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POLUICAO do AR

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Meio Ambiente
Prof. Delfim S. Neves
ATMOSFERA - (I) 
A atmosfera é uma mistura gasosa com mais de 1000 km de extensão que fica em volta da Terra. 
Graças à força da gravidade do planeta sobre as moléculas que constituem a atmosfera, fica assegurada, a presença constante desta cobertura vital para a sobrevivência das espécies neste planeta.
COMPOSIÇÃO 
Foi no século XVII que o químico francês Antoine Laurent Lavoisier constatou a composição de gases na atmosfera. Somente no século XIX pesquisas demonstraram a presença de gases nobres na composição do ar, mas foi somente no século XX, que a atmosfera pôde ser estudada com maior precisão sobre sua constituição.
A atmosfera da Terra durante milhões de anos apresentou alterações em seus componentes. Somente em nossa era, podemos admitir que nossa atmosfera tem-se mantido em relativo equilíbrio dinâmico.
Até os 100 km de altitude, são encontradas quantidades proporcionais em volume de Nitrogênio (78%), Oxigênio (21%), Argônio (0,93%), além de outros gases em menores concentrações como: CO2 (0, 033%), Neônio, Helio, Metano, Hidrogênio, Monóxido de carbono, Óxido nitroso e Ozônio. Juntos formam quase 0,04% da atmosfera por volume. 
Encontramos também na atmosfera certa quantidade de material particulado em suspensão (aerossóis), poeira, fumaça e vapor de água em quantidades variáveis de 1 a 4% em função da evaporação das águas superficiais, evapo-transpiração dos vegetais e animais terrestres e a respiração biológica.
CAMADAS OU ESTRATOS DA ATMOSFERA
	A atmosfera não é uma camada de ar uniforme, porque ela apresenta variações na concentração de alguns de seus gases, além de variações de temperatura, entre outros. Então, ela é dividida em diversas camadas, classificadas a partir da superfície terrestre, são elas :
Troposfera = altitude média de 11 Km. Varia em altitude (16 km no equador com temperatura próxima de – 65ºC ) até (8 km nos pólos com temperatura próxima de – 30ºC ). Sua temperatura cai conforme se afasta da superfície. Nela se dão as manifestações climáticas, como, as chuvas e os ventos. É considerada uma grande dispersora de poluentes. 
Estratosfera = situada entre 11 e 50 Km de altitude. A temperatura mantem-se estável até cerca de 20 km do solo e então aumenta devido a absorção de raios UV. Concentra muito gás ozônio formando uma barreira protetora contra os raios UV.
Obs. “ Alguns autores apresentam o estrato denominado Mesosfera, de 50 a 80 Kms como o grande acumulador do gás ozônio “.
Ionosfera ou Termosfera = está localizado entre 80 km e estende-se até quase 1000 Km iniciando a Exosfera. Na Termosfera há uma intensa reflexão de ondas de rádio, importantes nas telecomunicações e radiodifusão. Nela orbitam satélites de comunicação.
Exosfera = é a camada mais afastada da superfície terrestre. Tem altitude que se inicia a cerca de 1000 Km do solo e se funde com o vácuo da atmosfera (espaço). As moléculas que chegam a exosfera escapam lentamente para o espaço. Seu componente predominante é o hidrogênio.
Obs. “ Cerca de 90 % dos gases da atmosfera são mantidos nos primeiros 20 Kms acima da superfície terrestre “.
Comparando nossa atmosfera e a de outros planetas
	
	
Nitrogênio
	
Hidrogênio
	
Oxigênio
	
CO2
	
SO2
	
Argônio
	
Hélio
	
Amônia
	Vapor
d´agua
	
Metano
	Vênus
	3,5
	
	
	96
	0,1
	0,2
	
	
	0,2
	
	Terra
	78
	
	21
	0,03
	
	traço
	
	
	traço
	
	Marte
	2,7
	
	0,2
	95
	
	1,6
	
	
	0,5
	
	Júpiter
	
	90
	
	
	
	
	9,8
	traço
	traço
	traço
	Saturno
	
	94
	
	
	
	
	6,5
	traço
	traço
	traço
(os números são em porcentagem)
TEMPERATURAS DE SUPERFÍCIE DO PLANETA E DA TROPOSFERA
 VÊNUS = 450 °C na superfície
 TERRA = - 88 °C a 58 °C
 MARTE = - 40 °C em média na superfície, com nuvens de CO2 congeladas
 JÚPITER = - 120 °C em média
 SATURNO = - 180 °C em média
Como podemos perceber, a composição da atmosfera da Terra parece ter enorme importância não só na questão da temperatura, mas também, na possibilidade real de conceder condições favoráveis ao desenvolvimento da vida.
PRINCIPAIS COMPONENTES ATMOSFÉRICOS 
Devido a importância para os seres vivos, daremos especial destaque ao O2 e ao CO2 , devido aos desequilíbrios ecológicos decorrentes de alterações em sua concentrações como resultado da atividade humana.
O oxigênio só surgiu há aproximadamente 2,4 bilhões de anos, como um subproduto da fotossíntese de organismos anaeróbios. Este gás, então nocivo para os seres primitivos, foi vital para a evolução biológica.
As radiações ultravioleta ( UV ), oriundas dos raios solares, nocivas à vida, banhavam a superfície terrestre. Seus efeitos foram diminuídos a partir do surgimento do oxigênio e da sua concentração na atmosfera. Daí a geração da camada de ozônio progrediu, e possibilitou o desenvolvimento de enorme biodiversidade terrestre. 
Nas camadas mais altas da atmosfera, as moléculas de O2 são decompostas pelos raios UV. Nessa decomposição são produzidos oxigênios atômicos, que reagem com o O2 produzindo moléculas de ozônio (O3). Este gás acaba se acumulando e formando uma barreira às radiações UV nocivas, diminuindo a incidência do UV na superfície terrestre.
As quantidades de oxigênio foram aumentando na atmosfera atingindo, há aproximadamente 20 milhões de anos, níveis de concentração próximos aos atuais (21%), contudo, já é sabido que a pelo menos 85 milhões de anos atrás, o O2 , chegou a existir na taxa de 33%. 
O dióxido de carbono (CO2) origina-se, principalmente, durante a combustão de matéria orgânica. O CO2 é liberado também como subproduto da respiração celular realizada pelos seres vivos. Esse gás é matéria prima para os organismos fotossintetizadores, além de ser um grande colaborador no equilíbrio térmico do planeta, retendo as radiações infravermelhas do Sol entre o solo e a atmosfera, evitando o resfriamento da superfície terrestre. O CO2 recebe por isso a denominação de “gás de efeito estufa”
DESLOCAMENTO DO AR ATMOSFÉRICO
	O deslocamento do ar atmosférico tem um papel fundamental na dispersão dos poluentes. O estudo das correntes de ar ascendentes, sua formação, direção e velocidade dos ventos é essencial para a compreensão dos mecanismos de transporte e dispersão dos contaminantes atmosféricos.
	O ar desloca-se em função de uma variação de temperatura. Com o aumento da temperatura o ar tende a se expandir, tornando-se mais leve, subindo para maiores altitudes, enquanto o ar frio, mais denso, e por isso, mais pesado, ocupa a posição anteriormente ocupada pelo ar quente por ação da força da gravidade.
	O deslocamento do ar atmosférico de acordo com sua velocidade recebe o nome de brisa, ventania, ciclone e furacão.
	As diferenças de temperatura ocasionam diferenças de pressão; sendo assim, o deslocamento do ar acontece de uma região de alta pressão ( frio ) para uma de baixa pressão ( quente ).
	
No caso do nosso planeta, a região equatorial é a mais quente, forma-se uma corrente ascendente de ar quente de baixa pressão que origina ventos regulares dos trópicos em direção aos pólos e deles de volta ao equador.
 
 VENTO CORRENTES
 ( ar frio ) ASCENDENTES
 ( ar quente )
 
 	
As diferenças de temperatura ocorrem durante o dia entre a terra e o mar provocando o deslocamento de pequenas quantidades de ar, conhecidas como brisas
 INVERNO VERÃO
 Ar quenteAr quente 
 
 Alta pressão Baixa pressão
 vento vento
 
 
 Baixa pressão Alta pressão 
 
 Mar quente Mar frio
 terra fria terra quente
Meio Ambiente
Prof. Delfim S.Neves
POLUIÇÃO do AR e CLIMA - (II)
“ O efeito estufa representa o mais sério distúrbio à Biosfera pela humanidade até hoje. “
 
 Congresso internacional sobre Direção da Natureza e Desenvolvimento Sustentável 
“ Os danos já feitos à camada de ozônio estarão conosco, e com nossos netos, durante todo o século XXI . “ 
 Primeira ministra da Inglaterra: Margaret Thatcher
 “ A chuva ácida nada poupa. O que levou décadas da humanidade para ser construído e milênios da natureza para evoluir está sendo depauperado e destruído em questão de poucos anos. “ The Earth Report
 
 
POLUIÇÃO do AR , AQUECIMENTO GLOBAL, CAMADA de OZÔNIO e DEPOSIÇÃO ÁCIDA
Podemos afirmar que existe poluição do ar quando ele contém uma ou varias substancias químicas em concentrações que sejam capazes de provocar danos a saúde humana, aos animais e a flora. Podem existir danos também provocados por poluição calórica e sonora. 
A atmosfera é um sistema extremamente complexo onde vários processos físicos e químicos ocorrem simultaneamente. Estes processos estão diretamente relacionados à dispersão dos contaminantes e, conseqüentemente, à qualidade do ar que se respira. Para estimar adequadamente os níveis de poluição do ar numa determinada região, é necessário combinar medições das concentrações de poluentes e das condições meteorológicas com modelos matemáticos que relacionam a emissão e o transporte dos contaminantes permitindo, assim, prever as concentrações destes na atmosfera.
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Modelo de dispersão de gases na atmosfera 
O termo dispersão atmosférica dos contaminantes é usado para referir-se ao espalhamento de poluentes gasosos devido aos efeitos convectivos e do escoamento atmosférico (ventos). Os contaminantes quando introduzidos no ar, são transportados pelo vento e simultaneamente se misturam na atmosfera turbulenta. Durante a dispersão, os contaminantes podem sofrer reações químicas que os transformam de contaminantes primários (procedentes diretamente das fontes de emissão) em contaminantes secundários (originados por reações químicas entre os contaminantes primários e os componentes normais presentes na atmosfera) ou podem ser depositados no solo por via úmida ou seca. Os contaminantes do ar podem ser removidos da atmosfera por: 
Deposição úmida: Para as pequenas partículas suspensas o processo de deposição úmida se resume a produção de núcleos ativos para a condensação do vapor d água, propiciando a formação de nuvens. Pela chuva, se faz o retorno a superfície terrestre. 
 
