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Aula 05 Auditoria

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Curso de Auditoria para RFB - 2015
Teoria e exercícios comentados
Prof. Rodrigo Fontenelle - Aula 05
AULA 05: Amostragem. Documentação de Auditoria.
SUMÁRIO PÁGINA
Apresentação 01
1. Amostragem 02
2. Documentação de Auditoria 46
Lista das questões comentadas durante a aula 64
Referências bibliográficas 82
Olá, Pessoal!
O primeiro tema da aula de hoje foi o grande "problema" da prova da RFB 
de 2012, embora a questão do concurso de 2014 sobre amostragem 
tenha sido bem mais tranquila.
Ainda nesta aula veremos os principais pontos da NBC TA 230, que trata 
da Documentação de Auditoria, conhecida também como Papéis de 
Trabalho.
Qualquer dúvida em relação à dinâmica do curso ou comentário, estou à 
disposição por meio do endereço de email: 
rodrigofontenelle@estrategiaconcursos.com.br.
Em relação às dúvidas sobre a matéria, responderei a todas que forem 
postadas no fórum do Estratégia.
Curtam minha página no Facebook e continuem acompanhando notícias 
sobre cursos, concursos, dicas de auditoria, além da participação em 
diversos sorteios!
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Principais normas abordadas na aula de hoje:
NBC TA 230 e 530
1. Amostragem em Auditoria
Definições importantes para o tema:
Amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria em 
menos de 100% dos itens de população relevante para fins de auditoria (ou 
seja, em partes do universo), de maneira que todas as unidades de 
amostragem tenham a mesma chance de serem selecionadas para 
proporcionar uma base razoável que possibilite o auditor concluir sobre toda a 
população.
População é o conjunto completo de dados sobre o qual a amostra é selecionada 
e sobre o qual o auditor deseja concluir.
Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do auditor, com base em 
amostra, pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao 
mesmo procedimento de auditoria.
Risco não resultante da amostragem é o risco de que o auditor chegue a uma 
conclusão errônea por qualquer outra razão que não seja relacionada ao risco de 
amostragem.
Anomalia é a distorção ou o desvio que é comprovadamente não 
representativo em uma população.
Unidade de amostragem é cada um dos itens individuais que constituem uma 
população.
Amostragem estatística é a abordagem à amostragem com as seguintes 
características: (a) seleção aleatória dos itens da amostra; e (b) o uso da 
teoria das probabilidades para avaliar os resultados das amostras, incluindo a 
mensuração do risco de amostragem.
Estratificação é o processo de dividir uma população em subpopulações, cada 
uma sendo um grupo de unidades de amostragem com características 
semelhantes (geralmente valor monetário).
Distorção tolerável é um valor monetário definido pelo auditor para obter um 
nível apropriado de segurança de que esse valor não seja excedido pela 
distorção real na população.
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Taxa tolerável de desvio é a taxa de desvio dos procedimentos de controles 
internos previstos, definida pelo auditor para obter um nível apropriado de 
segurança de que essa taxa de desvio não seja excedida pela taxa real de desvio 
na população._________________________________________________
A norma do Conselho Federal de Contabilidade - CFC - que trata do tema 
é a Resolução CFC n° 1.222/09, que aprovou a NBC TA 530 - 
Amostragem em Auditoria. Assim, a base da nossa aula será essa norma, 
embora adiantamos que faremos uma complementação na parte teórica, 
tendo em vista que a norma antiga, a NBC T-11.11, ainda venha sendo 
cobrada em alguns certames.
A literatura disponível sobre o assunto amostragem em auditoria é 
bastante farta, tendo em vista que a grande maioria dos autores dedica 
um ponto de suas obras ao tema.
Um teste eficaz fornece evidência de auditoria apropriada e suficiente 
quando, considerada com outra evidência de auditoria obtida ou a ser 
obtida, será suficiente para as finalidades do auditor. Os meios à 
disposição do auditor para a seleção de itens a serem testados são:
(a) seleção de todos os itens (exame de 100%);
(b) seleção de itens específicos; e
(c) amostragem de auditoria.
O exame de 100% dos itens, na prática, raramente é aplicável, pois as 
empresas de auditoria não têm estrutura suficiente - nem tempo - para 
fiscalizar a totalidade dos registros que fazem parte de sua competência. 
É por essa razão que definimos as prioridades da auditoria e o escopo 
dos trabalhos.
Mesmo nos objetos selecionados, é comum que a equipe de auditoria 
verifique, antecipadamente, que nra o dispõe dos meios necessários para a 
verificação do universo de itens a serem auditados.
Sobre universo, podemos defini-lo como sendo o conjunto integral de 
elementos a serem verificados, dependendo dos objetivos da auditoria. 
Pode ser o universo de registros efetuados; o universo de despesas 
realizadas; o universo de funcionários da empresa auditada, por exemplo.
Em certos casos, é possível, ou necessário, realizarmos os testes de 
auditoria na totalidade dos elementos do universo, como, por exemplo, se 
a quantidade de empregados constante da folha de pagamento da 
empresa a ser auditada for muito pequena (é possível), ou no caso do 
censo promovido pelo IBGE, para que se verifique as características da 
população brasileira.
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Crepaldi (2012) explica que, ao determinar a extensão de um teste de 
auditoria ou método de seleção de itens a testar, o auditor pode 
empregar técnicas de amostragem, assim a definindo:
"É a utilização de um processo para obtenção de dados
aplicáveis a um conjunto, denominado universo ou 
população, por meio do exame de uma parte deste conjunto 
denominada amostra." (Grifamos)
O método de amostragem é aplicado como forma de viabilizar a
realização das auditorias em situações onde o objeto alvo da ação se 
apresenta em grandes quantidades e/ou se distribui de maneira 
bastante pulverizada. A amostragem é também aplicada em função da 
necessidade de obtenção de informações em tempo hábil, em casos em 
que a ação na sua totalidade se torne impraticável.
A amostragem tem como objetivo conhecer as características de 
interesse de uma determinada população a partir de uma parcela 
representativa.
tome nota!
A amostragem tem como objetivo conhecer as características de 
interesse de uma determinada população a partir de uma parcela 
representativa.
É um método utilizado quando se necessita obter informações sobre um 
ou mais aspectos de um grupo de elementos (população) considerado 
grande ou numeroso, observando apenas uma parte do mesmo
(amostra). As informações obtidas dessa parte somente poderão ser 
utilizadas de forma a concluir algo a respeito do grupo, como um todo 
caso esta seja representativa.
A representatividade é uma característica fundamental para a 
amostra, que depende da forma de seleção e do tamanho da
amostra. Potencialmente, a amostra obtém essa característica quando ela 
é tomada ao acaso.
Para uma amostra ser considerada representativa de uma população, ela 
deve possuir as características de todos os elementos da mesma, bem 
como ter conhecida a probabilidade de ocorrência de cada
elemento na 
sua seleção.
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Existem várias razões que justificam a utilização de amostragem em 
levantamentos de grandes populações. Uma dessas razões é a 
economicidade dos meios. Onde os recursos humanos e materiais são 
escassos, a amostragem se torna imprescindível, tornando o trabalho do 
auditor bem mais fácil e adequado.
Outro fator de grande importância é o tempo, pois onde as informações 
das quais se necessitam são valiosas e tempestivas, o uso de amostra 
também se justifica.
Outra razão é o fato de que com a utilização da amostragem, a 
confiabilidade dos dados é maior. Devido ao número reduzido de 
elementos, pode-se dar mais atenção aos casos individuais, evitando 
erros nas respostas. Além disso, a operacionalidade em pequena escala 
torna mais fácil o controle do processo como um todo.
Porém, existem casos onde não se recomenda a utilização de 
amostragem, tais como:
a) quando a população é considerada muito pequena e a sua amostra 
fica relativamente grande;
b) quando as características da população são de fácil mensuração,
mesmo que a população não seja pequena; e
c) quando há necessidade de alta precisão recomenda-se fazer censo, 
que nada mais é do que o exame da totalidade da população.
O método de amostragem se subdivide em dois tipos: a estatística e 
a não-estatística.
Segundo Crepaldi (2012), amostragem estatística é aquela em que a 
amostra é selecionada cientificamente com a finalidade de que os 
resultados obtidos possam ser estendidos ao conjunto de acordo com a 
teoria da probabilidade ou as regras estatísticas, sendo seu uso 
recomendável quando os itens da população apresentam 
características homogêneas.
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Tem como característica fundamental o fato de poder ser submetido a 
tratamento estatístico, sendo, portando, os resultados obtidos na amostra 
generalizáveis para a população.
Amostragem não estatística (por julgamento) é aquela em que a 
amostra é determinada pelo auditor utilizando sua experiência, critério 
e conhecimento da entidade.
