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DISLIPIDEMIAS

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DISLIPIDEMIAS
AUTOR: Romero Pinheiro – Farmacêutico bioquímico industrial.
As dislipidemias são distúrbios no metabolismo de lipoproteínas que resultam em uma ou mais das seguintes anormalidades:
Colesterol total elevado
Níveis séricos aumentados de lipoproteínas de baixa densidade (LDL-C)
Níveis reduzidos de lipoproteínas de alta densidade (HDL-C)
Aumento de triglicerídeos (TG)
COMO DETECTAR A DISLIPIDEMIA
As Dislipidemias podem ser classificadas laboratorialmente após um jejum de 12 horas.
O nível ótimo de colesterol é de 200 mg/dl ou menos e alto acima de 240 mg/dl. O nível ótimo de LDL-colesterol deve ser igual ou abaixo de 100 mg/dl e alto acima de 160 mg/dl. O nível ideal de HDL é ser acima de 40 mg/dl e de triglicerídeos igual ou abaixo de 150 mg/dl. Os indivíduos que têm o HDL acima de 60 mg/dl estão mais protegidos das doenças cardiovasculares. Depois de detectada a doença, é iniciado o tratamento do Colesterol Alto (Dislipidemia).
FATORES DE RISCO
Você pode ter Dislipidemia por estar acimado peso, ter uma dieta inadequada, ser sedentário, ou simplesmente por questões genéticas. A Dislipidemia pode ainda ser causada por outras doenças que interfiram no metabolismo como diabetes mellitus, hipotireoidismo, etc., ou pelo uso de alguns medicamentos como Corticoides.
FATORES DE RISCO PARA DESENVOLVER DOENÇA CARDIACA
Pressão alta (tratada ou não tratada)
Aumento de LDL (colesterol ruim)
Baixo HDL (colesterol bom)
Sedentarismo
Sobrepeso e obesidade
Diabetes mellitus
Idade – homens com 45 anos ou mais / mulheres com 55 anos ou mais
Hereditariedade – história familiar de irmão e/ou pai com doença coronariana com menos de 55 anos, ou mãe e/ou irmã menores de 65 anos.
LIPOPROTEINAS
A lipoproteína é o agregado molecular responsável pelo transporte de lípideos em meios líquidos, já que eles não se misturam facilmente com o plasma sanguíneo. Desta forma, as gorduras são revestidas com fosfolipídeos, colesterol e proteínas; a fração proteica é chamada de apoproteína. No organismo humano, são sintetizados no fígado e no intestino delgado.
É normal associarmos o colesterol elevado a algo negativo, mas a verdade é que nem todo o colesterol é mau e mesmo o colesterol considerado "mau" é necessário ao seu corpo. Porém, o colesterol torna-se um problema quando existe em maior quantidade do que aquilo que o seu corpo precisa, podendo levar a vários problemas que afetam a sua saúde cardiovascular.
O colesterol é um tipo de lipídeo (gordura) que constitui as membranas celulares, ajuda na síntese de hormonas e mantém as funções corporais. Também desempenha um papel na produção de bílis pelo fígado, útil na quebra das gorduras da dieta e da vitamina D, que ajuda a manter os nossos ossos saudáveis. Porém, se o seu corpo produz ou consome mais colesterol do que devia para funcionar, este pode causar problemas graves, sendo uma das causas principais da doença cardíaca coronária.
Existem dois tipos de colesterol produzidos pelo nosso corpo. Apesar de existirem alimentos que contêm colesterol, estes não são a principal causa do colesterol elevado. O que a maioria das pessoas deve controlar para manter os seus níveis de colesterol saudáveis é o seu aporte de gordura saturada.
O colesterol circula pelo corpo com a ajuda de proteínas, estas são as LDL (lipoproteínas de baixa densidade) e as HDL (lipoproteínas de alta densidade). As LDL transportam o colesterol do fígado às células do organismo, onde este pode ser usado. As HDL, por outro lado, transportam o colesterol para o fígado, onde este pode ser depositado.
As LDL (lipoproteínas de baixa densidade) são um dos tipos de colesterol que pode ser mais prejudicial ao corpo. A presença de LDL em moderação é pouco provável de ser prejudicial, uma vez que estas levam o colesterol onde é necessário, porém, se for transportado demasiado colesterol do seu sangue para as suas células e este não for utilizado, acaba por ser depositado nas artérias sob a forma de placa. Esta placa pode causar bloqueios e leva ao endurecimento das artérias, conhecido como aterosclerose, que pode conduzir graves complicações cardiovasculares. É por isso que as LDL são conhecidas como “mau colesterol”.
As HDL são classificadas como “bom colesterol” uma vez que levam o colesterol das células novamente para o fígado onde este pode ser quebrado outra vez. Isto impede a acumulação de colesterol nos vasos sanguíneos o que pode causar problemas. Níveis elevados de HDL podem reduzir a deposição de placa arteriosclerótica nas artérias, motivo pelo qual são conhecidas como “bom colesterol”.
