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FACULDADES_UNIDAS_DO_NORTE_DE_MINAS_PARTE_2[1]

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Criado pelo acadêmico: Ubirajara Fonseca Costa 
Prof. Daniel Herbert de Menezes Alves 
Médico Veterinário 
53 
1.3.8 ESTERNO 
• O esterno é uma placa óssea que constitui a parede ventral do esqueleto do tórax. 
• Ele é formado por sete segmentos ósseos denominados estérnebras, as quais estão 
unidas entre si por cartilagens interesternebrais, de natureza hialina. 
• A estérnebra mais cranial denomina-se manúbrio. Sua extremidade cranial é 
arredondada e está recoberta por uma camada de cartilagem hialina, a cartilagem do 
manúbrio, que às vezes pode faltar. 
• O corpo do esterno constitui a maior poção deste osso. 
• O corpo do esterno compreende cinco estérnebras bastante largas e achatadas no 
sentido dorsovental. 
• A primeira esternébra do corpo possui forma mais ou menos piramidal, enquanto as 
estérnebras restantes alargam-se no sentido caudal, de modo que ele apresenta, no seu 
conjunto, uma forma mais ou menos triangular. 
• As estérnebras unem-se uma à outra por meio de uma lâmina de cartilagem hialina. 
Estas sincondroses esternais tendem a se ossificar no adulto, tornando o corpo uma 
peça óssea única. 
• A estérnebra mais caudal constitui o processo xifóide, ao qual se prende a cartilagem 
xifóidea. 
• O processo xifóide é achatado e de forma mais ou menos triangular. Sua base une-se a 
última esternébra do corpo, enquanto o ápice é dirigido caudalmente e presta-se à 
inserção da cartilagem xifóidea. Esta última é bastante desenvolvida nos ruminantes, 
apresentando-se laminar e de forma aproximadamente ovóide. 
 
 
 
 
 
 
 
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 1.3.8.2 IMAGENS DO OSSO ESTERNO DO BOVINO 
 
FONTE: UFMG. Disponível em http://www.icb.ufmg.br 
 
FONTE: UFMG. Disponível em http://www.icb.ufmg.br 
1.4 OSSOS DO MEMBRO PELVINO 
 1.4.1 INTRODUÇÃO 
• O membro pelvino compreende quatro segmentos: cintura pelvina, coxa, perna e 
pé. 
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• A cintura pelvina é constituída pelo osso do quadril. 
• A coxa apresenta apenas um osso, o fêmur. 
• A perna tem como base óssea, a tíbia e fíbula. Esta ultima rudimentar nos 
ruminantes. 
• O pé compreende os ossos do tarso, do metatarso e dos dedos. 
 
1.4.2 OSSOS DO QUADRIL 
• O osso do quadril é formado por três ossos: ílio, ísquio e pube 
• No animal adulto, estes ossos apresentam-se fundidos e formam a cada lado, uma 
peça única colocada entre a porção sacral da coluna vertebral, proximamente, e o 
fêmur, distalmente. 
1.4.2.1 ÍLIO 
• É maior e mais cranial dos três ossos do quadril. 
• Tem forma irregularmente triangular, apresentando duas partes fundamentais: asa e 
corpo. 
• A asa é a porção mais larga do ílio e possui duas faces: glútea e sacropelvina.A face 
glútea é côncava e está voltada dorsolateralmente. No bovino, apresenta uma discreta 
rugosidade, disposta longitudinalmente, denominada linha glútea. Nos pequenos 
ruminantes, esta linha não é rugosa e atravessa toda a face como um relevo retilíneo. 
• A face sacropelvina é convexa, voltada ventrocranialmente e possui e possui uma 
área rugosa para articulação com a asa do sacro. 
• O eixo maior da asa do ílio orienta-se transversalmente, estando limitado por duas 
extremidades angulares: túber sacral, situado medialmente, e túber coxal, situado 
lateralmente. 
• Unindo os dois túberes, encontra-se uma borda denominada crista ilíaca. 
• O túber sacral continua-se caudalmente com uma ampla reentrância, a incisura 
isquiática maior, a qual se estende até uma crista cortante, denominada espinha 
isquiática. 
• O corpo do ílio é sua porção mais ventral estreitada e termina caudalmente fundindo-
se ao pube e ao ísquio. Neste ponto de união, os três ossos do quadril formam uma 
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profunda cavidade articular de contorno arredondado, o acetábulo, destinado a alojar a 
cabeça do fêmur. 
• A face medial do corpo do ílio apresenta uma discreta e descontínua elevação linear, 
disposta verticalmente, denominada linha arqueada. Esta linha dirige-se para o pube 
e é interrompida em seu terço médio por uma elevação rugosa pouco desenvolvida, 
o tubérculo do músculo PSOAS MENOR. 
• Ventralmente, a linha arqueada termina em uma pequena projeção, a eminência 
íliopúbica, já no pube. 
 
