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TCC -FEAPA - BELÉM - PA

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FACULDADE DE ESTUDOS AVANÇADOS DO PARÁ 
 
 
 
 
 
DAVID RODRIGO MORAIS DA COSTA 
LUCIANO VITOR DE SOUZA CRUZ 
TATIANE CRISTINA DE ANDRADE LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROPOSTA DE MODELAGEM UTILIZANDO UML PARA IMPLEMENTAÇÃO DE 
UM SISTEMA DE CONTROLE DA PRODUTIVIDADE DE OPERAÇÕES 
REALIZADAS E DAS OCORRÊNCIAS ATENDIDAS PELA POLÍCIA MILITAR DO 
ESTADO DO PARÁ. 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM 
2017 
 
DAVID RODRIGO MORAIS DA COSTA 
LUCIANO VITOR DE SOUZA CRUZ 
TATIANE CRISTINA DE ANDRADE LIMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROPOSTA DE MODELAGEM UTILIZANDO UML PARA IMPLEMENTAÇÃO DE 
UM SISTEMA DE CONTROLE DA PRODUTIVIDADE DE OPERAÇÕES 
REALIZADAS E DAS OCORRÊNCIAS ATENDIDAS PELA POLÍCIA MILITAR DO 
ESTADO DO PARÁ. 
 
 
Projeto de pesquisa apresentado para 
obtenção de conceito na disciplina TCC I 
ministrada pelo prof. José Antônio Sarmanho 
do Curso de Sistema de Informações da 
Faculdade de Estudos Avançados do Pará. 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELÉM 
2017 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4 
2. TEMA ...................................................................................................................... 6 
3. PROBLEMA ............................................................................................................ 7 
4. HIPÓTESES ............................................................................................................ 8 
5. OBJETIVOS ............................................................................................................ 9 
 5.1. GERAL ....................................................................................................... 9 
 5.2. ESPECÍFICO .............................................................................................. 9 
6. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................. 10 
 6.1. POLICIA MILITAR ....................................................................................... 10 
 6.2. ESTATÍSTICA DA POLICIA MILITAR ........................................................ 11 
 6.3. UML ............................................................................................................. 18 
 6.4. OPERAÇÕES REALIZADAS E OCORRÊNCIAS ATENDIDAS PELA PM 19 
 6.4.1. TIPOS DE OPERAÇÕES ......................................................................... 19 
 6.4.2. TIPOS DE OCORRÊNCIAS ..................................................................... 20 
7. METODOLOGIA ................................................................................................... 21 
 7.1. TIPOS DE PESQUISA ................................................................................. 21 
 7.2. SUJEITOS DA PESQUISA ......................................................................... 21 
 7.3. LOCUS DA PESQUISA ............................................................................... 21 
 7.4. INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ................................................. 21 
8. CRONOGRAMA ................................................................................................... 22 
9. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 23 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
 As informações hoje em dia chegam até nós com mais velocidade e em 
tempo real dificultando sua organização seu excesso tem se tornado um problema 
para as instituições públicas e privadas, o que exige das organizações medidas para 
coletar, processar e armazenar dados. 
Neste sentido, as instituições têm investido em Tecnologia da Informação – TI 
mais precisamente em Sistemas de Informação – SI. 
Uma das ferramentas que se tornou muito útil nesta área foi o Sistema 
Gerenciador de Banco de Dados - SGBD. A Instituição Policial Militar, alvo deste 
estudo, possui um Sistema Integrado de Gestão Policial – SIGPOL, o banco de 
dados da Polícia Militar do Estado do Pará, onde a PMPA dispõem por meio 
tecnológico, o controle dos dados de seu efetivo em todo o Estado do Pará, o 
funcionamento do sistema integrado de banco de dados está interligado a uma rede 
de computadores e distribuídos aos Batalhões¹ com base de dados para inserção 
dos dados dos policiais militares. 
Como questão de problema, Percebe-se que as estatísticas apresentadas pela 
Polícia Militar não condizem com o que realmente é feito pela instituição, isso ocorre 
devido a PM, mesmo possuindo um SGBD – SIGPOL tem sua produtividade 
mensurada através de dados contidos no SISP (sistema integrado de segurança 
pública), utilizado pela polícia civil para fazer os registros das ocorrências. (SISP, 
2010). 
Tal fato prospecta a implementação de um sistema de controle da produtividade 
de operações e de ocorrências atendidas pela PM-PA e pergunta-se o quanto esse 
SI (Sistema de Informação) irá beneficiar a população? 
 A relevância deste estudo para a corporação apresenta uma nova visão no 
processo de acesso às informações de cunho operacional, pois toda a transição 
realizada permite que os dados das operações antes armazenados em suportes 
tradicionais (papel) para depois talvez serem inseridas no famigerado SIGPOL 
passem hoje a ser alimentadas in loco e acessados em tempo real pelo gestor. 
O planejamento operacional hoje complexo, lento e difícil, com a utilização de 
um sistema específico para coletar dados estatísticos, se daria de forma mais 
simples, rápida e fácil. 
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Objetivo geral deste trabalho é propor o desenvolvimento de um sistema que 
proporcione aos gestores comandantes de Batalhões Policiais Militares, a coleta e o 
processamento de dados estatísticos referentes à produtividade da instituição. E 
como objetivos específicos constituir um banco de dados que norteie os gestores na 
confecção de relatórios estatísticos e que estes sirvam de base para que seja feita a 
análise criminal e que assim a polícia militar possa desenvolver suas atividades 
baseada em dados científicos. 
A Polícia Militar do Pará – PMPA tem investido em tecnologia para otimização 
de seus serviços operacionais com o objetivo de melhorar o controle de seu efetivo 
em todos os 144 (cento e quarenta e quatro) municípios do Estado distribuídos em 
Batalhões. 
1 “Batalhão [Fr.bataillon] sm. 1.Unidade tática de infantaria ou cavalaria, que 
pertence a um regimento e se subdivide em companhias.[Pl.:-lhões]” (FERREIRA, 
2010, p. 96). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2. TEMA 
 
