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CCJ0040-WL-D-AMMA-09-Arquivamento e Desarquivamento do Inquérito

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AULA 9
PROCESSO PENAL I
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 5
 Arquivamento e Desarquivamento do
Inquérito: conceito, natureza jurídica.
Arquivamento por atipicidade do fato e por
extinção da punibilidade. Definitividade da
decisão.
 Desarquivamento: o art. 18 do CPP e a
Súmula 524 do STF. Sujeito ativo do
desarquivamento.
 Teoria geral da ação penal. Conceito e
características do direito de ação. Condições
da ação e pressupostos processuais.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 5
Arquivamento do inquérito policial
Exercício suplementar da semana 5.
Sobre o arquivamento do inquérito policial, a decisão cabe:
(A) Ao Juiz, se concordar com o pedido de arquivamento
formulado pelo Ministério Público.
(B) ao Ministério Público, se concordar com o pedido de
arquivamento formulado pela Autoridade Judiciária.
(C) ao Ministério Público, se a decisão for tomada antes da
remessa do inquérito ao Poder Judiciário.
(D) à Autoridade Policial, a qualquer tempo, por ser a
responsável pelo inquérito policial.
(E) à Autoridade Policial, se a decisão for tomada antes da
remessa do inquérito ao Poder Judiciário.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 5
Ao final do inquérito policial, se o crime em apuração for de 
ação privada, os autos devem seguir ao juízo, onde ficarão à 
disposição da vítima ou de seus sucessores até o decurso do 
prazo decadencial. Podem ocorrer duas situações: 
(a) a vítima ou seus sucessores podem, de fato, oferecer a 
queixa-crime; 
(b) o prazo decadencial pode fluir completamente e, neste 
caso, o juiz declarará extinta a punibilidade e arquivará os 
autos.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 5
Ao final do inquérito policial, se o crime em apuração foi de 
ação pública, os autos devem seguir ao MP, podendo ocorrer 
as seguintes situações: 
(a) o promotor oferece a denúncia em juízo; 
(b) o promotor determina a realização de novas diligências; 
(c) o promotor requer o arquivamento dos autos.
Havendo pedido de arquivamento dos autos do inquérito, 
podem surgir as seguintes situações: 
(a) o juiz pode concordar e arquivar os autos; 
(b) o juiz pode discordar e enviar os autos ao procurador-
geral, com base no art. 28 do CPP.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 5
Se o juiz aplicar o art. 28 do CPP, podem ocorrer as seguintes
situações:
(a) o procurador-geral, pessoalmente, oferece a denúncia;
(b) o procurador-geral indica outro órgão do MP para oferecer
a denúncia;
(c) o procurador-geral insiste no pedido de arquivamento e,
neste caso, o juiz fica obrigado a arquivar os autos do
inquérito policial.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 5
Observação: No caso do procurador-geral indicar outro órgão
do MP para oferecer a denúncia, o entendimento majoritário
é no sentido de que o órgão indicado tenha a obrigação de
oferecê-la, pois estaria agindo apenas por delegação (longa
manus). Entretanto, para a minoria, o órgão indicado
também tem a independência funcional prevista no art. 127,
§ 1º, da CF, que é extensiva a todos os integrantes do MP.
Neste caso, havendo recusa por parte do órgão indicado,
cabe ao procurador-geral oferecer, pessoalmente, a denúncia
ou indicar um outro órgão que concorde em oferecê-la.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 5
A decisão de arquivamento faz coisa julgada formal ou
material? E se o pedido de arquivamento for pela atipicidade
da conduta ou pela extinção da punibilidade, ou seja, e se o
pedido de arquivamento for com base em matéria de mérito?
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 5
A questão é controvertida. Em regra, a decisão de
arquivamento faz coisa julgada formal, pois nem existe
processo. No entanto, há entendimento no sentido de que, se
a decisão revolveu mérito, ela alcança o status de coisa
julgada material. Assim, nos casos mencionados, a decisão
faria coisa julgada material.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 5
Desarquivamento
Caso concreto da semana 5:
João e José são indiciados em IP pela prática do crime de 
peculato. Concluído o IP e remetidos os autos ao MP, este 
vem a oferecer denúncia em face de João, silenciando 
quanto a José, que é recebida pelo juiz na forma em que foi 
proposta. Pergunta-se: Trata-se a hipótese de arquivamento 
implícito? Aplica-se a Súmula 524 do STF?
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 5
O art. 18 do CPP e a súmula 524 do STF.
Depois de arquivados os autos do inquérito, só é possível o 
oferecimento de denúncia com o surgimento de novas provas. 
Não bastam provas formalmente novas, ou seja, apenas 
cronologicamente novas. É necessária a presença de provas 
materialmente novas, ou seja, provas que verdadeiramente 
alterem o panorama probatório.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 5
O Procurador Geral de Justiça é quem pode fazer o pedido de 
desarquivamento de inquérito policial, de acordo com o art. 
39, XV, Lei Complementar 106/2003.
Art. 39 - Além das atribuições previstas nas Constituições 
Federal e Estadual, nesta e em outras leis, compete ao 
Procurador-Geral de Justiça:
XV - requisitar autos arquivados, relacionados à prática de 
infração penal, ou de ato infracional atribuído a adolescente, 
promover seu desarquivamento e, se for o caso, oferecer 
denúncia ou representação, ou designar outro órgão do 
Ministério Público para fazê-lo; 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 5
Arquivamento implícito
Parte majoritária da doutrina é radicalmente contra o 
arquivamento implícito com um argumento razoável: não há 
previsão legal para tanto e o art. 28 do CPP exige que o 
pedido de arquivamento de inquérito seja expresso e 
fundamentado. Contudo, alguns autores entendem que se 
deve buscar um mecanismo para estabilizar a situação do 
indiciado, razão pela qual vislumbram três espécies de 
arquivamento implícito.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 5
(a) subjetivo: ocorre quando duas pessoas são indiciadas; 
uma delas é denunciada e o MP se omite com relação a outra; 
o juiz recebe a denúncia e também se omite com relação a 
outra.