Deposição seca: Para partículas maiores (mais de 1 μm), o retorno a superfície terrestre se faz por ação gravitacional.
Contaminantes do ar
	Grandes quantidades de poluentes estão entrando na atmosfera, com conseqüências para a saúde humana, na degradação ambiental e nas alterações climáticas. A natureza faz a renovação do ar através de interação da vegetação e dos oceanos. Entretanto, hoje, esse processo está ameaçado pelo aumento do uso de combustíveis fósseis, pela expansão da produção industrial e agrícola e pelo uso cada vez maior de veículos.
	
Os poluentes mais comuns e generalizados, emitidos por atividades antrópicas, são o CO2, CO, óxidos de enxofre, óxidos de nitrogênio e vários tipos de substâncias voláteis (hidrocarbonetos), material particulado (partículas sólidas pequenas e/ou líquidas), chumbo e muitos produtos químicos tóxicos.
	
Geralmente, os danos causados pela poluição aérea não se devem a apenas a um poluente, mas de vários poluentes atuando juntos. Poluentes primários como SO2, NO2, CO2 e hidrocarbonetos, freqüentemente reagem com a umidade do ar e com outros poluentes secundários, tais como H2SO4, gases nítricos e ozônio (ao nível do solo ) e vários foto-oxidantes.
Tempo de residência de poluentes na atmosfera.
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Conceitos
	 Segundo resolução CONAMA 003/90 que estabelece os parâmetros para a qualidade do ar, os poluentes do ar podem ser classificados, de acordo com a sua origem, em: poluentes primários - emitidos diretamente pelas fontes; e poluentes secundários - formados na atmosfera por reações químicas entre poluentes primários e os constituintes normais da atmosfera.
	Chama-se emissão ou transmissão o espalhamento das substâncias emitidas para o ar atmosférico e que podem atingir o homem, a fauna e a flora (imissão). Entre a emissão e a imissão decorre um espaço de tempo, durante o qual se processa a propagação do contaminante. A concentração ativa da substância nociva no local da imissão pode não ser tão alta como no local da emissão. A concentração da imissão deve ser tanto menor quanto mais distante estiver a fonte de emissão, e quanto maior for a possibilidade de dispersão da substância poluente no ar. Então, é importante, a diferenciação entre os dois conceitos.
Poluentes
Classificação do poluentes quanto à estabilidade química:
Instáveis: compostos que, depois de lançados na atmosfera, podem sofrer mudanças na sua composição química decorrentes de interações com outros compostos. Como exemplo, o dióxido de enxofre (SO2) que interage com vapor d’água (H2O), formando o ácido sulfúrico (H2SO4). 
Estáveis: compostos que, depois de lançados na atmosfera não sofrem alterações em sua composição química original. Como exemplo, o dióxido de carbono (CO2).
Fontes de poluição atmosférica
As substâncias poluidoras do ar têm origem principalmente na combustão incompleta de combustíveis fósseis nos grandes centros urbanos, os quais são utilizados para os mais variados fins: transporte, aquecimento, produção industrial e produção de energia elétrica (termoelétricas). Outras fontes de poluição do ar de importância são vaporização de líquidos contaminantes, operações industriais de atrito (moagem, corte e perfuração), combustão de materiais residuais, construção civil, pátios de estocagem de materiais em grãos (minério de ferro), etc.
As fontes de emissão de contaminantes atmosféricos podem ser:
 
Fontes de emissão naturais: vulcões, aerossóis marinhos, decomposição
 biológica terrestre e aquática.
Fontes de emissão antropogênicas: motores de combustão interna,
 fornos industriais, geração de energia elétrica, caldeiras, refinarias de petróleo e outros. As fontes antropogênicas podem ainda ser classificadas como móveis, por exemplo,os automóveis, e estacionárias ou fixas, por exemplo, as chaminés.
Na tabela abaixo listam-se os principais poluentes atmosféricos:
	Poluente
	Fontes
	Processos
	Efeitos
	Óxidos de Enxofre (SOx)
	Antropogênicas
	Combustão (refinarias, centrais térmicas, veículos diesel)
Processos Industriais.
	Afeta o sistema respiratório, 
Chuvas ácidas,
Danos em materiais.
	
	Naturais
	Vulcanismo, 
Processos biológicos.
	
	Óxidos de Nitrogênio (Nox)
	Antropogênicas
	Combustão (veículos e indústria)
	Afeta o sistema respiratório
Chuvas ácidas.
	
	Naturais
	Emissões da vegetação
	
	Compostos Orgânicos Voláteis (COV)
	Antropogênicas
	Refinarias
Petroquímicas
Veículos
Evaporação de combustíveis e solventes
	Poluição fotoquímica
Incluem compostos tóxicos e carcinogénicos
	Monóxido de Carbono (CO)
	Antropogênicas
	Combustão (veículos).
	Reduz a capacidade de transporte de oxigênio no sangue.
	
	Naturais
	Emissões da vegetação.
	
	Dióxido de Carbono (CO2)
	Antropogênicas
	Combustão.
	Efeito de estufa.
	
	Naturais.
	Incêndios florestais.
	
	Chumbo (Pb)
	Antropogênicas
	Gasolina com chumbo
Incineração de resíduos.
	Tóxico acumulativo
Anemia e destruição de tecido cerebral.
	Partículas
	Antropogênicas
	Combustão
Processos industriais
Condensação de outros poluentes
Extração de minerais.
	Alergias respiratórias
Vetor de outros poluentes (metais pesados, compostos orgânicos carcinogênicos).
	
	Naturais
	Erosão eólica
Vulcanismo.
	
	CFC's 
	Antropogênicas
	Aerossóis
Sistemas de refrigeração
Espumas, sistemas de combate a incêndios.
	Destruição da camada de ozônio
Contribuição para o efeito de estufa.
I) Compostos contendo Enxofre
Na atmosfera o enxofre encontra-se em algumas das seguintes formas: 
H2S , SO2 , SO3 , SO42-
As fontes naturais de compostos de enxofre são a decomposição de matéria orgânica, as emissões vulcânicas e os oceanos. As fontes antropogênicas importantes nas emissões de enxofre são: a queima de combustíveis fósseis (óleo diesel), processos de refino de petróleo, indústria de celulose, estações de tratamento de esgoto e outros. 
As fontes naturais de H2S são a decomposição anaeróbia, os vulcões, etc. É o mais importante dos gases odorantes. É um gás tóxico e corrosivo. Chamado de ácido sulfídrico ou gás sulfídrico é quimicamente reativo e altamente oxidado, sendo, portanto, um composto redutor. Compostos reduzidos de enxofre (Mercaptanas, Metil-mercaptanas e Dimetilsulfeto = DMS) dentre outros compostos orgânicos contendo enxofre, são altamente odorantes. 
O SO2 (dióxido de enxofre) forma-se no aquecimento de minérios, na fabricação de fertilizantes, celulose e de ácido sulfúrico. As emissões de SO2 não são restritas a indústria. Em princípio, todos os motores de combustão as produzem. O SO42- é produzido a partir da oxidação do SO2 que terá como intermediário o SO3, um poluente secundário. O SO42- é produzido no fenômeno da deposição ácida – “chuva ácida”.
 
Os problemas de saúde nos seres humanos gerados por poluentes a base de enxofre, estão relacionados principalmente ao sistema respiratório. 
II) Compostos contendo Nitrogênio
Os Compostos de nitrogênio (metil-amina, etilamina) são compostos com odor pútrido, além de odor amoniacal. 
Os óxidos de nitrogênio (NO e o NO2) são produzidos por fontes naturais, como os relâmpagos, a atividade microbiana no solo, a oxidação da amônia e processos fotolíticos ou biológicos nos oceanos. Também acrescente-se as fontes antropogênicas como a queima de combustíveis fósseis e de biomassa, processos químicos industriais, estações de tratamento de esgoto. 
Óxidos de nitrogênio e os hidrocarbonetos são foto-oxidados e produzem ozônio (O3) poluente. Portanto, tanto as emissões por queima de combustíveis fósseis quanto de origem industrial, ambos são grandes formadores de ozônio poluente nas áreas urbanas.
Como visto acima, o ozônio de ação poluidora não é emitido diretamente através de atividades humanas, mas é formado quando hidrocarbonetos orgânicos e óxidos de nitrogênio reagem com o oxigênio em presença da luz solar. Ao nível do solo, o O3 representa um sério problema à poluição do ar em todo o mundo industrializado. Ele danifica construções, árvores, plantações, além da saúde humana. 
	O ozônio de origem natural forma-se pela ação dos raios ultravioletas (UV) sobre o oxigênio atmosférico, em grandes altitudes. Contudo, apenas uma pequena fração atinge a superfície terrestre. A camada de ozônio na estratosfera tem para a Terra uma função protetora, por absorver a maior parte dos raios UV provenientes do Sol.
	