PROPOSTA DE MODELAGEM UTILIZANDO UML PARA IMPLEMENTAÇÃO 
DE UM SISTEMA DE CONTROLE DA PRODUTIVIDADE DE OPERAÇÕES 
REALIZADAS E DAS OCORRÊNCIAS ATENDIDAS PELA POLÍCIA MILITAR DO 
ESTADO DO PARÁ. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. PROBLEMA 
 
Para a elaboração desta proposta foi feita uma análise do sistema de coleta e 
processamento de dados oriundos das ocorrências atendidas e das operações 
realizadas pela Polícia Militar do Pará. 
Percebe-se que as estatísticas apresentadas pela Polícia Militar não condizem 
com o que realmente é feito pela instituição, isso ocorre devido a PM, mesmo 
possuindo um SGBD – SIGPOL (Sistema Integrado de Gestão Policial) tem sua 
produtividade mensurada através de dados contidos no SISP (sistema integrado de 
segurança pública), utilizado pela polícia civil para fazer os registros das 
ocorrências. (SISP, 2010). 
Quando umcidadão registra uma ocorrência, as informações ficam 
armazenadas no banco de dados do SISP que posteriormente servirão de fonte para 
a formulação de relatórios estatísticos que nortearão os comandantes das unidades 
policiais, responsáveis pelo policiamento de uma determinada área, em sua tomada 
de decisão, no planejamento de operações e distribuição do policiamento nas áreas 
que seriam as mais necessitadas, entretanto, é sabido que uma percentagem 
significativa dos delitos não são computados devido as vítimas não registrarem o 
boletim de ocorrência na delegacia, porém, mesmo este cidadão não registrando o 
boletim de ocorrência, ele foi atendido pela Polícia Militar e este atendimento não 
entra nas estatísticas, assim como outros milhares de procedimentos deste tipo. 
Desta forma e baseados nesta epígrafe, estaremos propondo a implementação 
de um sistema de controle da produtividade de operações e ocorrências policiais, 
com objetivo de amenizar os problemas encontrados pela falta de sistemas de 
informação, específicos para estatística, na Polícia Militar do Estado do Pará. 
A implementação de um sistema de controle da produtividade de operações e de 
ocorrências atendidas pela PM-PA, irá beneficiar a população? 
 
 
 
 
 
 
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4. HIPÓTESES 
 
O sistema de controle da produtividade trará ao comandante da unidade policial 
informações que lhe dará suporte para tomadas de decisões. 
Os comandantes das unidades policiais poderão usar a meritocracia na 
concessão de medalhas, viagens e vantagens pecuniárias, pois terá uma ferramenta 
que mostrará a produtividade de cada guarnição de serviço em sua circunscrição. 
A distribuição da tropa na área de policiamento será otimizada, pois, ocorrerá 
mediante dados estatísticos que mostrará os pontos onde mais estará havendo os 
delitos. 
A atualização será em tempo real, pois o sistema irá georeferenciar as 
ocorrências o que permitirá ao comandante acompanhar pelo mapa os pontos 
críticos de sua área de policiamento. 
O planejamento operacional será feito mediante esses dados e os resultados 
serão mais precisos, o que aumentará a sensação de segurança na população. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. OBJETIVOS 
 Informar aos policiais militares que exercem a função de comandantes, onde 
e quando estão havendo as ocorrências e o quanto o seu policial está produzindo 
para que assim ele possa ter uma melhor gerência do seu efetivo. 
 
