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CCJ0040-WL-D-AMMA-02-Introdução ao Direito Processual Penal

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AULA 2 – SUJEITOS PROCESSUAIS
PROCESSO PENAL I
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 2 – SUJEITOS PROCESSUAIS
Os poderes do juiz no processo penal são os seguintes:
a) poder de instrução (determinar a realização de diligências
– art. 156; determinar o reinterrogatório do réu – art.
196).
b) poder de coerção (determinar a condução da vítima – art.
201, parágrafo primeiro; determinar a condução de
testemunha – art. 218).
c) poder de disciplina processual (determinar que a
testemunha faltosa pague as custas da diligência – art.
219; determinar a realização de acareação – art. 229).
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d) poder de garantir a aplicação dos princípios processuais
(determinar a observância do contraditório e da ampla
defesa).
e) poder de decisão (proferir despachos, decisões e
sentenças).
f) poder anômalo (indeferir o pedido de arquivamento do
inquérito – art. 28; encaminhar peças de informações ao MP
– art. 40).
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Em regra, a ação penal é de iniciativa pública, cabendo ao 
MP exercê-la. Apenas excepcionalmente, cabe à vitima ou 
aos seus sucessores o exercício da ação penal. Neste caso, 
ocorre a chamada substituição processual, já que o titular do 
direito de punir permite que o particular atue em juízo em 
seu nome.
A palavra “Ministério” vem do latim “ministerium”, que 
significa ofício do “minister”, ou seja, ofício do servidor.
2.b. O MINISTÉRIO PÚBLICO E O QUERELANTE
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A origem da expressão Parquet: na França antiga, os
procuradores e advogados do rei não se sentavam no mesmo
estrado onde ficavam os juízes, mas sobre o assoalho (parquet)
da sala de audiências, como as partes e seus representantes;
os juízes ficavam num nível mais alto em razão do estrado,
enquanto os procuradores e advogados do rei ficavam no nível
mais baixo.
2.b. O MINISTÉRIO PÚBLICO E O QUERELANTE
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O art. 127 da CF afirma que o MP “é instituição permanente,
essencial à função jurisdicional do Estado”. Hugo Nigro
Mazzilli afirma que a constituição disse menos do que
deveria, porque o MP desenvolve inúmeras atividades
independentemente da prestação jurisdicional (ex. inquérito
civil público) e afirma que a constituição disse mais do que
deveria, porque o MP não atua em todos os feitos judiciais
(ex. ação cível de pedido indenizatório sem interesse de
incapaz).
O art. 129, I, da CF, assegurou a promoção privativa da ação
pública, o que acabou com os chamados procedimentos de
ofício (ex. art. 26 do CPP).
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É controvertida a natureza da posição do Ministério Público
no processo penal. Manzini entende que se trata de parte sui
generis. Frederico Marques entende que se trata de parte
material. Tourinho Filho entende que se trata de parte
formal. Marcellus Polastri entende que a atuação do MP varia
de acordo com a fase da persecução penal, ora atuando
como parte, ora atuando como fiscal da lei.
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CASOS CONCRETOS
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1-Determinado cidadão foi preso em flagrante pela prática do
crime de estelionado . Em sede policial verificou-se que o
mesmo possuía diversas identidades, com características
diferentes em cada uma. Perguntado sobre seu verdadeiro
nome e demais dados qualificativos, o mesmo recusou-se a
dizer, mas a autoridade policial, consultando os arquivos da
polícia, descobriu que o indivíduo preso tinha o apelido de
Pezão. Lavrado o auto de prisão em flagrante e devidamente
distribuído, o Ministério Público vem a oferecer denúncia em
face Pezão.
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a) Diante do exposto pergunta-se:
b) agiu corretamente o membro do Ministério Público?
c) Será possível a realização de identificação criminal nesse
caso?
d) O indiciado/acusado pode invocar o direito ao silêncio
previsto no art. 5º, XIII da CRFB com relação aos dados
qualificativos?

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