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Hipocampo Localizado no lobo temporal do cérebro, sendo a sede da memória e importante componente do sistema límbico, que é o responsável basicamente por controlar as emoções e as funções de aprendizado e da memória. O hipocampo converte a memória a curto prazo em memória a longo prazo. Doença de Alzheimer (DA) Descrita pela primeira vez por Alois Alzheimer, neurologista alemão, em 1906, a doença de Alzheimer é um distúrbio degenerativo do sistema nervoso central que resulta, gradualmente, numa perda de memória, em alterações de comportamento e personalidade, juntamente com um declínio cognitivo. A doença afeta o desempenho funcional e social do indivíduo em virtude da lesão de estruturas cerebrais responsáveis pelos processos cognitivos. A DA é caracterizada pelo déficit na memória episódica e na memória de curto prazo, que pode estar relacionada com a gravidade do quadro, que ocorrem em razão da lesão de centros cerebrais, (córtex cerebral e no sistema límbico, especificamente no hipocampo e na amígdala). Essa perda da memória dificulta a aproximação das pessoas em suas relações afetivas e familiares, bem com afeta o seu desempenho funcional e suas relações sócias. A doença de Alzheimer é caracterizada por grandes placas (placas senis) de uma proteína chamada beta-amilóide intracelulares e pela presença de emaranhados neurofibrilares. Acredita-se que a concentração das placas senis esteja correlacionada ao grau de demência nos afetados. Esses emaranhados tornam-se retorcidos, dificultando o funcionamento das células nervosas. Sugere-se perda neuronal em estruturas específicas do encéfalo, com as alterações ocorrem principalmente no córtex cerebral e no sistema límbico, especificamente no hipocampo e na amígdala, responsáveis pelo aprendizado e memória. A DA caracteriza-se também pela atrofia do córtex cerebral e do hipocampo, sendo afetado primeiramente o córtex fronto-temporal. A atrofia associa-se a dilatação dos ventrículos laterais, principalmente do corno temporal. Esses achados são mais visíveis do que o que se espera para a idade. Epidemiologia A doença de Alzheimer acomete de 8 a 15% das pessoas com mais de 65 anos. Existem, atualmente, em todo o mundo entre 17 a 25 milhões de pessoas com a doença, o que representa 70% do conjunto das doenças que afetam as pessoas idosas. Etiologia O fator genético é considerado atualmente como preponderante Agentes etiológicos, A toxicidade a agentes infecciosos, ao alumínio, a radicais livres de oxigênio, a aminoácidos neurotóxicos, Ocorrência de danos em microtúbulos e proteínas associadas. É interessante ainda salientar que estes agentes podem ainda atuar por dano direto no material genético, levando a uma mutação somática nos tecidos. Diagnóstico Baseia-se nos achados clínicos e exige a presença de demência estabelecida por exame clínico e documentada pelos resultados de testes específicos, nenhum distúrbio na consciência, início entre 40 e 90 de idade, mais frequente após os 65 anos, ausência de distúrbios sistêmicos ou cerebrais que possam contribuir para o déficit de memória ou cognitivo. Diagnóstico O Mini Exame do Estado Mental seria complementar em indivíduos com suspeita de síndrome demencial e, como consequência, aumentariam a sensibilidade e especificidade para rastrear a doença numa população não homogênea como a nossa, do ponto de vista cultural e socioeconômico. Mini Exame do Estado Mental (MEEM) Orientação Tempo e Espaço Memória Imediata Atenção e Cálculo Evocação Linguagem Alterações Motoras Os comprometimentos na marcha e equilíbrio ocorrem, devido afetar os sistemas visual, vestibular e somatossensorial, que são afetados já no processo de envelhecimento. E com o avanço da degeneração neural, essas alterações ficam mais acentuadas. No Alzheimer, apresenta-se instabilidade da marcha, em decorrência da apraxia da marcha (passos curtos, dificuldade para iniciar a marcha, hesitação na rotação, desequilíbrio moderado), agregado a perda de flexibilidade e força muscular, que acaba levando a flexão do tronco e dos membros inferiores, e a diminuição da dissociação de cinturas com o avanço da doença. Com o agravo da doença o