A principal característica do método de amostragem não estatístico é 
que este se baseia, principalmente, na experiência do auditor, sendo 
assim, a aplicação de tratamento estatístico a seus resultados se torna 
inviável, bem como a generalização dos resultados obtidos através da 
amostra para a população.
Essa limitação faz com que o método não sirva de suporte para uma 
argumentação, visto que a extrapolação dos resultados não é passível de 
demonstração segundo as normas de cálculo existentes.
Contudo, é inegável a sua utilidade dentro de determinados contextos, tal 
como, na busca exploratória de informações ou sondagem, quando se 
deseja obter informações detalhadas sobre questões particulares, durante 
um espaço de tempo específico. Assim, seus resultados podem ser 
considerados em pareceres e relatórios, em algumas circunstâncias.
O método de amostragem não estatístico não serve de suporte para 
uma argumentação, visto que a extrapolação dos resultados não é 
passível de demonstração segundo as normas de cálculo existentes. 
Entretanto, seus resultados podem ser considerados em pareceres e 
relatórios, em algumas circunstâncias.
1.1 NBC TA 530
Esta Norma se aplica quando o auditor independente decide usar a 
amostragem na execução de procedimentos de auditoria, e trata do uso 
de amostragem estatística e não estatística na definição e seleção da 
amostra de auditoria, na execução de testes de controles e de detalhes e 
na avaliação dos resultados da amostra.
Segundo o CFC, a NBC TA 530 complementa a NBC TA 500 - Evidência 
de Auditoria -, que trata da responsabilidade do auditor na definição e 
execução de procedimentos de auditoria para obter evidência de auditoria
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apropriada e suficiente para chegar a conclusões razoáveis que 
fundamentem sua opinião de auditoria.
A NBC TA 500 fornece orientação sobre os meios disponíveis para o 
auditor selecionar os itens para teste, dos quais a amostragem de 
auditoria é um deles.
Mas qual o objetivo do auditor ao utilizar a amostragem?
Segundo a norma, é proporcionar uma base razoável para o auditor 
concluir quanto à população da qual a amostra é selecionada.
AMOSTRAGEM
Fonte: Barbetta (2006)
1.1.1 Definições
Das principais definições apresentadas no começo do tema, abaixo 
explicamos melhor algumas delas, dada a dificuldade de entendimento.
1.1.1.1 - Risco de amostragem é o risco de que a conclusão do
auditor, com base em amostra, pudesse ser diferente se toda a 
população fosse sujeita ao mesmo procedimento de auditoria. O 
risco de amostragem pode levar a dois tipos de conclusões errôneas:
(a) no caso de teste de controles, em que os controles são 
considerados mais eficazes do que realmente são ou no 
caso de teste de detalhes, em que não seja identificada 
distorção relevante, quando, na verdade, ela existe. O 
auditor está preocupado com esse tipo de conclusão errônea 
porque ela afeta a eficácia da auditoria e é provável que leve a 
uma opinião de auditoria não apropriada.
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(b) no caso de teste de controles, em que os controles são 
considerados menos eficazes do que realmente são ou no 
caso de teste de detalhes, em que seja identificada 
distorção relevante, quando, na verdade, ela não existe. 
Esse tipo de conclusão errônea afeta a eficiência da auditoria 
porque ela normalmente levaria a um trabalho adicional 
para estabelecer que as conclusões iniciais estavam incorretas.
r 1
r / 
E
\feta ; 
ificáci.
a 1 
aL à
Controles são 
considerados mais 
eficazes do que 
realmente são.
(Risco de
Superavaliação de 
Confiabilidade)
r i
L
Afeta a 
ficiênci
V
Controles são 
considerados menos 
eficazes do que 
realmente são.
(Risco de Subavaliação 
de Confiabilidade)
Não se detectou 
distorção relevante 
mas ela existe.
(Risco de aceitação 
Incorreta)
Detectou-se 
distorção relevante 
mas ela não existe.
(Risco de rejeição 
Incorreta)
1.1.1.2 - Risco não resultante da amostragem é o risco de que o 
auditor chegue a uma conclusão errônea por qualquer outra razão que 
não seja relacionada ao risco de amostragem.
Os exemplos de risco não resultante da amostragem incluem o uso de 
procedimentos de auditoria não apropriados ou a interpretação 
errônea da evidência de auditoria e o não reconhecimento de uma 
distorção ou de um desvio.
1.1.1.3 - Unidade de amostragem é cada um dos itens individuais que 
constituem uma população.
As unidades de amostragem podem ser itens físicos (por exemplo, 
cheques relacionados em comprovante de depósito, lançamentos de 
crédito em extratos bancários, faturas de venda ou saldos de devedores) 
ou unidades monetárias.
1.1.1.4 - Amostragem estatística é a abordagem à amostragem com 
as seguintes características:
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(a) seleção aleatória dos itens da amostra; e
(b) o uso da teoria das probabilidades para avaliar os 
resultados das amostras, incluindo a mensuração do risco de 
amostragem.
A abordagem de amostragem que não tem as características (a) e (b) é 
considerada uma amostragem não estatística.
A amostragem estatística possui as seguintes características:
(a) seleção aleatória dos itens da amostra; e
(b) o uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados das 
amostras, incluindo a mensuração do risco de amostragem.
Se não tiver as características acima, é amostragem não estatística.
1.1.1.5 - Distorção tolerável é um valor monetário definido pelo 
auditor para obter um nível apropriado de segurança de que esse valor 
não seja excedido pela distorção real na população.
Ao definir uma amostra, o auditor determina a distorção tolerável
para avaliar o risco de que o conjunto de distorções individualmente 
irrelevantes possa fazer com que as demonstrações contábeis apresentem 
distorções relevantes e forneça margem para possíveis distorções não 
detectadas. Ou seja, é a distorção que o auditor aceita, a fim de que as 
pequenas distorções, no conjunto, não se tornem grandes distorções.
A distorção tolerável é a aplicação da materialidade na execução da 
auditoria, em procedimento de amostragem específico. A distorção 
tolerável pode ter o mesmo valor ou valor menor do que o da 
materialidade na execução da auditoria.
1.1.2 Requisitos
Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar a 
finalidade do procedimento de auditoria e as características da 
população da qual será retirada a amostra.
Ao planejar e determinar a amostra de auditoria, o auditor deverá 
considerar os seguintes aspectos:
a) os objetivos específicos da auditoria;
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b) a população da qual o auditor deseja extrair a amostra;
c) a estratificação da população;
d) o tamanho da amostra;
e) o risco da amostragem;
f) o erro tolerável; e
g) o erro esperado.
Atenção! Os sete aspectos acima, embora constem de forma literal da 
NBC T 11 (norma já revogada) também aparecem na doutrina e, por isso, 
continuam sendo cobrados em prova, razão pela qual trouxemos para 
vocês.
A amostragem de auditoria permite que o auditor obtenha e avalie a 
evidência de auditoria em relação a algumas características dos 
itens selecionados de modo a concluir, ou ajudar a concluir sobre a 
população da qual a amostra é retirada.
Como vimos, a amostragem em auditoria pode ser aplicada usando 
tanto a abordagem de amostragem não estatística como a estatística.
Ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve considerar os fins 
específicos a serem alcançados e a combinação de procedimentos de 
auditoria que devem alcançar esses fins.
A consideração da natureza da evidência de auditoria desejada e as 
eventuais condições de desvio ou distorção ou outras características 
relacionadas com essa evidência de auditoria ajudam o auditor a definir o 
que constitui desvio ou distorção e qual população usar para a 
amostragem.
A consideração do auditor sobre a finalidade do procedimento de auditoria 
inclui um claro entendimento do que constitui desvio ou distorção, de 
modo que todas essas condições, e somente elas, que são relevantes 
para a finalidade do procedimento de auditoria estejam inclusas na 
avaliação de desvios ou na projeção de distorções.
Por exemplo, em um teste de detalhes relacionado com a existência de 
contas a receber tais como confirmação, pagamentos efetuados pelo 
cliente da entidade antes da data de confirmação, mas que a entidade 
recebeu pouco depois dessa data, não é considerada distorção.
Adicionalmente, um registro errôneo entre as contas de clientes não afeta 
o saldo total das contas a receber. Portanto, pode não ser apropriado 
considerar que isso seja uma distorção na avaliação dos resultados da
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amostragem desse procedimento de auditoria em particular, embora isso 
possa ter um efeito importante em outras áreas da auditoria, como por 
exemplo, na avaliação do risco de fraude ou da adequação da provisão 
para créditos de liquidação duvidosa.