(b) objetivo: ocorre quando alguém é indiciado por dois 
crimes; o MP oferece a denúncia com relação a um dos 
crimes e se omite com relação ao outro; o juiz recebe a 
denúncia com relação a um dos crimes e também se omite 
com relação ao outro.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 5
(c) de tipo derivado: ocorre quando alguém é indiciado por 
um tipo derivado (ex. homicídio qualificado); o MP oferece a 
denúncia com relação ao tipo simples (ex. homicídio 
simples), omitindo-se com relação à qualificadora; o juiz 
recebe a denúncia e também se omite quanto à 
qualificadora.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 5
AÇÃO PENAL
Definição
A jurisdição é o poder-dever do Estado de solucionar os 
conflitos de interesses. Para que o Estado possa tomar 
conhecimento do conflito e, depois, solucioná-lo, é 
necessário um mecanismo através do qual o conflito seja 
apresentado ao Estado.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 5
Assim, é possível definir a ação como o direito através do 
qual é possível levar um conflito de interesses ao Estado, 
para que o mesmo seja analisado e solucionado.
No processo penal, o conflito de interesses é instalado entre 
o direito de punir, que surge com a violação de uma norma 
penal, e o direito de liberdade, que é da natureza humana.
Então, a ação penal é o direito através do qual é possível 
levar o conflito entre o direito de punir e o direito de 
liberdade ao Estado, para que o mesmo seja analisado e 
solucionado.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 5
Classificação básica das ações penais
Embora cada uma das espécies de ação penal seja estudada 
em detalhes posteriormente, é preciso desde já mencioná-
las.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 5
Dessa forma, é possível dividir as ações penais em: 
(a) ações penais de iniciativa pública, que abrangem a ação 
públicaincondicionada, a ação pública condicionada à 
representação da vítima e a ação pública condicionada à 
requisição do Ministro da Justiça; 
(b) ações penais de iniciativa privada, que abrangem a ação 
exclusivamente privada, a ação privada subsidiária da pública 
e a ação privada personalíssima.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 5
Cabe registrar, desde logo, que as ações penais de iniciativa 
pública são exercidas pelo Ministério Público, cabendo-lhe 
oferecer a denúncia em juízo. Por sua vez, as ações penais de 
iniciativa privada são exercidas através da vítima, cabendo-
lhe oferecer a queixa-crime em juízo.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 5
Condições da ação
O Estado presta a jurisdição decidindo os conflitos de 
interesses que lhe são apresentados. A ação é o direito de 
levar os conflitos de interesses até o Estado para que seja 
proferida a sentença. O Estado tem o dever de se manifestar 
diante de qualquer ação que seja exercida. Entretanto, para 
que o mérito da pretensão seja examinado, é imprescindível 
a presença das condições para o regular exercício do direito 
de ação, ou seja, é indispensável a presença de elementos 
mínimos sem os quais o Estado não perderá seu tempo com a 
pretensão ajuizada.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 5
Vejamos quais são tais condições ou requisitos para o regular 
exercício do direito de ação no direito processual penal.
(a) legitimidade:
Trata-se da pertinência subjetiva da ação. A legitimidade 
pode ser ativa ou passiva. O legitimado ativo é aquele que 
exerce o direito de ação. O legitimado passivo é aquele em 
face de quem se exerce o direito de ação. 
Pode ocorrer a legitimidade concorrente, quando mais um 
sujeito figura no polo ativo ou no polo passivo. Então, existe 
a legitimidade ativa concorrente ou litisconsórcio ativo e, por 
outro lado, surge a legitimidade passiva concorrente ou 
litisconsórcio passivo.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 5
Existe, ainda, a legitimidade ordinária e a legitimidade 
extraordinária. Na legitimidade ordinária, o mesmo sujeito é 
titular do direito material e do direito processual – ação 
penal pública. Na legitimidade extraordinária, os titulares do 
direito material e do direito processual são sujeitos distintos 
– ação penal privada. 
Quando ocorre a legitimidade extraordinária, ou seja, na 
ação de iniciativa privada, surge a substituição processual.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 5
(b) interesse de agir:
O Estado só perderá o seu tempo com a pretensão deduzida 
em juízo quando a atuação estatal for necessária e útil, ou 
seja, no final do processo haverá uma modificação no mundo 
naturalístico.
(c) possibilidade jurídica do pedido:
Ao menos em tese, é imprescindível que o pedido formulado 
seja passível de acolhimento, de acordo com as normas 
jurídicas em vigor. Assim, não podemos ter pedido de 
condenação à morte ou à prisão perpétua.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 5
OBS: justa causa:
Trata-se de requisito indispensável ao regular exercício do 
direito de ação. No entanto, de acordo com a redação do art. 
395 do CPP, não pode ser definida como uma quarta condição 
para o regular exercício do direito de ação. A justa causa só 
tem aplicação no processo penal. 
O simples status de réu, por si só, já é ofensivo à dignidade 
do acusado. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 5
Por isso, para que a ação penal seja exercida, é 
imprescindível que a denúncia ou a queixa esteja amparada 
por um mínimo de provas colhidas durante o inquérito 
policial ou o procedimento que serviu de base para a ação. 
Então, é possível afirmar que a justa causa é o mínimo 
suporte probatório sem o qual ninguém pode ser acusado 
criminalmente.

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