Os triglicéridos são outro tipo de substâncias gordas presentes no seu sangue que também são medidas quando o seu colesterol é verificado. Provêm de alimentos tais como ovos, leite, carne e óleos. Estas substâncias gordas podem ser produzidas pelo fígado ou provir directamente das reservas de gordura corporais. Os níveis de triglicéridos tendem a ser elevados em pessoas que consomem muitas comidas com gordura ou açúcar e que bebem em excesso regularmente. Estas pessoas tendem a ter níveis elevados deste tipo de gorduras. Pessoas com níveis elevados de triglicéridos no sangue têm maior propensão a desenvolver doença cardíaca do que aquelas com níveis mais baixos.
 DIGESTÃO DE LIPÍDIOS 
A digestão dos lipídios inicia no intestino delgado, onde os sais biliares emulsificam as gorduras formando micelas, para facilitar a ação das enzimas lipases. As lipases então hidrolisam as ligações éster dos lipídios saponificáveis, liberando ácidos graxos e os outros produtos como o glicerol, que atravessam então a mucosa intestinal, sendo convertidos em triacilgliceróis. Os triacilgliceróis, juntamente com o colesterol são incorporados às proteínas transportadoras, as apolipoproteínas, formando os quilomícron. Os quilomicron se movem pela corrente sangüínea até chegar aos tecidos e orgãos que metabolizam lipídios, sendo novamente hidrolizados e penetrando nas células. O principal órgão que metaboliza os lipídios é o fígado, entretanto eles também são metabolizados pelo coração para produção de sua própria energia. O fígado exporta lipídios metabolizados para outros tecidos como o cérebro na forma de corpos cetônicos, já que estes não metabolizam lipídios mas convertem os corpos cetônicos em acetil-CoA, sendo esta metabolizada no ciclo do ácido cítrico.
METABOLISMO LIPIDICO
O Metabolismo Lipídico é o processo pelo qual os ácidos graxos são digeridos, quebrados por energia ou armazenados no corpo humano para uso posterior de energia. Esses ácidos graxos são um componente dos triglicerídeos, que compõem a maior parte dos seres humanos gordurosos que comem em alimentos como óleos vegetais e produtos de origem animal.
Os triglicerídeos podem ser encontrados nos vasos sanguíneos, bem como armazenados para futuras necessidades de energia nas células do tecido adiposo, mais conhecido como gordura corporal e nas células do fígado. Embora a principal fonte de energia do corpo seja carboidratos, quando esta fonte estiver esgotada, os ácidos graxos em triglicerídeos serão então divididos como fonte de energia de backup.
O metabolismo lipídico pode ser dividido em duas vias principais: via exógena e via endógena.
VIA EXOGENA
A linhagem de células epiteliais do intestino delgado absorvem lipídios da dieta rapidamente. Estes lipídios, incluindo triglicerídios, fosfolipídios e colesterol, são reunidos com a apopoliproteína B-48 dentro dos quilomícons (grandes gotas de lipídios com o,8 a 5 nm de diâmetro; ou lipídio reprocessado e sintetizado no intestino delgado contendo trigliceróis, ésteres do colesterol e várias apopoliproteínas). Esses quilomícrons nascentes são secretados das células epiteliais do intestino para dentro da circulação linfática num processo que depende pesadamente da apopoliproteína B-48. Como eles circulam através dos vasos linfáticos, os quilomícrons nascentes desviam da circulação no fígado e são drenados pela viado duto torácico para dentro da corrente sanguínea.
Na corrente sanguínea, as partículas HDL (lipoproteína de alta densidade) doam as apopoliproteínas C-II e E para quilomícrons nascentes; agora o quilomícron é considerado maduro. Pela via da apopoliproteína C-II, os quilomícrons maduros ativam a lipoproteína lípase (LPL), uma enzima nas células endoteliais que reveste os vasos sanguíneos. A LPL catalisa a reação de hidrólise que libera enfim o glicerol e ácidos graxos dos quilomícrons. O glicerol e os ácidos graxos podem ser absorvidos nos tecidos periféricos, especialmente adiposo e muscular, para energia e estoque.
Os quilomícrons hidrolizados são agora considerados quilomícros remanescentes (resto). Os quilomícrons remanescentes continuam circulando até eles interagirem por via da apopoliproteína E com os receptores de quilomícrons sobrantes, encontrados principalmente no fígado. Essa interação causa a endocitose dos quilomícrons remanescentes, os quais são subsequentemente hidrolisados dentro dos lisossomos. A hidrólise nos lisossomos libera glicerol e ácidos graxos para dentro da célula, os quais podem ser usados para energia e estocados para uso posterior.
