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Teoria Geral da Administração

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2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª MSc 
Marilda Sena 
P. Zuza 
 
 TEORIA GERAL DA 
ADMINISTRAÇÃO 
Curso de Ciências Contábeis 
2º BIM 
2º 
 
 
 
 
Profª. MSc Marilda Sena P. Zuza 
2 
 
 
 
 
 
 
Teoria 
Comportamentalista 
(Behaviorista) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teoria Geral da Administração 
3 
 
1- TEORIA COMPORTAMENTALISTA 
 
Surgiu a partir da década de 1950, com uma nova visão da teoria 
administrativa baseada no comportamento humano nas organizações. 
A abordagem comportamental - também chamada de behaviorista – 
marca a mais forte ênfase nas ciências do comportamento, na teoria 
administrativa e na busca de soluções democráticas e humanas para os 
problemas organizacionais. 
A Teoria Comportamental se fundamenta no comportamento das pessoas que compõem a 
organização (“Administrar é fazer as coisas por meio das pessoas”), buscando explicar áreas tais 
como: a motivação e os estilos administrativos. 
 Disciplinas que contribuem para o estudo do Comportamento Organizacional: Psicologia; 
Sociologia; Psicologia Social; Antropologia; e Ciência Política. 
 A psicologia é a ciência que busca medir, explicar e, algumas vezes, modificar o 
comportamento. Os psicólogos dedicam-se ao estudo do comportamento individual. 
 A contribuição dos sociólogos foi no estudo do comportamento dos grupos dentro das 
organizações, O foco da psicologia Social é a influência de um indivíduo sobre o outro. Um dos 
temas mais investigados pela P. S é a mudança, como implementá-la e como reduzir as barreiras para 
sua aceitação. 
 A antropologia estuda as sociedades para compreender os seres humanos e suas atividades 
(diferenças de valores, atitudes e comportamentos fundamentais entre povos de diferentes países ou 
de pessoas em diferentes organizações). 
 A ciência política estuda o comportamento dos indivíduos e dos grupos dentro de um 
ambiente político (estruturação de conflitos, a alocação de poder e como as pessoas manipulam o 
poder para o atendimento de seus próprios interesses) 
 
Conceito de Comportamento: 
 
 Comportamento é a maneira pela qual um indivíduo ou uma organização age ou reage em 
suas interações com o meio ambiente e em resposta aos estímulos que dele recebe. 
Comportamento é o campo de estudo que investiga o impacto que indivíduos, grupos e a 
estrutura têm sobre o comportamento dentro das organizações com o propósito de utilizar este 
conhecimento para melhorar a eficácia organizacional (ROBBINS, 2002). 
Ele estuda três determinantes do comportamento das organizações: indivíduos, grupos e 
estrutura. 
 
Áreas de estudo do Comportamento Organizacional: 
 Motivação; 
 Comportamento e poder de liderança; 
 Comunicação interpessoal; 
 Estrutura e processos de grupos; 
 Aprendizado; 
 Desenvolvimentos de atitudes e percepção; 
 Processos de mudança; 
 Conflitos; 
 Planejamento do trabalho; e Estresse no trabalho. 
 
Profª. MSc Marilda Sena P. Zuza 
4 
 
 
 
Robbins, 2008 
Origens 
 
Os defensores do behaviorismo atacavam duramente a Teoria Clássica, em função de seu 
excessivo mecanicismo, argumentando que o homem deveria pensar e criar mais. 
Os seguidores de Simon também criticavam a Teoria das Relações Humanas, pela sua 
ingenuidade, sugerindo que a liberdade fosse complementada com mais responsabilidade. 
Quanto à teoria burocrática, os comportamentalistas discordavam do modelo de máquina 
adotado como metáfora explicativa da organização. 
Em 1947, surge nos EUA, o livro O Comportamento Administrativo, de Simon, alcançando 
enorme repercussão, ao opor-se totalmente à Teoria Clássica, aceitando alguns princípios da Teoria 
das Relações Humanas. O livro também encaminha o surgimento da Teoria da Decisão (será 
estudado posteriormente). 
A abordagem comportamental da ciência administrativa propõe o abandono de posições 
normativas e descritivas e a adoção de uma posição humanística e descritiva, mantida portanto, a 
ênfase nas pessoas. 
A Psicologia Organizacional também contribuiu decisivamente para o surgimento de uma 
teoria administrativa mais democrática e humanística, à Teoria Comportamental da Administração. 
Outros seguidores de Simon: 
 Chester Barnard 
 Kurt Levin 
 Douglas McGregor 
 
No campo da Motivação Humana, destacaram-se, principalmente: 
 Abraham Maslow 
 Frederik Herzberg 
 David McClelland 
 
A motivação Humana 
 
Teoria Geral da Administração 
5 
 
Comportamentos como a passividade ou a recusa de responsabilidade são sintomas de uma 
doença denominada Insatisfação das Necessidades Egoísticas. Dessa forma, o homem frustrado está 
tão doente quanto o homem desnutrido. 
Deve, portanto a organização preocupar-se não somente com a satisfação das necessidades 
básicas dos seus empregados, visto que aquele que não tenha a oportunidade de interagir e obter 
valorização profissional, poderá mostrar-se insatisfeito, ainda que disponha de excelente 
remuneração. 
 
Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow 
 
Segundo Abraham Maslow (psicólogo e consultor americano), a satisfação de cada nível é 
pré-requisito para que o nível seguinte influa no comportamento, o que coloca o comportamento em 
constante dinâmica, já que pode num momento, ser guiado por exemplo, pela necessidade de auto-
realização ( caso de um mestrando/doutorando ) e no momento seguinte, pela necessidade de 
afetividade/amor ( supondo-se que o mesmo indivíduo tenha sofrido uma perda de um 
relacionamento pessoal, um divórcio, por exemplo ). 
A escalada da pirâmide ( demonstração gráfica da teoria - ver Idalberto Chiavenato, Teoria 
Geral da Administração, v 2, São Paulo, atlas), não depende apenas de condições oferecidas, mas 
também das circunstâncias de vida de cada pessoa. 
Por exemplo, durante muito tempo, a mulher foi pressionada pela sociedade no sentido de que 
reprimisse suas aspirações profissionais de auto-realização, a fim de dedicar-se à criação de seus 
filhos, o que já não se verifica hoje. 
As necessidades atuam sempre em conjunto, prevalecendo a mais elevada, desde que as 
inferiores estejam satisfeitas. Assim, uma reação comportamental é um canal, através do qual, várias 
necessidades fundamentais podem ser expressas ou satisfeitas conjuntamente. 
Portanto, qualquer indício de frustração é uma ameaça psicológica, o que produz reações 
gerais de emergência no comportamento humano. 
Maslow ampliou sua teoria, sugerindo que a organização assumisse a construção de uma 
ponte entre as necessidades básicas e de auto-realização dos indivíduos. 
 
1- Necessidades fisiológicas: Constituem o nível mais baixo de todas as necessidades humanas, mas 
de vital importância. Neste nível estão as necessidades de alimentação, de sono, de repouso, de 
abrigo, ou desejo sexual. 
2- Necessidades de segurança: constituem o segundo nível de necessidades humanas. São as 
necessidades de segurança ou de estabilidade, a busca de proteção contra a ameaça ou privação, a 
fuga ao perigo. 
3- Necessidades Sociais: surgem no comportamento, quando as necessidades mais baixas 
(fisiológicas e de segurança) se encontram relativamente satisfeitas. Dentre as necessidades sociais, 
estão as de associação, de participação, de aceitação por parte dos companheiros, de troca de 
amizade, de afeto e amor. 
4- Necessidades de estima: são as necessidades relacionadas com a maneira pela qual o indivíduo se 
vê e se avalia. Envolve a auto apreciação, autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de 
respeito, de status e de prestígio, e de consideração. 
5- Necessidade deauto-realização: são as necessidades humanas mais elevadas e que estão no topo 
da hierarquia. São as necessidades de cada pessoa realizar o seu próprio potencial e de continuamente 
auto-desenvolver-se. Essa tendência geralmente se expressa através do impulso de a pessoa tornar-se 
sempre mais do que é e de vir a ser tudo o que pode ser. 
 
