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Resumão de política urbana

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Tema 01 - A Cidade: O Fenômeno Urbano 
O FENÔMENO URBANO 
A URBANIZAÇÃO 
CONCEITO DE CIDADE (Cidade Moderna e Cidade Pós-Moderna)
NO BRASIL, é considerado urbano o que a lei municipal determina que compreende o perímetro urbano. É a sede do município, mas pode também abranger distritos municipais
Cidades primária (baseada na indústria extrativa) e secundária (baseada na transformação de matérias-primas em produtos acabados)
Tema 02 – As Funções Sociais da Cidade - A Carta de Atenas 
A CARTA DE ATENAS (1933) - Afirma que as funções sociais da cidade são quatro: habitação, trabalho, circulação e recreação
NOVA CARTA DE ATENAS (2003) estabelece não apenas quatro funções, como na Carta de 1933, mas dez, que são tratadas como conceitos.
Para todos: inclusão das comunidades 
Participativa: espaços de participação pública para a gestão urbana, 
Refúgio: protegida por acordos internacionais; conter desastres naturais. 
Saudável: OMS: reduzir os níveis de poluição e lixo 
Produtiva: fortalecendo a economia local. 
Inovadora: tecnologias de informação e comunicação, 
Acessível: transporte de forma integrada. 
Ecológica: princípios do desenvolvimento sustentável. 
Cultural: comprometimento com os aspectos sociais e culturais. 
Hospedeira: as tradições locais, o patrimônio edificado, os métodos construtivos, os bairros históricos e os espaços abertos e verdes.
FUNÇÕES SOCIAIS DA CIDADE - O Estatuto da Cidade (no art. 2º, I): "garantia do direito a cidades sustentáveis, entendido como o direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações". 
Direitos sociais: previdência social, a proteção à maternidade e à infância e a assistência aos desamparados. (desdobramento da proteção social)
Tema 03 - A Política Urbana na Constituição e Zoneamento Urbano
A política urbana na constituição
Direito Urbanístico - Competência para legislar: concorrente entre a União, os Estados e o Distrito Federal (CF, art. 24) 
A Política Urbana, promovida através do Plano Diretor, possui como instrumentos para atingir os objetivos previstos para:
combate à especulação imobiliária: 
o parcelamento e 
a edificação compulsórios, 
o IPTU progressivos no tempo, 
a desapropriação com pagamento através de títulos da dívida pública. 
regularização das áreas ocupadas irregularmente: 
o Usucapião Especial 
a Concessão de Uso Especial para fins de moradia. 
Zoneamento Urbano - estabelece os critérios para a ocupação do solo urbano,
As zonas ou setores urbanos 
Zonas Residenciais (ZR), 
Zonas de Serviço (ZS), 
Zonas Industriais (ZI), 
Zonas de Expansão Urbana (ZEU)
Tipos de uso 
Permitidos/Conformes
Proibido/desconformes 
Permissíveis/tolerados
COMPETÊNCIA DOS ESTADOS – Decreto
Disciplinar a aprovação de loteamentos e desmembramentos quando os mesmos se localizem em áreas de interesse especial, como proteção de mananciais, patrimônio cultural, histórico, paisagístico e arqueológico. Também nos casos com loteamentos áreas superiores a 1milhão m2
Regiões metropolitanas: exame e anuência prévia à aprovação do projeto, caberão à autoridade metropolitana. A autoridade metropolitana, normalmente, é um órgão da administração estadual, já que é competência dos estados instituírem as regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões (artigo 25, § 3º, CF).