III) Compostos contendo Carbono
Na atmosfera o carbono encontra-se nas seguintes formas:
COVs , CO , CO2 , Solventes clorados , Substâncias refrigerantes
Os Compostos Orgânicos Voláteis (COVs) facilmente se desprendem da sua forma líquida, transformando-se em vapor. Nesta classe podem se incluir Ácidos, Cetonas, Aldeídos, Álcoois, compostos Halogenados, Hidrocarbonetos entre outros. 
Monóxido de carbono ( CO ) 
O monóxido de carbono é um gás incolor e inodoro. É o poluente que aparece em menor quantidade no ar das grandes cidades. Tem origem, principalmente, na combustão incompleta de combustíveis veiculares e de carvão. Entre 60 a 90% das emissões globais são de fontes naturais.
 
Os maiores problemas causados à saúde humana, provém da combinação do CO e do NO2 com compostos orgânicos voláteis (hidrocarbonetos) nas camadas inferiores da atmosfera. Suspeita-se que alguns destes produtos sejam potentes cancerígenos e agentes mutagênicos causadores de defeitos congênitos nos embriões humanos, além disso, no sangue humano, a hemoglobina combina-se com o CO impedindo a ligação com o oxigênio que é transportado para as células. A ligação da Hb e CO é estável o que provoca a morte do indivíduo.
Dióxido de Carbono 
O dióxido de carbono é um gás ligeiramente tóxico, inodoro, incolor e de sabor ácido. O CO2 não é combustível nem alimenta a combustão. As principais fontes naturais de compostos de carbono são as florestas e pastagens (respiração celular). Já as principais fontes antropogênicas dos compostos de carbono incluem os veículos, indústria de petróleo, solventes, produção de gás natural e o carvão (Centrais termoelétricas e indústria). 
Desde o início do século XX, devido à grande expansão industrial e a queima de combustíveis fósseis, a quantidade de CO2 liberada é maior que a capacidade de assimilação deste gás pelos vegetais para a realização da fotossíntese. Observa-se um aumento da proporção desse gás em relação aos outros componentes atmosféricos de 0,03% em volume, sendo que em áreas urbanas esta proporção já ultrapassa 0,04%, em volume. O CO2 é um dos gases mais importantes do planeta, já que ele tem capacidade de absorver a radiação calórica do planeta, sendo assim, é um grande contribuidor para o “efeito estufa”, e seu excesso, aumenta o aquecimento global.
IV) Os Clorofluorcarbonetos (CFCs)
Os clorofluorcarbonetos (CFCs) são produzidos pela indústria para serem usados em aerossóis, gases refrigerantes, solventes e como agentes espumantes. Os CFCs também contribuem para o aquecimento global por sua capacidade de destruir o ozônio das camadas altas da atmosfera.
 
V) Chumbo
	Como poluente atmosférico, o chumbo é emitido pela queima de combustíveis fósseis contendo chumbo para enriquecê-los. No homem, o chumbo pode afetar o sistema neurológico e causar doenças renais. Nos vegetais, ele pode inibir a fotossíntese e a respiração, bem como bloquear a decomposição de microrganismos. Uma vez que o chumbo penetre em um ecossistema, ele permanece para sempre.
Hoje muitos países proíbem ou limitam muito a mistura de chumbo à gasolina. No Japão é terminantemente proibida a mistura.
VI) Materiais particulados (MPs)
	Todos os materiais sólidos ou líquidos, exceto a água pura, numa faixa de 0,002( - 500( de diâmetro, são consideradosmateriais particulados, presentes na atmosfera ou em outro meio gasoso. Podem ser classificados como:
	Aerossóis
	 suspensão estável de partículas com partículas entre 0,1 - 100( sólidas ou líquidas
	Cinza
	matéria sólida fina, não-combustível, proveniente da queima de combustíveis
	Pó
	partículas pequenas resultantes da combustão incompleta, constituída, na maioria dos casos, de cinzas e materiais carbonáceos
	Fumo
	cinza com partículas sólidas finas, proveniente da volatilização de substâncias fundidas
	Nevoeiro
	aerossóis visíveis, cuja fase dispersa é líquida. São formados por condensação
	Poeira
	partículas sólidas capazes de permanecer temporariamente suspensas no ar
 
Contaminantes radioativos
	Desde que começamos a utilizar a energia atômica temos aumentado o número de elementos radioativos na atmosfera, uma vez que existem fontes naturais de radiação. A radioatividade chega à atmosfera em forma de pó e é bastante significativa na contaminação ambiental. Alguns destes contaminantes são o radônio (Rn222) e o tório (Tr220) que se difundem na atmosfera e possuem vida média de 8,8 dias. 
Quanto maior for o grau de concentração destes poluentes no ar, maior será a duração da exposição às radiações atômicas. Isso corresponde ao tempo de vida de elementos radioativos (isótopos) o que é indicado pelo termo meia-vida, isto é, o tempo necessário para que metade de uma amostra radioativa sofra decaimento ou desintegração de sua capacidade de emitir partículas radioativas. 
Os elementos radioativos são muito perigosos porque apresentam tendência a se acumular em determinados órgãos, provocando grandes danos à saúde levando a morte na maioria das vezes.
As fontes poluidoras podem ser também classificadas pelo ponto de vista espacial
	 ESTACIONÁRIAS (fábricas) e MÓVEIS (veículos).
As estacionárias são originadas de empresas que se destacam por suas emissões:
As de produção de energia, as refinarias, as de celulose, as siderurgias, as fábricas de cimento, as indústrias química e de adubos. 
Existem outras fontes poluidoras estacionárias que, em certas condições, se podem revelar importantes tais como:
A queima de resíduos urbanos, agrícolas e florestais, feita muitas vezes, em situações incontroladas. A queima de resíduos de explosivos, resinas, tintas, plásticos, pneus é responsável pela emissão de compostos perigosos; 
Os incêndios florestais são, nos últimos anos, responsáveis por emissões significativas de CO2; 
O uso de fertilizantes e o excesso de concentração agropecuária, são os principais contribuintes para as emissões de metano, amoníaco e N2O;
 As indústrias de minerais não metálicos, as pedreiras e áreas em construção, são fontes importantes de emissões de partículas.
Fontes Móveis
As fontes móveis, sobretudo os transportes rodoviários, são uma fonte importante de poluentes, essencialmente devido às emissões dos gases de escape, mas também como resultado da evaporação de combustíveis. São os principais emissores de NOx e CO, importantes emissores de CO2 e de Compostos Orgânicos Voláteis (COV), além de serem responsáveis pela emissão de poluentes específicos como o chumbo.
Escalas espaciais de poluição
Quanto à dimensão da área atingida, a poluição poder ser classificada como: 
GLOBAL e LOCAL.
Poluição GLOBAL = Atinge toda a ecosfera. Dentre eles podemos citar:
Efeito estufa.
Destruição da camada de Ozônio.
Chuva ácida.
Efeito de Estufa
Mantém a temperatura média do planeta por volta de 180C.
A temperatura da troposfera é pouco afetada pela radiação solar direta, a que é relativamente transparente, aquecendo, sobretudo como resultado da absorção das radiações de grande comprimento de onda emitidas pela superfície terrestre. A absorção da radiação terrestre é efetuada por diversos compostos de que se destacam: o CO2, CH4, Ozônio, N2O e os CFC’s. Estes gases funcionam como uma espécie de vidro de estufa, deixando passar a radiação solar que aquece o solo e retendo a radiação terrestre.
 