Profª. MSc Marilda Sena P. Zuza 
6 
 
 
Primárias: "Saco Vazio não pára em pé !" 
Secundárias: Apesar de não ter sido comprovada cientificamente, a teoria de Maslow, devido à 
eficiente estruturação de suas ideias, foi aceita como de grande contribuição para a evolução das 
técnicas administrativas. 
Como pontos criticáveis, pode-se citar: 
 
 a difícil articulação operacional para o gerenciamento das necessidades básicas. 
 a impossibilidade da padronização do comportamento humano. 
 
 
 
 
Teoria dos Dois Fatores de Herzberg 
 
Frederick Herzberg, psicólogo, consultor e professor universitário americano, como base de sua 
teoria, afirma que o comportamento humano no trabalho é orientado por dois grupos de fatores, a 
saber: Os Higiênicos e os Motivacionais. 
 
 Fatores Higiênicos (extrínsecos) são aqueles definidos pelo contexto que envolve o 
empregado e que fogem ao seu controle. São exemplos deles: 
 Salários e Benefícios 
 Tipo de Chefia 
 Políticas e Diretrizes Organizacionais 
 
 O pensamento anterior considerava o trabalho como algo desagradável, demandando 
estímulos materiais ( positivos ) para a sua realização ou, por outro lado, punições ( negativos ) pela 
não-realização. 
 Contudo, quando os fatores higiênicos são ótimos, apenas evitam a insatisfação, não elevando 
a satisfação ou, se a elevam, não a mantém continuadamente. Por outro lado, quando são péssimos, 
provocam a insatisfação. Devido a isso, são caracterizados como Fatores Insatisfacientes. 
 
 Fatores Motivacionais (intrínsecos) são aqueles relacionados ao cargo e a natureza da tarefa 
desempenhada, sendo portanto, controlável pelo indivíduo e que devem levar ao 
reconhecimento e à valorização profissional, culminando com a auto-realização. 
Teoria Geral da Administração 
7 
 
 Estes fatores (profundos e estáveis), quando ótimos, levam à satisfação, mas quando precários, 
bloqueiam a satisfação, o que os caracteriza como Fatores Satisfacientes. 
Em suma, os pressupostos de Herzberg são: 
 
Relação Inexistente: 
 Herzberg propõe o enriquecimento de tarefas como elemento para se alcançar a satisfação no 
cargo. Este enriquecimento pode ser tanto vertical (aumento do grau de dificuldade do trabalho) ou 
lateral ( diversificação de atribuições ). 
 Cabem críticas quanto à tensão gerada pelo efeito vertical e ao possível sentimento de 
exploração que pode surgir do efeito lateral. 
 Contudo, o sucesso na implementação de ações dessa natureza dependerá das particularidades 
de cada organização e das pessoas que dela fizerem parte. 
 Os estudos de Herzberg, a exemplo de Maslow, a quem suas ideias vão totalmente ao 
encontro, também não obtiveram comprovação, ainda que tenham sido de grande valia para o 
desenvolvimento de técnicas para a administração comportamental. 
 
TEORIA X e Y ( Douglas McGregor) 
 
Como parte das teorias administrativas, a teoria comportamental procura demonstrar uma variedade 
de estilos administrativos utilizados nas organizações; o comportamento das pessoas têm relação 
direitas com as convicções e estilos utilizados pelos administradores . As teorias X e Y apresentam 
certas convicções sobre a maneira pela qual as pessoas se comportam dentro das organizações. 
 McGregor, um dos mais famosos autores behavioristas da Administração, preocupou-se em 
comparar dois estilos opostos e antagônicos de administração: de um lado, um estilo baseado na 
teoria tradicional, excessivamente mecanicista e pragmática (a que deu nome de Teoria X) e, de 
outro, um estilo baseado nas concepções modernas a respeito do comportamento humano (a que 
denominamos Teoria Y). 
 
TEORIA X 
 A teoria X caracteriza-se por ter um estilo autocrático que pretende que as pessoas fazerem 
exatamente aquilo que a organização pretende que elas façam, do jeito similar que a Administração 
Científica de Taylor, a Clássica de Fayol e a Burocrática de Weber. As convicções sobre o 
comportamento humano são as seguintes: 
 
 O homem é indolente e preguiçoso por natureza. 
 Não gosta de assumir responsabilidade e prefere ser dirigido. 
 O homem é fundamentalmente egocêntrico e seus objetivos pessoais opõem-se, em geral, aos 
objetivos da organização. 
 Persiste-se a mudanças. 
 A sua dependência o torna incapaz de autocontrole e disciplina. 
 A Administração segundo a teoria X, caracteriza-se pelos seguintes aspetos: 
 Responsabilidade pelos recursos da empresa (organização). 
 Processo de dirigir os esforços das pessoas (controle das ações para modificar o seu 
comportamento) 
 Políticas de persuasão, recompensas e punição (suas atividades são dirigidas em função dos 
objetivos e necessidades da empresa). 
 Remuneração como um meio de recompensa. 
 
Profª. MSc Marilda Sena P. Zuza 
8 
 
 
 
TEORIA Y 
 Ë a moderna concepção de Administração, se baseia na eliminação de preconceitos sobre a 
natureza humana, seus principais aspetos são: 
 O homem meio não tem desprazer inerente em trabalhar a aplicação do esforço físico ou 
mental, em seu trabalho é tão natural quanto jogar e descansar. 
 As pessoas não são resistentes as necessidades da empresa. 
 As pessoas têm motivação básica e padrões de comportamento adequados e capacidades para 
assumir responsabilidades. 
 Ele não só aceita responsabilidades, também as procura. 
 As capacidades de imaginação e de criatividade na solução de problemas são distribuídas 
entre as pessoas. 
 A teoria Y desenvolve um estilo altamente democrático através do qual administrar é um 
processo de criar oportunidades e proporcionar orientação quanto a objetivos. A administração se 
caracteriza pelos seguintes aspetos: 
 ë responsabilidade da Administração proporcionar condições para que as pessoas reconheçam 
e desenvolvam características como motivação, potencial de desenvolvimento, 
responsabilidade. 
 Criar condições organizacionais e métodos de operações por meio dos quais possam atingir 
seus objetivos pessoais e dirigir seus esforços em direção dos objetivos da empresa. 
 A teoria X apregoa um estilo administrativo de fiscalização e controle rígido, o qual limita as 
capacidades de participação e desenvolvimento de habilidades das pessoas, somente considera ao 
salário como o único estímulo. Estas considerações tem causado que não se utilizem todas as 
capacidades das pessoas, segundo a teoria Y, a Administração deve liberar potenciais rumo ao 
autodesenvolvimento. O estilo administrativo segundo a teoria Y baseia-se em uma serie de medidas 
inovadoras e humanistas, dentre das quais salienta as seguintes: 
 
 Descentralização das decisões de responsabilidade. 
 Ampliação do cargo para maior significado do trabalho. 
 Participação nas decisões mais altas e administração consultiva. 
 Autoavaliação do desempenho. 
 
 McGregor classifica aos incentivos ou recompensas em diversas categorias: 
 Os incentivos extrínsecos – ligados ao ambiente, ralação comportamento com trabalho. 
 Os incentivos intrínsecos – Inerentes à própria natureza da tarefa – realização do indivíduo em 
o desempenho de seu trabalho. 
 A estratégia proposta por McGregor é a Administração deve criar condições tais que os 
membros da organização, em todos os níveis, possam melhor alcançar seus próprios objetivos, 
dirigindoseus esforços para os objetivos da organização. 
 
 
 
 
 
 
 
Teoria Geral da Administração 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teoria 
 Estruturalista 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª. MSc Marilda Sena P. Zuza 
10 
 
TEORIA ESTRUTURALISTA 
 
Estruturalismo é a teoria que se preocupa com o todo e com o 
relacionamento das partes na constituição do todo. A totalidade, a 
interdependência das partes e o fato de que o todo é maior do que a simples 
soma das partes são suas características básicas. 
 