Crimes no Parcelamento do Solo - contra a administração pública; tipo penal aberto; sujeito ativo pode ser qualquer pessoa proprietária ou não de gleba que incorra nos tipos penais previstos na lei
Parcelamento do Solo Urbano (LEI LEHMANN)
CONCEITO: processo de urbanificação de uma gleba, mediante sua divisão ou redivisão de parcelas destinadas ao exercício das funções elementares urbanísticas 
CARACTERÍSTICAS: a execução de planos de arruamento, planos de loteamento, em desmembramento, em desdobro de lotes ou, ainda, em reparcelamento 
FORMAS PRINCIPAIS: Loteamento e parcelamento
LOTEAMENTO: subdivisão de gleba em lotes para edificação urbana; se caracteriza pelo arruamento (se aproveitar a já existente será desmembramento)
Reparcelamento ou Desdobro: fracionamento do lote e não da gleba
Remembramento: unificação de lotes
O parcelamento do solo (loteamento ou desmembramento) só pode ser realizado em zonas urbanas ou de expansão urbana, definidas no plano diretor ou em lei municipal 
LOTE: (art 2º, §4º, 6.766/79) - terreno servido de infraestrutura básica, cujas dimensões atendam aos índices urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a zona em que se situe 
Requisitos urbanísticos mínimos
Destinação de áreas (circulação, equipamentos, espaços livres)
Área mínima de 125 m2 (frente de 5m)
Faixa não edificável de 15m (águas, rodovias, ferrrovias)
Articulação com vias adjacentes 
Equipamentos comunitários: os destinados à educação, cultura, saúde, lazer e similares. (escolas, postos de saúde, hospitais, teatros, canchas esportivas, delegacias de polícia) 
Equipamentos urbanos: os destinados ao abastecimento de água, esgotamento sanitário, energia elétrica, coleta de águas pluviais, rede telefônica e o gás canalizado. 
Tema 04 – O Estatuto da Cidade - Lei Federal n. 10.257/2001
Fixa as diretrizes e dispõe a respeito das competências da União sobre a política urbana, e estabelece também as atribuições aos outros níveis de poder: Estados, Distrito Federal e municípios.
Diretrizes gerais - O EC (art. 2º) estabelece 16 princípios que direcionam a política urbana: 
Cidade sustentável... para as presentes e futuras gerações
Gestão democrática ... por meio da participação da população e associações representativas
Cooperação ... entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade
Planejamento... distribuição espacial da população e das atividades econômicas
Equipamentos urbanos (urbanos e comunitários)
Controle do uso do solo: utilizar os imóveis de acordo com a infraestrutura existente
Integração urbana e rural... integração e complementaridade
Padrões de sustentabilidade... padrões técnicos compatíveis com a sustentabilidade 
Distribuição de benefícios e ônus: princípios de correção dos impactos
Investimentos geradores do bem-estar: gerar o bem-estar da população, visando todos
Recuperação dos investimentos... que tenha resultado a valorização de imóveis urbanos
Proteção do meio ambiente (natural e construído): ex: tombamento, unidades de conservação
Audiências Públicas... empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmente negativos
Normas especiais de regularização fundiária... áreas ocupadas por população de baixa renda
Simplificação da legislação... permitir redução dos custos e aumento da oferta dos lotes 
Isonomia Público-Privada: não deve haver diferença nas normas que regulam tais atividades 
Instrumentos de Política Urbana 
Os instrumentos previstos no Estatuto da Cidade só poderão ser aplicados pelo município caso estejam previstos no Plano Diretor.
Instrumentos Ambientais. 
Estudo de Impacto Ambiental (EIA);
Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV)
Instrumentos de planejamento 
Plano Diretor;
Parcelamento do uso e da ocupação do solo;
Zoneamento ambiental; 
Plano plurianual; 
Diretrizes orçamentárias e Orçamento anual; 
Planos, programas e projetos setoriais;
Planos de desenvolvimento econômico e social; 
Participação popular na gestão orçamentária. 
Instrumentos Tributários e financeiros
(IPTU) progressivo no tempo: anos seguidos, até o limite máximo de 15%.
Contribuição de melhoria; 
Incentivos e benefícios fiscais e financeiros 
Instrumentos Jurídicos e políticos (de ação política)
A desapropriação com títulos da dívida pública: (opção) qdo alíquota está no limite e não há o cumprimento do que foi notificado; 10 anos para resgate.