Ao considerar as características de uma população, para testes de 
controles, o auditor faz uma avaliação da taxa esperada de desvio
com base no entendimento do auditor dos controles relevantes ou no 
exame de pequena quantidade de itens da população. Essa avaliação é 
feita para estabelecer a amostra de auditoria e determinar o tamanho 
dessa amostra.
Por exemplo, se a taxa esperada de desvio for inaceitavelmente alta, 
o auditor geralmente decide por não executar os testes de controles.
Da mesma forma, para os testes de detalhes, o auditor faz uma avaliação 
da distorção esperada na população. Se a distorção esperada for alta, 
o exame completo ou o uso de amostra maior pode ser apropriado ao 
executar os testes de detalhes.
Ao considerar as características da população da qual a amostra será 
extraída, o auditor pode determinar que a estratificação ou a seleção com 
base em valores é apropriada.
A decisão quanto ao uso de abordagem de amostragem estatística ou 
não estatística é uma questão de julgamento do auditor, entretanto, 
o tamanho da amostra não é um critério válido para distinguir entre 
as abordagens estatísticas e não estatísticas.
FIQUE
atento!
- Decisão quanto ao uso de aboril agem de amostragem estatística ou 
não estatística: questão de julgamento do auditor;
- o tamanho da amostra não é um critério válido para distinguir 
entre as abordagens estatísticas e não estatísticas;
- quanto menor o risco que o auditor está disposto a aceitar, maior 
deve ser o tamanho da amostra.
O auditor deve determinar o tamanho de amostra suficiente para 
reduzir o risco de amostragem a um nível mínimo aceitável.
O nível de risco de amostragem que o auditor está disposto a aceitar 
afeta o tamanho da amostra exigido. Quanto menor o risco que o
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auditor está disposto a aceitar, maior deve ser o tamanho da 
amostra.
Risco Amostra
O tamanho da amostra pode ser determinado mediante aplicação de 
fórmula com base em estatística ou por meio do exercício do julgamento 
profissional.
O auditor deve selecionar itens para a amostragem de forma que cada 
unidade de amostragem da população tenha a mesma chance de ser 
selecionada.
Pela amostragem estatística, os itens da amostra são selecionados de 
modo que cada unidade de amostragem tenha uma probabilidade 
conhecida de ser selecionada. Pela amostragem não estatística, o 
julgamento é usado para selecionar os itens da amostra.
Como a finalidade da amostragem é a de fornecer base razoável para o 
auditor concluir quanto à população da qual a amostra é selecionada, é 
importante que o auditor selecione uma amostra representativa, de modo 
a evitar tendenciosidade mediante a escolha de itens da amostra que 
tenham características típicas da população.
Os principais métodos para selecionar amostras correspondem ao uso 
de seleção aleatória,
seleção sistemática e seleção ao acaso.
1.1.3 Execução de procedimentos de auditoria
O auditor deve executar os procedimentos de auditoria, apropriados à 
finalidade, para cada item selecionado. Se o procedimento de auditoria 
não for aplicável ao item selecionado, o auditor deve executar o 
procedimento em um item que su bstitua o anteriormente selecionado.
Um exemplo de quando é necessário executar o procedimento em item de 
substituição é quando um cheque cancelado é selecionado durante teste 
de evidência de autorização de pagamento. Se o auditor estiver satisfeito 
que o cheque foi cancelado de forma apropriada de modo a não constituir 
desvio, um item escolhido de maneira apropriada para substituí-lo é 
examinado.
Se o auditor não puder aplicar os procedimentos de auditoria 
definidos ou procedimentos alternativos adequados em um item 
selecionado, o auditor deve tratar esse item como um desvio do 
controle previsto, no caso de testes de controles ou uma distorção, no 
caso de testes de detalhes.
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Um exemplo de quando o auditor não pode aplicar os procedimentos de 
auditoria definidos a um item selecionado é quando a documentação 
relacionada com esse item tiver sido perdida.
Um exemplo de procedimento alternativo adequado pode ser o exame de 
recebimentos subsequentes, juntamente com a evidência da fonte dos 
recebimentos e os itens que eles visam liquidar quando nenhuma 
resposta tiver sido recebida para uma solicitação positiva de confirmação.
1.1.4 Natureza e causa de desvios e distorções
O auditor deve investigar a natureza e a causa de quaisquer desvios ou 
distorções identificados e avaliar o possível efeito causado por eles na 
finalidade do procedimento de auditoria e em outras áreas de auditoria.
Ao analisar os desvios e as distorções identificados, o auditor talvez 
observe que muitos têm uma característica em comum como, por 
exemplo, o tipo de operação, local, linha de produto ou período de tempo. 
Nessas circunstâncias, o auditor pode decidir identificar todos os itens da 
população que tenham a característica em comum e estender os 
procedimentos de auditoria para esses itens. Além disso, esses desvios 
ou distorções podem ser intencionais e podem indicar a possibilidade 
de fraude.
Em circunstâncias extremamente raras, quando o auditor considera que 
uma distorção ou um desvio descobertos na amostra são anomalias, o 
auditor deve obter um alto grau de certeza de que essa distorção ou esse 
desvio não sejam representativos da população.
O auditor deve obter esse grau de certeza mediante a execução de 
procedimentos adicionais de auditoria, para obter evidência de 
auditoria apropriada e suficiente de que a distorção ou o desvio não 
afetam o restante da população.
1.1.5 Projeção de distorções
Para os testes de detalhes, o auditor deve projetar, para a população, 
as distorções encontradas na amostra, para obter uma visão mais 
ampla da escala de distorção, mas essa projeção pode não ser suficiente 
para determinar o valor a ser registrado.
Exemplificando...
Uma amostra de 50 itens selecionados de uma população de R$ 250.000 
continha as três distorções a seguir.
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Valor Correto Valor Auditado Distorção % de Distorção
500 400 100 20,00%
350 200 150 42,86%
600 750 ___(150)___ (25,00%)
% de erro total (soma dos % de 
distorção)
37,86%
% de distorção média: 37,86% r 50 
(tamanho da amostra) =
0,7572%
Distorção projetada 0,7572% x R$ 
250.000 (população) =
R$ 1.893
Entendendo o exemplo:
1. Calcular a porcentagem de distorção de cada item. Se o valor 
encontrado for 506, mas deveria ter sido 606, a distorção é de 106 
ou 17% do total.
2. Somar as porcentagens de distorção, compensando as 
superavaliações com as subavaliações.
3. Calcular a porcentagem média de distorção por item da amostra 
dividindo o total das porcentagens de distorção pelo número de 
todos os itens da amostra (com e sem distorção).
4. Multiplicar a porcentagem média de distorção pelo valor 
monetário total representativo da população (excluindo itens de 
valor alto e itens-chave). O resultado é a distorção projetada para a 
população. Obviamente, isso exclui qualquer distorção encontrada 
em itens de valor alto e itens-chave anteriormente removidos da 
amostra.
Quando a distorção tiver sido estabelecida como uma anomalia, ela 
pode ser excluída da projeção das distorções para a população. 
Entretanto, o efeito de tal distorção, se não for corrigido, ainda 
precisa ser considerado, além da projeção das distorções não 
anômalas.
Para testes de controles, não é necessária qualquer projeção explícita 
dos desvios uma vez que a taxa de desvio da amostra também é a taxa 
de desvio projetada para a população como um todo.
Explicando melhor...
A não projeção nos testes de controle se refere ao fato de não estarmos 
falando de unidades monetárias, mas de procedimentos de controle. 
Dessa forma, quando estamos aplicando os testes de detalhes, ao 
verificarmos uma distorção de 1 milhão de reais em uma amostra que 
corresponde a 10% de determinada conta das demonstrações contábeis, 
se projetarmos essa distorção, teríamos uma distorção, para a população,
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de 10 milhões de reais (projeção 
exemplificativos).
linear, apenas para fins
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Já numa observação de um controle de acesso ao almoxarifado de 
determinada empresa, em que se constata que não há um sistema de 
identificação para a entrada dos funcionários (qualquer um entra), como 
seria essa projeção?
1.1.6 Avaliação do resultado da amostragem em auditoria
O auditor deve avaliar:
(a) os resultados da amostra; e
(b) se o uso de amostragem de auditoria forneceu uma base
razoável para conclusões sobre a população que foi testada.
Para os testes de controles, uma taxa de desvio da amostra
inesperadamente alta pode levar a um aumento no risco identificado 
de distorção relevante, a menos que sejam obtidas evidências 
adicionais de auditoria que comprovem a avaliação inicial.
Para os testes de detalhes, o valor de distorção inesperadamente alto 
em uma amostra pode levar o auditor a acreditar que uma classe de 
operações ou o saldo de uma conta está distorcido de modo relevante, 
na ausência de evidências adicionais de auditoria de que não há 
distorções relevantes.