É por esta razão que o acréscimo na concentração destes poluentes por atividades antrópicas poderá ter como reflexos: 
Modificações climáticas, como aumento da temperatura de inverno (2x), alterações no regime de chuvas, de estiagens e de secas, o aumento das áreas desérticas, bem como o degelo das calotas polares com a conseqüente subida do nível das águas dos oceanos (20 a 165 cm), destruindo países, danificando portos, charcos, inundações, intrusão salina nos aqüíferos de abastecimento. Impactos na silvicultura e na agricultura como o aumento na produtividade de certas culturas (10% milho e sorgo, 50% arroz, soja, trigo), aumento de pragas e a proliferação de organismos patogênicos.
Registraram-se nos últimos anos, aumentos da concentração atmosférica de CO2 (25%) numa amplitude que ultrapassa as oscilações dos últimos 1000 anos, e que as principais causas serão o aumento de uso de combustíveis fósseis e a desmatamento. 
O reconhecimento por parte da Comunidade Internacional, da grande importância da estabilização dos gases do efeito estufa a níveis que não afetem o sistema climático global, chegou em 1997 a produção do chamado PROTOCOLO DE QUIOTO. Esse documento objetiva que os países industrializados devam estabilizar suas emissões de CO2 em níveis equivalentes as de 1990 entre os anos de 2008 a 2012. 
Após intensos debates sobre a aplicação do protocolo, criou-se o MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo), que em resumo diz que os países industrializados terão que diminuir suas emissões, e por compensações financeiras à países em desenvolvimento, podem comprar créditos de carbono destes últimos para ultrapassar suas cotas. Os recursos financeiros só podem ser investidos em projetos que promovam “seqüestro de carbono” como: reflorestamento, plantio de áreas degradadas, geração de fontes alternativas de energia, etc.. 
Destruição da Camada de Ozônio
A presença do ozônio na estratosfera (entre 20 e 40 km de altitude) funciona como uma barreira para a radiação ultravioleta, tornando-se assim essencial para a manutenção da vida na superfície terrestre. 
Quanto a radiação, existem 3 tipos a ser considerados:
	UVA (320 a 400 nm), próxima à luz visível, não sendo absorvida pela camada.
	UVB (280 a 300 nm), causa vários efeitos prejudiciais tais como o câncer de pele e alterações no DNA. Na maior parte é absorvida pela camada.
	UVC (( 280 nm), extremamente prejudicial, completamente absorvida pela camada.
O Ozônio utiliza os raios ultravioletas para suas reações de síntese e destruição.
Desde os anos 70 que se tem medido a redução da concentração de ozônio em locais específicos da atmosfera ("buracos na camada de ozônio" na Antártica e no Ártico) e de uma forma geral em todo o planeta. 
É reconhecido que as emissões, à escala mundial de certas substâncias, entre as quais se destacam os hidrocarbonetos clorofluorcarbonos (CFC's), podem deteriorar a camada de ozônio, de modo a existir risco de efeitos nocivos para a saúde do homem e para o ambiente em geral. 
As moléculas de CFC são extremantes estáveis (períodos de 100 anos), 1 mol de Cl pode afetar 10 mil mol de 03. A camada pode perder cerca de 7 a 13% da massa nos próximos 100 anos.
Cl + 03 ( 02 + Cl0 +
ClO + 0 ( 02 + Cl
O + O3 ( 202 
Apesar disso, alguns cientistas acreditam que seja um fenômeno cíclico com acúmulo de gases poluentes no inverno, reagindo com o O3 na primavera causando o buraco, e com a mudança da estação com a entrada de ar renovado, a camada se recompõa.
Atentos a esta problemática mais de 100 países ratificaram a Convenção de Viena para a proteção da camada de ozônio e o Protocolo de Montreal (1987) sobre as substâncias que deterioram a camada de ozônio. Este Protocolo estabelece o controle da produção e consumo de cerca de 90 substâncias regulamentadas.
Em Londres (1990), decidiu-se pela eliminação completado uso de CFC até 2000 (paises desenvolvidos) e 2010 (paises em desenvolvimento).
Chuva Ácida 
Poluentes como o SO2 e o NOx são os principais responsáveis pelo problema da acidificação. Em contato com vapor de água transformam-se em ácidos sulfúrico e nítrico, os quais dissolvidos na chuva e na neve atingem o solo sob a forma de sulfatos (SO4-2), nitratos (NO3-) e íons de Hidrogênio (H+) - deposição úmida. No entanto o SO2 e os NOx podem ser depositados diretamente no solo ou nas folhas das plantas como gases ou associados a poeiras - deposição seca. A acidez é dada pela concentração de (H+) libertados pelos ácidos e é normalmente indicada pelos valores de pH.
Uma chuva é considera ácida quando o pH é menor que 5,6 (EUA e Europa chega a 3,0)
	
Pode levar a perda na produtividade dos solos (acidificação, lixiviação e eliminação de organismos), acidificação da água em lagos e reservatórios de abastecimento, tubulações, morte de peixes, destruição da vegetação, destruição de obras civis e monumentos artisticos.
POLUIÇÃO LOCAL (tem ação regional)
I) SMOG INDUSTRIAL
	Típicos de regiões frias e úmidas (Londres e Chicago) tendo condições climáticas adversas para a dispersão de poluentes (inversão térmica). 
Tem cor cinza formando névoas nas primeiras horas da manhã. Principais componentes (SO2 e MP) originados da queima de carvão e de combustíveis das indústrias, residências e termoelétricas. 
II) SMOG FOTOQUÍMICO
Típicos de cidades ensolaradas, quentes de clima seco (São Paulo, Los Angeles, Sydney, Cidade do México). Ocorre em dias quentes e ensolarados por volta das 10 às 12h. Tem cor avermelhada. Principais agentes são veículos automotores (NOx, CO e hidrocarbonetos). Estes gases sofrem reação na atmosfera por efeito da radiação solar gerando novos produtos poluentes (secundários).
Ambos os tipos de Smog podem ocorrer simultaneamente ou separadamente em determinadas estações do ano.
PADRÕES DE QUALIDADE DO AR
Os limites máximos (padrões) estão divididos em:
Nível Primário: 
Inclui a margem de segurança para proteger pessoas sensíveis como: crianças, idosos e com problemas respiratórios.
Nível Secundário: 
Não leva em consideração explicitamente a saúde humana, mas sim os danos à agricultura, materiais e equipamentos, edificações, animais, mudanças no clima, visibilidade.
No BRASIL: Índice de qualidade do ar (IQA)
 
 IQA = Concentração do poluente X 100
 Padrão primário do poluente 
	IQA
	Qualidade do ar
	0 - 50
	BOA
	51 -100
	ACEITÁVEL
	101 - 199
	INADEQUADA
	200 - 299
	MÁ
	300 - 399
	PÉSSIMA
	+ 400
	CRÍTICA
POLUENTES MONITORADOS
CO, MP, SO2, O3, NO2 sendo apresentado o IQA daquele que apresenta maior resultado.
PADRÕES DE QUALIDADE DO AR (em SP)
	Poluente
	Tempo médio
	Padrão primário
	Padrão secundário
	MP
	24 h(*)
	240(g/m3
	150(g/m3
	
	MG anual
	80(g/m3
	60(g/m3
	SO2
	24 h(*)
	365(g/m3
	100(g/m3
	
	MA anual
	80(g/m3
	40(g/m3
	CO
	1 h(*)
	40 000(g/m3
	40 000(g/m3
	
	8 h(*)
	10 000(g/m3
	10 000(g/m3
	O3
	1 h(*)
	160(g/m3
	160(g/m3
	fumaça
	24 h
	150(g/m3
	100(g/m3
	
	MA anual
	60(g/m3
	40(g/m3
	Partículas inaláveis((10(m)
	24 h
	150(g/m3
	150(g/m3
	
	MA anual
	50(g/m3
	50(g/m3
	NO2
	1 h(*)
	320(g/m3
	190(g/m3
	
	MA anual
	100(g/m3
	100(g/m3
(*) não pode exceder mais de 1 vez por ano.
MA: média aritmética. MG: média geométrica. 
 
NÍVEIS DE QUALIDADE DO AR (período crítico)/ PRECAUÇÕES
Nível de ATENÇÃO
Decréscimo da resistência física e significativo agravamento dos sintomas em pessoas com enfermidades cardiorespiratórias, sintomas gerais na população. 
PRECAUÇÕES: pessoas idosas ou com doenças cardiorespiratórias devem reduzir as atividades físicas e permanecer em casa.
Nível de ALERTA
Aparecimento prematuro de certas doenças, além de significativo agravamento dos sintomas. Decréscimos da resistência física em pessoas saudáveis. 
PRECAUÇÕES: pessoas idosas ou com enfermidades devem evitar as atividades físicas e permanecer em casa. A população em geral deve evitar atividades externas.
Nível de EMERGÊNCIA
Morte prematura de idosos e pessoas doentes, pessoas saudáveis podem acusar sintomas adversos que afetam a atividade normal. 
PRECAUÇÕES: todas as pessoas devem permanecer em casa, mantendo as janelas e portas fechadas, minimizando as atividades físicas e evitar o tráfego.
Os padrões de qualidade do ar não são definitivos, devendo ser revisto constantemente, tendo em vista a adição de novos poluentes que podem alterar seus efeitos adversos. 
Medidas de Controle da Poluição Atmosférica
Para reduzir a concentração dos poluentes atmosféricos são necessárias tanto medidas preventivas como corretivas assumindo a informação um papel fundamental na mobilização dos cidadãos. Entre os principais meios de intervenção disponíveis contam-se:
Estabelecimento de limites de qualidade do ar ambiente;
Definição de normas de emissão;
Licenciamento das fontes poluidoras;
Incentivo à utilização de novas tecnologias;
Utilização de equipamento de redução de emissões (por exemplo, os catalisadores nos automóveis e a utilização de equipamento de despoluição de efluentes gasosos nas indústrias);
Controle dos locais de deposição de resíduos sólidos, impedindo os fogos espontâneos e a queima de resíduos perigosos;
Utilização de redes de monitoração da qualidade do ar; 
Incentivo ao reflorestamento;
Estabelecimento de Planos de Emergência para situações de poluição atmosférica grave;
Criação de serviços de informação e de auxílio às populações sujeitas ou afetadas pela poluição atmosférica.
Estabelecimento de limites de qualidade do ar ambiente
Os valores limite de concentração de poluentes atmosféricos definem níveis de concentração de poluentes no ar ambiente necessários (com uma determinada margem de precaução) para proteger a saúde pública. 
Normas de emissão e licenciamento
Destinam-se a serem aplicadas as fontes pontuais, sobretudo industriais, bem como pelas fontes móveis, sobretudo os veículos automóveis.
 