Ao final da década de 1950, a Teoria das Relações Humanas entrou em declínio. A oposição 
entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas criou um impasse dentro da Administração 
que mesmo a Teoria da Burocracia não teve condições de ultrapassar. 
 
A Teoria Estruturalista veio representar um verdadeiro desdobramento da Teoria da 
Burocracia e uma leve aproximação em direção à Teoria das Relações Humanas. Representa também 
uma visão extremamente crítica da organização formal. 
 
De um modo geral, as origens da Teoria Estruturalista na Administração foram as seguintes: 
 
 A oposição surgida entre a Teoria Tradicional e a Teoria das Relações Humanas – incompatíveis 
entre si – tornou necessária uma posição mais ampla e mais compreensiva, que abrangesse os 
aspectos que, considerados por uma, eram omitidos pela outra. 
 A necessidade de se visualizar a “organização como uma unidade social e complexa, onde 
interagem muitos grupos sociais” que compartilham com alguns dos objetivos da organização, mas 
que podem incompatibilizar com outros. 
 A influência do estruturalismo nas ciências sociais e a repercussão destas no estudo das 
organizações sociais. 
 Novo conceito de estrutura – estrutura é o conjunto formal de dois ou mais elementos e que 
subsiste inalterado seja na mudança, seja na diversidade de conteúdos, ou seja, a estrutura se mantém 
mesmo com a alteração de um dos elementos ou relações. 
 
Com o estruturalismo ocorreu a preocupação exclusiva com as “estruturas”, em prejuízo de 
outros modos, para se compreender a realidade. Estruturalismo é um método analítico e comparativo 
que estuda os elementos ou fenômenos com relação a uma totalidade, salientando o seu valor de 
posição. 
 
A Sociedade de Organizações 
 
As organizações constituem a forma dominante de instituição em nossa sociedade: são as 
manifestações de uma sociedade altamente especializadas e interdependentes, que se caracteriza por 
um crescente padrão de vida. As organizações permeiam todos os aspectos da vida moderna e 
envolvem a atenção, tempo e energia de numerosas pessoas. 
 
As organizações formais por excelência são as burocracias. Daí o fato de a Teoria 
Estruturalista ter como principais expoentes figuras que se iniciaram com a Teoria da Burocracia. 
 
 Uma organização tem um objetivo, uma meta, e para que este seja alcançado com mais 
eficiência, é necessário que haja uma relação estável entre as pessoas, sendo estas relações sociais 
Teoria Geral da Administração 
11 
 
estáveis criadas deliberadamente, para atingir determinado fim. Existe um tipo específico de 
organização, as chamadas organizações formais. 
 
Dentre as organizações formais existem as chamadas organizações complexas. Devido ao seu 
grande tamanho ou à natureza complicada das operações (como os hospitais e universidades), sua 
estrutura e processo apresentam alto grau de complexidade. A convergência dos esforços entre as partes 
componentes (departamentos, seções) é dificultada por fatores como a diferenciação das características 
pessoais e ao enorme tamanho da organização. 
 
Para os estruturalistas, a sociedade moderna e industrializada é uma sociedade de 
organizações, das quais o homem passa a depender para nascer, viver e morrer. Essas organizações 
são altamente diferenciadas e requerem das suas participantes determinadas características de 
personalidade. Essas características permitem a participação simultânea das pessoas em várias 
organizações, nas quais os papéis desempenhados variam, podendo até chegar à inversão. 
 
As organizações, de acordo com Amitai Etzioni, Sociólogo Alemão, destaca que as 
organizações sofreram um longo e penoso processo de desenvolvimento, através de quatro etapas: 
 
1. Etapa da natureza: é a etapa inicial, onde os elementos da natureza constituíam a base única 
de subsistência da humanidade. O papel do capital e do trabalho é irrelevante nesta etapa da 
história da civilização. 
2. Etapa do trabalho: os elementos da natureza passam a ser transformado através do trabalho, 
que conquista rapidamente o primeiro plano entre os elementos que concorrem para a vida da 
Humanidade. 
3. Etapa do capital: o capital passa a preponderar sobre a natureza e o trabalho, tornando-se um 
dos fatores básicos da vida social. 
4. Etapa da organização: o desenvolvimento da Humanidade levou gradativamente as forças 
naturais, o trabalho e o capital a uma submissão à organização. 
 
A sociedade moderna, ao contrário das sociedades anteriores, atribui um elevado valor moral 
ao racionalismo, à eficiência e à competência, pois a civilização moderna depende, em grande parte, 
das organizações, como as formas mais racionais e eficientes que se conhecem de agrupamento 
social. 
 
Tipologia das Organizações 
 
Não existem duas organizações iguais. As organizações são diferentes entre si e apresentam 
enorme variabilidade. Contudo, elas apresentam certas características que permitem classificá-las em 
certos grupos ou tipos. Essas classificações que denominaremos tipologias das organizações. 
 
Para facilitar a análise comparativa das organizações, boa parte dos autores estruturalistas 
desenvolveu tipologias de organizações, tentando classificá-las de acordo com certas características 
distintivas. 
 
 Tipologia de Etzioni 
 
Etzioni elabora sua tipologia de organizações, classificando as organizações com base no uso 
 
Profª. MSc Marilda Sena P. Zuza 
12 
 
e significado da obediência. Para ele, a estrutura de obediência em uma organização é determinada 
pelos tipos de controles aplicados aos participantes. Assim, a tipologia das organizações, segundo 
Etzioni, é a seguinte: 
 
a) Organizações coercitivas: o poder é imposto pela força física ou por controles baseados 
em prêmios ou punições. Utilizam a força - latente ou manifesta - como o significado 
principal de controle sobre os participantes de nível inferior. O envolvimento dos 
participantes tende a ser "alienativo" em relação aos objetivos da organização. As 
organizações coercitivas incluem exemplos como os campos de concentração, prisões, 
instituições penais etc. 
 
b) Organizações utilitárias: poder baseia-se no controle dos incentivos econômicos. 
Utilizam a remuneração como base principal de controle. Os participantes de nível 
inferior contribuem para a organização com um envolvimento tipicamente "calculativo", 
baseado quase exclusivamente nos benefícios que esperam obter. O comércio e as 
corporações trabalhistas estão incluídos nesta classificação. 
 
c) Organizações normativas: o poder baseia-se em um consenso sobre objetivos e métodos 
de organização. Utiliza o controle moral como a força principal de influência sobre os 
participantes. Os participantes têm um alto envolvimento "moral" e motivacional. As 
organizações normativas são também chamadas "voluntárias" e incluem a Igreja, 
universidades, hospitais e muitas organizações políticas e sociais. Aqui, os membros 
tendem a buscar seus próprios objetivos e a expressar seus próprios valores pessoais. 
 
 Tipologia de BLAU e SCOTT 
 
Blau e Scott apresentamuma tipologia das organizações baseada no beneficiário, ou seja, de 
quem se beneficia com a organização. 
 
Para Blau e Scott, há quatro categorias de participantes que podem se beneficiar com uma 
organização formal: 
1. os próprios membros da organização; 
2. os proprietários ou dirigentes da organização; 
3. os clientes da organização: 
4. o público em geral. 
 
A tipologia de Blau e Scott apresenta a vantagem de enfatizar a força de poder e de influência 
do beneficiário sobre as organizações, a ponto de condicionar a sua estrutura. 
 
O Homem Organizacional 
 
Enquanto a Teoria Clássica caracteriza o “homo economicus” e a Teoria das Relações 
Humanas o “homem social”, a Teoria Estruturalista caracteriza o “homem organizacional”, ou 
seja, o homem que desempenha papéis diferentes em diferentes organizações. 
O Homem organizacional, para ser bem-sucedido precisa ter as seguintes características de 
personalidade: 
 
Teoria Geral da Administração 
13 
 
 Flexibilidade, em face das constantes mudanças que ocorrem na vida moderna, bem como da 
diversidade dos papéis desempenhados nas diversas organizações. 
 Tolerância às frustrações, para evitar o desgaste emocional decorrente do conflito entre 
necessidades organizacionais e necessidades individuais, cuja mediação é feita através de 
normas racionais. 
 Capacidade de adiar as recompensas e poder compensar o trabalho rotineiro dentro da 
organização, em detrimento das preferências e vocações pessoais por outros tipos de atividade 
profissional. 
 Permanente desejo de realização, para garantir a conformidade e cooperação com as normas 
que controlam e asseguram o acesso às posições de carreira dentro da organização, 
proporcionando recompensas e sanções sociais e materiais. 
 