No caso de testes de detalhes, a distorção projetada mais a 
distorção anômala, quando houver, é a melhor estimativa do auditor 
de distorção na população.
Quando a distorção projetada mais a distorção anômala excederem 
uma distorção tolerável, a amostra não fornece uma base razoável 
para conclusões sobre a população que foi testada.
Quanto mais próximo o somatório da distorção projetada e da distorção 
anômala estiver da distorção tolerável, mais provável será que a distorção 
real na população exceda a distorção tolerável. Além disso, se a distorção 
projetada for maior do que as expectativas de distorção do auditor usadas 
para determinar o tamanho da amostra, o auditor pode concluir que 
há um risco inaceitável de amostragem de que a distorção real na 
população exceda a distorção tolerável.
A consideração dos resultados de outros procedimentos
de auditoria ajuda 
o auditor a avaliar o risco de que a distorção real na população exceda a 
distorção tolerável e o risco pode ser reduzido se for obtida evidência 
adicional de auditoria.
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Se o auditor conclui que a amostragem de auditoria não forneceu uma 
base razoável para conclusões sobre a população que foi testada, o 
auditor pode:
- solicitar que a administração investigue as distorções
identificadas e o potencial para distorções adicionais e faça quaisquer 
ajustes necessários; ou
- ajustar a natureza, época e extensão desses procedimentos
adicionais de auditoria para melhor alcançar a segurança exigida. Por 
exemplo, no caso de testes de controles, o auditor pode aumentar o 
tamanho da amostra, testar um controle alternativo ou modificar os 
respectivos procedimentos substantivos.
Limite Superior de Desvios - LSD (Testes de Controle)
Desvios encontrados na amostra devem ser adequadamente 
avaliados. Para cada controle testado o auditor irá calcular uma taxa de 
desvios da amostra, que é realizada dividindo a quantidade de desvios 
pelo tamanho da amostra examinada.
Realizado esse cálculo, o auditor irá determinar o limite superior dos 
desvios, que é a taxa máxima de desvios da população, baseada na 
quantidade de desvios da amostra.
LSD = Taxa de desvios da amostra + Provisão para Risco de 
Amostragem (PRA)
Exemplificando:
Se 1 desvio é encontrado em uma amostra de 100 unidades, a taxa 
de desvio será de 1%. Para encontrar o limite superior de desvios, 
devemos somar essa taxa de 1% à PRA.
Encontrado o LSD, o auditor irá comparar com a taxa aceitável de 
desvios definida na seleção da amostra. Se o LSD for igual ou inferior à 
taxa aceitável de desvios, os resultados darão suporte ao risco de 
controle planejado. Caso o LSD seja superior, o auditor deverá revisar a 
estratégia de auditoria ou revisar os procedimentos substantivos 
planejados.
Limite Superior de Desvios - LSE (Testes Substantivos)
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Ao utilizar amostragem para testes substantivos, o auditor aplica 
procedimentos de auditoria sobre os elementos da amostra e determina o 
valor real de cada unidade. A diferença entre o valor encontrado pelo 
auditor e o valor registrado na contabilidade será utilizado para projetar o 
erro (distorção) total na população.
Da mesma forma como visto nos testes de controle, o auditor 
calcula o limite superior (agora de erros) para os testes substantivos.
LSE = Erro projetado da população + Provisão para Risco de 
Amostragem (PRA)
Calculado o LSE, o auditor irá compará-lo com o erro aceitável (EA), 
definido quando da seleção da amostra. Se o LSE for igual ou inferior ao 
EA, o auditor conclui que a população (saldo da conta analisada) não 
contém erros relevantes. Se for maior, pode-se suspeitar que a amostra 
não tenha sido representativa da população e aplicar procedimentos 
adicionais sobre unidades de amostragem.
1.1.7 Estratificação e seleção com base em valor
Ao considerar as características da população da qual a amostra será 
retirada, o auditor pode determinar que a estratificação ou a seleção 
com base em valores é apropriada.
1.1.7.1 Estratificação
A eficiência da auditoria pode ser melhorada se o auditor estratificar a 
população dividindo-a em subpopulações distintas que tenham 
características similares. O objetivo da estratificação é o de reduzir a 
variabilidade dos itens de cada estrato e, portanto, permitir que o 
tamanho da amostra seja reduzido sem aumentar o risco de 
amostragem.
Atenção! Se compararmos um estrato com outro, eles continuam sendo 
heterogêneos. O que passa a ser mais homogêneo são os elementos que 
compõem cada estrato.
Na execução dos testes de detalhes, a população é geralmente
estratificada por valor monetário. Isso permite que o trabalho maior de 
auditoria possa ser direcionado para os itens de valor maior, uma vez que
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esses itens podem conter maior potencial de distorção em termos de 
superavaliação.
Da mesma forma, a população pode ser estratificada de acordo com uma 
característica específica que indica maior risco de distorção como, por 
exemplo, no teste da provisão para créditos de liquidação duvidosa na 
avaliação de contas a receber, os saldos podem ser estratificados por 
idade.
Os resultados dos procedimentos de auditoria aplicados a uma amostra 
de itens dentro de um estrato só podem ser projetados para os itens 
que compõem esse estrato. Para concluir sobre toda a população, o 
auditor precisa considerar o risco de distorção relevante em relação a 
quaisquer outros estratos que componham toda a população.
Por exemplo, 20% dos itens em uma população podem compor 90% do 
saldo de uma conta. O auditor pode decidir examinar uma amostra desses 
itens. O auditor avalia os resultados dessa amostra e chega a uma 
conclusão sobre 90% do saldo de uma conta separadamente dos 10% 
remanescentes (nos quais outra amostra ou outros meios de reunir 
evidências de auditoria serão usados ou que possam ser considerados não 
relevantes).
Se uma classe de operações ou o saldo de uma conta tiver sido dividido 
em estratos, a distorção é projetada para cada estrato 
separadamente. As distorções projetadas para cada estrato são, então, 
combinadas na consideração do possível efeito das distorções no total das 
classes de operações ou do saldo da conta.
1.1.7.2 Seleção com base em valor
Ao executar os testes de detalhes, pode ser eficaz identificar a unidade 
de amostragem como unidades monetárias individuais que compõem a 
população. Após ter selecionado um idades específicas da população, como 
por exemplo, o saldo das contas a receber, o auditor pode, então, 
examinar os itens específicos, como por exemplo, os saldos individuais 
que contêm essas unidades monetárias (cada duplicada a receber).
O benefício dessa abordagem para definir a unidade de amostragem é 
que o trabalho de auditoria é direcionado para itens de valor maior 
porque eles têm mais chances de serem selecionados e podem 
resultar em amostras de tamanhos menores. Essa abordagem é muito 
eficiente quando os itens são selecionados usando a seleção aleatória.
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tome nota!
Ao considerar as características da população da qual a amostra será 
retirada, o auditor pode determinar que a estratificação ou a seleção 
com base em valores é apropriada.
1.1.8 Exemplos de fatores que influenciam o tamanho da amostra 
para os testes de controles
A seguir apresentamos os principais fatores que o auditor pode levar em 
consideração ao determinar o tamanho da amostra para os testes de 
controles. Esses fatores, que precisam ser considerados em conjunto, 
pressupõem que o auditor não modifica a natureza ou a época dos testes 
de controles nem de outra forma modifica a abordagem aos 
procedimentos substantivos em resposta aos riscos avaliados.
TESTES DE CONTROLE
Fator Relação
Taxa tolerável de desvio Inversa
Taxa esperada de desvio Direta
Nível de segurança desejado Direta
Extensão da avaliação de riscos 
dos controles relevantes Direta
Quanto menor a taxa tolerável de desvio que o auditor irá aceitar, 
maior o tamanho da amostra que irá precisar testar.
Quanto mais alta for a taxa esperada de desvio, maior o tamanho 
da amostra para que o auditpr esteja em posição de fazer uma 
estimativa razoável dessa taxa.
Quanto maior for o nível de segurança de que o auditor espera que os 
resultados da amostra sejam de fato indicativos com relação à 
incidência real de desvio na população, maior deve ser o tamanho da 
amostra.
Por fim, quanto mais segurança o auditor pretende obter da
efetividade dos controles, menor a avaliação do auditor quanto ao risco 
de distorção relevante e maior deve ser o tamanho da amostra. 
Quando a avaliação do auditor quanto ao risco de distorção relevante 
inclui uma expectativa da efetividade operacional dos controles, o auditor
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tem que executar os testes de controles. Sendo os outros fatores iguais, 
quanto maior for a confiança que o auditor deposita na efetividade 
operacional dos controles na avaliação de risco, maior será a extensão 
dos testes de controles do auditor (e, portanto, maior o tamanho da 
amostra).