5.1. GERAL 
Objetivo geral deste trabalho é propor o desenvolvimento de um sistema que 
proporcione aos gestores comandantes de Batalhões Policiais Militares, a coleta e o 
processamento de dados estatísticos referentes a produtividade da instituição. 
 
5.2. ESPECÍFICOS 
- A Proposta de implementação do sistema de controle da produtividade de 
operações e ocorrências policiais utilizando UML (Unified Modeling Language ), visa 
proporcionar aos comandantes melhor gestão contribuindo significativamente em 
sua tomada de decisão; 
- Constituir um banco de dados que norteie os gestores na confecção de 
relatórios estatísticos e que estes sirvam de base para que seja feita a análise 
criminal e que assim a polícia militar possa desenvolver suas atividades baseada em 
dados científicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
6.1. POLÍCIA MILITAR 
 
A Polícia Militar do Estado do Pará (PMPA) é uma instituição militar de 
segurança pública, criada em 1818, no governo do Conde de Vila Flor, com a 
denominação de Corpo de Polícia, sob o comando de José Victorino de Amarante, 
do corpo de Artilharia da Capitania do Grão-Pará e Rio-Negro. Recebeu outras 
denominações, como: Guarda Militar de Polícia, Corpo de Municipais Permanente, 
Corpo de Polícia do Pará, etc. E, por força do Decreto 11.516, de 09 de Fevereiro de 
1935, Polícia Militar do Estado do Pará. 
A PMPA teve destacada participação em muitos momentos críticos na história 
do Estado do Pará e do Brasil. Entre tais movimentos bélicos se destacam: 
a Cabanagem; a Guerra do Paraguai; a Campanha de Canudos; o combate 
aos revolucionários tenentistas nos levantes de 1922, 1924, 1926 e 1930. 
Na Guerra do Paraguai encaminhou duas tropas para combater em solo paraguaio, 
denominadas de 1º e 2º Corpo Paraense de Voluntários da Pátria. 
Na Campanha de Canudos, nos sertões da Bahia, enviou o Regimento Militar 
do Estado, uma força armada comandada pelo Coronel Sotero de Menezes e no 
sub- comando o Tenente-coronel Antônio Sérgio Dias Vieira da Fontoura. Nesse 
episódio, no dia 25 de setembro de 1897, o Coronel Antônio Sérgio Dias Vieira da 
Fontoura consagrou-se no comando do 2º Corpo de Regimento Militar do Estado, ao 
abrir caminho para vitória das forças expedicionárias contra Antônio Conselheiro e 
seus seguidores. 
Em 1900, o Coronel Fontoura assumiu o comando da corporação, tido como 
o seu segundo Comandante-geral e o herói de Canudos. Deixou o cargo em 1911 e 
em 1925 foi definido como o Patrono da Corporação. 
Tradicionalmente se comemora em 25 de setembro o Dia da Força Pública, 
alusão ao combate de 25 de Setembro de 1897, no Arraial de Canudos. Ocasião em 
que é outorgada a medalha do mérito Coronel Fontoura. 
Portanto, a Polícia Militar é de suma importância para dá força à segurança 
pública de cada uma das unidades federativas. Tendo como uma de suas principais 
funções a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública nos Estados 
brasileiros e no Distrito Federal. Subordinam-se, juntamente com as polícias civis 
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estaduais, aos governadores. São forças auxiliares e reserva do Exército Brasileiro e 
integram o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social brasileiro. Cada Polícia 
Militar é comandada, em cada Estado, por um oficial superior do posto de coronel, 
chamado de comandante-geral. (Gasparetto, 2004) 
 