As normas de emissão estão intimamente relacionadas com o licenciamento das atividades produtivas. O processo de licenciamento deverá ter em consideração a realização do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), sendo aconselhável à utilização das melhores técnicas disponíveis para minimizar as emissões para a atmosfera.
Incentivo à utilização de novas tecnologias
Uso de tecnologias limpas envolvendo tanto as fontes pontuais como as fontes móveis através de:
Redução dos consumos de energia através da sua utilização mais racional ou de utilização de outras fontes de energia alternativas responsáveis por menores emissões de CO2 e de outros poluentes;
Utilização de combustíveis que reduzam as quantidades de poluentes emitidos (dessulfuração de derivados de petróleo ou utilização de gasolina sem chumbo, por exemplo);
Substituição de compostos nocivos, tais como os CFC’s e alguns solventes, por outros inócuos ou de menores inconvenientes;
Utilização de tecnologias geradoras de menores quantidades poluentes. 
Meio Ambiente
Prof. Delfim S. Neves
“Você não é obrigado a ler este texto, porém quem se interessa pela área ambiental precisa conhecer esses assuntos, portanto, se você é preocupado com o planeta, leia e releia, pelo menos 3 páginas por dia. Um dia esses assuntos podem te ajudar. Um abraço”
Conhecendo os Problemas das Emissões de GEEs na Atmosfera
O aquecimento global, como já está mais do que constatado está sendo um dos grandes transtornos para a vida aqui na Terra. As conseqüências das atividades econômicas e industriais têm provocado impactos na biosfera, resultando na quase duplicação da concentração de GEE - Gases de Efeito Estufa naatmosfera durante o período objeto de pesquisas, de 1750 a 1998. Este aumento da concentração dos GEEs poderá desencadear segundo os cientistas, um aumento da temperatura média no planeta entre 1,4 e 5,8°C nos próximos cem anos.
Para tratar desse problema e suas possíveis conseqüências sobre a humanidade, entre outras iniciativas e ações da comunidade internacional houve o estabelecimento em 1992, durante a Conferência Rio 92, da CQNUMC - Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. E em decorrência da CQNUMC foram criadas as COPs - Conferência das Partes, objetivando discutir e propor alternativas de soluções para o problema de aquecimento global. 
Durante a Conferência das Partes COP 3, realizada em Kyoto no Japão no ano de 1997, tida como uma das mais importantes, foi estabelecido um acordo onde se encontram definidas metas de redução da emissão de GEE para os países do ANEXO B, ou países do ANEXO I com compromissos de redução das emissões de GEE, além de critérios e diretrizes para a utilização dos mecanismos de mercado. Este acordo ficou conhecido como Protocolo de Kyoto que em seu primeiro período de compromisso, estabelece que entre 2008 a 2012 os países industrializados devem reduzir suas emissões em 5,2% abaixo dos níveis observados em 1990. 
Com o objetivo de reduzir o custo marginal da redução das emissões das partes listadas no Anexo I, o Protocolo de Kyoto criou três mecanismos de flexibilização. O principal deles o MDL - Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, consiste em que cada tonelada de CO2 deixada de ser emitida, ou retirada da atmosfera por um país em desenvolvimento, poderá ser negociada no mercado mundial através de CER - Certificados de Emissões Reduzidas. 
Com isso foi criado o "Mercado Internacional de Carbono", com um grande potencial de negócios, tendo em vista as necessidades de inúmeros projetos voltados para a redução de emissões e seqüestro de carbono. Para o caso do Brasil, este mercado é extremamente importante, e considerando as nossas condições bastante favoráveis para o desenvolvimento de projetos de MDL, foi criado o MBRE – Mercado Brasileiro de Redução de Emissões. Para tanto foi feita uma análise de como este mercado está sendo formado e como deverá ser sua evolução até a possível formação de mercados futuros, através da determinação do tamanho do mercado global, a participação do Brasil através do MDL em diversos cenários e uma análise se os CER gerados em projetos de MDL, em especial por projetos de seqüestro de carbono, poderiam se tornar uma "commodity ambiental" ou não. 
INTRODUÇÃO
O Planeta Terra, de alguma forma não está sendo mais o mesmo, seguindo a sua trajetória natural de adaptação através dos tempos. A natureza não mais se encontra em condições favoráveis para manter o ciclo normal de evolução dos seres vivos, com o aprimoramento das espécies em função de um melhor aproveitamento do bioma em que estas espécies vivas mantêm a sua existência. E as razões deste processo de mudança são únicas. Estamos falando das interferências do homem na natureza através da introdução de atividades cada vez mais poluidoras, através de um consumo desenfreado, irresponsável e com desperdícios de matérias primas, justificado através dos tempos pela necessidade do desenvolvimento dos países, principalmente dos mais ricos, que sabemos ser cada vez mais insustentável. 
De acordo com constatações em vários locais e através de medições comprobatórias, tem-se verificado que em um espaço de poucos anos, a mudança global do clima revelou-se um sério problema científico e político. Haja visto que políticos de todo o mundo vêm procurando se situarem e também buscando alternativas, como agora no caso da recente reunião do G8 na Escócia, uma vez que as pesquisas de opinião mostram o constante aumento da preocupação de toda a sociedade. 
O tema aquecimento global e suas conseqüências vem sendo discutido sob vários aspectos nos diversos organismos internacionais, nos governos, nas entidades ambientais e nos diversos setores da sociedade, como a ameaça ambiental mais séria do século XXI. E agir agora será a única maneira de garantir que as gerações futuras não estarão em risco.
As razões deste risco estão muito claras. A humanidade terá sérios problemas, a menos que se reduzam drasticamente as emissões de gases do efeito estufa. Isto porque, as emissões resultantes de atividades humanas vem causando substancial aumento das concentrações na atmosfera, de gases que provocam o efeito estufa. Consequentemente, o aumento das concentrações acentuará este efeito e o resultado será, em média, mais aquecimento da superfície terrestre. 
Conforme previsões dos cientistas, se as emissões de gases de efeito estufa se mantiverem nos índices atuais, a temperatura mundial média se elevará aproximadamente em um grau Celsius dentro de 30 anos. Pode não parecer muito, mas trata-se da média global, e o registro climático do passado mostra que jamais as temperaturas médias globais elevaram-se com tal rapidez. E mantendo-se esta média, dentro de menos de meio século, se continuarmos agindo como sempre em termos de nossas atividades industriais, agrícolas, transporte, e geração de energia queimando combustíveis fósseis, teremos temperaturas médias jamais experimentadas desde que os seres humanos começaram a andar no planeta.
Olhando sob a ótica do desenvolvimento, podemos observar que o nosso mundo, que se acostumava depressa a mudanças radicais no cenário político, em função de interesses econômicos, de domínio pela tecnologia, de concorrência comercial e riquezas acumuladas, de repente, viu surgir uma ameaça ambiental. Esta ameaça está diretamente ligada à maneira como os homens administram a sociedade e como são utilizados os recursos da natureza em função dos processos utilizados em suas atividades. E as conseqüências deste desenvolvimento a todo custo, não importando os meios, é bastante visível. 
A atual superabundância de gases do efeito estufa é decorrente do modo como os homens produzem e utilizam a energia, do uso de certos produtos químicos industriais, da agricultura intensiva e do desmatamento nos trópicos. Se o mundo permitir que o efeito estufa continue aumentando, todos nós, em um determinado momento, perderemos, assim como todos nós, em maior ou menor grau, seremos os responsáveis pelas conseqüências advindas do aumento do aquecimento global.
Tanto os políticos que mantém o poder, quanto os interesses industriais que os pressionam, entendem que medidas simples de melhoria, como o investimento em formas renováveis de produção de energia e a eficiência energética em geral, estão muito alem das condições atuais e que por uma série de razões, não podem ser colocadas em prática. 
Com o agravamento dos índices de poluição nos paises desenvolvidos provocado pelo crescimento da produção industrial após a 2ª. Guerra Mundial, fez surgir uma maior conscientização sobre as questões ambientais, exigindo uma ação governamental mais firme para tentar controlar o problema. E com relação ao problema do Aquecimento Global, os primeiros sintomas de pânico foram sentidos. O mundo como que se deu conta da gravidade do assunto, deu inicio a uma série de iniciativas, entre outras, a principal delas, a formulação do Protocolo de Kyoto.
Entre estas iniciativas podemos destacar a publicação do livro “Primavera Silenciosa”, por Rachel Carson, em 1962, denunciando o desaparecimento de pássaros nos campos dos EUA, pelo uso do pesticida DDT na Agricultura. Posteriormente, com o Primeiro Relatório do Clube de Roma em 1968 elaborado por cientistas de vários paises, onde foram propostas soluções para os complexos problemas decorrentes da crescente pressão que a explosão demográfica já exercia sobre o equilíbrio dos ecossistemas do planeta, e sobre os recursos não renováveis. A Conferência de Estocolmo em 1972, que fez surgir o PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), com grande repercussão em todos os paises. A elaboraçãodo segundo Relatório do Clube de Roma em 1973, onde se tentou corrigir as distorções do primeiro modelo, e foi um grande avanço no sentido de se dar uma maior ênfase aos problemas e soluções para o crescimento demográfico e a necessidade de produção de alimentos de forma sustentável, bem como uma nova proposta de um novo modelo contemplando o fator energia. 
Outro grande evento foi a Conferência Rio ECO-92, com participação de mais de 30 mil pessoas, onde foram aprovados importantes documentos:
- Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
- Declaração sobre florestas
- Convenção sobre a Diversidade Biológica
- Convenção Quatro sobre Mudanças Climáticas
- Agenda 21.
Posteriormente, em Johannesburgo, África do Sul, foi realizada em 2002 a Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (Rio + 10), cujos resultados, entre outros, pode-se destacar as publicações sobre os assuntos discutidos: Saneamento, Biodiversidade, Pesca, Produtos Químicos, Mudanças Climáticas e Combate a Pobreza. 
 
Ainda como fatores para a atual crise ambiental não somente relacionados ao aquecimento global destacando-se os gases do efeito estufa, entre outros, temos também a derrubada de florestas para fins diversos, a implantação de pólos industriais, a construção de grandes hidrelétricas, a queima irracional de materiais como fontes de energia, o aumento da população exigindo cada vez mais novas áreas para produção agrícola e extração de matérias primas para a fabricação de produtos necessários para o consumo, o desperdício no uso destas matérias primas e o uso indevido da água nos processos industriais, na irrigação, no consumo próprio pela população e no aproveitamento inadequado dos recursos hídricos disponíveis na natureza.
 
