que 
realizam as operações ativas, passivas e assessórias das diversas IF. Essas 
operações estão sujeitas às mesmas normas legais e regulamentares aplicáveis às 
instituições singulares correspondentes as suas carteiras. 
De acordo com a Resolução CMN 2.099, de 1994, os bancos múltiplos são 
instituições financeiras privadas ou públicas que realizam as operações ativas, 
passivas e acessórias das diversas instituições financeiras por intermédio das 
seguintes carteiras: 
 comercial; 
 investimento e/ou de desenvolvimento; 
 crédito imobiliário; 
 arrendamento mercantil e de crédito (leasing); e 
 financiamento e investimento (financeiras). 
As instituições com carteira comercial podem captar depósitos à vista. 
As exigências são apresentadas a seguir. 
 Em sua denominação social, deve constar a expressão “banco”. 
 Para configurar a existência do banco múltiplo, ele deve possuir pelo menos 
duas das carteiras mencionadas, sendo uma delas comercial ou de 
investimentos. 
 A carteira de desenvolvimento somente poderá ser operada por banco 
público. 
Um banco múltiplo deve ser constituído por um CNPJ para cada carteira, podendo 
publicar um único balanço. 
Principais funções e atribuições de bancos múltiplos: 
 operações de underwriting; 
 negociação de títulos e valores imobiliários; 
 administração de recursos de terceiros; 
 intermediação de câmbio; 
 intermediação de derivativos; e 
 operações estruturadas de empréstimos ou financiamento. 
 
 
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IMPORTANTE! 
Os bancos múltiplos com

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