Buscar

Resumos TRATADO DE GERIATRIA 11, 13, 93, 117, 118, 151

Prévia do material em texto

CAPÍTULO 11 – EPIDEMIOLOGIA E ENVELHECIMENTO NO BRASIL (CHAIMOWICZ, 2006)
- Hopkins, Kalache e Mende advertiram que, nos países em desenvolvimento, o ritmo do crescimento econômico não estava acompanhando o ritmo da transição da estrutura etária.
- A proporção de idosos saltará dos atuais 9% para 18% em 2050, quando somarão 38 milhões.
- Estima-se que entre 2000 e 2050 a proporção das despesas do governo alocadas para a população com 60 anos ou mais deverá crescer dos atuais 38% para 68%.
- Em 2005 o gasto per capita da rede hospitalar do SUS com homens de 60 a 69 anos foi mais de quatro vezes superior ao gasto com homens e de 30 a 39 anos, e apenas metade do valor do grupo acima dos 80 anos.
- A “taxa potencial de apoio” (número de adultos para cada idoso) declinará de 19 para 3 entre 1950 e 2050.
TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
- Esse conceito se refere à modificação nos padrões de morbidade, invalidez e morte que caracterizam uma população e que ocorrem em conjunto com outras transformações demográficas e sociais.
- 3 mudanças básicas: (1) a substituição, entre as primeiras causas de morte, de doenças transmissíveis por doenças não transmissíveis e causas externas; (2) o deslocamento da maior causa de morbimortalidade dos mais jovens para os mais velhos; e (3) a transformação de uma situação em que predomina a mortalidade para outra em que a morbidade é dominante.
MORTALIDADE
- Entre 1980 e 2000 a idade mediana dos óbitos passou de 47 anos para 60 anos entre os homens e de 52 para 69 anos entre as mulheres.
- A proporção de óbitos acima dos 60 anos passou de 38% em 1980 para 58% em 2003 (ambos os sexos).
- Mudanças mais significativas nos últimos 25 anos: Homens: aumento óbitos por causas externas (+5,8%) e neoplasias (+4,7%) com redução de óbitos por doenças infecciosas (/5,5%) e perinatais (-4,0%); Mulheres: aumento de óbitos por neoplasias (+6,2%) e doenças circulatórias (+3,4%) com redução de óbitos por doenças infecciosas (-5,8%) e perinatais (-3,3%).
MORTALIDADE DE IDOSOS HOMENS E MULHERES:
- Principais causas mulheres idosas (2003): doenças do aparelho circulatório (cerebrovasculares e isquêmicas do coração); seguidas de óbitos por causas mal definidas, neoplasias, respiratórias (Pneumonias e DPOC) e diabetes.
- Homens: os grupos são os mesmo, embora as neoplasias (princ. Próstata) ocupem o segundo lugar.
- Nos últimos 25 anosa proporção de óbitos em ambos os sexos diminuiu cerca de 10% (15% grupo + de 80) e por causas mal definidas cerca de 5% (70-79 anos: 8%); Óbitos por doenças respiratórias cresceu 6%, e por neoplasias e doenças endócrinas cerca de 3%.
* Questões de sexo e gênero: mulheres são mais ativas no cuidado à saúde e em comportamentos mais saudáveis, se expõem menos à comportamentos de risco, por isso tem suas taxas de sobrevida maiores; enquanto os homens se expõem mais à comportamentos de riscos, como violência, estresses, comportamentos de risco no trânsito, álcool e drogas; além de se descuidarem mais da própria saúde e não acompanharem médicos com frequência, tendo sua taxa de sobrevida menor comparada ao das mulheres.
** Alguns quadros deverão mudar, como exemplo o tabagismo, que entre os adolescentes já se iguala entre ambos os sexos, mostrando que haverá um perfil de idosos diferente daqui algumas décadas.