A servidão administrativa;
As limitações administrativas
O tombamento de imóveis ou de mobiliário urbano;
A instituiçãode unidades de conservação;
A instituição de zonas especiais de interesse social (Instrumento Fundiário)
A concessão de direito real de uso (Instrumento Fundiário)
A concessão de uso especial para fins de moradia (Instrumento Fundiário)
O parcelamento, edificação ou utilização compulsórias; proprietário será notificado pelo executivo (prazo de 1 ou 2 anos)
A usucapião especial de imóvel urbano (Instrumento Fundiário)
O direito de superfície: direito de utilizar o solo, subsolo ou espaço aéreo, de acordo com a Legislação Urbanística, gratuito ou onerosos, averbado no cartório de imóveis. Extinto, o proprietário do terreno recuperará o domínio pleno do imóvel com todas as benfeitorias e acessões que nele foram introduzidas, independentemente de indenização (regra geral)
O direito de preempção: preferência para a aquisição de imóvel urbano por parte do município e para casos específicos (reserva fundiária, implantação de equipamentos, unidades de conservação, espaços públicos, expansão urbana, etc)
A outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso; qdo o direito de construir é exercido acima do coeficiente de aproveitamento básico adotado
A transferência do direito de construir: Plano Diretor poderá autorizar o proprietário 
As operações urbanas consorciadas: “renovação urbana” - participação dos proprietários, investidores privados... viabilizar as transformações urbanísticas... melhorias sociais e valorização ambiental
A regularização fundiária;
O consórcio imobiliário: a forma de viabilização de planos de urbanização ou edificação por meio da qual o proprietário transfere ao Poder Público municipal seu imóvel e, após a realização das obras, recebe, como pagamento, unidades imobiliárias devidamente urbanizadas ou edificadas 
A assistência técnica e jurídica gratuita para menos favorecidos; 
O referendo popular e o plebiscito
Tema 05 – Instrumentos Fundiários de Gestão Pública
A Propriedade Urbana - a propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressa no plano diretor (art 182, §2º, CF)
Os instrumentos fundiários são institutos importantes para viabilizar, junto com o Plano Diretor, o ordenamento das funções sociais da cidade.
Para os romanos, o direito de propriedade era absoluto, ilimitado
Com a Revolução Francesa a propriedade foi considerada como um direito sagrado. "As propriedades são um direito inviolável e sagrado, ninguém pode ser privado das mesmas, a não ser por necessidade pública, legalmente constatada e evidentemente exigida sob a condição de uma justa e prévia indenização". (art. 17 da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão). Antes mesmo da Revolução, no 2º Tratado Sobre o Governo, John Lockev busca origem em Deus que a dá a Adão, Noé e seus filhos
Na sociedade comunista (Karl Marx), a propriedade particular do solo desaparecerá, sendo que as pessoas apenas vão dela usufruir com a condição de entregá-la em melhores condições para as futuras gerações
A Função Social da Propriedade 
Para Toshio Mukai a propriedade urbana cumpre a função social quando atende ao art. 2º do Estatuto da Cidade, ao afirmar que: Essas exigências fundamentais estão consubstanciadas nas (16) dezesseis diretrizes elencadas no art 2º, da Lei 10.257/01 (Estatuto da Cidade), diretrizes essas que, obrigatoriamente, deverão estar contidas no Plano Diretor, segundo dispõe o art 39 do Estatuto. 
Instrumentos Fundiários da Política Urbana 
Usucapião Especial Constitucional: (CF, art. 183)
animus domini e pro habitatio; (moradia do posseiro ou de sua família)
ter até 250 metros quadrados
posse ininterrupta e sem oposição por 05 anos
Não poderá ser proprietário de imóvel urbano ou rural
Intervenção obrigatória do MP
Rito sumário
Forma coletiva ou individual
Sentença é titulo aquisitivo perante o cartório de registro de imóveis
Sucessão na posse 
Soma da posse do antecessor (sucessores singulares)
Condomínio especial (indivisível e não poderá ser extinto): para população de baixa renda e desde que não seja possível identificar os terrenos ocupados por cada um dos possuidores
Concessão de Uso Especial para fins de Moradia: (CF, art. 183, §3º)
imóvel (lote, casa, apartamento) público urbano (face imunidade) de até 250m2
utilizado para moradia.
até 30/06/2001 ter cumprido 05 anos ininterruptamente e sem oposição
obtido por via administrativa ou judicial
conferido de forma gratuita
contrato administrativo
transferível por ato inter vivos ou causa mortis
áreas superiores a 250m2, utilizadas em composse, a concessão poderá ser concedida a comunidades de moradores, formando-se um condomínio
Hipóteses de extinção: a) Dar destinação diferente da moradia para si ou sua família. B) Adquirir a propriedade. C) Obter nova concessão de uso de imóvel urbano ou rural. 