Essas características de personalidade não são exigidas sempre no nível máximo pelas 
organizações, mas a partir de composições e combinações que variam enormemente e de acordo com 
a organização e com o cargo ocupado. 
 
Análise das Organizações 
 
A análise das organizações, do ponto de vista estruturalista, é feita a partir de uma abordagem 
múltipla que leva em conta simultaneamente os fundamentos da Teoria Clássica, os da Teoria das 
Relações Humanas e os da Teoria da Burocracia. Essa abordagem múltipla utilizada pela Teoria 
Estruturalista envolve: 
 Tanto a organização formal como a organização informal; 
 Tanto as recompensas salariais e materiais como as recompensas sociais e simbólicas; 
 Os diferentes níveis hierárquicos da organização; 
 Tanto a análise intra-organizacional como a análise interorganizacional. 
 
É neste contexto que surgiu a Teoria Estruturalista a qual representou um verdadeiro 
desdobramento da Teoria da Burocracia e uma leve aproximação em direção à Teoria das Relações 
Humanas. Representa também uma visão crítica da organização formal. 
 
Enquanto a teoria clássica se concentra na organização formal, a teoria das relações 
humanas tem como objeto de estudo a organização informal. 
 
A teoria estruturalista estuda o relacionamento entre ambas, buscando o equilíbrio entre as 
duas organizações formal e informal. 
 
Organização Formal 
Refere-se geralmente ao padrão de organização determinado pela administração como o esquema de 
divisão de trabalho e poder de controle, regras e regulamentos de salários e controle de qualidade. 
 
Organização Informal 
 Refere-se ao relacionamento interpessoal, ou seja, as relações sociais que se desenvolvem 
espontaneamente entre o pessoal ou os trabalhadores, acima e além da formal (trabalham em equipe e 
são amigos). 
 
 
Profª. MSc Marilda Sena P. Zuza 
14 
 
Objetivos Organizacionais 
 
Um objetivo organizacional é uma situação desejada que uma organização tenta atingir; um 
objetivo é um estado que se procura, e não um estado que se possui. A eficiência geral de uma 
organização é determinada pela medida em que essa organização atinge seus objetivos. 
 
Funções dos objetivos organizacionais: 
 pela apresentação de uma situação futura indica uma orientação que a organização 
procura seguir; 
 os objetivos constituem uma fonte de legitimidade que justifica as atividades de uma 
organização; 
 os objetivos servem como padrões para avaliar o êxito da organização; 
 os objetivos servem como unidade de medida para o estudioso de organizações que 
tenta verificar e comparar a sua produtividade. 
 
O estabelecimento de objetivos por uma organização é intencional, é um processo de 
interação entre a organização e o ambiente. 
 
Ambiente Organizacional 
 
Ambiente é tudo o que envolve externamente e internamente uma organização. Uma 
organização depende de outras organizações para seguir seu caminho e atingir seus objetivos. Assim, 
o importante não é somente a análise organizacional, mas também a análise interorganizacional, que 
está voltada para as relações externas entre uma organização e outras organizações no ambiente. 
 
Conflitos Organizacionais 
 
Os estruturalistas discordam que haja harmonia de interesse entre patrões e empregados (como 
afirma a teoria clássica) ou de que essa harmonia deva ser preservada pela administração, através de uma 
atitude compreensiva e terapêutica, nivelando as condutas individuais (como afirma a teoria das relações 
humanas). 
 
Ambas as teorias colocam fora de discussão o problema conflito, provavelmente em decorrência 
de seu caráter prescritivo. Para os estruturalistas, os conflitos são os elementos geradores de mudanças e 
do desenvolvimento da organização. 
 
Conflito significa a existência de ideias, sentimentos, atitudes ou interesses antagônicos e 
colidentes que podem se chocar. Sempre que se fala em acordo, aprovação, resolução, consentimento 
deve-se lembrar que essas palavras pressupõem a existência ou a iminência de seus opostos, como 
desacordo, desaprovação, desentendimento, oposição – o que significa conflito. O conflito é condição 
geral do mundo animal. Conflito e cooperação são elementos integrantes da vida de uma organização. 
 
Uma das situações conflitivas típicas é a tensão imposta à organização pela utilização do 
conhecimento como criar, cultivar e aplicar o conhecimento sem solapar a estrutura hierárquica da 
organização. Muitas vezes o conhecimento traz conflitos com a hierarquia. 
 
Teoria Geral da Administração 
15 
 
Para Blau e Scott existem dois tipos de conflitos, em um processo fundamentalmente dinâmico e 
dialético, importantes do desenvolvimento das organizações : 
 
 O conflito entre a organização informal e a organização formal ; 
 O conflito existente na relação entre clientes e organização. 
 
Para estes dois autores há uma relação de mútua dependência entre conflitos e mudanças, pois as 
mudanças precipitam conflitos e os conflitos geram inovações. 
 
Esta teria foi classificada como a teoria da crise, pois aponta mais os problemas e aspectos 
críticos das organizações do que propriamente as soluções. Sendo muito mais descritiva e crítica do 
que propositiva. 
 
Apreciação crítica do Estruturalismo 
 
As tipologias das organizações apresentadas pelos estruturalistas são criticadas pelas suas 
limitações quanto à aplicação na prática e pelo fato de se basearem em um único princípio básico. 
 
Apesar da necessidade das tipologias, não se dispõe de um esquema adequado para as 
organizações, as apresentadas são unidimensionais e simples. A Teoria Estruturalista é uma teoria de 
transição e de mudança, de certa forma é uma “ponte” para a Teoria de Sistemas. 
 
No fundo a ideia da integração dos elementos numa totalidade é a mesma ideia básica que 
sustenta a Teoria dos Sistemas. 
 
Os autores neo-estruturalistassão os responsáveis pelo surgimento da Teoria da Contingência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª. MSc Marilda Sena P. Zuza 
16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abordagem Sistêmica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teoria Geral da Administração 
17 
 
ABORDAGEM SISTÊMICA DA ADMINISTRAÇÃO 
 
De acordo com CHIAVENATO (2003), esta abordagem surge em 1951, 
nos Estados Unidos da América do Norte, enfocou a variável AMBIENTE e 
teve vários representantes, entre os quais KATZ, KHAN, KAST, 
ROSENZWEIG, CHURCHMAN. 
 
Até a Abordagem Sistêmica, a Teoria Geral da Administração sofreu a influência de três 
princípios intelectuais: 
 
1. o reducionismo: baseado na crença de que todas as coisas podem ser decompostas e 
reduzidas em seus elementos fundamentais simples, que constituem unidades indivisíveis; 
 
2. o pensamento analítico: baseado na decomposição do todo nas suas partes simples que são 
solucionadas ou explicadas para depois agregar essas respostas num todo. 
 
3. o mecanicismo: baseado numa relação de causa e efeito. Nesse princípio, os efeitos são 
totalmente determinados pelas causas, numa visão determinística do mundo. 
 
Com a Teoria Geral dos Sistemas, esses princípios passaram a ser substituídos pelos seus 
opostos: 
 
 
 
O expansionismo é a transferência da visão focada nas partes para a visão focada no todo. É 
baseado na visão sistêmica. 
O pensamento sintético está mais interessado em ter uma visão unificada das coisas do que em 
separá-las. 
A teleologia é um principio segundo o qual a causa é uma condição necessária, mas nem 
sempre suficiente para que surja um efeito. 
 
Esses três princípios foram propostos pela TGS – Teoria Geral dos Sistemas, elaborada pelo 
biólogo alemão Ludwig von BERTALANFFY e permitiram o surgimento da Cibernética. 
 