6.2. ESTATÍSTICAS DA POLICIA MILITAR 
 
Apesar do enorme apelo público por mais controle da criminalidade por 
intermédio da polícia, não está muito claro qual é a parcela exata que lhe cabe 
nessa tarefa a complexidade dos fenômenos com os quais a polícia tem de lidar, 
bem como a diversidade de contextos urbanos nos quais atua, tem reiterado o 
descrédito reinante em relação às formas convencionais de atuação policial. 
Recentemente, cada vez mais vêm-se destacando as abordagens que buscam 
fazer reengenharias institucionais para desenvolver uma gestão por resultados mais 
consistentes com a atividade policial (Bratton, 1998). Nessa perspectiva, o 
tratamento da informação e o conhecimento teórico passam a ocupar um papel 
central nas atividades policiais, que, ao lado de estratégias de envolvimento 
comunitário e de articulação com outras agências públicas, terminam por delinear o 
que denominamos aqui gestão comunitária de problemas de segurança pública. 
De acordo com essa ótica, informação torna-se o insumo básico para o 
desenvolvimento estratégico, dados a diversidade e o caráter multifacetado dos 
espaços de atuação policial. Daí a necessidade de desenvolver modernos sistemas 
de gestão das atividades de segurança pública, com a utilização intensiva de 
informações para fins de planejamento e desenvolvimento de estratégias, além de 
elaborar planos para monitoramento e avaliação de resultados. Isso envolve 
aspectos tecnológicos para a organização de diversos níveis da atividade policial e 
judiciária, com distintas concepções a respeito do armazenamento e do manejo de 
dados. 
A tecnologia da informação, para fins de segurança pública, é terreno amplo 
que se multiplica nas inúmeras aplicações nos âmbitos da investigação, dasevidências científicas ou no monitoramento e na vigilância para atividades de 
inteligência (Manning, 1988; 1992; Skolnick, 1966; Reiss Jr. e Bordua, 1966). 
O uso de estatística na Polícia Militar do Pará 
 
12 
 
 
 Antes da constituição de 1988, as PPMM eram vinculadas ao Exército 
Brasileiro e não havia uma demanda da sociedade, como um todo, por mudanças 
em sua estrutura de atendimento ao público, os estados não tinham autonomia para 
equipar, treinar ou conduzir diretrizes para o emprego das PPMM. Já na década de 
1990 com a constituição cidadã os governadores passaram a ter esse controle de 
suas forças policiais, assim como a ideia da sociedade de cobrar os direitos veio á 
tona em todo o Brasil, foi necessário então pensar em políticas públicas referente a 
segurança pública, de uma maneira macro, onde a união unificaria, mesmo que 
minimamente, ações que pudessem mensurar a atuação do sistema que agora era 
pressionado a ter melhor desempenho pela sociedade (Duarte apud Costa, e Gossi 
2007). 
 Atualmente a SENASP, depois da definição de qual órgão ficaria na 
incumbência de gestar o Sistema único de Segurança (SUSP) implementou uma 
coleta de estatísticas, onde articulava e delimitava dentro de uma “democracia 
federativa”, quais informações deveriam vir dos estados para que o banco de dados 
nacional pudesse ser montado. Foi criada então o Sistema Nacional de Estatística 
de Segurança Pública e Justiça Criminal (SINESPJC), onde dentro de uma 
discussão constantes com os entes federados, foram construídos os indicadores 
nacionais que dariam direcionamento as políticas de segurança pública. 
 Com esse balizamento foi criado também o Fundo Nacional de Segurança 
Pública (FNSP), o qual era o braço financeiro para as ações da SINESPJC onde 
deliberava por diagnósticos da situação de segurança pública, assim como ditava as 
diretrizes para a resolução de problemas apontados, chegando ao ponto de criar 
políticas de fornecimento de verbas para estados que cumprissem metas e 
atingissem seus objetivos em relação a segurança pública traçados em projetos 
juntamente com a SENASP (Duarte apud Costa, e Gossi 2007). 
 Em um primeiro momento foram criados seis módulos para a mensuração e 
diagnóstico da situação de segurança pública nos estados, sendo eles: ocorrências 
criminais e atividades de segurança pública, perfil das organizações de segurança 
pública, fluxo do sistema de justiça criminal, pesquisa nacional de vitimização, 
monitoramento da ação policial, cadastro nacional de mortes violentas. Cada tópico 
desse formatava em outros sub tópicos quais as informações que seriam filtradas e 
tabuladas para a determinação das diretrizes da SENASP para as políticas de 
segurança pública nacional. 
13 
 