____________________________________________________________________________________
AQUECIMENTO GLOBAL
Atmosfera: Aspectos históricos e evolução
A temperatura média na superfície da terra tem crescido na ordem de 0,7 graus Celsius desde o inicio do século XIX e pelas ultimas pesquisas, a uma média de 0,2 graus por década. Até o ano de 2100, é esperado um aumento em torno e 1.4 a 5.8 graus C, com sérias e profundas mudanças na vida terrestre. Mesmo que haja um aumento mínimo de temperatura, a previsão é de que este aumento será maior que qualquer tendência verificada ao longo dos séculos, dos últimos 10.000 anos.
A principal razão para este aumento de temperatura, são as atividades decorrentes de um século e meio de industrialização, com queima em grande quantidade de carvão, óleo, gasolina, devastação de florestas e a prática de métodos inadequados no setor de agricultura. 
Estas atividades tem incrementado o aumento de gases de efeito estufa na atmosfera, especialmente dióxido de carbono e oxido de nitrogênio. Tais gases ocorrem naturalmente e eles são fundamentais para a vida na terra, visto serem os responsáveis pela retenção de calor decorrente do processo de refletir parte dos raios solares no espaço. Sem estes gases, o planeta terra seria um lugar árido e gelado. Mas se for verificado um aumento na quantidade destes gases, haverá uma maior retenção de calor e com isso aumentará a temperatura da terra para um nível artificial, e com isso o clima será drasticamente alterado. Os anos 1990 surgem como a década mais quente do milênio e o ano de 1988 foi considerado o mais quente.
A mudança drástica ou gradual do clima na terra poderá ser um processo difícil, mas nunca improvável. Vejamos o caso dos dinossauros, as razões porque eles foram extintos. A teoria que prevalece é que eles não sobreviveram devido a um gigante asteróide que caiu sobre a terra a 65 milhões de anos atrás, espalhando uma quantidade tal de energia e areia no ar que os raios solares foram intensamente reduzidos, as temperaturas caíram drasticamente, e muitas plantas não tendo condições de crescer provocaram um colapso na cadeia alimentar.
O que ocorreu com os dinossauros é um raro exemplo de mudança de clima por um fenômeno externo, mudança esta mais rápida do que o que a humanidade através dos problemas de poluição está impingindo a si mesma. Mas este problema não é o único. Pesquisas nas camadas de gelo e sedimentos nos lagos mostram que o sistema de clima sofreu outras flutuações abruptas no passado distante. O clima parece ter “pontos de dicas” que podem nos dar algumas indicações com consideráveis repercussões. Apesar de os cientistas ainda estarem analisando o que aconteceu durante estes eventos, é claro que o mundo altamente estressado com 6.3 bilhões de pessoas, continua sendo um lugar de risco e sujeito a incontroláveis circunstancias relacionadas ao fator clima. 
O que se observa com relação ao problema do aquecimento, é a expectativa de novas ações para extinguir as suas causas. Inúmeras plantas e espécies de animais, sempre adoecem pela poluição e perda de seus habitats, sem expectativa para sobreviverem nos próximos 100 anos. Os seres humanos por enquanto ainda não estão enquadrados neste caminho, mas já estão bastante expostos a estas inúmeras dificuldades. Recentes tempestades devastadoras, dilúvios e estiagens, por exemplo, surgem para mostrar que as modelos computacionais, estão prevendo que “eventos extremos de alterações climáticas” e com mais freqüência estão para acontecer. 
A média do nível do mar subiu de 10 a 20 cm durante o Século 20, e um incremento adicional de 9 a 88 cm é o que se prevê até o ano 2100. Altas temperaturas na terra provocam uma expansão no volume de água dos oceanos, pelo aquecimento das calotas polares e conseqüente derretimento das geleiras. Seguindo os indicadores apontados pelas pesquisas, caso este aumento de temperatura não seja controlado, o mar poderá sobrepor à maioria das populações costeiras de vários paises como Bangladesch, causando o desaparecimento de algumas regiões inteiramente com as ilhas Malvinas. E comprometendo o suprimento de água fresca, certamente disponibilizada mais água suja para bilhões de pessoas, estimulando migrações em massa da população, com os inevitáveis problemas sociais. 
Com relação aos campos de agricultura, a previsão é que eles se transformem passando a ter novas características tropicais e subtropicais, isso para regiões temperadas, se a temperatura aumentar mais que uns poucos graus Centígrados. A secagem no interior dos continentes, como a Ásia central, o Saara Africano, e as grandes planícies americanas, estão também contempladas neste cenário. Estas mudanças podem causar, no mínimo, rupturas no uso da terra e graves conseqüências no suprimento de alimentos, e aumento no número de moléstias, como a malária e outras doenças. 
A natureza da ameaça do efeito estufa
O QUE É O EFEITO ESTUFA?
A longo prazo, a Terra deve irradiar energia para o espaço na mesma proporção em que a absorve do sol. A energia solar chega na forma de radiação de ondas curtas. Parte dessa radiação é refletida e repelida pela superfície terrestre e pela atmosfera. A maior parte dela, contudo, passa diretamente pela atmosfera para aquecer a superfície terrestre. A Terra se livra dessa energia, mandando-a de volta para o espaço, na forma de irradiação infravermelha de ondas longas.
A maior parte da irradiação infravermelha que a Terra emite é absorvida pelo vapor de água, pelo dióxido de carbono e outros "gases de efeito estufa" que existem naturalmente na atmosfera. Esses gases impedem que a energia passe diretamente da superfície terrestre para o espaço. Ao invés disso, processos interativos (como a radiação, as correntes de ar, a evaporação, a formação de nuvens e as chuvas) transportam essa energia para altas esferas da atmosfera. De lá, ela pode ser irradiada para o espaço. É bom que esse processo seja mais lento e indireto, porque se a superfície terrestre pudesse irradiar energia para o espaço livremente, nosso planeta seria um lugar frio e sem vida, tão desolado e estéril quanto Marte.
Aumentando a capacidade da atmosfera de absorver irradiação infravermelha,nossas emissões de gases de efeito estufa estão perturbando a forma com que o clima mantém esse equilíbrio entre a energia que entra e a energia que sai. Uma duplicação, na atmosfera, da quantidade de gases de efeito estufa de vida longa (projetada para acontecer logo no começo do século 21) reduziria em 2%, se nada fosse mudado, a proporção em que o planeta é capaz de irradiar energia para o espaço. A energia não pode simplesmente acumular. O clima vai ter de se ajustar de alguma forma para conseguir se desfazer dessa energia excedente, e enquanto 2% parecem não ser muito, tomando a Terra inteira, isso equivale a reter o conteúdo energético de 3 milhões de toneladas de petróleo por minuto. Os cientistas ressaltam que nós estamos alterando o "motor" energético que mantém o sistema climático. Algo tem que mudar para atenuar esse impacto.
Fonte MCT - Ministério de Ciência e Tecnologia 
Manifestações do efeito estufa 
A ocorrência de um aumento significativo nas concentrações dos chamados Gases de Efeito Estufa (GEEs) na atmosfera terrestre, é um fato atribuído principalmente às ações chamadas Antrópicas ou induzidas por atividades humanas.
Como já foi dito, o grande aumento dessas atividades se deu principalmente pela expansão das atividades no setor industrial, agrícola e de transportes, que demandou grande consumo de energia, além do desflorestamento de novas áreas para ocupação e uso da terra com outras atividades.
Com a queima de combustíveis fósseis, somada ao desmatamento e demais atividades responsáveis pela emissão de GEEs à atmosfera, a concentração desses gases aumentou significativamente ocasionando o fenômeno chamado de efeito-estufa. A radiação solar refletida pela superfície da terra em forma de ondas de GEEs. Os mais importantes são vapor de água, dióxido de carbono, óxido nitroso, metano e CFCs.
Em média, 29% da radiação solar que incide sobre a Terra é refletida diretamente de volta para o espaço. Está comprovado que houve uma pequena diminuição neste valor nos últimos tempos - ou seja, parte fica retida aqui.
A radiação solar é a fonte básica de energia para que a vida se desenvolva: em um sistema climático equilibrado, a quantidade recebida pela Terra e o que devolve para o espaço são equivalentes. Se a relação muda, todo o ciclo hidrológico, glacial e ecossistêmico é influenciado. Os dados são similares aos divulgados pelos climatologistas que mostraram que 1 watt por metro quadrado tem ficado preso na Terra, quantidade de energia suficiente para mudar, por exemplo, o comportamento dos oceanos, aumentar a temperatura e derreter algumas geleiras nos pólos, elevando o nível da água em todo o mundo.
Outra pesquisa, que mistura cientistas de diversas partes do planeta, analisa a influência de nuvens e aerossóis em suspensão na atmosfera e demonstra como a superfície terrestre tem refletido mais radiação do que absorvido, conseqüência de ações como a derrubada de árvores para a formação de pastagem, movimento bem conhecido em terras brasileiras. Desde a década de 1990, os sinais da mudança têm se mostrado de forma mais evidente, deixando claro que o efeito estufa já muda o planeta.
Gases do Efeito Estufa
Estes são os principais gases, denominados GEE – Gases do Efeito Estufa que, quando dispersos nas várias camadas da Atmosfera Terrestre, de acordo com a sua concentração e o seu tempo de permanência, são os principais contribuintes para o Aquecimento Global da Terra, através do Efeito Estufa.
	Gás de Efeito Estufa
	Formula
	Concentração 1840
	Concentração 1994
	Tempo na atmosfera Semanas
	Potencial aquecimento global
	Gás Carbônico
	CO2
	278 ppmv
	358 ppmv
	1
	1
	Metano
	CH4
	700 ppbv
	1721 ppbv
	12 +/- 3
	21
	Oxido de Nitrogênio
	N2O
	275 ppbv
	311 ppbv
	120
	310
	CFC 
	HCFC-22
	C Cl2F2
	0
	0,503 ppbv
	102
	6200-7100
	