A teoria administrativa, absorvendo esses novos conceitos, adotou uma postura sistêmica. 
A Abordagem Sistêmica, por CHIAVENATO (2003), apresenta as teorias: 
 
 Tecnologia da Informação e Administração 
 Teoria Matemática da Administração 
 Teoria de Sistemas 
 
 
Profª. MSc Marilda Sena P. Zuza 
18 
 
Tecnologia da Informação e Administração 
 
Conforme CHIAVENATO (2003), a Tecnologia da Informação e Administração tem como 
origem a Cibernética (ciência da comunicação e do controle), criada por Norbert WIENER, em 
meados da década de 1940, ao mesmo tempo em que Von NEWMAN e MORGENSTERN criavam a 
Teoria dos Jogos e Von BERTALANFFY definia a Teoria Geral dos Sistemas. 
 
A Cibernética teve como foco principal a sinergia (ver definição, adiante) e surgiu como uma 
ciência interdisciplinar para relacionar as ciências, preencher os espaços vazios não-pesquisados por 
nenhuma delas e permitir que cada ciência utilizasse os conhecimentos das outras. 
 
Essa ciência oferece sistemas de organização e de processamento de informações e controles 
que auxiliam as demais ciências. 
 
O campo de estudo da Cibernética são os sistemas, que são conjuntos de elementos 
dinamicamente relacionados, para atingir um objetivo. 
 
Os principais conceitos relacionados com os sistemas são: 
 
• entradas (inputs): o que alimenta o sistema para que ele possa operar. Constitui tudo o que o 
sistema recebe de seu mundo exterior (ambiente) e, genericamente, pode ser: materiais, informação e 
energia; 
• saídas (output): tudo o que o sistema produz, tratando ou transformando as entradas que 
recebe; 
• caixa negra (black box): é um conceito que exprime todo o trabalho (processo) que o 
sistema executa internamente para produzir suas saídas, a partir das entradas que recebe, mas que não 
pode ser desvendado, pois os elementos internos são desconhecidos. Ele (o interno ao sistema) se dá a 
conhecer, apenas mostrando como as manipulações e as entradas levam a tais ou quais resultados; 
• retroação (feedback): também denominado como retroalimentação ou retroinformação 
constitui-se no retorno de uma parcela da energia de saída de um sistema que volta à entrada, para 
informar e promover mudanças necessárias; 
• homeostasia: equilíbrio dinâmico ou estado firme que o sistema persegue para continuar 
sobrevivendo, obtido pela auto-regulação ou autocontrole; 
• informação: é um processo de redução de incerteza, pois é o conhecimento usado para 
orientar a ação e reduzir a incerteza que cerca as decisões cotidianas. 
 
 
Teoria da Informação 
 
Resultado das pesquisas de Claude E. SHANNON e Warren WEAVER no campo da telefonia, 
em 1949. Eles desenvolveram um modelo para tratar o sistema de comunicação a ser enviada: 
 
• fonte ou emissor: quem ou o que emite e fornece informação por meio de um sistema; 
• transmissor ou codificador: codifica a mensagem que veio na linguagem do emissor para 
uma linguagem possível de ser transmitida pelo canal; 
 
Teoria Geral da Administração 
19 
 
• canal: meio físico pelo qual a informação, já codificada, é enviada. Faz o intermédio entre o 
transmissor e o receptor; 
• receptor ou decodificador: traduz a mensagem codificada na linguagem do canal para a 
linguagem que o destino entende; 
• destino: quem ou o que vai receber a mensagem enviada pela fonte; 
• ruído: toda e qualquer perturbação indesejável que tende a alterar, de modo imprevisível, as 
mensagens transmitidas. 
 
Esse processo, que ficou conhecido com o nome de processo de comunicação. 
 
Outros conceitos importantes: 
 
• entropia: é o grau de perda de energia de um sistema, ou seja, a tendência que todos os 
sistemas têm para a desorganização, desordem, desaparecimento (morte); 
 
• negentropia: suprimento de informação que leve à negação da entropia; 
• sinergia: efeito multiplicador das partes de um sistema que leva a um resultado final para o 
sistema, maior do que seria a soma dos resultados parciais dessas partes, se acontecessem 
isoladamente; 
• informática: disciplina que cuida do tratamento racional e sistemático da informação por 
meios automáticos. 
 
Consequências da Informática na Administração 
 
• automação: é uma síntese da ultramecanização, superracionalização (a melhor combinação de 
meios possíveis), processamento contínuo e controle automático pela retroação que alimenta a 
máquina com o seu próprio produto). Permitiu uma explosão de utilizações em todos os campos da 
administração: indústrias, ferrovias, bancos etc; 
• tecnologia da informação (TI): principal produto da Cibernética, representa a convergência 
do computador com a televisão e as telecomunicações; 
• sistemas de informação gerencial (SIG): sistemas computacionais capazes de proporcionar 
informação como alimentação para decisões a serem tomadas pelos gestores nas organizações; 
• integração do negócio: busca da integração, conectividade e mobilidade que agilizem os 
processos das organizações. Sua base é a Internet; 
• e-business: negócios virtuais com base na mídia eletrônica. 
 
Críticas à Tecnologia da Informação 
 
• é o recurso organizacional mais importante para a nova organização; 
• a TI ainda não conseguiu gerar os benefícios de produtividade e de desempenho esperados 
pelas organizações. 
 
Teoria Matemática da Administração 
 
A Teoria Matemática é uma abordagem recente dentro da TGA –Teoria Geral da 
Administração. 
 
Profª. MSc Marilda Sena P. Zuza 
20 
 
Era conhecida, até há pouco tempo, apenas pela pesquisa operacional, mas evoluiu para se 
tornar um importante campo da teoria administrativa: a Administração Operacional. 
 
Sua principal área de atuação na Administração é o processo decisorial, principalmente com 
relaçãoàs decisões programáveis e quantitativas. 
 
Os temas mais tratados por essa especialidade são: operações, serviços, qualidade, estratégia e 
tecnologia. Abrange: 
 
• o processo decisório 
• os modelos matemáticos em administração 
• pesquisa operacional (PO) 
• teoria dos jogos 
• controle estatístico da qualidade 
• qualidade total 
• balanced scorecard (BSC) 
 
Há um grande potencial para os modelos matemáticos em Administração. 
 
A pesquisa operacional é uma das alternativas de métodos quantitativos de enorme aplicação 
dentro da Administração, através de variadas técnicas, como teoria dos jogos, teoria das filas, teoria 
dos grafos, programação linear, probabilidade e Estatística Matemática e programação dinâmica. 
 
A Abordagem Matemática fundamenta-se na necessidade de medir e avaliar quantitativa e 
objetivamente as ações organizacionais. Os 6-Sigma e o Balanced Escorecard são exemplos de 
medição em função de objetivos estratégicos. 
 
Críticas à Teoria Matemática da Administração 
 
• limitações da teoria matemática: mais voltada para a parte operacional das organizações, não 
foca a organização como um todo; 
• reducionismo dos métodos da PO (pesquisa operacional): a abordagem é matemática, 
objetiva, quantificativa e reducionista; 
• similaridade com a Administração Científica; 
• reducionismo da Teoria Matemática: é mais uma abordagem para problemas de 
Administração que uma escola de Administração; 
• Administração de Operações. 
 
A Administração de Operações atualmente está voltada para operações de manufatura e de 
serviços, utilizando intensamente a contribuição da tecnologia (informática) e da Matemática. 
 
Teoria de Sistemas 
Conforme CHIAVENATO (2003) A TGS – Teoria Geral de Sistemas, desenvolvida por L.Von 
BERTALANFFY, influenciou o pensamento de todas as ciências e foi incorporada, sem exceção, por 
todas elas. A Teoria de Sistemas é uma decorrência da TGS. 
 
Teoria Geral da Administração 
21 
 
Por sua visão de relacionamento – obrigatório – entre as partes, essa abordagem contrapõe-se à 
abordagem de sistema fechado. 
 
Por sistema fechado, entende-se o sistema que não se relaciona com o ambiente e que, portanto, 
não produz nenhuma troca com ele: não recebe nem dá nada. 
 
Ao contrário, um sistema aberto é aquele que recebe entradas do seu ambiente e devolve como 
resultado algum produto ou saída. Essa troca caracteriza o sistema aberto. Ambiente: é o sistema 
maior, onde o sistema está colocado ou do qual o sistema faz parte, como subsistema. 
 