 
 Existe hoje uma desvinculação de atores políticos, que se apoderavam 
dessas informações, e de maneira a manipula-las e colher proveitos, quase sempre 
em benefício próprio em detrimento da coletividade, mas com a pesquisa de 
vitimização essa informação se tornou mais transparente o que deixa uma margem 
bem menor para esses políticos manobrarem em proveito próprio. E com essa 
transparência crescente, o investimento também começa a aparecer, recursos 
humanos cada vez mais capacitados são necessários e a estatística passa a ser 
uma ferramenta que precisava ser utilizada no sentido de tornar profissional a 
gestão por resultados da segurança pública. 
 Na Polícia Militar do Pará essa cultura vem sendo implementada através do 
PREC, que são indicadores que avaliam as instituições do sistema de segurança 
pública do Pará. Vários dos dados dos indicadores da PMPA são tirados do sistema 
SIGPOL através do módulo BAPM, onde o registro de ocorrências detalhados 
formou um banco de dados onde pode ser trabalhada várias diretrizes de 
policiamento, e é possível produzir inúmeros relatórios passando por desde 
manchas criminais, que é frequência com que determinado delito acontece em uma 
determinada área, até a quantidade de ocorrências atendidas por policial militar, 
inclusive fornecendo o histórico da ocorrência, sendo possível uma análise 
qualitativa da ocorrência, podendo associar a maneira como os policiais militares 
atendem essas ocorrências com os treinamentos possíveis para que eles melhorem 
esse atendimento dessas ocorrências. 
 Existe um aperfeiçoamento constante do Sistema SIGPOL, em abril de 2016 
está previsto a versão 4.0, onde foi construída para o sistema “android” (sistema 
operacional para smartphones e tablets), onde a PMPA almeja adquirir 
equipamentos que utilizem essa plataforma operacional, e ter os registros de 
ocorrência em tempo real, produzidas e registradas pelos PMs no momento da 
ocorrência (um bom exemplo de onde as estatísticas direcionam o treinamento ou 
capacitação). Atualmente esse registro é feito nos quarteis depois que os BAPMS 
são classificados e enviados a seção que inseri os mesmos no sistema, isso ocorre 
dentro de períodos que vão do dia seguinte até semanas, pois existem unidades do 
interior, por exemplo, que nem sempre tem uma boa conexão de internet para suprir 
a demanda apresentada. 
 O treinamento e capacitação de recursos humanos orientados por dados 
trabalhados ainda está sendo construído na PMPA, pois por ser uma instituição 
14 
 
 
altamente hierarquizada as mudanças de comportamento são sempre 
acompanhadas de forte obstrução por parte de seus componentes, sendo assim o 
convencimento precisa se apoiar em várias bases, e a científica (estatísticas) é uma 
delas. Atualmente o treinamento dos policiais militares no âmbito da PMPA é 
formatado em bases que já não suprem a necessidade dessa nova sociedade que 
temos. Então o aprimoramento do Policial Militar passa por capacitação, reciclagem 
e treinamento contínuo, mas o que treinar continuamente? 
 Fora os treinamentos de uso de força, que tem um padrão pré-estabelecido, 
os outros precisam de bases para dizer o que precisa ser feito. Uma linha que se 
percebe é a da mediação de conflitos, onde a técnica usada pode ser a que está 
sendo empregado nos tribunais de pequenas causas, onde o mediador tenta chegar 
a um termo razoável para ambas as partes, sem ter a necessidade de ir mais além 
ao embate. Como se treina o PM para esse tipo de situação? Como se usa a análise 
dos BAPMs para direcionar esse tipo de treinamento? Essas respostas podem estar 
nas estatísticas e nas informações qualitativas dos BAPMs, então a Idea passa a 
ser: como fazer isso com os dados já registrados no Sistema SIGPOL. 
 O CITEL da PMPA está gestando esse trabalho, gerando inúmeros relatórios 
que ainda não são usados com eficiência pelos gestores das Unidades 
Operacionais, ora por desconhecimento, ora por falta de apoio de pessoal 
qualificado para analisar e transformar em informação útil para os gestores tais 
dado. Nessa situação a capacitação é necessária, tanto no conhecer e operar a 
ferramenta, como utilizar as informações geradas de forma eficiente. 
 Alguns exemplos a seguir de relatórios que podem ser gerados no sistema 
SIGPOL, e que ainda não são utilizados em todo seu potencial: 
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Figura 1. Georeferenciamento de homicídios registrados no ano de 2015 
através de BAPM, na área de Barcarena 14º BPM. (fonte SIGPOL) 
 