Em outras palavras, se o auditor irá depositar uma confiança grande na 
efetividade dos controles, deverá aplicar mais testes de controle pra se 
precaver. Assim, de posse dos resultados e confirmando essa efetividade 
dos controles, aplicará menos testes substantivos, como veremos a 
seguir.
1.1.9 Exemplos de fatores que influenciam o tamanho da amostra 
para os testes de detalhes
De forma análoga ao item anterior, apresentamos os principais 
fatores que o auditor pode levar em consideração ao determinar o 
tamanho da amostra para testes de detalhes. Esses fatores, que 
precisam ser considerados em conjunto, pressupõem que o auditor não 
modifica a abordagem aos testes de controles nem a natureza ou a época 
dos procedimentos substantivos em resposta aos riscos avaliados.
TESTES DE DETALHES
Fator Relação
Distorção tolerável Inversa
Risco de distorção relevante Direta
Distorção esperada Direta
Estratificação da população Redução
Uso de procedimentos 
alternativos Inversa
Quanto menor for a distorção tolerável aceita pelo auditor, maior 
deverá ser o tamanho da amostra.
Quanto mais alta for a avaliação do risco de distorção relevante, 
maior deve ser o tamanho da amostra.
Quanto maior for o valor da distorção que o auditor espera encontrar
na população, maior deve ser o tamanho da amostra para se fazer uma 
estimativa razoável do valor real de distorção na população.
No caso da utilização da estratificação, o conjunto de tamanhos de 
amostra dos estratos geralmente será menor do que o tamanho da
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amostra que seria necessário para alcançar certo nível de risco de 
amostragem se uma amostra tivesse sido retirada de toda a população.
Quanto mais o auditor confia em outros procedimentos substantivos 
(testes de detalhes ou procedimentos analíticos substantivos) para reduzir 
a um nível aceitável o risco de detecção relacionado com uma população 
em particular, menos segurança precisa da amostragem e, portanto, 
menor pode ser o tamanho da amostra.
1.1.10 - Tamanho da Amostra e Fator de Confiança1
Ao desenhar um teste substantivo, o auditor pode achar útil usar três 
níveis de segurança, como alto, moderado e baixo. A diferença entre os 
níveis pode ser baseada no fator de confiança usado para a seleção da 
amostra. Quanto maior o fator de confiança, maior o tamanho da amostra 
e o nível de segurança obtido. O quadro a seguir apresenta os níveis de 
confiança típicos para alcançar níveis de segurança alto, moderado e 
baixo.
Segurança
Necessária
Nível de 
Confiança
Fator de 
Confiança
Alta 95% 3,0
Moderada 80%-90% 1,6 - 2,3
Baixa 65%-75%
1—11i—li—l
Um conjunto de procedimentos de auditoria eficazes para responder a 
riscos avaliados e afirmações específicas pode conter uma combinação de 
testes de controle e procedimentos substantivos.
A tabela a seguir fornece uma lista de fatores de confiança para diversos 
níveis de confiança. Por exemplo, se for necessário um nível de confiança 
de 95%, o fator de confiança a ser usado seria 3.
Nível de Confiança Fator de 
Confiança
50% 0,7
55% 0,8
60% 0,9
65% 1,1
70% 1,2
75% 1 4
80% 1,6
85% 1,9
90% 2,3
95% 3,0
1 Item adaptado do Guia de Utilização de Normas de Auditoria em Auditorias de Entidade de Pequeno e Médio 
Portes - Volume 2 - IFAC - International Federation of Accountants
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98% 3,7
99% 4 6
O tamanho das amostras é determinado a partir da seguinte fórmula:
Tamanho da amostra = Fator de confiança r Taxa tolerável de desvio
Quando se usa amostragem estatística para testar a efetividade 
operacional do controle interno, o tamanho da amostra necessário não 
aumenta com o aumento do tamanho da população. Uma amostra 
aleatória de apenas 30 itens sem nenhum desvio observado pode fornecer 
um nível de confiança alto de que o controle está operando de maneira 
efetiva.
Ao desenhar testes de controles, é necessário investir tempo para definir 
exatamente o que se constitui em um erro ou uma exceção do teste. Isso 
economizará tempo durante a execução do teste ou da avaliação dos 
resultados e evitará dúvidas na determinação do que é um desvio do 
controle.
Se algum nível de desvio estiver previsto na efetividade operacional de 
um controle, recomenda-se considerar abordagens alternativas para 
coletar evidência de auditoria.
Um plano simples que pode ser usado para amostragem por atributos 
está apresentado a seguir, com base em um nível de confiança de 95% 
(uma taxa de desvio de 5%):
Uma amostra de 10 itens sem nenhum desvio fornecerá um nível de 
segurança moderado. No caso de ser encontrado um desvio, nenhuma 
segurança pode ser obtida.
Uma amostra de 30 itens sem nenhum desvio fornecerá um nível de 
segurança alto. No caso de ser encontrado um único desvio, pode ser 
obtido somente um nível moderado de segurança. Se for encontrado 
mais de um desvio, nenhuma segurança pode ser obtida.
Uma amostra de 60 itens e até um desvio fornecerá um nível de 
segurança alto. No caso de serem encontrados dois desvios, pode ser 
obtido somente um nível moderado de segurança. No caso de serem 
encontrados mais de dois desvios, nenhuma segurança pode ser obtida 
dos testes de controles.
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1.1.11 Métodos de seleção da amostra
Existem muitos métodos para selecionar amostras. Os principais são os 
seguintes:
(a) Seleção aleatória (aplicada por meio de geradores de números 
aleatórios como, por exemplo, tabelas de números aleatórios).
(b) Seleção sistemática, em que a quantidade de unidades de 
amostragem na população é dividida pelo tamanho da amostra
para dar um intervalo de amostragem como, por exemplo,
50, e 
após determinar um ponto de início dentro das primeiras 50, toda 
50a unidade de amostragem seguinte é selecionada. Embora o 
ponto de início possa ser determinado ao acaso, é mais provável 
que a amostra seja realmente aleatória se ela for determinada 
pelo uso de um gerador computadorizado de números aleatórios ou 
de tabelas de números aleatórios. Ao usar uma seleção sistemática, 
o auditor precisaria determinar que as unidades de amostragem da 
população não estão estruturadas de modo que o intervalo de 
amostragem corresponda a um padrão em particular da população.
(c) Amostragem de unidade monetária é um tipo de seleção com 
base em valores, na qual o tamanho, a seleção e a avaliação da 
amostra resultam em uma conclusão em valores monetários.
(d) Seleção ao acaso, na qual o auditor seleciona a amostra sem 
seguir uma técnica estruturada. Embora nenhuma técnica 
estruturada seja usada, o auditor, ainda assim, evitaria qualquer 
tendenciosidade ou previsibilidade consciente (por exemplo, evitar 
itens difíceis de localizar ou escolher ou evitar sempre os primeiros 
ou os últimos lançamentos de uma página) e, desse modo, 
procuraria se assegurar de que todos os itens da população têm 
uma mesma chance de seleção. A seleção ao acaso não é 
apropriada quando se usa r a amostragem estatística.
(e) Seleção de bloco envolve a seleção de um ou mais blocos de itens 
contíguos da população. A seleção de bloco geralmente não 
pode ser usada em amostragem de auditoria porque a maioria 
das populações está estruturada de modo que esses itens em 
sequência podem ter características semelhantes entre si, mas 
características diferentes de outros itens de outros lugares da 
população. Embora, em algumas circunstâncias, possa ser 
apropriado que um procedimento de auditoria examine um bloco de 
itens, ela raramente seria uma técnica de seleção de amostra 
apropriada quando o auditor pretende obter inferências válidas 
sobre toda a população com base na amostra.
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QUESTÕES COMENTADAS
1 - (ESAF/RFB/2014) - A eficiência da auditoria na definição e
utilização da amostra pode ser melhorada se o auditor:
A) aumentar a taxa de desvio aceitável da amostra, reduzindo o risco 
inerente e com características semelhantes.
B) diminuir o percentual a ser testado, mas utilizar a seleção não 
estatística para itens similares.
C) concluir que a distorção projetada é maior do que a distorção real de 
toda a amostra.
D) estratificar a população dividindo-a em subpopulações distintas que 
tenham características similares.
E) mantiver os critérios de seleção uniformes e pré-definidos com a 
empresa auditada.
Comentários:
Com o uso da Estratificação o auditor consegue reduzir o tamanho 
da amostra sem aumentar o risco de amostragem e, dessa forma, melhor 
sua eficiência.