	CFC-12
	CHClF2
	0
	0,105 ppbv
	12
	1300-1400
	Perfluorometano
	CF4
	0
	0,070 ppbv
	50.000
	6500
	Hexafluoro sulfeto
	SF6
	0
	0,032 ppbv
	3200
	23900
 
 ppmv= parte por milhão em volume ppbv = parte por bilhão em volume - 
Impactos Ambientais pela emissão dos GEEs 
Aquecimento Global da terra
 Derretimento das calotas polares
 Alteração clima nas diversas regiões da terra
 Aumento do volume de água nos oceanos
 Alteração do fluxo das correntes marítimas
 Alteração nos processos de sobrevivência dos seres vivos nos eco sistemas
 Aumento de raios ultravioletas afetando a saúde da população 
No caso do Brasil, para o CO2, CH4 e N2O, os principais Gases do Efeito Estufa, apresentam o seguinte perfil de emissões, de acordo com posição de 1994: 
Gás SO2 – Dióxido de Enxofre 
Importante também considerar o caso do Gás SO2 – Dióxido de Enxofre, com suas sensíveis conseqüências em termos de danos ambientais, bem como as respectivas atividades que contribuem para a sua emissão na atmosfera, provocadas pela ação do homem observadas nos setores de Indústria, transporte, geração de energia e outras.
Estas atividades, ao lançarem seus poluentes na atmosfera, principalmente o gás SO2, incolor, que forma um ácido quando em contato com a água, acarretam uma série de problemas na saúde humana e em diversos materiais que dependendo de sua utilização necessitam de tintas ante-corrosivas pelos efeitos da Chuva Acida, e principalmente, os problemas de interferências no aquecimento da terra. 
As principais Fontes Antropogênicas responsáveis pela emissão do dióxido de enxofre, são as ligadas aos setores de:
Usinas térmicas movidas a carvão e óleo
Caldeiras Industriais
Incineradores de Lixo
Aquecedores domésticos
Veículos a Diesel
Fundições
Indústrias de Celulose
Como alternativas para redução da emissão de SO2 na atmosfera, podemos citar:
A substituição do carvão e óleo utilizado nas Usinas Térmicas, pelo GNP – Gás Natural de Petróleo.
Intensificar o uso do GNV, Biodiesel ou Álcool, como combustível em substituição ao óleo Diesel e outros derivados do petróleo.
Proibição de uso de incineradores de lixo 
Intensificação do uso do GNP em caldeiras e fundições.
Redução de GEEs
Apresentamos abaixo, um quadro com os setores possíveis de reduções de Gases de Efeito Estufa.
Com a perspectiva de inúmeros projetos de MDL, bem como projetos de outros mecanismos previstos no Protocolo de Kyoto, assuntos a serem abordados nos Capítulo 3 deste documento, já podemos imaginar uma redução considerável de GEEs, com grandes chances de serem atingidas as metas estabelecidas no protocolo. 
Apresentamos abaixo, um outro quadro com as estimativas do potencial de redução de GEEs no período de 2010 a 2020, com destaque para o custo da tonelada de carbono evitada em cada setor considerado.
Causas e efeitos do aquecimento global
Efeitos bióticos
As fontes de dióxido de carbono e metano
Costuma-se aceitar como causa primordial a Revolução Industrial, que dependia grandemente dos combustíveis fósseis como fonte de energia.
Volume e fluxos de carbono nos ecossistemas
As estimativas da quantidade total de carbono retida nas plantas e nos solos indicam um total de cerca de 2 trilhões de toneladas métricas, quase o triplo da quantidade atualmente contida na atmosfera. Pela foto síntese, o carbono sob a forma de CO2 é absorvido a partir da atmosfera. Estes dois processos são mantidos em equilíbrio em termos globais. Uma pequena mudança em um destes fluxos, da ordem de 1 a 2%’pode vir a mudar apreciavelmente a composição da atmosfera ao cabo de alguns anos. 
Retro-alimentação: positiva e negativa
O aquecimento da Terra provocará alterações locais e globais em processos físicos, químicos e bióticos. A questão é saber se tais mudanças terão o efeito liquido de acelerar ou desacelerar significativamente o aquecimento global.
Empobrecimento da biota
Pela mudança de temperatura de 0,1 a 1,0 graus C, durante décadas, provocará a rápida destruição dasflorestas.
Efeitos sobre a agricultura
A produção de alimentos em escala mundial poderá ser mantida, mas certamente, a um custo bem mais alto, isso sem contar com o aumento da população necessitando de mais alimentos produzidos. 
Outros efeitos do aquecimento global
			