Figura 2. Georeferenciamento de homicídios registrados no ano de 2015 
através de BAPM, na área de Barcarena 14º BPM. (fonte SIGPOL) 
 Os números da PMPA são diferentes da Secretaria adjunta de analise 
criminal, pois o SIGPOL é um sistema alimentado por ocorrência que a PM atende, 
16 
 
 
que é diferente dos homicídios registrados por delegacias da área, uma falha que 
está sendo sanada ao tentar fazer “conversar” o SIGPOL como sistema da polícia 
civil que é o SISP, nem tudo que passa por uma delegacia passa primeiro pela PM. 
 Outro tipo de relatório que pode ser gerado é o de BAPMs registrados por 
policiais militares em um período: 
 Figura 3. Tela de produtividade individual por período. (fonte SIGPOL) 
 
 Esse relatório serve, por exemplo, para verificar a produtividade do PM, e 
baseado nisso outras políticas estão sendo implementadas na PM como a 
meritocracia, necessitarão de parâmetros claros e objetivos para essa mensuração, 
e aí está um exemplo de como o sistema pode ajudar. 
 Outra é a aplicação dessa estatística no direcionamento de treinamentos: 
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Figura 4. Tela de registros de BAPMs com relato do fato. (fonte SIGPOL) 
 Esse tipo de informação, o relato, pode gerar a análise qualitativa de como o 
PM está agindo e como conduz uma ocorrência, e através desses dados podem-se 
programar treinamentos específicos. Exemplo: se as guarnições estão atendendo 
ocorrências em demasia de acidente de trânsito com vítimas, uma capacitação em 
primeiros socorros é salutar. Ou ainda as guarnições estão abordando muitos 
veículos por suspeição, então técnicas de abordagens a veículos é um treinamento 
a ser ministrado. Esses são exemplos de como os dados, as estatísticas trabalhadas 
com ferramentas de TI podem auxiliar na capacitação dos recursos humanos dentro 
da PMPA. 
A estatística é responsável pela coleta, organização e interpretação de dados 
experimentais e pela extrapolação dos resultados da amostra para a população. 
Na Polícia Militar do Pará essa cultura vem sendo implementada através do 
PREC (Plano de Redução da Criminalidade), que são indicadores que avaliam as 
instituições do sistema de segurança pública do Pará. Vários dos dados dos 
indicadores da PMPA são tirados do sistema SIGPOL (Sistema Integrado de Gestão 
Policial) através do módulo BAPM (Boletim de Atendimento da Policia Militar), onde 
o registro de ocorrências detalhados formou um banco de dados onde pode ser 
trabalhada várias diretrizes de policiamento, e é possível produzir inúmeros 
18 
 
 
relatórios passando por desde manchas criminais, que é frequência com que 
determinado delito acontece em uma determinada área, até a quantidade de 
ocorrências atendidas por policial militar, inclusive fornecendo o histórico da 
ocorrência, sendo possível uma análise qualitativa da ocorrência, podendo associar 
a maneira como os policiais militares atendem essas ocorrências com os 
treinamentos possíveis para que eles melhorem esse atendimento dessas 
ocorrências. 
O uso da informação estatística possui um caráter estratégico porque permite 
dar significado a infinidade de dados que inundam a administração pública. A sua 
importância não está apenas na divulgação da informação, mas na transformação 
da informação bruta em algo que possa servir para orientar ações futuras. 
 
ANO 2016 POR HORA DIÁRIO MENSAL ANUAL 
Missões Policiais Realizadas 15,66 375,80 11.274,08 135.289 
Nº de Atendimentos (BAPM) 10,97 263,25 7.897,58 94.771 
Armas Apreendidas 0,15 3,56 106,75 1.281 
Pessoas Pressas em Flagrante 2,31 55,53 1.665,75 19.989 
Atos Infracionais (Crianças 
Adolescentes) 
0,12 2,98 89,33 1.072 
Foragidos Recapturados 0,08 1,81 54,33 652 
Veículos Recuperados 0,24 5,75 172,50 2.070 
Apreensão de Entorpecentes 24,11 578,71 17.361,33 208.336 
Fonte: CINT/SIGPOL/Relat.Reg. 
Figura 5. (Site da PM PA, 2017) 
 