MORTALIDADE POR CAUSAS EVITÁVEIS:
- Entre1980 E 2000 a redução da mortalidade foi de 28% entre mulheres de 70-79 anos e 22% entre as acima de 80.
- Entro os homens, para as mesmas faixas etárias/época a redução de 18 e 20%.
- A redução da mortalidade entre idosos jovens também foi expressiva (mulheres: 16%; homens: 11%).
- No ano de 2000, 70% dos óbitos de idosos poderiam ter sido evitados por meio da prevenção (primária ou secundária) ou eram suscetíveis a tratamento, proporção que cresceu desde 1991.
- A taxa mais elevada (potencialmente, portanto, a mais evitável) desse grupo é a mortalidade por neoplasias da traqueia, brônquios e pulmões.
ESPERANÇA DE VIDA LIVRE DE INCAPACIDADE:
- Em 2000, ao atingir os 60 anos, os homens paulistanos podiam esperar vier, em média, 18 anos, 83% dos quais livres de incapacidade (definida no estudo como a dificuldade de realizar pelo menos uma AVD).
- As mulheres poderiam esperar viver 22 anos, mas somente 74% deles livres de incapacidade.
MORBIDADE HOSPITALAR:
- A Frequência de internações de homens é progressivamente maior dos 20 aos 69 anos e em seguida se torna menor, representando metade dos valores à partir dos 80 anos.
- Entre as mulheres, após o pico de internações no grupo com 15 a 49 anos, o número praticamente se iguala ao dos homens, mas é superior no grupo com mais de 80 anos.
- A média de permanência por internação de ambos os sexos eleva-se da faixa de 15 a 19 anos até a de 40 a 49 anos (homens: 11 dias; mulheres: 7 dias), quando se estabiliza em um platô, no caso das mulheres, e declina para quase a metade do valor no caso dos homens.
- O maior número de internações ocorre entre adultos, mas isso se explica pelo fato de os idosos representarem ainda uma proporção pequena da população, ou seja, são internados com maior frequência.
- A taxa de internação do grupo com 80 anos ou mais é 4 a 5x maior que o grupo com 40-49 anos.
- Os homens idosos são mais internados que as mulheres. O custo total das internações atinge seu maior valor entre as mulheres em idade produtiva (partos) e entre os homens de meia-idade.
CAPÍTULO 13 – ENVELHECIMENTO: AÇÕES DE PROMOÇÃO E PREVENÇÃO (VERAS, 2006)
HISTÓRICO E CONCEPÇÕES:
- Os aumento das epidemias com mortalidade do séc. XIX, em decorrência das condições sanitárias e poluição, levaram à um novo paradigma na prática médica com enfoque na relação indivíduo/ambiente físico e social.
- O entendimento do caráter social no processo saúde-doença criou uma nova perspectiva para a intervenção médica, para a qual a prevenção e promoção de saúde dependiam também de ações sociopolíticas.
- (1920-1950)Inglaterra, EUA e Canadá desenvolvem um movimento de reação à medicina curativa, enfatizando a prevenção.
- No Brasil, a formulação de níveis de prevenção foi adicionada à concepção de Medicina Comunitária em 1960 e serviu de norte para a definição de níveis de atenção nos sistemas e serviços de Saúde atuais.
- Centrada nas condições socioeconômicas da população, a proposta da Promoção de Saúde vai além da simples prestação de serviços clínico-assistenciais e estimula ações intersetoriais que incluem educação, saneamento básico, habitação, renda, trabalho, alimentação, meio ambiente, lazer, acesso a bens e serviços essenciais.
- No final dos anos 90, a OMS substituiu a expressão “envelhecimento saudável” por “envelhecimento ativo”, buscando maior abrangência para incluir, além dos cuidados de saúde, outros fatores que afetam o envelhecimento, como a qualidade de vida e questões políticas e socioeconômicas.
PROMOÇÃO E PREVENÇÃO:
- Para ao idoso, o fundamental é postergar ao máximo o possível início das doenças;
- Deve-se buscar a compreensão da morbidade e levá-lo para o mais próximo possível do limite biológico de vida.
