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Fichamento Constitucional II

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FICHAMENTO DO ARTIGO:
 A EFICÁCIA DO DIREITO FUNDAMENTAL À SEGURANÇA JURÍDICA:
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, DIREITOS FUNDAMENTAIS E PROIBIÇÃO DE RETROCESSO SOCIAL NO DIREITO CONSTITUCIONAL BRASILEIRO
 Ingo Wolfgang Sarlet
 FAE São José dos Pinhais 
 Professora: Michelle
 Aluno: Paulo Alves de Oliveira 
 RA:1801650144-sala 405 
 Curso: Direito Noturno
 Disciplina: Constitucional II
 Introdução
 No referido artigo, especificamente nas considerações introdutórias, o autor faz referências que desde dos tempos de Heráclito, filósofo pré-socrático, nascido por volta de 540 a.C, “que a imutabilidade não é um atributo das coisas deste mundo, que nada está em repouso e tudo flui”. Também traz a afirmativa de que o destino se revela implacável ou inflexível para o direito, fazendo-se entender então, que tudo muda no universo, na sociedade, que nada está em repouso, e que o direito é inflexível. Ainda em sua afirmativa, o autor traz a memória que desde os tempos primórdios que as pessoas buscam a segurança e estabilidade nas relações jurídicas e que tal fator é fundamental para qualquer Estado que deseje merecer o título de Estado de Direito.
 Tamanha é a importância desse fator que desde a Declaração dos Direitos Humanos de 1948 que a segurança passou a integrar os documentos internacionais, com expressivo número em constituições modernas, bem como em nossa Constituição Federal de 1988, como prevê o art. 5º da CF.
 O autor ainda chama a atenção sobre a complexidade em apenas compreender a segurança jurídica, mas que deve-se procurar efetivamente a sua eficácia, evitando assim a sua dispersão.
 
 Contornos do Direito Fundamental da segurança Jurídica
 Na parte dois do artigo, o autor aborda os Contornos do Direito Fundamental à segurança jurídica, no Estado Democrático de Direito, segundo a Constituição de 1988.
 Nesse trecho do artigo ele menciona a não especificação por parte das Constituições e também pela normativa internacional referente a segurança, a sua aplicabilidade, deixando em aberto o entendimento, de forma genérica, podendo-se entender o direito a segurança como: segurança jurídica, segurança pessoal, segurança pública, entre outras.
 O autor ainda traz como exemplo as Constituições Portuguesa e a Espanhola, demonstrando as diferenças enquanto Portugal referiu-se a segurança em seu dispositivo Constitucional, deixou de maneira genérica dando margens a outras interpretações e consequentemente à outras aplicabilidades, enquanto a Espanha referiu-se a segurança jurídica em um mesmo dispositivo que assegura a irretroatividade das disposições sancionadoras desfavoráveis ou restritivas de direitos individuais.
 Ainda cita que no plano internacional, referente à proteção dos Direitos Humanos Fundamentais, não contém referências específicas sobre direitos a segurança jurídica, mas sim a segurança pessoal do indivíduo. 
 Destaca o autor que mesmo havendo ou não menção expressa de um direito a segurança jurídica, a Constituição Contemporânea absorveu a ideia de que um autêntico Estado de Direito é sempre um Estado de Segurança Jurídica.
 Essa adesão por parte da Nova Constituição acabou surtindo grande efeito, pois a segurança jurídica passou a ser considerada com status de subprincípio concretizador estruturante do Estado de Direito.
 Nessa condição, além de assumir a condição de direito fundamental da pessoa humana, a segurança jurídica constitui simultaneamente princípio fundamental da ordem jurídica estatal e também internacional.
 O autor também menciona a Constituição Federal de 1988, que após mencionar a segurança como valor fundamental no seu Preâmbulo, incluiu a segurança no seleto elenco dos direitos invioláveis, caput do art 5º, ao lado de todos os outros direitos, porém, não expressou um direito específico à segurança jurídica. No entanto este, acabou sendo contemplado em diversos dispositivos da Constituição, como por exemplo, o princípio da legalidade e do correspondente direito de não ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei.
 
 Proibição do Retrocesso
 Nesta parte do artigo o autor inicia fazendo uma consideração importante à respeito ainda, da segurança jurídica, salientando que o ser humano tem como principal desejo a estabilidade das relações jurídicas e da própria ordem jurídica, pois isso implica diretamente em seus projetos de vida, deixando claro nessa passagem a vinculação da segurança jurídica com a dignidade da pessoa humana.
 O autor salienta também que se a dignidade da pessoa humana for analisada sempre de forma individual, a mesma não restará suficiente e protegida em todo o lugar onde as pessoas estejam sendo atingidas por tamanho nível de instabilidade jurídica que já não conseguem mais confiar nas instituições sociais e estatais, inclusive o Direito.
 A disponibilização descontrolada dos direitos e dos projetos de vida pessoais por parte da ordem jurídica transformaria seus titulares em simples instrumento da vontade do estado. Isso iria na contramão da visão Kantiana da dignidade.
 Deve-se levar em conta que o reconhecimento e a garantia de direitos fundamentais tem sido considerado uma exigência da dignidade da pessoa humana, como a própria noção do Estado de Direito, portanto, a proteção dos direitos fundamentais, sempre será possível onde for assegurado um mínimo de segurança jurídica.
 Não seria mais preciso entrar em detalhes referente a ligação entre a dignidade humana e a segurança jurídica, segundo o entendimento que o autor repassa ao leitor do referido artigo, a segurança jurídica seria basicamente um “acessório” da dignidade humana, ou seja, o mínimo de segurança jurídica somente estará assegurado quando o Direito assegurar a proteção e a segurança do indivíduo, bem como de toda uma sociedade. 
 Nesse raciocínio, o autor nos leva a constatar que a segurança jurídica implica um certo grau de proteção da confiança.
 A proteção da confiança atua como importante elemento para medir a legitimidade constitucional de leis e de atos de cunho retroativo, pois tais atos, do poder público encontra o seu fundamento justamente na necessidade de proteger a confiança do cidadão.
 