6.3. UML 
 
A Linguagem de Modelagem Unificada (UML) é uma linguagem visual utilizada 
para modelar sistemas computacionais por meio do paradigma de orientação a 
objetos – OO. Essa linguagem tornou-se nos últimos anos, a linguagem padrão de 
modelagem de software adotada internacionalmente pela indústria de 
desenvolvimento de software. 
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A UML começou a ser criada em outubro de 1994 por Rumbaugh e Booch. 
Com o objetivo de unificar os métodos de Rumbaugh (Técnica de Modelagem de 
Objetos – OMT) e de Booch (Projeto Orientado a Objetos – POO), em outubro de 
1995 foi lançada a versão 0.8 do Unified Process (Processo Unificado, que era como 
a UML era chamada). Nesta mesma época, Jacobson se juntou a Rumbaugh e 
Booch, que levou a expansão do Unified Process de forma a incorporar o método de 
Jacobson (Engenharia de Software Orientada a Objetos – OOSE). Assim, em junho 
de 1996 foi lançada a versão 0.9 da UML, sendo derivada dos métodos de 
Rumbaugh, Booch e Jacobson. 
Em agosto de 1997, a UML na versão 1.1 foi apresentada a RTF (Revision 
Task Force) do grupo OMG (Object Management Group) sendo adotada por esta em 
novembro de 1997. Desde então a OMG vem aprimorando e lançando novas 
versões da UML. A versão mais recente da UML é a 2.5, contando com cerca de 
treze tipos de diagramas para serem utilizados para visualização, especificação, 
construção e documentação dos sistemas. 
Os treze tipos de diagramas da UML estão divididos em três categorias. A 
seguir, conforme apresentamos estas categorias e os diagramas incluídos em cada 
uma: 
• Diagramas estruturais, estando incluídos nesta categoria os diagramas de 
objeto, de classe, de componentes, de instalação, de pacotes e de estrutura. 
• Diagramas comportamentais, estando incluídos nesta categoria os 
diagramas de caso de uso, de transição de estados e de atividades. 
• Diagramas de interação, estando incluídos nesta categoria os diagramas de 
sequência, de interatividade, de comunicação e de tempo. (UML, Unified Modeling 
Language, 2017). 
 
6.4. OPERAÇÕES REALIZADAS E OCORRÊNCIAS ATENDIDAS PELA PM 
 
6.4.1. TIPOS DE OPERAÇÕES 
O Comando de Policiamento da Capital mobiliza seu efetivo em diversas 
ações, que têm por objetivo diminuir o índice de homicídios e coibir a prática de atos 
ilícitos na grande Belém. As atividades de policiamento, que utilizam policiais 
militares, homens dos comandos de missões especiais e agentes do Departamento 
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de Trânsito (DETRAN) iniciou nesta quarta-feira (17) e vai até a próxima quinta-feira 
(24). 
As operações "Ocupação" e “Clima de Paz” serão compostos pelas ações 
"Incursão", "Incursão Fluvial", "Saturação", "Barreira" e “Hypnus”, nos municípios de 
Ananindeua, Marituba e Benevides, na Região Metropolitana de Belém. (G1 Pará) 
 
6.4.2. TIPOS DE OCORRÊNCIAS 
Os tipos de ocorrências atendidas pela policia militar no estado do Pará, pode 
variar muito, existem vários tipos são notificadas a policia militar os quais podemos 
citar e o roubo ou furto de veículos que seria feito com a vitima dentro do carro 
muitas vezes em semáforos vermelhos ou a vitima não estando presente como um 
roubo em um estacionamento. Sendo esses veículos usados para outros tipos de 
crimes ou para vender suas peças. 
 Além de roubo de carros a policia recebe ocorrências de roubos a objetos 
como celulares, joias ou dinheiro. 
 Porém a policia militar não e só apenas responsável por combate ao crime. 
Ela ajuda a população de outras formas como a informar pessoas desaparecidas 
para sair a sua procura como também o encontro de pessoas, por exemplo, isso 
ocorre muito com pessoas de idade avançada com problemas na memoria e não 
conseguem encontrar o caminho de casa. 
 A também a os casos de injúria, calúnia ou difamação que dependendo do 
grau da acusação pode ser levado de uma multa até a prisão do acusado, podendo 
ter seu grau de gravidade aumentado se a vitima das acusações for um policial em 
serviço, além das palavras direcionadas a vitima. 
 Contudo não e só com pessoas que a policia milita a trabalha em suas 
ocorrências a policias especializados em atender ocorrências a animais tanto 
selvagens quanto domésticos eles são conhecidos como a BPA (Batalhãoda Policia 
Ambiental) que são especializados em tratar casos deste de abuso a animais quanto 
à remoção e realocação de animais selvagens perigosos a população. (Livro: 
“ocorrências policiais” autor: Alessandro Nunes. São Paulo, 2015). 
 
21 
 
 
 
7. METODOLOGIA 
 
7.1. TIPOS DE PESQUISA 
O nosso trabalho é de natureza quantitativa, com o objetivo de detectar os 
principais problemas que a policia militar do Pará (PMPA) sofre atualmente, desta 
maneira será proposto uma solução de TI (Tecnologia da Informação) para amenizar 
os problemas. 
 