Quando se fala em troca com o ambiente, entenda-se trocas com os demais sistemas que 
compõem o ambiente (sistema maior). 
 
O conceito de sistema é complexo, pois exige a compreensão de características e parâmetros 
dos sistemas, a saber: 
 
• propósito: todo sistema tem um ou mais objetivos, para os quais todas as suas partes devem 
concorrer integradamente; 
• globalismo ou totalidade: qualquer alteração numa das partes de um sistema influencia todas 
as demais e reciprocamente. Essas alterações produzem mudanças nos sistemas, exigindo ajustes 
contínuos. Isso provoca dois fenômenos no sistema: entropia e homeostasia; 
 
• entropia: fenômeno que leva o sistema à exaustão, à degradação; 
• homeostasia, ou homeostase: equilíbrio dinâmico, devido à auto-regulação ou autocontrole; 
• entrada (input): tudo o que o sistema importa ou recebe do seu ambiente para poder 
funcionar: materiais, energia ou informação. 
• processo: conjunto de atividades, internas ao sistema, que trata ou transforma as entradas em 
saídas; 
• saída (output): resultado final da operação de um sistema. É o que sai do sistema para o 
ambiente; 
• retroação (ou realimentação ou retroalimentação): conceito segundo o qual parte da energia 
da saída de um sistema retorna à entrada, normalmente no sentido de alterá-la de alguma maneira; 
 
Algumas definições para sistema: 
 
• é um conjunto de elementos em interação recíproca; 
• é um conjunto de partes reunidas que se relacionam entre si formando uma totalidade; 
• é um conjunto de elementos interdependentes, cujo resultado final é maior que a soma dos 
resultados que eles teriam, caso operassem de maneira isolada (sinergia); 
• é um conjunto de elementos interdependentes e interagentes no sentido de alcançar um 
objetivo ou finalidade; 
• é um grupo de unidades combinadas que formam um todo organizado, cujas características 
são diferentes das características das unidades; 
• é um todo organizado ou complexo – um conjunto ou combinação de partes, formando um 
todo complexo ou unitário orientado para uma finalidade. 
 
 
 
Profª. MSc Marilda Sena P. Zuza 
22 
 
Uma representação para os parâmetros de um sistema genérico: 
 
Os parâmetros de um sistema 
 
 
 
Fonte: CHIAVENATO (2006) 
 
Representação genérica para um sistema aberto: 
 
 
Modelo genérico de sistema aberto 
Fonte: CHIAVENATO (2006) 
 
As organizações são abordadas como sistemas abertos, pois fazem parte de um sistema maior, 
que é a sociedade , que, por sua vez, é também composta por outras partes menores. As organizações 
podem promover trocas com todos esses subsistemas da sociedade. Têm objetivos, possuem 
fronteiras ou limites definidos, buscam um estado de equilíbrio dinâmico (homeostase), apresentam 
morfogênese (capacidade de promoverem alterações, modificações ou mudanças em si próprias, coisa 
que um animal ou máquina não podem fazer). 
 
Esse conceito foi explorado pelos teóricos KATZ e KAHN. Uma aplicação desses conceitos na 
teoria da administração é feita pelo modelo sóciotécnico de Tavistock, que entende a organização 
como um conjunto de dois subsistemas: o técnico e o social: 
 
 
Fonte: CHIAVENATO (2007) 
Teoria Geral da Administração 
23 
 
Essa abordagem sistêmica revolucionou a visão sobre a organização e possibilitou um enorme 
desenvolvimento no seu tratamento, com excelentes resultados. 
 
Críticas à Teoria de Sistemas 
 
• confronto entre as teorias de sistema aberto e as de sistema fechado: trouxe uma nova e 
moderna concepção à teoria da administração; 
 
• características básicas da análise sistêmica: ponto de vista sistêmico; abordagem dinâmica; 
multidimensional e multinivelada; multimotivacional; probabilística; multidisciplinar; descritiva; 
multivariável; adaptativa; 
 
• caráter integrador e abstrato da Teoria de Sistemas; 
• efeito sinérgico das organizações como sistemas abertos; 
• homem funcional; 
• nova abordagem organizacional; 
• ordem e desordem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª. MSc Marilda Sena P. Zuza 
24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abordagem Contingencial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teoria Geral da Administração 
25 
 
 
 
ABORDAGEM CONTINGENCIAL 
 
De acordo com CHIAVENATO (2003), a Teoria da Contingência surge em 1972, nos Estados Unidos 
da América do Norte, enfocou as variáveis AMBIENTE e TECNOLOGIA, sem desprezar as demais 
(TAREFAS, PESSOAS e ESTRUTURA) e teve como principais representantes, CHANDLER, BURNS e 
STALKER, WOODWARD THOMPSON, LAWRENCE e LORSCH, e PERROW. 
 
É a teoria mais recente dentro da TGA e vai além da Teoria de Sistemas. 
 
A sua mensagem central é que nada é definitivo ou absoluto em administração, pois tudo depende de 
contingências. 
 
A partir das pesquisas dos seus autores a respeito das organizações e de seus ambientes, concluiu-se que 
a teoria administrativa disponível era insuficiente para explicar os mecanismosde ajustamento das 
organizações aos seus ambientes de maneira proativa e dinâmica. 
 
Houve a constatação de que as características das organizações são conseqüências do ambiente em que 
se encontram alojadas. Isso deslocou o estudo para esses ambientes e para as relações de interdependência 
entre eles a as organizações. 
 
No início, as organizações até escolhem os ambientes em que querem se instalar, mas, com o tempo, 
passam a ser condicionadas por eles, tendo que se adaptar a eles para não morrer. 
 
Então, conhecer o ambiente passou a ser indispensável para compreender os mecanismos 
organizacionais. Essa análise ambiental, entretanto, ainda não é totalmente suficiente para conclusões 
definitivas, o que implicou investir em pesquisas noutra variável: a tecnologia. 
 
A tecnologia utilizada pela organização condiciona o modo como a organização monta sua estrutura. 
Assim, para fazer frente ao ambiente e às suas demandas, as organizações procuram tecnologias que acabam 
condicionando o seu funcionamento. 
 
Dessa maneira, essa abordagem baseou-se nas variáveis ambiente e tecnologia, relacionando-as com as 
demais: tarefas, pessoas e estrutura. 
 
Assim, a Teoria Contingencial propõe novos modelos organizacionais, mais flexíveis e orgânicos , tais 
como a estrutura matricial, a estrutura em redes e a estrutura em equipes. As pesquisas de BURNS e 
STALKER, relacionando as empresas com seu ambiente externo levantam novas características para as 
organizações. 
 
Essa nova proposta entende a empresa como um sistema orgânico (vivo) e valoriza a abordagem 
contingencial sobre a motivação e liderança. 
 
Considera que as organizações, noutras abordagens da administração, funcionam como sistemas 
mecânicos e contrapõe a elas sua visão orgânica. 
 
Segundo CHIAVENATO (2003) esses sistemas mostram notáveis diferenças: 
 
Profª. MSc Marilda Sena P. Zuza 
26 
 
 
Os sistemas mecânicos apresentam: coordenação centralizada, padrões rígidos de interação em cargos 
bem definidos, limitada capacidade de processamento da informação, boa adequação para tarefas simples e 
repetitivas e adequação para eficiência da produção. 
Por outro lado, os sistemas orgânicos são caracterizados por: elevada interdependência, intensa 
interação em cargos autodefinidos e mutáveis, capacidade expandida de processamento da informação, 
adequação para tarefas únicas e complexas e adequação para criatividade e inovação. 
 
Os trabalhos de LAWRENCE e LORSCH, também relacionando as organizações com o seu ambiente, 
constatam duas características: a diferenciação e a integração e mostram que a organização trabalha com esses 
dois movimentos antagônicos para sobreviver dentro de seu ambiente. 
 
Joan WOODWARD, pesquisando indústrias inglesas conseguiu relacionar a influência da tecnologia no 
desenho da estrutura das organizações. 
 