1.4.2.2 PUBE 
• O pube é o menor dos três ossos do quadril e forma a porção cranial do assoalho da 
pelve óssea. 
• Ele é constituído por um ramo cranial, um ramo caudal e o corpo. 
• O ramo cranial, mais desenvolvido, dirige-se craniolateralmente para se fundir com o 
ílio, participando na formação do acetábulo; em sua borda cranial encontra-se uma 
discreta projeção, a eminência iliopúbica 
• O ramo caudal, menor, dirige-se caudalmente para se fundir com o ísquio. Está 
unido, no plano mediano, com o correspondente do lado oposto por meio de 
fibrocartilagem, constituindo esta união (sínfise púbica), parte da sínfise pelvina. 
• O corpo do pube constitui, a cada lado, o ângulo de união entre os ramos cranial e 
caudal. 
• Em sua face dorsal costuma formar-se uma discreta elevação abaulada, o tubérculo 
púbico dorsal. 
• Na face ventral encontra-se uma saliência rugosa bem desenvolvida, o tubérculo 
púbico central. 
 
 
1.4.2.3 ÍSQUIO 
• O ísquio constitui, juntamente com o do lado oposto, a porção caudal do assoalho da 
pelve óssea. 
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• É um osso irregularmente achatado, apresentando as seguintes partes 
principais: ramos, corpo, tábula e túber. 
• O ramo é a porção mais medial do ísquio. Está unido com o do lado oposto no plano 
mediano, constituindo esta união a parte caudal (sínfise isquiádica da sínfise pelvina). 
• Em bovinos, forma-se, ao longo da linha de fusão entre os ramos dos ísquios, uma 
projeção ventral, denominada crista sinfisial, disposta caudalmente ao tubérculo 
público ventral. 
• Cranialmente, o ramo do ísquio está fundido com o ramo caudal do pube. 
• O corpo é a parte do ísquio que se estende cranilateralmente até o acetábulo. 
• A tabula é a porção mais larga e plana do ísquio; ela se continua caudodorsalmente 
com uma robusta saliência de contorno triangular, o túber isquiádico, facilmente 
palpável no animal vivo. 
• A reentrância do ísquio situada entre a espinha isquiádica dos dois ísquios delimitam, 
por sua vez, uma outra reentrância, denominada arco isquiádico. 
 
1.4.2.4 ACETÁBULO 
• O acetábulo é a cavidade articular do quadril na qual se aloja a cabeça do fêmur. 
• Além de sua superfície articular propriamente dita, a cavidade acetabular apresenta 
uma depressão não-articular, a fossa do acetábulo, destinada à inserção do ligamento 
da cabeça do fêmur. 
• Nos ruminantes, a cavidade acetabular está voltada ventral e lateralmente. A borda do 
acetábulo é irregularmente espessada, apresentando-se interrompida por uma incisura, 
denominada incisura do acetábulo. 
• Apenas nos bovinos, uma outra incisura, situada cranialmente à primeira, está também 
presente. 
 