7.2. SUJEITOS DA PESQUISA 
 Os Policiais, que lidam diretamente com ocorrências e relatórios dentro da 
corporação. Que passaram a ter acesso às informações, por meio da 
implementação de um Sistema de Informação. 
 
7.3. LOCUS DA PESQUISA 
 O órgão escolhido foi a Policia Militar do Pará (PMPA) através do Comando 
de Policiamento da Capital (CPC), foi fundada 1818, com o objetivo de cuidar e 
proteger todo cidadão. 
 
7.4. INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS 
 Esses dados foram coletados através de pesquisas feitas por relatórios 
fornecidos pela própria policia, e relatos de policiais que vivem com esses problemas 
todos os dias a fim de definir o que iria compor o sistema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
8. CRONOGRAMA 
 
DESCRIÇÃO FEV MAR ABR MAI JUN 
1 Pesquisa de campo 
 
2 Desenvolvimento da Ferramenta 
 
3 Resultados e Discussão 
 
4 Conclusões Finais 
 
5 Defesa do Projeto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
 
9. REFERÊNCIAS 
 
As operações "Ocupação" e “Clima de Paz” serão compostas pelas ações 
"Incursão", "Incursão Fluvial", "Saturação", "Barreira" e “Hypnus”, nos 
municípios de Ananindeua, Marituba e Benevides, na Região Metropolitana de 
Belém. (G1 Pará) 
<http://g1.globo.com/pa/para/noticia/2013/04/comando-de-policiamento-da-
capital-realiza-operacoes-na-grande-belem.html> Acesso em: 30 out. 2017. 
 
(Livro : “ocorrências “ policiais” autor : Alessandro Nunes) 
NUNES, Alessandro. OCORRÊNCIAS POLICIAIS. - -1. ed. -- São Paulo: 
Alessandro, 2015. 
 
Gasparetto, Gilberto. ESPECIAL PARA A PÁGINA 3 PEDAGOGIA & 
COMUNICAÇÃO. 08/02/2004. Disponível em: 
<https://educacao.uol.com.br/disciplinas/cidadania/policia-instituicao-se-divide-em-
diferentes-tipos-e-funcoes.htm?cmpid=copiaecola&cmpid=copiaecola> 
Acesso em: 05 out 2017 
 
MUSEU DIGITAL DA PM DO PARÁ. Disponível em: 
<http://museudigitaldapmpa.blogspot.com.br/p/historia.html>. Acesso em: 08 out. 
2017 
 
O USO DE ESTATÍSTICA DA POLÍCIA MILITAR DO PARÁ . Disponível em: 
<http://www.aedmoodle.ufpa.br/pluginfile.php?file=%2F190990%2Fmod_forum%2Fa
ttachment%2F310548%2FO%20uso%20de%20estat%C3%ADstica%20na%20Pol%
C3%ADcia%20Militar%20do%20Par%C3%A1.docx>. Acesso em: 08 out. 2017 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO PARÁ. PMPA. Disponível em: 
<https://educacao.uol.com.br/disciplinas/cidadania/policia-instituicao-se-divide-em-
diferentes-tipos-e-funcoes.htm?cmpid=copiaecola>. Acesso em: 08 out. 2017 
 
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO PARÁ. UOL. Disponível em: 
<https://educacao.uol.com.br/disciplinas/cidadania/policia-instituicao-se-divide-em-
diferentes-tipos-e-funcoes.htm?cmpid=copiaecola>. Acesso em: 08 out. 2017 
 
Sbrocco, José Henrique Teixeira de Carvalho 
UML 2.3: teoria e prática/ José Henrique Teixeira de Carvalho Sbrocco. --1. ed. -- 
São Paulo: ÉRICA, 2011. 
 
UML UNIFIED MODELING LANGUAGE . Disponível em: 
<www.etelg.com.br/paginaete/downloads/informatica/apostila_uml.pdf>. Acesso em: 
09 out. 2017 
 
Yoshima, Rodrigo. ASPERCOM, PROJETO DE SOFTWARE COM UML 2.0. São 
Paulo, out 2005. (Apostila). 
 
	1.	INTRODUÇÃO
	2.	TEMA
	3. PROBLEMA
	4. HIPÓTESES
	5. OBJETIVOS
	5.1. GERAL
	5.2. ESPECÍFICOS
	6. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
	6.1. POLÍCIA MILITAR
	6.2. ESTATÍSTICAS DA POLICIA MILITAR
	6.3. UML

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