A letra A está incorreta, pois o aumento da taxa de desvio aceitável 
da amostra não reduz o risco inerente.
A alternativa B também está errada, já que diminuir o percentual 
testado não melhora a eficiência da amostra.
A letra C trata de uma conclusão e não de um método de seleção da 
amostra.
Por fim, a alternativa E está errada, uma vez que não se define 
critérios de amostragem com a empresa auditada.
Resposta: D
2 - (ESAF / CGU/ 2012) - Nos casos em que o auditor 
independente desejar reduzir o tamanho da amostra sem 
aumentar o risco de amostragem, dividindo a população em 
subpopulações distintas que tenham características similares, 
deve proceder a um(a):
A) Estratificação.
B) Seleção com base em valores. 
c ) Teste de detalhes.
D) Seleção sistemática.
E) Detalhamento populacional.
Comentários:
Questão da ESAF que cobrou apenas o conhecimento literal da 
definição de Estratificação. Lembrem-se: subpopulações (estratos)
distintas, mas com unidades de amostragem similares dentro de cada 
estrato.
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Resposta: A
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3 - (ESAF / RECEITA FEDERAL / 2009) - O auditor, ao realizar o
processo de escolha da amostra, deve considerar:
I. que cada item que compõe a amostra é conhecido como unidade de 
amostragem;
II. que estratificação é o processo de dividir a população em 
subpopulações, cada qual contendo um grupo de unidades de 
amostragem com características homogêneas ou similares;
III. na determinação do tamanho da amostra, o risco de amostragem, 
sem considerar os erros esperados.
A) Somente a I é verdadeira.
B) Somente a II é verdadeira. 
c ) I e III são verdadeiras.
D) Todas são falsas.
E) Todas são verdadeiras.
Comentários:
Segundo a NBC TA 530, "Unidade de amostragem é cada um dos 
itens individuais que constituem uma população" (Grifos nossos) 
Portanto, o item I da questão está errado, pois trocou a palavra 
população por amostra.
Já o item II está de acordo com a mesma norma, que define 
Estratificação como sendo o processo de dividir uma população em 
subpopulações, cada uma sendo um grupo de unidades de amostragem 
com características semelhantes (geralmente valor monetário).
Por fim, o item III está incorreto, pois ao determinar o tamanho da 
amostra, o auditor deve considerar o risco de amostragem, bem como os 
erros toleráveis e os esperados.
Resposta: B
4 - (ESAF / TCU / 2006) - O auditor, ao determinar a amostra a 
ser selecionada, deve considerar:
A) obrigatoriamente, métodos de amostragem estatísticos e não 
estatísticos de forma a garantir a avaliação de todos os itens da amostra.
B) um número mínimo de elementos a serem testados, independente do 
volume da amostra.
C) que a amostra deva ter uma relação direta com o volume de 
transações realizadas pela entidade na área ou transação objeto do 
exame.
D) que a amostra seja selecionada conforme critérios determinados pela 
área auditada e o auditor.
E) somente elementos selecionados por métodos estatísticos, sendo 
necessário evidenciar suficientemente os fatos que comprovem os itens 
selecionados.
Comentários:
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A alternativa A está incorreta, pois o auditor não é obrigado a 
utilizar qualquer método de amostragem.
A letra B também está incorreta, pois o número de elementos a 
serem testados está diretamente relacionado ao volume da amostra.
A alternativa C está correta, e é o gabarito da questão.
A letra D está incorreta, pois a área auditada não participa da 
determinação de critérios para a seleção da amostra.
A alternativa E está incorreta, pois os métodos não estatísticos 
também devem ser considerados.
Resposta: C
5 - (ESAF / CCU / 2006) - Nos trabalhos de auditoria, o método da
amostragem é aplicado como forma de viabilizar a realização de 
ações de controle em situações onde o objeto-alvo da ação se 
apresenta em grandes quantidades e/ou se apresenta de forma 
muito pulverizada. Acerca da aplicação do método de amostragem 
em auditoria, assinale a opção incorreta.
A) Achados de auditoria obtidos por meio de amostragem não-estatística 
não têm valor na composição dos pareceres.
B) Por estratificação entende-se a separação da população-objeto em 
classes.
C) Por erro tolerável entende-se o erro máximo que o auditor estaria 
disposto a aceitar e, ainda assim, concluir que se possa atingir o objetivo 
dos trabalhos.
D) Por risco de amostragem
entende-se da possibilidade de que a 
conclusão do auditor, tomando por base uma amostra, possa ser 
diferente da conclusão que seria alcançada se o procedimento de 
auditoria tivesse sido aplicado de forma censitária.
E) Entre os aspectos a serem considerados estão o tamanho da amostra e 
a população-objeto da amostra.
Comentários:
A alternativa A está incorreta, e é o gabarito da questão, pois os 
achados de auditoria obtidos por njeio de amostragem não-estatística tem 
valor na composição dos pareceres. O que ocorre é que a aplicação de 
tratamento estatístico a seus resultados se torna inviável, bem como a 
generalização dos resultados obtidos através da amostra para a 
população.
Contudo, é inegável a sua utilidade dentro de determinados 
contextos, tal como, na busca exploratória de informações ou sondagem, 
quando se deseja obter informações detalhadas sobre questões 
particulares, durante um espaço de tempo específico. Nesse sentido, suas 
informações poderiam ser incluídas em parecer.
As demais alternativas estão corretas. Chamamos atenção para o 
termo erro tolerável que, na nova norma em vigor foi substituído por duas 
outras nomenclaturas:
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a) Distorção tolerável (refere-se aos procedimentos substantivos): 
valor monetário definido pelo auditor para obter um nível apropriado de 
segurança de que esse valor monetário não seja excedido pela distorção 
real na população.
b) Taxa tolerável de desvio (refere-se aos testes de controle): taxa 
de desvio dos procedimentos de controles internos previstos, definida 
pelo auditor para obter um nível apropriado de segurança de que essa 
taxa de desvio não seja excedida pela taxa real de desvio na população. 
Resposta: A
6 - (ESAF / ENAP / 2006) - A amostragem estratificada consiste
em:
A) gerar diretamente o resultado estatístico final da amostra.
B) eliminar a possibilidade de erro na definição da amostra.
c ) dividir a população em grupos relativamente homogêneos.
D) determinar o risco de rejeição incorreta ou erro aceitável.
E) avaliar a população total por meio de amostra única.
Comentários:
Segundo a NBC TA 530, Estratificação é o processo de dividir uma 
população em subpopulações, cada uma sendo um grupo de unidades de 
amostragem com características semelhantes (geralmente valor 
monetário).
As bancas adoram tentar confundir o candidato, dizendo que nesse 
tipo de processo se divide uma população homogênea em grupos 
heterogêneos. Portanto, não confundam!
pegadinha!
Estratificação:
Divide uma população heterogênea 
em estratos homogêneos.
As outras alternativas estão incorretas, pois não se relacionam à 
definição de amostragem estratificada.
Resposta: C
7 - (ESAF / ISS-Natal-RN / 2008) - A relação existente entre o 
fator de confiabilidade com a amostra é:
A) quanto mais baixo for o fator de confiabilidade, maior será o tamanho 
da amostra.
B) não existir no modelo a expectativa de risco de aceitação incorreta.
C) o fator de confiabilidade e a amostra devem ter correlação positiva.
D) independente do fator de confiabilidade, o tamanho da amostra não 
varia.
E) não correlacionar o fator de confiabilidade da amostra com o seu 
tamanho.
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Comentários:
Para responder a essa questão era necessário que o aluno 
entendesse que o caput se refere à confiabilidade dos controles internos 
avaliados pelo auditor.
Nesse sentido, o fator de confiabilidade é inversamente proporcional 
ao tamanho da amostra, ou seja, quanto maior for a confiança do auditor 
nos controles internos da empresa, menor será a quantidade de testes a 
serem aplicados e menor pode ser o tamanho da amostra. Portanto, o 
gabarito da questão é a letra "a".
Cabe ressaltar que a questão, ao usar a palavra FATOR, acaba 
confundindo o candidato que, se considerasse fator de confiabilidade = 
fator de confiança iria marcar a letra C, que seria a correta caso 
entendêssemos como sinônimos, já que:
Tamanho da amostra = Fator de confiança r Taxa tolerável de desvio
Resposta: A
8 - (ESAF / RECEITA FEDERAL / 2009) - No processo de 
amostragem o LSE - Limite Superior de Erro para superavaliações 
é determinado pela:
A) soma do erro projetado e da provisão para risco de amostragem.
B) divisão da população pela amostra estratificada.
c ) soma do erro estimado e da confiabilidade da amostra.
D) divisão do erro total pela população escolhida.
E) subtração do erro total, do desvio das possíveis perdas amostrais.