- Todavia, o modelo clássico de prevenção (Medicina Preventiva) não está sendo ensinado de forma completa, pois valorizam apenas uma dimensão de cada um dos viveis de prevenção de saúde.
- Leavel e Clarck(1976) preconizam dois níveis de prevenção primária e dois níveis de prevenção secundária;
- Prevenção primária deve ser entendida em dois planos:
(1) o da prevenção de agravos à saúde: evitar instalação de quadros mórbidos: inclui programas de promoção, educação em saúde e vacinas;
(2) Detecção precoce de problemas de saúde potenciais ou instalados, que possam comprometer habilidades e a autonomia dos idosos, por meio da antecipação diagnóstica, postergando ao máximo o início da doença
- Deverão ser aplicadas as vacinas contra o tétano, a pneumonia pneumocócica e a influenza, além de programas educacionais, atividades físicas, grupos de convivência (primeiro nível de prevenção primária).
- Parao Segundo Nível de prevenção primária, além dos esforços dirigidos à detecção precoce de enfermidades não transmissíveis, deve-se utilizar outras medidas: (1) antecipação dos danos sensoriais; (2) utilização de protocolos próprios para situações comuns entre os idosos; (3) prevenções da saúde bucal; (4) prevenção de deficiências nutricionais; (5) avaliação das capacidades e habilidades funcionais no ambiente domiciliar – prevenção de perda de independência e autonomia; (6) prevenção do isolamento social (grupos e centros de convivência, clubes, etc.)
- O modelo assistencial deve atender as características próprias dos idosos, ou seja, investir no idoso saudável;
- A avaliação funcional é básica para se precisar um diagnóstico, prognóstico e julgamento clínico adequado para um planejamento assistencial efetivo;
- A diminuição funcional poderá ser ocasionada pela evolução da própria patologia de base, por sua má administra-ção e sequelas, ou pela inadequada assistência recebida, seja familiar, social ou institucional.
- A presença de co-morbidades não deve ser associada às perdas relacionadas ao envelhecimento malsucedido. O que é necessário é administrar bem essas perdas, evitando, adiando ou compensando suas limitações.
- Os programas de promoção devem exibir também duas vertentes para todos os níveis e, portanto, também para a prevenção terciária ou a reabilitação: deve-se trabalhar para aqueles que necessitam se restabelecer de sequelas deixadas por doenças, como também incluir idosos que ainda não são elegíveis para os mesmos critérios atuais, mas que desenvolverão agravos já previsíveis se não forem incorporados.
- A “reabilitação antecipatória”, um dos níveis de prevenção terciária, significa ampliar a qualidade de vida para o idoso e sua família, e uma relação custo-benefício favorável ao sistema de saúde.
- Portanto, um modelo de atenção a saúde do idoso que pretenda apresentar eficácia precisa aplicar todos os níveis de prevenção e possuir um fluxo bem desenhado de ações de educação, promoção à saúde e prevenção de doenças evitáveis.
- Fator de Risco: A melhor maneira de prever ocorrências de eventos mórbidos é a experiência passada com um grande número de indivíduos portadores de fator ou fatores de risco semelhantes.
CAPACIDADE FUNCIONAL E PREVENÇÃO:
- Capacidade Funcional pode ser definida como a capacidade de se manter as habilidades físicas e mentais necessárias para uma vida independente e autônoma (GORDILHO et al., 2000)
- Todas as iniciativas de promoção de saúde, assistenciais e de reabilitação em saúde devem ter como meta aprimorar, manter ou recuperar a capacidade funcional do indivíduo, valorizar a autonomia, a autodeterminação, e a independência física e mental, indo além de simples diagnósticos e tratamentos de doenças específicas.
- Considerando que a dependência (física ou mental) é um fator de risco importante para a mortalidade, mais até do que as próprias doenças que acarretaram a dependência, já que nem todo doente se torna dependente.