1.4.2.5 FORAME OBTURADO 
• É o amplo orifício situado no assoalho da pelve óssea, circunscrito pelo pube e o ísquio. 
• Na fêmea, geralmente ele é mais largo e quase circular, enquanto no macho é mais 
estreito e ovóide. 
• A designação “obturado” deve-se ao fato de estar ocluído por músculos e outras 
estruturas. 
 
 
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1.4.2.6 PELVE ÓSSEA 
• A pelve é a partedo tronco situada caudalmente ao abdome. Seu esqueleto é constituído 
pelos ossos do quadril, pelo sacro e pelas três primeiras vértebras coccígeas. 
• A pelve é alongada e cilindróide, comprimida látero-laterlamente (principalmente nos 
machos). 
• Os ossos, com as partes moles que os recobrem, formam uma cavidade, 
denominada cavidade pelvina. 
• Esta cavidade tem duas aberturas, uma cranial e outra caudal. 
• A abertura cranial da pelve é mais ampla, estando delimitada por uma linha circular 
imaginária que passa dorsalmente pelo promontório sacral, lateralmente pelos ílios e 
ventralmente pelos pubes. 
• Sua conformação é variável com o sexo, apresentando-se de ovóide a quase circular nas 
fêmeas e permanecendo ovóide nos machos. 
• O teto ou abóbada da cavidade pelvina é formado pelo sacro e pelas três 
primeiras vértebras coccígeas. 
• Já o assoalho é constituído pelo pube e pelo ísquio dos dois lados. 
• O forame obturado interrompe a continuidade óssea do assoalho pelvino. 
• As paredes laterais da cavidade pelvina são completadas por ligamentos e músculos. 
• Quanto à abertura caudal da pelve, é menor que a cranial e tem como contorno ventral 
o arco isquiádico, que é mais aberto nas fêmeas. 
• O contorno laterodorsal desta abertura é formado predominantemente por estruturas 
moles, destacando-se entre elas uma larga lâmina fibrosa, o ligamento sacrotuberal, 
com as vértebras coccígeas como elemento esquelético. 
• Devido às importantes funções dos órgãos contidos na cavidade pelvina, torna-se 
necessário conhecer os diâmetros indicativos da amplitude desta cavidade. Assim 
temos: 
• Diâmetro conjugado: É a linha vertical que une o promontório sacral ao extremo 
cranial da sínfise pelvina. 
• Diâmetro vertical: É a linha vertical que se estende ao extremo cranial da sínfise 
pelvina à parede dorsal da pelve. 
• Diâmetros transversais: Existem cinco diâmetros transversais. Três deles são 
delineados na abertura cranial da pelve, unindo entre si as margens ventrais das 
articulações sacro-ilíacas, os tubérculos do músculo 
psoasmenor as eminências iliopúblicas. Os outros dois são representados por linhas 
que unem entre si os pontos mais altos das espinhas isquiádicas e os ângulos 
dorsais dos túberes isquiádicos. 
 