De acordo com a tecnologia em uso, uma organização teria maior ou menor escala de níveis 
hierárquicos na sua estrutura. 
 
Os tipos de tecnologia identificados por WOODWARD aparecem na tabela a seguir: 
 
 
Fonte: Adaptado de CHIAVENATO (2003, p.511) 
 
 
Conforme mostra CHIAVENATO (2003), as consequências dessas tecnologias na estrutura das 
organizações podem ser assim descritas: 
 
• A tendência de produção unitária ou oficina apresenta baixa previsibilidade dos resultados, poucos 
níveis hierárquicos, pouca padronização, onde predomina engenharia (pesquisa e desenvolvimento). 
 
• A tendência de produção em massa tem média previsibilidade dos resultados, médio número de níveis 
hierárquicos, média padronização e automação, em que prepondera a produção (operações). 
 
• A tendência contínua é caracterizada por elevada previsibilidade dos resultados, muito níveis 
hierárquicos, muita padronização e automação, com destaque para marketing (vendas). 
 
Na TGA, as várias teorias registradas apresentaram enfoques diferentes quando tratavam com suas 
variáveis internas e com o ambiente. 
 
A figura a seguir ilustra essa relação: 
Teoria Geral da Administração 
27 
 
 
Continuum das teorias da Administração em relação ao ambiente. 
 
 
 
Fonte: CHIAVENATO (2003, p.512) 
 
É, portanto, notória a crescente importância que vem sendo dada ao ambiente. Este pode ser 
caracterizado, com relação às organizações, de duas maneiras: como ambiente geral e ambiente de tarefa. 
 
O ambiente de tarefa é aquele diretamente ligado à organização e diz respeito àquilo que a organização 
faz. Envolve os fornecedores, clientes, concorrentes e entidades reguladoras. Todos esses componentes dizem 
respeito diretamente ao que a organização faz. Assim, há um ambiente de tarefa para cada tipo de organização. 
 
Já o ambiente geral é o mesmo para todas as organizações, independente de que tipo seja e do que faz. 
É composto por condições tecnológicas, culturais, ecológicas, demográficas, econômicas, públicas e legais. 
 
O ambiente é classificado como homogêneo (pouca segmentação de mercado, mais simples, etc.) ou 
heterogêneo. 
Também é caracterizado como estável (pouca mudança, previsíveis, presença de certeza, etc. ) ou 
instável. 
Dependendo do tipo de ambiente dessa classificação em que a organização se encontra, vão variar, a sua 
estrutura, suas regras o tratamento dados aos problemas, entre outras coisas. 
 
Motivação 
 
A motivação também é referência nos estudos contingenciais, por meio dos modelos de Victor 
VROOM, que propôs o Modelo da Expectância, desenvolvido por de LAWLER III. 
 
Liderança 
 
Há o modelo contingencial de liderança, estudado por FIEDLER. Também é denominado modelo de 
favorabilidade da liderança. 
 
Críticas à Teoria da Contingência 
• relativismo em administração: não aceita princípios universais e definitivos; 
• bipolaridade contínua: conceitos dinâmicos, apresentados por continuuns; 
• ênfase no ambiente: focaliza a organização de fora para dentro; 
• ênfase na tecnologia: a organização é um meio de utilização racional da tecnologia; 
• compatibilidade entre abordagens de sistemas fechados e de sistemas abertos: as organizações 
possuem características de sistemas orgânicos e mecanísticos; 
• caráter eclético e integrador: a contingencial aceita todas as visões. 
 
 
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28 
 
Ao mesmo tempo em que é eclética e interativa, a Teoria Contingencial é relativista e situacional. Isso 
leva a pensar que essa abordagem é muito mais uma maneira de ver o mundo do que uma teoria administrativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abordagem Neoclássica 
da Administração 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teoria Geral da Administração 
29 
 
 
 
ABORDAGEM NEOCLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO 
 
O termo Teoria Neoclássica é, na verdade, um tanto quanto 
exagerado. Os autores aqui abordados (Peter F. Drucker, Ernest Dale, Harold Koontz, William 
Newman, Ralph C. Davis, Louis Allen), muito embora não apresentem pontos de vista divergentes, 
também não se preocupam em se alinhar dentro de uma orientação comum. 
 
Características Principais da Teoria Neoclássica 
 
As principais características básicas da Teoria Neoclássica são as seguintes: 
 
1. Ênfase na prática da administração – os autores neoclássicos procuram desenvolver os 
conceitos de forma prática e utilizável, visando principalmente à ação administrativa. A 
teoria somente tem valor quando operacionalizada na prática, enfatizando os aspectos 
instrumentais da Administração. 
2. Reafirmação dos postulados clássicos – a estrutura de organização do tipo linear, 
funcional e linha-staff, as relações de linha e assessoria, o problema da autoridade e 
responsabilidade,a departamentalização, e todos os conceitos clássicos são realinhados 
dentro da nova abordagem neoclássica. 
3. Ênfase nos princípios gerais de administração – os neoclássicos preocupam-se em 
estabelecer normas de comportamento administrativo. Os princípios da Administração que 
os clássicos utilizavam como “leis” científicas são retomadas pelos neoclássicos como 
critérios mais ou menos elásticos para a busca de soluções administrativas práticas. 
4. Ênfase nos objetivos e nos resultados – toda organização existe não para si mesma, mas 
para alcançar objetivos e produzir resultados. É em função dos objetivos e resultados que a 
organização deve ser dimensionada, estruturada e orientada. 
5. O Ecletismo da Teoria Neoclássica – embora se baseiem profundamente na Teoria 
Clássica, os autores neoclássicos são amplamente ecléticos, absorvendo conteúdo de quase 
todas as outras teorias administrativas. 
 
Princípios Básicos da Organização 
 
Os autores neoclássicos dão algumas pinceladas adicionais no conceito de organização formal. 
Sob este ponto de vista, a organização consiste em um conjunto de posições funcionais e 
hierárquicas, conjunto este orientado para o objetivo econômico de produzir bens ou serviços. 
 
Funções do Administrador 
 
A Teoria Neoclássica é também denominada Escola Operacional devido à ênfase nas 
funções do administrador, isto é, no processo administrativo. 
 
Basicamente, a escola operacional visualiza a administração como a aplicação de princípios e 
de funções para alcançar objetivos. Essa abordagem é sistematicamente defendida por todos os 
autores neoclássicos: cada uma das funções deve atender a determinados princípios de aplicação e 
utilização. 
 
Profª. MSc Marilda Sena P. Zuza 
30 
 
 
Para a Teoria Neoclássica, as funções do administrador correspondem aos elementos da 
Administração que Fayol definiu no seu tempo, mas com uma roupagem atualizada. 
 
 
O processo administrativo segundo clássicos e neoclássicos 
 
De um modo geral, aceita-se hoje o planejamento, organização, direção e controle como as 
funções básicas do Administrador. O desempenho dessas quatro funções básicas constitui o chamado 
processo administrativo. 
 
O processo administrativo: 
 Planejamento – Definir a missão; Formular os objetivos; Definir os planos para 
alcançá-los; Programar as atividades. 
 Organização – Dividir o trabalho; Designar as atividades; Agrupar as atividades em 
órgãos e cargos; Alocar os recursos; Definir autoridade e responsabilidade. 
 Direção – Designar as pessoas; Coordenar os esforços; Comunicar; Motivar; Liderar; 
Orientar. 
 Controle – Definir padrões; Monitorar o desempenho; Avaliar o desempenho; Ação 
corretiva. 
 
7.3.3 - Processo Administrativo 
 
Processo é qualquer fenômeno que apresente mudança contínua no tempo ou qualquer 
operação ou trabalho contínuo. O conceito de processo implica que os acontecimentos e as relações 
sejam dinâmicos, em evolução, sempre em mudança, contínuos. O processo não é algo parado ou 
estático. Pelo contrário: é móvel, não tem um começo, nem fim, nem sequência fixa de eventos. Os 
elementos do processo agem uns sobre os outros; cada qual afeta todos os demais. As várias funções 
do administrador formam o processo administrativo. Planejamento, organização, direção e controle, 
por exemplo, considerados separadamente, constituem as funções administrativas, vejamos: 
 
Teoria Geral da Administração 
31 
 
Planejamento  
Decisão sobre 
os objetivos. 
Definição de 
Planos para 
Alcançá-los. 
Programação 
de atividades. 
 
