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ESTRESS E DOENCAS PSICOSSOMATICAS

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STRESS E DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS
As doenças psicossomáticas são mais susceptíveis de acontecer na terceira fase do stress que denominada de exaustão. Quando os estímulos estressores continuam agindo e não há uma solução ou ao menos uma adaptação haverá uma probabilidade desses estressores se tornarem crônicos para o indivíduo havendo normalmente falha do mecanismo de defesa do organismo.
As reações de stress resultam, pois, dos esforços de adaptação. No entanto, se a reação ao agressor for muito intensa ou se o agente do estresse for muito potente e/ou prolongado poderá haver, como conseqüência, doença ou maior predisposição ao desenvolvimento de doença. Pois a reação protetora sistêmica desencadeada pelo stress pode ir além da sua finalidade e dar lugar a efeitos indesejáveis. O ser humano é capaz de adaptar-se ao meio ambiente desfavorável, mas esta adaptação não ocorre impunemente. O perigo parece ser maior nas situações em que a energia mobilizada pelo stress psicoemocional não pode ser consumida. As doenças de adaptação são conseqüências do excesso de hostilidade ou do excesso de reações de submissão.
As colocações acima podem ser mais facilmente comprovadas nas doenças em que notadamente há um componente de esforço de adaptação, como, por exemplo, nas úlceras digestivas, nas alterações dispépticas, crises de hemorróidas, alterações da pressão arterial, alterações nas paredes dos vasos sangüíneos, alguns tipos de doenças renais, alterações inflamatórias do aparelho gastrintestinal, afecções dermatológicas, alterações metabólicas, manifestações alérgicas, artrites reumáticas e reumatóides, perturbações sexuais e comprometimento do sistema imunológica.
Vária patologias hoje estudada pela medicina do trabalho têm íntima correlação com o stress. O desgaste a que as pessoas são submetidas nos ambientes e nas relações com o trabalho é fator dos mais significativos na determinação de doenças. Cremos que este trabalho não escapa ao conhecimento médico, mas também é fato que o espaço dedicado na anamnese à investigação desses aspectos é pequeno em relação a sua importância.
A relevância dos agentes estressores, os psicossociais, é hoje reconhecida pela imensa maioria dos médicos. Sabemos que é tão potentes quanto os microorganismos ou a insalubridade no desencadeamento das doenças. Nossa saúde depende em grande parte de nossas condições e modo de vida. E são estas as mais freqüentes razões de consultas médicas nas regiões mais desenvolvidas, afetando indiferentemente as mais variadas classes sociais. Ou seja, tanto o operário quanto o executivo são passíveis de apresentar alterações no seu funcionamento, devido os agentes estressores psicossociais. Sabemos que as reações ao stress são naturais e até necessárias para a própria vida; no entanto, sob algumas circunstâncias elas podem se tornar prejudiciais ao funcionamento do indivíduo.

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