Bens de uso comum: ruas, praças, parques públicos, estradas, rios, praias, lagos, água do mar, ilhas oceânicas etc. Já os 
Bens de uso especial: prédios e as áreas públicas, bens móveis (veículos) 
Bens dominicais: são todos os demais
Direito Real de Uso: (Decreto-lei 271, de 28/fev/1967 e EC, art. 7º)
Terrenos públicos ou particulares;
forma onerosa ou gratuita,
tempo determinado ou indeterminado
finalidade de urbanização, industrialização, plantação ou qualquer outra utilização de interesse social
contrato de concessão (instrumento público, particular ou simples termo administrativo)
concessionário usufrui de todos os direitos estabelecidos no contrato, respondendo também pelos encargos civis, administrativos, tributários e rendas que eventualmente incidam sobre o imóvel
transfere-se por atos inter vivos ou causa mortis (salvo disposição em contrário no contrato)
possibilidade de se conceder apenas o espaço aéreo
contrato concessão: garantia nos contratos de financiamento habitacional
casos de programas habitacionais: poderá ser outorgada coletivamente 
pode o concedente transferir o direito a terceiros, bem como os direitos relativos à disposição do bem, conservando a propriedade consigo, segundo critérios firmados - “justicialidade do direito à moradia” 
Zonas Especiais de Interesse Social:
Tema 06 – Plano Diretor
PLANEJAMENTO URBANO NO CONTEXTO HISTÓRICO 
O Plano Diretor é o primeiro instrumento determinado pela Constituição para que o poder público municipal promova a política de desenvolvimento e de expansão urbana, objetivando ordenar as funções sociais da cidade e garantir o bem-estar os moradores.
é regulamentado pelo Estatuto da Cidade 
A Associação Internacional de Administradores Municipais orienta no sentido de que o Plano Diretor da cidade: deve ser meticulosamente prático e economicamente sólido, por outro lado deve expressar outras aspirações - não puramente materiais - dos membros da comunidade (...) um projeto geral equilibrado, e atraente, adaptado às necessidade presentes e probabilidades futuras. Também aconselha que ele deve estar em proporção com a população e as perspectivas econômicas da comunidade e de acordo com seus recursos financeiros e seu modo de pensar. 
Dallari classifica os instrumentos de política urbana previstos no Estatuto da Cidade, em:
Físicos (destinados ao disciplinamento urbano) (plano diretor, disciplina do parcelamento, uso e ocupação do solo e zoneamento ambiental)
Econômicos (voltados para a utilização dos recursos municipais) (plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento anual) 
A GESTÃO DEMOCRÁTICA E A PARTICIPAÇÃO POPULAR
Os instrumentos de gestão democrática que estão previstos no Estatuto da Cidade são os órgãos colegiados de política urbana nos três níveis federativos.
No município, a gestão democrática participativa deve incluir debates, audiências e consultas públicas ainda sobre o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o Orçamento Anual (LOA), constituindo-se numa condição obrigatória para que a Câmara Municipal possa aprovar estes projetos.
Plesbicito - eleitores sãoconsultados e deliberam sobre a matéria que é colocada em votação. são objetos de plebiscito a criação de estados ou territórios federais (art.18,§3º), como também a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios (art.18,§4º). 
Referendo - O referendo é uma manifestação posterior dos eleitores sobre determinada lei ou artigo de lei aprovado pelo legislativo. 