CAPÍTULO 93 – PARÂMETRO CLÍNICOS E AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA (FREITAS; e MIRANDA)
- A condição funcional dos paciente idoso é um dos parâmetros mais importantes da avaliação geriátrica;
- Com a identificação das condições funcionais do paciente, associadas ou não à co-morbiadades, é possível desenvolver um plano adequado de intervenção que visa tratamento das doenças diagnosticadas, evitando seu agravamento e retardando o aparecimento das limitações funcionais.
ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS:
Anatômicas:
- Diâmetro do crânio é aumentado em ambos os sexos;
- Contínuo crescimento do nariz e alongamento das orelhas; calvície e embranquecimento capilar (varáveis).
- Perda da elasticidade da pele; redução do tecido subcutâneo e da sua espessura e capacidade de sustentação: aparecimento de bolsas orbitais e sulcos labiais.
- A boca sofre mudanças em todas as suas estruturas (elasticidade mucosa; perda do paladar, secura) desgaste dentário,perda de papilas e surgimento de varizes na língua; 
- surgimento do arcus senilis: círculo branco em torno da córnea; 
- Diminuição da estatura (1 cm/década após os 40), espec. em mulheres: Modificações na coluna vertebral: lesões osteoporosas e discoartrósicas da vértebras; modificações/lesões espaços intercostais com curvatura da coluna;
- Perda do arco dos pés; cifose na parte superior da coluna (cervicodorsal): diminui distancia entre nuca e ombros;
- Aumento torácico em ambos os diâmetros; e a distancia ombro-ombro e biacromial diminui.
- idoso: tronco curto com extremidades longas, maior tecido adiposo e menos massa muscular e óssea;
- Tecido adiposo mais acentuado na região central (tronco) e menos em membros; tendência a aumento do peso;
- Redução da quantidade de água corporal; perda de densidade óssea maior em mulheres (pós-menopausa);
Funcionais:
- Capacidades de reserva e de defesas encontram-se diminuídas: maior propensão a morbidade
- Menor capacidade de adaptação e maior vulnerabilidade a estímulos maléficos;
- A manutenção das constantes hemodinâmicas e homeostáticas mostram-se comprometidas com maior frequência;
- O aparelho locomotor, visão e audição sofrem expressivas alterações: transtornos relativos à independência
- Aparelho locomotor: diminuição ADM: marcha com passos curtos e lentos, arrastados; menos movimento de MMSS; busca maior segurança no equilíbrio adiantando o centro de massa e ampliando a base de sustentação.
- Transtornos visuais: alterações fisiológicas e mórbidas; perda da qualidade de vida, independência e mobilidade;
- causas mais comuns: cataratas, degeneração macular, glaucoma e retinopatia diabética. Decresce acuidade visual, tolerância à luz, nitidez de cores e de adaptação noturna, campo visual, e há ressecamento ocular;
- Perda da audição: prebiacusias (discriminação de sons mais baixos); acúmulo de cera de ouvido; estados vertiginosos (zumbidos); drogas medicamentosas.
AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA (AGA):
- A Avaliação Geriátrica Ampla (AGA) direciona sua atenção para o idoso frágil, com problemas complexos, dando ênfase ao estado funcional e à qualidade de vida do idoso.
- AGA é um termo vasto usado para descrever o exame do paciente geriátrico, reforçando o conceito da necessidade de uma abordagem adequada à essa faixa etária com características próprias diferentes do adulto jovem.
- Chama-se ampla por fazer uma abordagem grupal ou abrangente, avaliando as três dimensões do completo bem estar (físico, mental e social), do ponto de vista médico, psicossocial e funcional; diagnóstico multidimensional.
-É frequente o uso de escalas, o que facilita a comunicação entre os membros da equipe e comparação evolutiva;
- Objetivos principais de obter um diagnóstico global, desenvolver um plano de tratamento e de reabilitação e facilitar o gerenciamento dos recursos necessários para o tratamento.