Comentários:
Pessoal, questão extremamente específica, difícil e rara em 
auditoria, embora tenha sido praticamente uma cópia de uma elaborada 
pela mesma banca em concurso realizado no ano de 2008, para a 
Prefeitura de Natal / RN.
Para respondê-la o candidat» deveria ter conhecimento da definição 
de Limite Superior de Erros (LSE). Entretanto, para conhecimento do 
candidato, apresentamos a seguir também a definição de Limite Superior 
de Desvios (LSD), caso a banca volte a cobrar questões acerca do tema.
Limite Superior de Erros (LSE) para superavaliações é o erro da 
população após a projeção dos erros encontrados na amostra. Deve ser 
comparada à distorção tolerável e é a soma da provisão de risco de 
amostragem (PRA) com o erro projetado (EP). Se LSE > Distorção 
tolerável, a amostra é falha. Se o LSE for menor, não há o que se alterar, 
pois era a situação esperada.
Já Limite Superior de Desvios (LSD) é a taxa máxima de desvios 
aceita pelo auditor na avaliação do processo de amostragem. É igual à
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provisão de risco de amostragem (PRA) + Taxa de desvios da amostra 
(TD). Se LSD > Taxa tolerável de desvios, a amostra é falha.
Portanto, a resposta correta é a letra "a".
Resposta: A
9 - (ESAF / PMRJ / 2010) - Avalie, se verdadeiro ou falso, os itens 
a seguir a respeito do uso de amostragem estatística em auditoria 
e assinale a opção que indica a sequência correta.
I. O nível de risco que o auditor está disposto a aceitar não afeta o 
tamanho da amostra exigido em razão da existência de outros controles a 
serem utilizados;
II. O auditor seleciona itens para a amostragem de forma que cada 
unidade de amostragem da população tenha a mesma chance de ser 
selecionada;
III. Existem outros riscos não resultantes da amostragem tais como o uso 
de procedimentos de auditoria não apropriados;
IV. Para os testes de controle, uma taxa de desvio da amostra 
inesperadamente alta pode levar a um aumento no risco identificado de 
distorção relevante.
A) V, V, F, V
B) F, V, V, V
C) V, V, V, F
D) F, F, F, V
E) V, F, V, F
Comentários:
Segundo o item A 10 da NBC TA 530, o nível de risco de 
amostragem que o auditor está disposto a aceitar afeta o tamanho da 
amostra exigido. Quanto menor o risco que o auditor está disposto a 
aceitar, maior deve ser o tamanho da amostra. Portanto, o item I está 
incorreto.
A mesma norma define amostragem de auditoria como sendo a 
"aplicação de procedimentos de auditoria em menos de 100% dos itens 
de população relevante para fins rae auditoria, de maneira que todas as 
unidades de amostragem tenham a mesma chance de serem 
selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite o 
auditor concluir sobre
toda a população". (Grifamos). Portanto, o item II 
está correto.
O item III também está certo, pois segundo a norma supra existe o 
Risco não resultante da amostragem, que é o risco de que o auditor 
chegue a uma conclusão errônea por qualquer outra razão que não seja 
relacionada ao risco de amostragem. Como exemplos temos o uso de 
procedimentos de auditoria não apropriados ou a interpretação errônea 
da evidência de auditoria e o não reconhecimento de uma distorção ou de 
um desvio.
Por fim, o item IV foi retirado de forma literal do item A 21 da NBC 
TA 530, que estabelece que "Para os testes de controles, uma taxa
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de desvio da amostra inesperadamente alta pode levar a um 
aumento no risco identificado de distorção relevante, a menos que 
sejam obtidas evidências adicionais de auditoria que comprovem a 
avaliação inicial". (Grifamos)
Resposta: B
10 - (ESAF / RFB / 2012) - Com base na tabela a seguir, responda
a questão seguinte:
Nível de Confiança
99%
98%
95%
90%
85%
80%
75%
Fator de Confiança
4.6
3.7 
3,0
2.3 
1,9 
1,6
1.4
Considerando que o auditor estabeleceu um grau de confiança de 
95% para a amostra e que determinou uma taxa tolerável de 
desvio de 5%, o número de itens a serem testados é:
A) 19.
B) 05.
C) 60.
D) 30.
E) 10.
Comentários:
Para resolvermos a questão teríamos que utilizar a seguinte 
fórmula:
Tamanho da amostra = Fator de confiança -r Taxa tolerável de
desvio
Portanto, o tamanho da amostra solicitado na questão seria 3 (fator 
de confiança para o grau de confiança de 95%), dividido por 0,05 (taxa 
tolerável de desvio). Logo, 60 itens deveriam ser testados.
Resposta: C
11 - (ESAF / RFB / 2012) - Ao selecionar os itens nas condições 
estabelecidas na questão anterior, o auditor identificou dois 
desvios. Dessa forma, pode-se afirmar que o nível de segurança 
apresentado é:
a ) alto.
B) baixo. 
c ) moderado.
D) sem segurança.
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E) ponderado.
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Comentários:
A partir do resultado obtido na questão anterior (tamanho de 60), o 
candidato teria que saber que, para esse número o documento do IFAC 
(visto na parte teórica) estabelece que:
"[...] Um plano simples que pode ser usado para amostragem 
por atributos está apresentado a seguir:
Com base em um nível de confiança de 95% (uma taxa de 
desvio de 5%), sugere-se que:
• uma amostra de 60 itens e até um desvio 
fornecerá um nível de segurança alto. No caso de 
serem encontrados dois desvios, pode ser obtido 
somente um nível moderado de segurança. No 
caso de serem encontrados mais de dois desvios, 
nenhuma segurança pode ser obtida dos testes de 
controles." (Grifamos).
Dessa forma, como a questão diz que foram encontrados dois 
desvios, o auditor só pode ter um nível moderado de segurança, o que faz 
com que o gabarito seja a letra C.
Resposta: C
12 - (FCC/TCE-RS/2014) - A amostragem é uma técnica que tem
por finalidade determinar a extensão de um teste de auditoria ou 
método de seleção de itens a serem testados. Nos termos da 
Resolução CFC 986/2003, a amostra selecionada deve 
proporcionar uma informação de auditoria:
(A) suficiente e apropriada.
(B) efetiva e padronizada.
(C) realística e relevante.
(D) material e útil.
(e) formal e mensurável.
Comentários:
Segundo o item 12.2.4.2 da NBC TI 01, ao usar método de 
amostragem, estatística ou não, deve ser projetada e selecionada uma 
amostra que possa proporcionar evidência de auditoria suficiente e 
apropriada.
Resposta: A
13 - (FCC/TCE-RS/2014) - Segundo as Normas Brasileiras de 
Contabilidade Técnicas de Auditoria - NBC TA, a amostragem em 
auditoria destina-se a possibilitar conclusões a serem tiradas de 
uma população inteira com base no teste de amostragem dela 
extraída (NBC TA 500). Existem muitos métodos para selecionar 
amostras (NBC TA 530), entre os principais citados nas normas. 
Aquela em que a quantidade de unidades de amostragem na
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população é dividida pelo tamanho da amostra para dar um 
intervalo de amostragem é a seleção:
(A) em bloco.
(B) estatística.
(C) aleatória.
(D) ao acaso.
(E) sistemática.
Comentários:
Segundo o Apêndice 4 da NBC TA 530, seleção sistemática é 
aquela em que a quantidade de unidades de amostragem na população é 
dividida pelo tamanho da amostra para dar um intervalo de amostragem 
como, por exemplo, 50, e após determinar um ponto de início dentro das 
primeiras 50, toda 50a unidade de amostragem seguinte é selecionada. 
Resposta: E
14 - (FCC/METRÔ-SP/2014) - Dois analistas de desenvolvimento 
de gestão foram incumbidos de fazer exames de auditoria interna 
nos registros realizados pelo setor de contabilidade do Metrô, em 
2013. Em razão do volume de informações, utilizaram técnica de 
auditoria para a seleção de itens que deverão ser testados, 
representando o todo a ser auditado. Essa técnica utilizada é 
denominada:
A) dimensionamento do trabalho de auditoria.
B) direcionamento do trabalho de auditoria.
C) amostragem.
D) testes de parcialidade.
e) seleção de suficiência de informações.
Comentários:
Quando o auditor se utiliza de parte da população para representar 
o todo a ser auditado ele está aplicando a técnica de amostragem, que 
pode ser estatística ou não estatística.
Resposta: C
É correto afirmar, em relação ao fator 
de confiança na seleção da amostra, que quanto:
A) maior o fator de confiança, maior o tamanho da amostra e menor o 
nível de segurança obtido.
B) menor o fator de confiança, maior o tamanho da amostra e da 
estratificação permitida.