 
 Ainda segundo o autor, cada vez mais são constatadas medidas retrocessivas que não chegam a ter propriamente caráter retroativo pelo fato de não alcançarem posições jurídicas já consolidadas no patrimônio de seu titular, ou que não atingem situações posteriores, dessa forma, pode-se concluir que que à primeira vista o retrocesso também pode ocorrer medianteatos com efeitos prospectivos. Lembramos da hipótese referentes as doutrinas da jurisprudência. Falando de proibição de retrocesso, deve-se saber até que ponto o legislador infraconstitucional pode voltar atrás no que diz respeito a implementação dos direitos fundamentais, sociais, assim como dos objetivos estabelecidos pela Constituinte.
 Nesse caso específico o autor traz como exemplo o artigo 3º da Constituição de 1988, no âmbito das normas de cunho programático ou impositivo, ainda que não o faça com efeitos retroativos e que não esteja em causa uma alteração do texto constitucional. 
 O que se pode perceber é que o autor chama a atenção para o problema social que atravessamos, a falta de efetividade nas normas, as transformações e evoluções que o mundo está sofrendo, o clamor da humanidade por justiça social, e a tarefa difícil do Estado em promover essa paz social. Por outro lado, a crescente insegurança no âmbito de seguridade social, o que nesse caso a demanda aumenta principalmente nas classes menos favorecidas o até mesmo excluída do meio social econômico dentro e ainda nesse contexto, temos um significativo decréscimo de capacidade do estado em atender essa demanda.
 Tal quadro caótico, nos remete a pensar no perturbador questionamento de quanto as conquistas sociais podem e devem ser preservadas, e o quanto a segurança realmente é segura.
 Nesse contexto pode-se analisar por exemplo, o quanto se pode confiar efetivamente em uma conquista social trabalhista? Qual a segurança jurídica que mantém viva tal conquista? Esse seria o reflexo da Constituição Contemporânea?
 No doutrina e jurisprudência nacional e estrangeira, pode ver de maneira amistosa o princípio da proibição de um retrocesso social, porém, não se pode afirmar que exista um consenso a respeito de tal problemática.
 
 Em consideração que a dignidade da pessoa humana é correlata, primordial do mínimo existencial, a despeito de sua transcendental e decisiva relevância, conforme coloca o autor desse artigo, não são os únicos critérios a serem considerados na aplicação do princípio da proibição do retrocesso, o que importa é retomar ou recuperar as noções de segurança jurídica e proteção da confiança.
 Considerações Finais
 
 Nesse artigo, o autor procura passar de maneira mais técnica possível a importância da segurança jurídica e de como ela deveria ter efetivamente funcionalidade. Da mesma forma ele retrata as condições em que os Estados vivem na atualidade, onde não conseguem alcançar as populações mais carentes, atender as demandas de clamor social.
 Ele também demonstra que a segurança jurídica é como uma espécie de “acessório” dos direitos fundamentais e que por ser colocada de maneira subjetiva, abre-se precedentes para outros entendimentos, o que de certa forma acaba facilitando para que legisladores acabem dando outros sentidos para as leis. Isso é a Insegurança Jurídica.
 Por um entendimento bem pessoal é que trago exatamente a insegurança jurídica para os dias atuais, citando como exemplo, o nosso governo atual “mexer” nos direitos dos trabalhadores, nas aposentadorias e entre tantos outros direitos conquistados a duras penas pelo povo. Aí se pergunta: cadê a segurança jurídica desse povo?
 
Referências: SARLET, Ingo Wolfgang. A Eficácia do Direito Fundamental à Segurança Jurídica: dignidade da pessoa humana, direitos fundamentais e proibição de retrocesso social no direito constitucional: Revista Eletrônica de Direito do Estado (REDE), Salvador, Instituto Brasileiro de Direito Público, nº. 32, outubro/novembro/dezembro de 2012. http://www.direitodoestado.com/revista/REDE-32-DEZEMBRO-2012-INGO-SARLET.pdf 
 PAULO ALVES DE OLIVEIRA
 FICHAMENTO:
A EFICÁCIA DO DIREITO FUNDAMENTAL À SEGURANÇA JURÍDICA: dignidade da pessoa humana, direitos fundamentais e proibição do retrocesso social no direito constitucional brasileiro.
 Ingo Wolfgang Sarlet
Trabalho da disciplina Direito Constitucional II - Curso de Direito da FAE São José dos Pinhais. 
 Profª Michelle Chalband Biscaia
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS
2017

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