Avaliação clínica e peculiaridades da anamnese:
- Falar devagar, com tom de voz adequado, olhando para o paciente p/ leitura labial; usando gesticulação;
- Conduzir a anamnese: é importante deixar o idoso falar com certa liberdade, mas geralmente se conduz o diálogo;
- Interrogatório sobre diversos aparelhos (ISDA) ou interrogatório complementar (IC) completo; muitas alterações somente são lembradas quando interrogadas especificamente, como ex: quedas, disf sexuais, alterações bucais...
- História medicamentosa: os medicamentos usados ajudam a reconhecer diagnósticos anteriores.
Avaliação Funcional:
- PNAD 1998: 80% dos idosos com + de 65 anos apresenta alguma doença crônica;
- Censo 2000: no Brasil há 7% deficientes com + de 60 anos (24% de todos os deficientes do país).
- Equilíbrio e Marcha: Teste de equilíbrio e Marcha (Mary Tinetti, 1986): condições vestibulares e da marcha; e o Get up and Go: levantar de cadeira, caminhar 3 metros e retornar a cadeira (equilíbrio sentado e durante a marcha).
- AVD e AIVD: Índice de Katz (AVD): banho, vestir-se, higiene pessoal, transferência, continência, e alimentação; e Escala de Lawton(AIVD): Não consegue, com ajuda parcial ou sem ajuda nos itens: usar telefone, se locomover usando transporte, fazer compras, preparar refeições, arrumar a casa, fazer trabalhos manuais domésticos (reparos), lavar e passar roupa, gerenciamento medicamentoso, e gerenciamento financeiro.
- Saúde Mental: Mais comuns: demência e a depressão; Mais usadas: Mini-Mental e Escala de Depressão Geriátrica.
- Fatores Socioambientais: Devem ser avaliados as relações a atividades sociais, os recursos disponíveis de suporte (social, familiar e financeiro), sabendo com que tipo de ajuda o idoso pode contar, caso necessite.
- Deficiências Sensoriais: afetam qualidade de vida, AVDs, levam à isolamento social e maior risco de quedas.
- Avaliação Nutricional
CAPÍTULO 117 – O AUTOCUIDADO NA VELHICE (CALDAS, 2006)
- Quando se trabalha com a perspectiva de valorizar o autocuidado, além de se preocupara em realizar uma avaliação acurada, os profissionais devem compartilhar com o idoso os resultados desta avaliação, discutindo com ele tanto os resultados quanto as soluções para otimizar sua qualidade de vida e promover sua saúde.
- Parissopoulos & Kizabassaki (2004): o comportamento de autocuidado é gerado por atitude. estes comportamentos tem sido intensamente valorizado no campo do envelhecimento: chave de adesão aos programas de promoção da saúde, prevenção e tratamento de doenças.
- Estreita relação entre saúde e comportamento de autocuidado. O cuidado primário em saúde é, predominante-mente e basicamente, o autocuidado. É uma importante estratégia para a manutenção da saúde funcional.
- É necessário que o cuidados sejam individualizados e que os idosos seja protagonista do seu planejamento;
- É necessário avaliar a capacidade que os idosos têm de perceber seu problema de saúde, as barreiras, os fatores que dificultam e os recursos de que dispões para se autocuidar.
- Para Parissopoulos & Kizabassaki (2004) os indivíduos podem necessitar de ajuda para olhar para si próprios como agentes de autocuidado, para compreender o valor de seus hábitos e otimizar habilidades promotoras de saúde.
- Função é definida como a capacidade de um individuo adaptar-se aos problemas cotidianos, ou seja, aquelas atividades que lhe são requeridas por seu entrono imediato, incluindo a sua participação como indivíduo na sociedade, ainda que apresente alguma limitação física, mental ou social.
- A função é avaliada com base na capacidade de execução das atividades da vida diária (AVD e AIVD).