VIA ENDOGENA
O fígado é uma outra fonte de lipoproteínas, principalmente VLDL. O triglicerol e o colesterol são reunidos com a apopoliproteína B-100 para formar partículas de VLDL. As partículas de VLDL nascentes são liberados para dentro da corrente sanguínea por via de um processo que depende a apopoliproteína B-100.
Como no metabolismo do quilomícron, as apopoliproteínas C-II e E das partículas VLDL são adquiridas de partículas HDL. Uma vez carregadas com as apopoliproteínas C-II e E, a partícula de VLDL nascente é considerada madura.
Novamente como os quilomícrons, as partículas de VLDL circulam e encontram LPL expressados nas células endoteliais. A apopoliproteína C-II ativa o LPL, causando hidrólise das partículas de VLDL e a liberação do glicerol e dos áxidos graxos. Estes produtos podem ser absorvidos pelo sangue pelos tecidos periféricos, principalmente gordurosos e musculares. As partículas de VLDL hidrolisadas são agora chamadas de remanescentes de VLDL ou lipoproteínas de densidade intermediária (IDLs). Os VLDLs remanescentes podem circular e, por via de interação com a apopoliproteína E e do receptor de remanescente, serem absorvidos pelo fígado, ou eles podem ser mais uma vez hidrolisados pela lipase hepática.
A hidrólise pela lipase hepática libera glicerol e ácidos graxos, deixando IDLs remanescentes, chamados lipoproteínas de baixa densidade, as quais contém uma porção relativamente alta de colesterol. O LDL circula e é absorvido pelo fígado e por células periféricas. A ligação dos LDL a seu tecido alvo ocorre através da interação entre o receptor de LDL e a apopoliproteína B-100 ou E na partícula de LDL. A absorção ocorre através de endocitose, e as partículas de LDL internalizadas são hidrolisadas dentro dos lisossomos, liberando lipídios, principalmente o colesterol.
CLASSIFICAÇÃO DAS DISLIPIDEMIAS 
As dislipidemias primárias ou sem causa aparente podem ser classificadas genotipicamente ou fenotipicamente através de análises bioquímicas. Na classificação genotípica, as dislipidemias se dividem em monogênicas, causadas por mutações em um só gene, e poligênicas, causadas por associações de múltiplas mutações que isoladamente não seriam de grande repercussão. A classificação fenotípica ou bioquímica considera os valores do CT, LDL-C, TG e HDL-C. Compreende quatro tipos principais bem definidos: 
Hipercolesterolemia isolada
 Elevação isolada do LDL-C (≥ 160 mg/dL).
 Hipertrigliceridemia isolada
 Elevação isolada dos TG (≥150 mg/dL), que reflete o aumento do volume de partículas ricas em TG como VLDL, IDL e quilomícrons. Como citado, a estimativa do volume das lipoproteínas aterogênicas pelo LDL-C torna-se menos precisa à medida que aumentam os níveis plasmáticos de lipoproteínas ricas em TG. Portanto, conforme referido acima, o valor do Não-HDL-C pode ser usado como indicador de diagnóstico e meta terapêutica nestas situações. 
Hiperlipidemia mista
 Valores aumentados de ambos LDL-C (≥ 160 mg/dL) e TG (≥150 mg/dL). Nestes indivíduos, pode-se também utilizar o Não-HDL-C como indicador e meta terapêutica. Nos casos com TG ≥ 400 mg/dL, quando o cálculo do LDL-C pela fórmula de Friedewald é inadequado, considerar-se-á hiperlipidemia mista se o CT for maior ou igual a 200 mg/dL.
HDL-C baixo
Redução do HDL-C (homens menor que 40 mg/dL e mulheres menr que 50 mg/dL) isolada ou associada com o aumento do LDL-C ou de TG.
VALORES DE REFERENCIA PARA O COLESTEROL
TRATAMENTO DA DISLIPIDEMIA
Pode ser não medicamentoso e medicamentoso. 
O tratamento não medicamentoso consiste na mudança do estilo de vida, visando algumas metas, tais como:
Manter um peso adequado
Comer alimentos com baixo teor de gordura saturada, trans e colesterol
Praticar atividade física – pelo menos 30 minutos por dia na maior parte da semana
Não fumar
Consumir bebida alcoólica com moderação
Reduzir a ingestão de carboidratos
PARA DIMINUIR O COLESTEROL, É NECESSÁRIO UM TRATAMENTO DE REEDUCAÇÃO ALIMENTAR.