indivíduo não consegue mais andar e se manter em pé, e, chega a óbito, geralmente, em decorrência de infecções urinárias e pulmonares, escaras infectadas, entre outras, ou por embolia pulmonar. Estágios da Doença Estágios iniciais: geralmente se encontram labilidade emocional, reações lentas, perda de memória recente e dificuldade para aquisição de novas habilidades, além de apresentar queda em seu rendimento funcional em tarefas complexas, evoluindo gradualmente com prejuízos em outras funções cognitivas, tais como julgamento, cálculo, raciocínio abstrato e habilidades visuo-espaciais. Estágios intermediários: Apresenta-se dificuldade para nomear objetos ou para escolher a palavra adequada para expressar uma idéia; Apraxia (impossibilidade de executar movimentos coordenados como marcha e escrita); Agnosia (perda da capacidade para reconhecer ou identificar objetos apesar de manterem a função sensorial intacta. Estágio terminal: observa-se um indivíduo apático e distante, com perda de orientação em ambientes familiares, normalmente apresentando incontinência e com gradual perda da capacidade de locomover-se, de desempenhar as tarefas mais simples, como utilizar utensílios domésticos, ou vestir-se, cuidar da própria higiene e alimentar-se. Em cada uma dessas etapas pode-se observar gradativa perda da autonomia, com consequente aumento das necessidades de cuidados e supervisão de terceiros. O óbito geralmente advém após 10 a 15 anos de evolução, como complicação de comorbidades clínicas ou quadros infecciosos em indivíduos que se tornaram progressivamente fragilizados pela doença crônica. Fisioterapia A intervenção fisioterapêutica pode contribuir em qualquer fase da doença, tanto para manter o indivíduo o mais ativo e independente possível quanto para melhorar o desempenho motor funcional. A reabilitação é um processo contínuo de educação e de solução de problemas, e o objetivo da intervenção fisioterapêutica é a redução da incapacidade e da deficiência experimentadas. No maior grau possível, a fisioterapia deve ser encorajada para manter a amplitude de movimento, a força e o estado de alerta. O importante déficit cognitivo presente na DA requer do fisioterapeuta a adoção de algumas estratégias, como dar ordens simples, certificando-se de que o paciente entendeu o objetivo da tarefa. A organização das tarefas numa sequência melhora o desempenho das atividades e mantém um nível adequado de alerta para o desenvolvimento do aprendizado. A intervenção sobre o déficit musculoesquelético na DA deve estar focalizada sobre o treino do padrão de marcha e manutenção da independência nas atividades da vida diária, também é importante que sejam evitadas as atrofias por desuso e fraqueza muscular, os encurtamentos de tecidos moles e as deformidades esqueléticas. Exercícios terapêuticos direcionados para os padrões do funcionamento cardiorrespiratório também são muito importantes, uma vez que no indivíduo portador de DA a capacidade funcional da fala, a respiração, expansão torácica e função venosa vão diminuindo progressivamente. Indivíduos com déficits cognitivos necessitam de constantes comandos e incentivos verbais pelos familiares e cuidadores. O processo de reabilitação também inclui a realização demodificações ambientais necessárias para a segurança do paciente, de modo que possa viver um ambiente o mais seguro possível. Na DA, a incidência de fraturas devido a quedas é de 69 a 1000 quedas por ano, e estão associadas a confusão e alienação, medicação excessiva, comprometimento da marcha e do equilíbrio, fraqueza muscular, déficit visual e riscos ambientais. A cinesioterapia motora, com mobilização articular trazendo uma melhora da nutrição e lubrificação da articulação e da mobilidade articular, O alongamento para evitar encurtamentos musculares indesejados no decurso do indivíduo ao leito; Conciliar cinesioterapia respiratória à mobilização e alongamento dos músculos da caixa torácica, melhorando a complacência, usando técnicas respiratórias passivas para a expansão pulmonar e melhora do trabalho respiratório, e uso de incentivadores respiratórios, estimulando a inspiração quanto à expiração.
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