- As opiniões que os indivíduos têm em relação à saúde e a doença influenciam a sua maneira de se autocuidar.
- O autocuidado inclui os seguintes elementos básicos: saúde funcional, social e cognitiva; segurança; um ambiente adequado às necessidades do idoso e um bom nível educacional.
- E envelhecimento saudável não está diretamente relacionado à idade cronológica. Depende muito mais da capacidade de o organismo responder às necessidades da vida cotidiana, à capacidade e a motivação física e psicológica para continuar buscando novos horizontes na vida.
- São medidas básicas para iniciarmos um amplo programa de promoção da qualidade de vida e otimização do autocuidado (Caldas, 2005):
1 Controle de peso: a sobrecarga de peso compromete toda a estrutura óssea, principalmente as articulações, que acabam sendo lesadas, diminuindo sua mobilidade.
2 Atividades Físicas: em relação ao envelhecimento, são particularmente importantes para: aumento da flexibilidade e ADM, aumento da massa muscular e diminuição de gordura, perda de peso pelo consumo energético, melhora no sono, controle da ansiedade e depressão, melhora da circulação local e da nutrição muscular, redução da perda óssea, melhora da capacidade cardiopulmonar e melhora das dores articulares da má postura.
3 Alimentação: evitar excessos de gorduras e frituras de origem animal, consumir bastante vegetais, frutas e grãos, utilizar pouco açúcar, sal e sódio embutidos em alimentos industrializados devem ser reduzidos, e moderar as bebidas alcoólicas.
4 Saúde Bucal
5 Uso adequado de medicamentos e substâncias químicas
6 A prevenção de quedas: Muitas vezes as pessoas caem porque assumem um comportamento de risco quando não aceitam suas limitações, insistindo em realizar atividades arriscadas. Pode-se prevenir esses riscos através do controle do ambiente (tapetes, iluminação, corrimões, móveis frágeis, desníveis, pisos antiderrapantes e etc.).
7 Otimização da capacidade mental: quanto mais áreas diferentes nos envolvermos ao longo da vida, maior será nosso potencial e melhor o funcionamento do nosso cérebro: músicas, artes, atv físicas, ciências, filosofia, matemática, jogos, diversão, esporte, espiritualidade e filantropia são exemplos de estímulos.
8 Vacinação: Recomenda-se vacinação contra a gripe (anualmente) e a pneumonia, além da imunização contra o tétano (3 doses, à cada 10 anos. Mais de 50% dos casos são idosos).
9 Cuidados com a pele.
CAPÍTULO 118 – CUIDADOS EM DOMICÍLIO: CONCEITOS E PRÁTICAS (DIOGO; DUARTE, 2006)
- A Assistência Domiciliar representa um modelo de atenção à saúde composto por diferentes modalidades de atenção desenvolvidas no domicílio que são determinadas a partir das necessidades apresentadas pelo paciente.
- Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), ela compreende (Ribeiro, 2004):
a) “atenção domiciliar”, termo que envolve ações de promoção à saúde, prevenção de doenças e complicações, abrangendo a assistência e reabilitação desenvolvidas no domicílio;
b) “atendimento domiciliar”, representa o conjunto de atividades de caráter ambulatorial, programadas e continuadas, por meio de ações preventivas e/ou assistenciais com a participação de equipe multiprofissional;
c) “internação domiciliar”, conjunto de atividades caracterizadas pela atenção em tempo integral para pacientes com quadros clínicos mais complexos e com a necessidade de tecnologia especializada de recursos humanos, equipamentos, materiais, medicamentos, atendimento de urgência/emergência e transporte.