Congresso Nacional, autoriza o referendo ou convoca plebiscito (49, XV, CF) 
Iniciativa Popular - no Congresso Nacional: subscrito por, pelo menos, 1% e, nas Câmaras Municipais: por 5% dos eleitores
O CONSELHO DAS CIDADES
Órgão colegiado de política urbana no nível nacional
Vinculado ao Ministério das Cidades
Tem 86 membros titulares, igual número de suplentes e 8 observadores estaduais
Possui natureza deliberativa no que diz respeito ao seu funcionamento e consultiva quanto as suas deliberações (questões externas), sendo que suas resoluções possuem caráter de recomendação
Dividido em quatro comitês técnicos: Habitação, Saneamento Ambiental, Trânsito Transporte e Mobilidade Urbana e Planejamento Territorial Urbano.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO - prever situações adotando um método ou processo que seja inteligente, dinâmico e adequado para a realidade local
inteligência empresarial: busca a otimização no relacionamento entre os diversos atores, a organização e o meio ambiente onde o planejamento será efetuado. 
inteligência organizacional (mais ampla do que a inteligência empresarial): soma inovação, criatividade, produtividade, efetividade, perenidade, rentabilidade, modernidade, inteligência competitiva e gestão de conhecimento
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL E DE VIZINHANÇA 
Impacto de Vizinhança (EIV): para grandes empreendimentos (condomínios, shoppings, hipermercados, fábricas, estádios, escolas, universidades, presídios, terminais rodoviários, ferroviários, aeroportos entre outros)
Impacto Ambiental (EIA): é uma exigência constitucional antes de ser um instrumento de política ambiental previsto no EC. Junto com o EIA é exigido o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) para diversos tipos de obras (ferrovias, portos, aeroportos, oleodutos, gasodutos, canais para navegação, linhas energia acima de 230kv, aterros, ZI, carvão vegetal)
Impacto ambiental: qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade dos recursos ambientais (Resolução 001/86/Conama)
ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR
aprovado pela Câmara Municipal 
é lei municipal: ordinária ou complementar – conforme Lei Orgânica.
obrigatoriedade para cidades com mais de 20 mil habitantes - (CF, art. 182)
para os municípios integrantes de regiões Metropolitanas e aglomerações urbanas em que se pretenda utilizar os instrumentos de parcelamento e edificação compulsórios, IPTU progressivos no tempo, desapropriação com o pagamento mediante títulos da dívida pública - (Estatuto das Cidades, art. 41)
municípios que integram áreas de interesse turístico (praias, estâncias) e aqueles que estão inseridos em áreas de influência de empreendimentos ou atividades com significativo impacto ambiental de âmbito regional e nacional (municípios nos entorno de aeroportos, hidrelétricas)
O EC estabelece que o Plano Diretor deve englobar todo o território do município. Neste particular, o município poderá estabelecer normas de zoneamento para as atividades agropecuárias, agroindustriais, vias públicas rurais entre outras.
O Plano Diretor tem por finalidade implementar as funções sociais da cidade na Carta Constitucional, constituindo-se num direito difuso que foi clareado e especificado pela portaria do ConCidades
REQUISITOS MÍNIMOS PARA O PLANO DIRETOR 
Estatuto da Cidade, art, 42: prevê instrumentos/conteúdos mínimos 
ConCidades, Resolução 34/ 2005: deve prever: as ações e medidas para assegurar o cumprimento das funções sociais da cidade, considerando o território rural e urbano; as ações e medidas para assegurar o cumprimento da função social da propriedade urbana, tanto privada como pública; os objetivos, temas prioritários e estratégias para o desenvolvimento da cidade e para a reorganização territorial do município, considerando sua adequação aos espaços territoriais adjacentes; os instrumentos da política urbana previstos pelo art. 42 do EC, vinculando-os aos objetivos e estratégias estabelecidos no Plano Diretor (ConCidades, Resolução 34/ 2005). 