Organização  
Recursos e 
atividades para 
atingir os objetivos: 
órgãos e cargos. 
Atribuição de 
autoridade e 
responsabilidade. 
 
Direção  
Preenchimento 
dos cargos. 
Comunicação, 
liderança, e 
motivação do 
pessoal. 
Direção para 
os objetivos. 
Controle 
Definição de 
padrões para 
medir desempenho, 
corrigir desvios ou 
divergências e 
garantir que o 
planejamento 
seja realizado. 
 
Administração Por Objetivos (APO) 
 
A Administração por Objetivos ou administração por resultados, constitui um modelo 
administrativo bastante difundido e plenamente identificado com espírito pragmático e democrático da 
Teoria Neoclássica. Seu aparecimento é recente: em 1954, Peter F. Drucker publicou o livro The 
Pratice of Management (Prática da Administração nas Empresas), no qual caracterizou pela primeira 
vez a Administração por Objetivos, sendo considerado o criados da APO. Drucker nasceu na Áustria, 
em 1909. Embora ele tenha uma forte contribuição para a Administração, ele era formado em Direito. 
Um dos seus grandes méritos foi incentivar o planejamento nas organizações para reduzir as 
incertezas. 
 
APO surgiu, quando a empresa privada norte-americana estava sofrendo pressões acentuadas, 
como método de avaliação e controle sobre o desempenho de áreas e organizações em crescimento 
rápido. Inicialmente constituiu-se um critério financeiro de avaliação e controle. Como critério 
financeiro foi válido, mas na abordagem global da empresa resultou em uma deformação profissional, 
pois os critérios de lucro ou de custo não são suficientes para explicar a organização social e humana. 
 
APO é uma técnica de direção de esforços por meio do planejamento e controle administrativo, 
fundamentada no princípio de que, para atingir resultados, a organização precisa antes definir em que 
negócio está atuando e aonde pretende chegar. 
 
 
 
 O processo administrativo 
 
Profª. MSc Marilda Sena P. Zuza 
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Objetivo da Administração 
 
Proporcionar eficiência e eficácia às empresas. A eficiência refere-se aos meios: métodos, 
processos, regras e regulamentos sobre como as coisas devem ser feitas na empresa, a fim de que os 
recursos sejam adequadamente utilizados. A eficácia refere-se aos fins: objetivos e resultados a serem 
alcançados pela empresa. 
 
Figura 13 – Objetivos da administração 
 
 
 EFICIÊNCIA EFICÁCIA 
 
 
 
- Preocupação com os meios; - Preocupação com os fins; 
 - Capacidade de fazer certo as coisas; - Capacidade de fazer a coisa certa; 
 - Preocupação com os métodos, - Preocupação com os resultados, metas, 
 processos, regras e regulamentos; objetivos e fins; 
 - Preocupação com os problemas; - Preocupação com as soluções; 
 - Jogar um belíssimo futebol; - Marcar um gol e ganhar a partida; 
 - Escolher o melhor roteiro; - Chegar ao destino da viagem; 
 - Não faltar às aulas; - Aprender a ser bem-sucedido. 
 - Rezar. - Chegar ao céu. 
 Qual é o ideal? 
 
 Tanto a eficiência como as eficácias são importantes. 
 De nada vale a eficiência (fazer bem) se a eficácia (alcançar os objetivos e obter resultados) não 
for alcançada. 
 
7.6 - Criticas a abordagem neoclássica 
 
APO teve um período de apogeu e acabou caindo no descrédito devido a três exageros: 
 
1. excesso de regulamentos e de papelório. A APO tornou-se muito burocratizada nas grandes 
organizações. 
2. autocracia e imposição. A APO tornou-se o sinônimo de chefes autocratas e que impõem 
objetivos organizacionais exagerados aos subordinados 
3. motivação negativa. Os objetivos exagerados impostos autocraticamente acabam por gerar 
tensões e angustias nos subordinados, ao invés de motivá-los para o alcance de metas e 
resultados.Rebatendo as críticas quanto à sua má utilização, alguns autores defendem que os padrões de 
supervisão, quando desenvolvidos por meio da APO, são sempre melhores. A abordagem da APO 
oferece ao subordinado um trabalho com limites claramente definidos, que podem ser aplicados de 
acordo com o desempenho e a confiabilidade. Em boas mãos e dependendo do tipo de organização, a 
APO pode levar a empresa a uma eficácia sem precedentes. 
 
Teoria Geral da Administração 
33 
 
EXERCÍCIOS PARA ESTUDOS 
 
1. Defina a abordagem neoclássica? 
2. Quais as principais características da abordagem neoclássica? 
3. Quais são os princípios fundamentais da organização formal? 
4. Quais são as funções do administrador na teoria neoclássica? 
5. Defina planejamento, organização, direção e controle? 
6. Quais são as origens da APO? 
7. Quais são as características da APO? 
8. Qual o objetivo da administração na APO? 
9. Defina e diferencie eficiência e eficácia? 
10. O que fez com que a APO caísse em desuso? 
11. Quais são as criticas relacionadas a APO? 
 
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EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO 
 
1. Que sugestões você daria para diminuir os custos na empresa ao qual trabalha? 
2. Sua empresa já existe há muito tempo e está preocupada em melhorar o relacionamento com a 
comunidade. Qual sugestão você daria? 
3. Estradas esburacadas, portos caros e lentos, burocracia exagerada, muitos encargos, é o chamado 
“Custo Brasil”. De que forma isso atrapalha a produtividade e lucratividade das empresas? 
4. Dois diretores discutem a respeito de redução de despesas e maior rentabilidade. Caso a alternativa 
para a empresa seja reduzir custos em curto prazo, o que você faria? Se a alternativa fosse obter 
rentabilidade em curto prazo, o que você faria? Quais atividades devem ser destacadas por não 
trazerem benefícios para a empresa? Quais medidas você adotaria para evitar corte de pessoal? 
5. Você foi escolhido para chefiar o departamento de crédito. Por qual das alternativas iniciaria seu 
trabalho? 
A – Junto à direção; 
B – junto aos demais departamentos; 
C – Com os funcionários do departamento; 
D – Com os clientes em geral; e 
E – Com o mercado. Justifique a sua escolha. 
 
6. Dois gerentes de banco conversam. Um deles pergunta: 
7. “O que você de um programa para reduzir os custos internos da agência”? Pensei também em citar 
um serviço especial para atrair clientes grandes. Você acha que devo fazer o programa de redução 
de custos sem pedir a Matriz? Comente e justifique sua resposta. 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
CHIAVENATO, Idalberto – Introdução à Teoria Geral da Administração. São Paulo; Editora 
Campus; 2004. 
CROSBY, Philip. Integração, Qualidade e Recursos Humanos para o ano 2000. São Paulo; 
Makron books. 
DRUCKER, Peter. Administração de organizações sem fins lucrativos: princípios e práticas. São 
Paulo: Pioneira, 1994. 
DRUCKER, Peter. Introdução à Administração. São Paulo: Pioneira, 1998. 
FARIA, José Carlos. Administração Teorias & Aplicações. São Paulo: Pioneira, 2001. 
FERREIRA, Antonio Ademir – Gestão Empresarial de Taylor aos nossos dias. – Editora Pioneira; 
1998. 
MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à Administração. São Paulo: Atlas, 2006. 
MORAES, Anna Maris P. Iniciação ao estudo da administração. 2.ed. São Paulo. Makron Books, 
2001. 
MOTTA, Fernando Claudio Prestes; VASCONCELOS, Isabella F. Gouveia. Teoria Geral da 
Administração . 3. ed. São Paulo: Thomson, 2006. 428 p. : il. 
EASTERBY-SMITH, Mark; BUTGOYNE, John; ARAUJO, Luis. Aprendizagem Organizacional e 
Organização de Aprendizagem – Desenvolvimento na teoria e na prática. São Paulo: Atlas, 
2001.

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