C) maior o fator de confiança, menor o tamanho da amostra e menor o 
nível de segurança obtido.
D) menor o fator de confiança, menor o tamanho da amostra e da 
estratificação permitida.
E) maior o fator de confiança, maior o tamanho da amostra e o nível de 
segurança obtido.
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15 - (FCC/ICMS-SP/2013) -
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Comentários:
Para responder a questão devemos nos lembrar da seguinte 
fórmula:
Tamanho da amostra = Fator d a « m fm n ça Tarna to lerável d a desvio
Dessa forma, quanto maior for o fator de confiança exigido mais 
será o tamanho da amostra e, consequentemente, maior o nível de 
segurança obtido.
Resposta: E
16 - (FCC/TRT 15a Região/2013) - O auditor da empresa 
Seringueira S.A. elaborou exame seletivo nas notas fiscais 
emitidas, para confirmação do saldo de Contas a Receber e da 
Receita do período. Referido procedimento:
A) é suficiente para confirmação dos saldos, por expressar o perfil da 
população inteira.
B) é um meio eficiente de constituir uma amostragem em auditoria.
C) não é um meio eficiente de obter evidência de auditoria.
D) é um meio eficiente de obter evidência de auditoria, mas não podem 
ser projetados para a população inteira.
E) não é um meio de evidências previsto nas normas de auditoria, sendo 
vedada a utilização.
Comentários:
A dica dada pela questão é a palavra SELETIVO.
Se o exame foi seletivo, trata-se
de uma amostragem não 
estatística que, embora seja um meio eficiente de se obter uma evidência 
de auditoria, não pode ser extrapolada (projetada) para toda a população.
Dessa forma, embora considere que a letra B também está correta, 
a "mais correta" ou mais completa é a letra D.
Resposta: D
17 - (FCC/TRT 12a/2013) - A técnica utilizada para que,
estatisticamente, seja possível formar um conceito mais seguro do 
todo a ser auditado é chamada de:
A) seleção objetiva.
B) inspeção por pontos relevantes.
C) auditoria especializada.
D) exame qualitativo.
E) amostragem.
Comentários:
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Quando o auditor está impossibilitado (seja por falta de tempo, 
recursos, etc.) de olhar o todo e elege uma parte para fazer sua análise 
ele está se utilizando da técnica de amostragem.
Resposta: E
18 - (FCC / ISS-SP / 2012) - O aumento no uso de procedimentos 
de auditoria para confirmação dossubstantivos no processo
saldos do contas a receber da empresa Financia S.A.
A) exige a estratificação da amostra.
B) obriga que a amostra seja aleatória.
c ) possibilita um aumento da amostra.
D) causa uma diminuição da amostra.
E) não influencia no tamanho da amostra.
Comentários:
O aumento de uso de procedimentos substantivos (aumento de 
testes) irá permitir a redução do risco de detecção e, assim, reduzirá o 
risco de amostragem, fazendo com que o tamanho da amostra também 
diminua.
Resposta: D
19 - (FCC / TRE-SP / 2012) - A técnica de amostragem que 
consiste em dividir uma população em subpopulações, cada uma 
sendo um grupo de unidades de amostragem com características 
semelhantes é denominada amostragem:
A) randômica.
B) estratificada.
C) de seleção em bloco.
D) aleatória.
E) de seleção com base na experiência do auditor.
Comentários:
Segundo a NBC TA 530, Estratificação é o processo de dividir uma 
população em subpopulações, casa uma sendo um grupo de unidades 
de amostragem com características semelhantes. Portanto, questão 
literal trazida pela FCC. Por isso a importância de se apresentar os 
conceitos.
Resposta: B
20 - (FCC / TCE-SE / 2011) - Segundo a NBC TA 530, que versa 
sobre a utilização de amostragem em auditoria, é correto afirmar:
A) O objetivo da estratificação da amostra é o de aumentar a 
variabilidade dos itens de cada estrato e permitir que o tamanho da 
amostra seja aumentado.
B) Quanto menor o risco de amostragem que o auditor está disposto a 
aceitar, menor deve ser o tamanho da amostra.
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C) Anomalia é a distorção ou o desvio comprovadamente representativo 
de distorção ou desvio em uma população.
D) O método de seleção da amostra em que o auditor não segue 
nenhuma técnica estruturada é denominado método de seleção aleatório.
E) Quanto maior a confiança do auditor em procedimentos substantivos 
(testes de detalhes ou procedimentos analíticos substantivos), menor 
pode ser o tamanho da amostra.
Comentários:
A estratificação diminui a variabilidade dos itens de cada estrato, o 
que faz com que a letra A esteja incorreta.
A alternativa B também está errada, pois há uma relação inversa 
entre risco de amostragem a ser aceito e tamanho da amostra definida.
Na letra C faltou um NÃO antes da palavra representativo, conforme 
vimos na definição da NBC TA 530. Dessa forma, anomalia é uma 
distorção ou desvio não representativo.
Quando o auditor não segue nenhuma técnica estruturada, temos a 
chamada Amostragem ao acaso. Portanto, a alternativa D também está 
errada.
A letra E apresenta uma relação correta entre confiabilidade do 
auditor nos procedimentos substantivos e tamanho da amostra, sendo, 
assim, o gabarito da questão.
Resposta: E
21 - (FCC/INFRAERO/Analista Contábil/2011) - Em relação à
utilização de amostragem na auditoria, é correto afirmar:
A) A amostragem utilizada em auditoria é necessariamente probabilística, 
sob pena de ocorrerem riscos decorrentes da utilização do julgamento 
pessoal do auditor sobre os itens a serem selecionados.
B) A estratificação é o processo de dividir uma população em 
subpopulações, cada qual contendo um grupo de unidades de 
amostragem com características heterogêneas.
C) O tamanho da amostra a ser determinada pelo auditor deve considerar 
o risco de amostragem, bem como os erros toleráveis e os esperados.
D) O erro tolerável é o erro mínimo na população que o auditor está 
disposto a aceitar e, ainda assim, concluir que o resultado da amostra 
atingiu o objetivo da auditoria.
E) Quando o erro projetado for inferior ao erro tolerável, o auditor deve 
reconsiderar sua avaliação anterior do risco de amostragem e, se esse 
risco for inaceitável, considerar a possibilidade de ampliar o procedimento 
de auditoria ou executar procedimentos de auditoria alternativos.
Comentários:
Vamos aos erros das alternativas:
A - a amostragem utilizada em auditoria pode ser probabilística ou 
não probabilística.
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B - na estratificação, os componentes dos estratos são 
homogêneos, e não heterogêneos. Por exemplo, podemos estratificar uma 
população de pessoas por faixa etária (10 a 20 anos; 21 a 30 anos).
C - alternativa correta.
D - o erro tolerável é o erro máximo, e não mínimo, que o auditor 
pode aceitar (tolerar).
E - Quando o erro projetado for superior ao erro tolerável é que o 
auditor deve tomar o procedimento descrito na alternativa.
Resposta: C
22 - (FCC/TCM-CE/ACE/2010)
NAO
- Conforme normas técnicas de 
se refere à definição de umaauditoria independente, 
amostragem de auditoria:
A) a possibilidade de existência de fraude.
B) os fins específicos da auditoria.
c ) a população da qual o auditor deseja extrair a amostra.
D) as condições de desvio ou distorção.
E) a natureza da evidência da auditoria.
Comentários:
A possibilidade de existência de fraude não é considerada na 
definição da amostra, ao contrário das demais alternativas. Fraude é um 
ato intencional, que pode ou não ocorrer, mas que não vai interferir no 
tamanho da amostra a ser definida pelo auditor.
Resposta: A
23 - (FCC / ISS-SP / 2012) - A estratificação da amostra pode ser
útil quando:
A) superar a 100 unidades a quantidade de itens que compõe a amostra.
B) existir risco de mais de 10% da amostra conter erros.
C) houver uma grande amplitude nos valores dos itens a serem 
selecionados.
D) for identificada uma linearidade nos valores dos itens a serem 
selecionados.
E) for pequeno o número de itens que compõe a amostra.
Comentários:
Estratificação é o processo de dividir a população em subpopulações 
ou estratos, com o intuito de facilitar o processo de amostragem em 
situações em que existe uma grande variabilidade das unidades de 
amostragens (itens que compõem a população). Dessa forma, a escolha 
por esse processo não está relacionada ao tamanho da amostra (letras A 
e E), nem com a probabilidade de erros na amostra (alternativa B), mas 
sim com a homogeneidade da população. Se os elementos da população 
forem homogêneos, não há necessidade de estratificação, se forem 
heterogêneos, aí sim a estratificação é indicada.
Resposta: C
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