EVITE os seguintes alimentos:
Manteiga / Banha / Nata / Frituras em geral / Batata frita / Rosquinhas fritas / Pastéis fritos / Leite gordo / Leite condensado / Cremes /
Maionese / Óleo de coco / Gordura vegetal hidrogenada / Queijos gordos / Salgadinhos / Molhos / Salsichão / Salsicha / Linguiça / Croissant / Presunto / Salame / Toucinho / Bacon / Pele de aves / Carne gorda de gado, ovelha, cordeiro, tatu, porco / Vitela / Vísceras (fígado, rins, coração, miúdos, miolo) / Pudins / Sobremesas ricas em gordura e gema de ovo / Sorvetes / Tortas / Chocolates.
Prefira consumir:
Clara de ovo / Margarinas / Óleos vegetais (milho, algodão, arroz, girassol, soja, canola, oliva) / Leite desnatado / Carne vermelha magra (sem gordura) / Carne de aves sem a pele / Carne de peixes / Gelatina / Pão integral / Arroz integral / Chás, água, sucos de frutas / Refrigerantes dietéticos / Queijos magros tipo minas branco, tofu, ricota / Iogurtes light / Fibras (farelo de aveia, feijão, ervilha, lentilha, ameixa preta, aveia) / Alimentos cozidos, assados ou grelhados / Legumes / Verduras / Frutas (maça com casca) / Nozes, amêndoas e castanhas.
TRATAMENTO FARMACOLOGICO
Os medicamentos utilizados no tratamento de dislipidemia, aumento da presença de lipídios no sangue, são os seguintes: 
• Vastatinas ou estatinas ou inibidores da HMG-CoA redutase: 
São os medicamentos de escolha para reduzir o LDL-C em adultos. Sua ação ocorre por inibição da HMG-CoA redutase, enzima-chave na síntese do colesterol, fato que leva à menor síntese de colesterol hepática e ao aumento da expressão dos receptores da LDL na superfície do fígado. As vastatinas também elevam o HDL-C e reduzem as triglicérides em 7-30%, podendo assim ser utilizadas também nas hipertrigliceridemias leves a moderadas. 
Como exemplo de fármacos desse grupo, temos: lovastatina, sinvastatina, pravastatina, fluvastatina e atorvastatina. 
São administradas por via oral e seus efeitos podem ser observados após duas semanas de uso. Devem ser administradas após o jantar e, no caso de doses mais elevadas, podem ser divididas pela manhã e à noite. 
Em geral são bem toleradas, mas pode ocorrer efeito colateral em alguns pacientes, como, por exemplo: sintomas gastrintestinais e dores musculares. São contraindicadas em mulheres grávidas ou em fase de aleitamento e nos casos de doença hepática. 
• Resinas de troca 
As resinas de troca (colestiramina e colestipol) são fármacos não absorvidos que diminuem a absorção de sais biliares e, consequentemente, do colesterol. 
Os efeitos colaterais relacionam-se ao aparelho digestivo, por interferir na motilidade intestinal, como dores abdominais, náuseas e obstipação intestinal. 
A colestiramina pode ser ingerida diluída em água e sucos. É o fármaco de escolha em crianças e mulheres no período reprodutivo,não deve ser utilizada na hipertrigliceridemia. Deve ser utilizada como adjuvante às vastatinas no tratamento das hipercolesterolemias graves. 
• Fibratos 
São fármacos derivados do ácido fíbrico, indicados no tratamento da hipertrigliceridemia endógena sempre que houver falha na intervenção dietética específica. São absorvidos rapidamente pelo intestino e secretados pela urina, com ação verificada após o quinto dia de tratamento. 
Fazem parte desse grupo: clofibrato, bezafibrato, fenofibrato, genfibrosila, etofibrato e ciprofibrato. 
Os fibratos, que geralmente devem ser administrados durante as refeições, são, em geral, bem tolerados. Porém, podem causar efeitos colaterais, como: náuseas, vômitos, dores abdominais, diarreia, tontura, cefaleia, prurido, dores musculares, etc. 
Não podem ser utilizados com pacientes com alteração renal ou hepática, com litíase biliar ou em mulheres grávidas. 
• Ácido Nicotínico 
Diminui o LDL-C em 5-25%, aumenta o HDL-C em 15-35% e diminui as triglicérides em 20-50%. 
As limitações ao uso desse fármaco são frequentes efeitos colaterais, como rubor facial, hiperglicemia, hiperuricemia e alterações no trânsito intestinal. 
BIBLIOGRAFIA
http://www.cesadufs.com.br/ORBI/public/uploadCatalago/12290710072012Quimica_Biomoleculas_aula_12.pdf
http://notadolaboratrio.blogspot.com.br/2009/01/lipoprotenas-lipoprotena-uma-reunio-que.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lipoprote%C3%ADna
https://www.euroclinix.net/br/colesterol-alto/tipos-de-colesterol
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/arquivos/programas/Diretriz_Brasileira_Dislipidemias_Aterosclerose.pdf
http://www.cepic.com.br/dislipidemia-tratamento/
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/moda/medicamentos-utilizados-no-tratamento-de-dislipidemia/20992

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