Pontos importantes da resolução do ConCidades
as funções sociais da cidade e da propriedade urbana serão definidas a partir da destinação de cada porção do território do município bem como da identificação dos imóveis não edificados, subutilizados e não utilizados, no caso de sua existência (ConCidades, Resolução 34/ 2005).
prevê a instituição das Zonas Especiais: são áreas para assentamentos e empreendimentos urbanos e rurais de interesse social
enfatiza a importância dos instrumentos de gestão democrática do Plano Diretor: Conselho da Cidade, Conferências municipais, Audiências públicas, consultas públicas, Iniciativa popular; Plebiscito; Referendo. 
para as cidades como mais de 500 mil habitantes (art. 8 º) o Plano de Transporte Urbano integrado
ETAPAS DO PLANO DIRETOR NO EXECUTIVO:
Diagnóstico da realidade municipal: estado de saúde de uma cidade: suas forças e fraquezas, suas potencialidades e desequilíbrios, seu entorno. Para ser útil, o diagnóstico deve possibilitar o estabelecimento de uma terapêutica, preventiva antes que curativa
Prognóstico: situação do município curto, médio e longo prazo
Deficiências (pontos fracos): SWOT é a avaliação dos pontos fortes (strenghts) e dos pontos fracos (weakness) da organização à luz das oportunidades (opportunities) e das ameaças (threats) em seu ambiente
Tendências positivas: vocações - qualidades intrínsecas, como o potencial natural envolvendo o meio ambiente e a qualidade do solo e do clima
Estratégias: conjunto de objetivos e de políticas principais capazes de guiar e orientar o comportamento da empresa em longo prazo
Custos: deverão ser analisados os custos econômicos, financeiros, sociais, políticos e outros, além da fonte destes recursos
Prioridades: definir as prioridades a partir dos recursos disponíveis e das necessidades mais prementes
ETAPAS DO PLANO DIRETOR NO LEGISLATIVO:
Análise técnica: análise técnico-jurídica que vai instruí-lo e, se for o caso, apontar as falhas de redação, inconstitucionalidade e ilegalidades que orientarão os pareceres dos vereadores nas comissões técnicas da Câmara Municipal
Análise nas comissões: Os relatores nas comissões poderão estabelecer um prazo para que a sociedade civil organizada possa apresentar sugestões de emendas que serão ou não acatadas, mas assumidas por algum parlamentar 
Discussão e votação: Em Plenário, uma vez discutido, votado e aprovado com emendas ou não, o projeto será encaminhado ao prefeito, que terá o prazo de 15 dias para sancioná-lo integralmente, vetá-lo totalmente ou vetar determinados artigos
Avaliação e controle é uma etapa independente do processo de elaboração e aprovação, que ocorre durante o período de implementação do que foi estabelecido e planejado. O Plano Diretor deve ser revisto a cada 10 anos (máximo)
Controles municipais: Estratégicos devem abranger a monitoração e avaliação da estratégia e assegurar que as metas propostas sejam atingidas. Táticos objetivam atingir os objetivos gerenciais ou intermediários (táticos), através de ações de monitoração de áreas específicas como financeira, humanas e sociais dos habitantes do município. Operacionais objetiva o alcance das metas propostas sob a ótica dos aspectos do cotidiano, ou das ações técnicas, como produtividade, controle de qualidade e outras
ETAPAS DA ELABORAÇÃO DO PLANO DIRETOR 
Silva prevêquatro fases no processo de elaboração:
1. Estudos preliminares: constituem-se num levantamento da situação e dos problemas municipais. 
2. Diagnóstico: etapa na qual é aprofundada a análise desses problemas, identificam-se as prováveis soluções e são previstas as perspectivas de evolução. 
3. Plano de diretrizes: aponta-se para as soluções e fixa objetivos e diretrizes da organização do território. 
4. Instrumentação do plano: base para a elaboração dos meios de atuação, identificando as medidas capazes de resolver os objetivos escolhidos. 
O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), em conjunto com o Ministério das Cidades, desenvolveu um guia para elaboração do Plano Diretor, que define quatro etapas na elaboração do Plano Diretor
1ª etapa: leituras técnicas e comunitárias: mapas
2ª etapa: formulação e pactuação das propostas prioritárias 
3ª etapa: definição das ferramentas 
4ª etapa: realização do sistema de gestão e planejamento do município

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