- essa modalidade de atenção ou programa destina-se a idosos com dependência parcial/total e tem por objetivos:
a) Aumentar a autonomia do idoso, para que esse permaneça vivendo em seu domicílio o maior tempo possível;
b) Manter a individualidade do idoso adaptando, com flexibilidade, as peculiaridades concretas do ambiente onde será dada a intervenção;
c) Respeitar a memória física e afetiva da pessoa idosa, buscando sua autonomia;
d) Prevenir situações carenciais que aprofundam o risco da perda de independência;
e) Criar ou aprimorar hábitos saudáveis, como, por exemplo, os relacionados à higiene, alimentação, prevenção de quedas e outros acidentes;
f) reforçar os vínculos familiares e sociais;
g) recuperar capacidades funcionais perdidas para as AVDs;
h) Respeitar e observar as características/particularidades regionais;
i) Integrar e estabelecer parceria com os gestores públicos e privados da área da saúde;
j) prestar atendimento especializado de saúde.
(...)
CAPÍTULO 151 – O ESTATUTO DO IDOSO (PAZ; GOLDMAN, 2006)
O ESTATUTO DO IDOSO:
- Aprovado em 2003 e vigorando desde 2004: defesa dos direitos da pessoa idosa.
- LEI 10.741: Institui o estatuto do idoso (vigor 1º de janeiro de 2004).
- Proteção específica ao grupo de pessoas idosas. Comissão especial + representação do movimento social do idoso = elaborar projeto denominado Estatuto do Idoso. 
- CARTILHA DE SAUT (2005): orientações gerais sobre valores humanos do Estatuto do Idoso (proteção integral e garantia de direitos, direito à vida, saúde..., prioridade de atendimento nas entidades, punidade quando discordarem dos direitos, acesso universal dos direitos, autonomia e valores de integridade, mobilização d aopiniao publica, gratuidade dos medicamentos).
- Diretrizes: direcionamentos do Estatuto para a construção de ações dos direitos dos idosos: beneficio de salário mínimo para mais de 65 anos, diretos garantidos, gratuidade transportes, assentos preferenciais, vagas demarcadas,atendimento preferencial, acompanhantes em internações, comunicação de maus-tratos por prof de saúde, tema de envelhecimento INCLUIDO NO CURRICULO DE ENSINO FORMAL, desconto 50% lazer,  espaços nos meios d e comunicação, programas de universidades abertas, direito ao trabalho e concursos, prioridade em concursos em desempate programas de prof, inst de longa permanência, habitação em abandono, direito prioritário em prog habitacionais, prioridade processos,  MP luta, fundo municipal do idoso. 
- PRECEITOS DO ESTATUTO: regras minuciosas que orientam obrigações, possibilidades e formas corretas de agira. 
quarto patamar: política de atendimento como conj articulado de decisões e açõesde órgãos públicos e das organizações civis que pretende garantir os direitos declarados no Estatuto. 
quinto patamar: conj d eórgãos públicos resp pela efetivação dos direitos. Direito sonegado, ngado ou mal interpretado.
- ESTATUTO: APRESENTA O QUADRO DE SANSÕES PARA TODOS OS TIPOS DE TRANSGRESSÕES AO ESTATUTO. DISCRIMINAR, DEIXAR D EPRESTAR ASSITÊNCIA, ABANDONAAR OU NÃO PROVER NECESSIDADES, EXPOR AO PERIGO, CRIME PUNÍVEL COM RECLUSÃO DE 6 MESES A 1 ANO DE MULTA,  APROPRIAR OU DESVIAR BENS, RETER CARTÃO OU DOCUMENTOP(DETENÇÃO DE 1 A 3 ANOS E MULTA), EXIBIR DEPRECIAMENTE IMAGEM DO IDOSO, INDUZIR A OUTORGAR PROCURAÇÃO.
- O tratamento desigual dos desiguais possui o objeitvo de levar a uma sociedade mais justa.
Interesses conflitivos: aumento a pessoas idosas diminui o apoio a outros grupos ou precisa de financiamento adicional.
- ESTATUTO: instrumento jurídico formal. Princípios longe de serem garantidos na realidade brasileira.
TODOS OS APOSENTADOS TEM A QUALIDADE DE VIDA CADA VEZ MAIS DETERIORIZADA.

Continue navegando