Efeitos sobre os recursos hídricos
As cidades, a energia hidrelétrica, a agricultura irrigada, os vários usos dos cursos de água, os peixes, o transporte, a diluição e o tratamento de esgotos e a circulação das águas costeiras e oceânicas, tudo que depende de fluxos de água doce da terra, estará seriamente comprometido, trazendo sérios transtornos para a humanidade.
Efeitos sobre o clima
O aquecimento episódico na região sul do Oceano Pacífico, chamado El Nino, tornou-se mais freqüente e intenso, provocando períodos de seca severa no Nordeste brasileiro, na Amazônia e no sudeste da Ásia. 
Efeitos sobre as zonas oceânicas e costeiras
Com base nos modelos climáticos, de que se não se tentar reduzir as emissões de gases-estufa, até o ano de 2030 os níveis do mar subirão de 10 a 30 cm, sendo 20 cm a melhor estimativa, e até o final do próximo século subirão de 30 a 100 cm, sendo 65 cm a melhor estimativa.
Efeitos sobre os assentamentos humanos e sociedade
Em todo o mundo, centenas de milhares de pessoas terão de migrar, no próximo século, por causa da inundação de planícies costeiras baixas, deltas e ilhas, se não tiverem êxito os esforços para reduzir o acúmulo de GEEs na atmosfera.
Efeitos sobre a cadeia alimentar 
Como decorrência da destruição da camada de ozônio, especula-se que na Antártida, o aumento da incidência do ultravioleta B (UV-B) pode lesar estruturas biológicas como o DNA, e o sistema fotossintético dos vegetais. O fitoplâncton, que é a base da cadeia alimentar, é muito sensível a radiação ultravioleta, e este afetado, assim como as bactérias marinhas, que alimentam o zooplâncton, comprometeria todo o equilíbrio do ecossistema da região. No Brasil, a destruição da camada de ozônio afetaria as colheitas agrícolas, tais como as de soja e algodão, e danificaria os sistemas aquáticos (recifes de corais, etc.), além dos já mencionados fitoplâncton, zooplâncton e, também, peixes jovens, afetando as atividades pesqueiras. A saúde da população poderia ser afetada através do aumento de casos de câncer de pele, catarata e distúrbios imunológicos.
Ações para combater o aquecimento global
Detendo o Aquecimento Global 
Com base no estudo de Mick Kelly, Climate in crisis, Amsterdam, Greenpeace International, pode se afirmar que para se chegar a um clima estável, a primeira condição deve ser deter o aumento do teor de gases GEEs na atmosfera, de modo a não ocorrer qualquer intensificação do efeito estufa. 
Quando a temperatura da terra finalmente se estabilizar, será em nível bem mais elevado que no período pré-industrial, antes do século XIX, quando era pequena a influencia humana sobre o clima. A questão será, então, tomar ou não outras medidas para diminuir a intensidade do efeito estufa e estabilizar o clima em nível mais próximo da norma pré-industrial. Mas o objetivo imediato deve ser deter o presente aumento da intensidade do efeito estufa, e a estratégia de redução e estabilização consiste em:
Eliminar a produção de clorofuorcarbonos e de todos os produtos químicos correlatos, que destroem a camada de ozônio, evitando-se substituí-los por outros gases de efeito estufa.
Deter o desmatamento e proceder ao reflorestamento que possa contrabalançar emissões abaixo de 1,65 Pg (1.650 milhões de toneladas métricas) de carbono.
Reduzir as emissões de carbono decorrentes da queima de combustíveis fósseis a 30% do seu valor atual.
Reduzir o aumento anual das concentrações de metano e óxido nitroso para 25% do seu valor atual.
Esta estratégia não pretende prescrever a solução do problema do aquecimento global, mas demonstra o que é fisicamente possível fazer para superar obstáculos sociais, econômicos e políticos. 
Não se pode esquecer que, a responsabilidade básica para essas medidas deve ser aceita pelo mundo industrializado, ao mesmo tempo em que se identifica e coloca em prática meios de ajudar o Terceiro Mundo a reagir ao problema.
Uma vez que certo grau de aquecimento não pode ser evitado no decorrer das próximas décadas, há que considerar também a limitação dos impactos adversos. E para que o aquecimento global possa ser combatido com eficácia, será necessária a mesma determinação que contrariou expectativas ao colocar o primeiro homem na lua. 
A Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança de Clima
O aquecimento global é bastante complexo para ser resolvido porque ele envolve o mundo inteiro, e tem reflexos em temas difíceis que as nações da comunidade internacional estão convivendo, entre outros, o aumento dos índices de pobreza, o desenvolvimento econômico sustentável e o crescimento da população. 
Como iniciativa para o enfrentamento do problema de aquecimento global, na década anterior, a maioria dos paises se uniram e criaram através de um Tratado Internacional, a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (CQNUMC), para iniciar as conversações sobre o que poderia ser feito para reduzir o aquecimento global e para enfrentar todo e qualquer aumento inevitável da temperatura na terra. E como um dos resultados, recentemente, um numero de nações aprovou um aditivo ao tratado, chamado Protocolo de Kyoto, o qual legalmente constituído passou a ter mais poder de atuação em termos de realização de medições e autuações frente os paises poluidores. 
O objetivo da CQNUMC:
“O objetivo final da Convenção e de quaisquer instrumentos jurídicos com ela relacionados que adote a Conferência das Partes é o de alcançar, em conformidade com as disposições pertinentes desta Convenção, a estabilização das concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera num nível que impeça uma interferência antrópica perigosa no sistema climático. Esse nível deverá ser alcançado num prazo suficiente que permita aos ecossistemas adaptarem-se naturalmente à mudança do clima, que assegure que a produção de alimentos não seja ameaçada e que permita ao desenvolvimento econômico prosseguir de maneira sustentável.” (UNFCCC, 1992).
A Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima de 1992 faz parte de uma série de acordos recentes por meio dos quais países do mundo inteiro estão se unindo para enfrentar esse desafio. Outros acordos tratam de questões como a poluição dos oceanos, a degradação da terra, danos na camada de ozônio e a rápida extinção de espécies animais e vegetais. 
A Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, enfoca um problema especialmente inquietante, visto que, pelas atividades exercidas pela mão do homem pode-se afirmar:
Nós estamos mudando a forma com que a energia solar interage com a atmosfera e escapa dela. 
Fazendo isso, nós corremos o risco de alterar o clima global.
Entre as conseqüências possíveis, está um aumento na temperatura média da superfície da Terra e mudanças nos padrões climáticos mundiais.
Outros efeitos, ainda imprevistos, não podem ser descartados.
Problemas e desafios para esta convenção:
Os cientistas acreditam num sério risco de que o clima mude rápida e dramaticamente nas próximas décadas e séculos. Somos capazes de cuidar disso?
Se as conseqüências de um problema são incertas, deve-se ignorar o problema ou fazer alguma coisa a respeito assim mesmo? 
Se um asteróide gigantesco atinge a Terra, não é culpa de ninguém. Mas se poderá dizer o mesmo do aquecimento global nas condições atuais?
Se o mundo todo começasse a consumir mais e a levar uma vida boa, será que o planeta conseguiria suportar essa pressão? 
As emissões ainda estão crescendo. Não é hora de tomar ações sérias?
O que fazer para tornar nosso comportamento e nossas economias mais "amigáveis ao clima"?
Como dividir o trabalho e o ônus de forma justa?
Eu não quero gastarmais dinheiro com isso do que o absolutamente necessário, essa é a opinião da humanidade? 
� Em seqüência à criação da Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudança do Clima, outros eventos importantes ocorreram posteriormente, eventos estes denominados Conferências das Partes COPs, como uma forma de demonstração de preocupação e atitude positiva face aos problemas de aquecimento global e mudança do clima.
A convenção do Clima e as Conferências das Partes - COP’s
Conferências das Partes COPs
COP 1 - Berlim, Alemanha (28/03 a 07/04 de 1995):
Durante a COP 1 em Berlim, contando com representantes de 117 países, foi estabelecido o Mandato de Berlim, que teve como foco principal o consenso de todos os países em se tomar ações mais enérgicas quanto à mitigação do efeito estufa.
Entre outras resoluções, no tratado foi feita a primeira revisão de adequação, na qual foi definido que o compromisso dos países desenvolvidos em reduzir suas emissões para os níveis de 1990, até o ano de 2000, não seria suficiente para se atingir os objetivos de longo prazo da CQNUMC. As Partes consentiram então que deveria ser elaborado um protocolo ou instrumento com comprometimento legal entre as Partes que tornasse oficial a questão, tendo como prazo definido para a apresentação do documento o ano de 1997.
Foi decidido ainda de que seria adotado o uso de “atividades implementadas conjuntamente” (activities implemented jointly) em fase piloto, como alternativa para o cumprimento dos objetivos de redução de emissões.
Em resposta ao Mandato de Berlim e com objetivo do fortalecimento do compromisso dos países desenvolvidos em reduzir suas emissões, foi então criado o grupo Ad Hoc sobre o Mandato de Berlim (AGBM), que iniciou o esboço de um protocolo que após oito encontros foi encaminhado a COP 3, culminando na adoção do Protocolo de Kyoto. 
COP 2 - Genebra, Suíça (08 a 19/06 de 1996):
Na segunda Conferência das Partes ficou definido que os países em desenvolvimento (países fora do Anexo I e portanto, sem compromissos de redução de emissões) poderiam enviar uma comunicação preliminar a CQNUMC, onde estariam solicitando auxílio financeiro e tecnológico proveniente do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF); que estaria colocando as orientações para os países interessados em receber a assistência, na terceira Conferência das Partes. 
COP 3 - Kyoto, Japão (01 a 10/12 de 1997) – O Protocolo de Kyoto.
Quando as “Partes” adotaram a Convenção Quadro das Nações Unidas em Mudanças Climáticas - CQNUMC, já se esperava que fossem adotadas ações mais enérgicas futuramente para combater o problema do aquecimento global. Com o estabelecimento de um processo de revisão, discussão e troca de informações permanentes, a Convenção permite a adoção de compromissos adicionais em resposta a avanços científicos e disposições políticas.
Em 1997, na cidade de Kyoto no Japão, contando com representantes de 159 nações, foi então realizada a terceira Conferência das Partes (COP 3), que culminou na adoção por consenso, deste protocolo que ficou como um dos marcos mais importantes desde a criação da CQNUMC no combate à mudança climática.
O Protocolo de Kyoto define que os países industrializados (Anexo I) reduziriam em pelo menos 5,2% suas emissões combinadas de gases de efeito estufa em relação aos níveis de 1990. A União Européia assumiu o compromisso de reduzir em 8%; os Estados Unidos assinou em uma redução de 7%; e o Japão concordou em reduzir 6%. Alguns países como a Rússia6 e Ucrânia não assumiriam compromisso de redução e outros como Islândia, Austrália e Noruega ainda teriam permissão para aumentar suas emissões. (Maiores detalhes do Protocolo de Kyoto será abordado nos próximos capítulos deste trabalho).
Os países industrializados listados no Anexo 1da Convenção, possuíam compromissos de retornar suas emissões de GEEs para os níveis de 1990, até o ano 2000. Com a criação do Protocolo de Kyoto, os compromissos de redução se tornaram diferenciados conforme será descrito no item da COP 3, adiante.
A Federação Russa não assumiu compromissos de redução durante o Primeiro Período de Compromisso, devido a grande redução involuntária de suas emissões causada pela crise de sua economia na década de 90. Mas em 2004 ela ratificou o Protocolo de Kyoto, permitindo que o mesmo entrasse em vigor em Fevereiro de 2005, visto que uma das condições deste tratado era de que seria necessária a ratificação de pelo menos 55 países, e que juntos deveriam corresponder por pelo menos 55% das emissões globais de GEEs. 
COP 4 - Buenos Aires, Argentina (02 a 13/ vinculando todas as Partes envolvidas, e a não complacência de alguma Parte estaria sujeita a penalidades 11 de 1998):
A terceira Conferência das Partes serviu para aumentar os esforços de implementação da CQNUMC e se preparar para a entrada em vigor do Protocolo de Kyoto. Com essa perspectiva foi elaborado o pacote de metas que ficou conhecido como o Plano de Ação de Buenos Aires7, para tratar separadamente e tomar decisões nos seguintes temas:
Mecanismos de financiamento;
Desenvolvimento e transferência de tecnologias;
Implementação dos artigos 4.8 e 4.9 da Convenção8;
Atividades implementadas conjuntamente em fase piloto;
Programa de trabalho dos mecanismos do Protocolo de Kyoto;
Estes temas estão relacionados às obrigações dos países signatários, no fornecimento de auxílio financeiro e transferência de tecnologias aos países em desenvolvimento e/ou mais susceptíveis aos impactos das mudanças climáticas.
Fonte Cepea/USP
www.cepea.esalq.usp.br * ambientecepea@esalq.usp.br
A íntegra do Plano de Ação de Buenos Aires se encontra em arquivo PDF no seguinte endereço: http://unfccc.int/resource/docs/cop4/16a01.pdf.
COP 5 - Bonn, Alemanha (25/10 a 05/11 de 1999):
Na 5a Conferência das Partes foram decididas questões relativas à implementação do Plano de Ação de Buenos Aires, sendo que as Partes deveriam intensificar o trabalho preparatório necessário para que fossem tomadas decisões com relação ao Plano na COP 6. Foram também abordados aspectos relativos à questão do Uso da Terra, Mudança de Uso da Terra e Florestas (LULUCF)9, capacitação dos países em desenvolvimento (países não-Anexo I) e atividades implementadas conjuntamente em fase piloto.
COP 6 - Haia, Países Baixos (13 a 24/11 de 2000):
Devido a muitos conflitos e divergências, a 6a Conferência das Partes não pode ser concluída. O Presidente da COP 6, Jan Pronk divulgou uma nota de sua autoria tratando de questões essenciais que permaneceram sem solução nos documentos transmitidos à Conferência pelos seus órgãos subsidiários. As questões tratadas se referiam principalmente ao Plano de Ação de Buenos Aires, e questões de financiamento aos países em desenvolvimento, além de alguns aspectos relativos ao Comércio de Emissões e o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo. Ficou então acertado que a COP 6 seria retomada em 2001, para que fossem concluídas as questões que ficaram sem solução.
A definição de LULUCF pode ser encontrada no Glossário Internacional de Termos em Mudanças Climáticas.
A descrição do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e Comércio de Emissões pode ser encontrada no Glossário Internacional de Termos em Mudanças Climáticas 
COP 6-bis - Bonn, Alemanha (16 a 27/07 de 2000):
A COP 6 foi então reconvocada para ser realizada em Bonn, sob uma série de incertezas quanto ao futuro do Protocolo, havendo inclusive expectativas de que esta seria a última COP realizada (em parte devido aos EUA terem renunciado ao Protocolo). Porém a COP 6-bis superou as expectativas e ficou conhecida por ter sido a Conferência que “salvou” o Protocolo de Kyoto. O “sucesso” obtido na segunda edição da sexta Conferência das Partes se deu principalmente por um acordo em que concessões foram feitas para agradar aos interesses dos países em conflito. Um exemplo disso foram as concessões feitas no que diz respeito à utilização de sumidouros

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