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1.4.3 FÊMUR 
• O fêmur é o osso da coxa, apresentando-se relativamente mais curto nos ruminantes 
que nas outras espécies domésticas. 
• Nele distinguem-se o corpo e duas extremidades, proximal e distal. 
• A extremidade proximal do fêmur compreende a cabeça, o colo e os trocânteres 
maior e menor. 
• A cabeça é uma grande proeminência articular esférica, voltada medialmente e que se 
articula com o acetábulo do quadril. Uma camada de cartilagem hialina recobre toda a 
sua face articular, exceto numa pequena depressão central, a fóvea da cabeça 
do fêmur, onde se insere o ligamento da cabeça do fêmur. 
• O colo é o segmento ósseo que une a cabeça ao corpo. Seu limite com a cabeça é bem 
marcado medialmente, mas lateralmente a superfície articular da cabeça prolonga-se 
sobre ele. 
• O trocânter maior é uma protuberância volumosa que se projeta da face lateral da 
extremidade proximal do fêmur. Sua borda livre é espessa e rugosa; sua face lateral é 
rugosa e convexa, enquanto a face medial é côncava e mais lisa. 
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• O trocânter menor é uma pequena saliência rugosa que se situa na face caudal da 
extremidade proximal. 
• Os trocânteres maior e menor estão unidos por uma crista, denominada crista 
intertrocantérica. Esta crista delimita, juntamente com o trocânter maior, uma 
depressão profunda, a fossa trocantérica. 
• O corpo do fêmur é cilíndrico, apresentando-se retilíneo nos bovinos e ligeiramente 
encurvado nos pequenos ruminantes. Sua face lateral apresenta próximo à extremidade 
distal, uma depressão irregular, a fossa supracondilar, que é bastante rasa, 
principalmente nos pequenos ruminantes. Nessa fossa origina-se o músculo flexor 
superficial dos dedos. 
• A face caudal (face áspera) apresenta rugosidades bem evidenciadas, que se dispõem 
longitudinalmente. O forame nutrício localiza-se geralmente nesta face 
• A extremidade distal do fêmur compreende a tróclea e os côndilos. 
• A tróclea é a superfície articular voltada cranialmente, caracterizando-se por sua 
forma de polia, formada por duas arestas separadas por um sulco. 
• Nos bovinos, a aresta medial da tróclea é mais desenvolvida que a lateral e sua 
extremidade proximal alarga-se consideravelmente. 
• Nos pequenos ruminantes, as arestas têm aproximadamente o mesmo tamanho. 
• Os côndilos, lateral e medial, são duas saliências articulares globosas que se situam 
caudalmente à tróclea. 
• Uma depressão, a fossa intercondilar separa os dois côndilos. 
• A face medial do côndilo medial é rugosa e nela destaca-se uma saliência, o 
epicôndilo lateral, menos desenvolvido que o medial. 
• De modo correspondente, na face lateral do côndilo lateral situa-se o epicôndilo 
lateral, menos desenvolvido que o medial. 
• Distal e um pouco e caudalmente ao epicôndilo lateral distinguem-se duas pequenas 
depressões, das quais a mais distal é a fossa do músculo poplíteo. 
• Entre o côndilo lateral e a tróclea, encontra-se uma outra depressão, denominada fossa 
extensora. 
 
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1.4.4 PATELA 
• A patela (antigamente conhecida como rótula) é um grande osso sesamóide que se 
articula com a tróclea do fêmur. 
• Tem forma aproximadamente triangular, com o vértice voltado distalmente. 
• Sua face caudal apresenta duas superfícies para articulação com a tróclea do fêmur. 
• A cartilagem da patela, nem sempre presente nos ossos preparados, prende-se ao 
ângulo medial do osso. 
• Nos pequenos ruminantes a patela é mais longa e estreita. 
1.4.5 TÍBIA E FÍBULA 
1.4.5.1 TÍBIA 
• A tíbia é o principal osso longo da perna. 
• Nos bovinos, é um pouco mais curta que o fêmur, enquanto nos pequenos ruminantesapresenta-se mais longa. 
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• A extremidade proximal da tíbia é larga e tem um contorno aproximadamente 
triangular. Esta apresenta duas superfícies articulares ligeiramente convexas, os 
côndilos medial e lateral, para articulação com os correspondentes côndilos do 
fêmur. 
• Entre os dois côndilos, aproximadamente no centro da extremidade proximal, 
encontra-se uma elevação, a eminência intercondilar, na qual se distinguem dois 
tubérculos, os tubérculos intercondilares, dos quais o medial é o mais alto. 
• Os côndilos estão ainda separados cranialmente pela área intercondilar cranial e 
caudalmente pela área intercondilar caudal. 
• Nessas áreas intercondilares inserem-se os ligamentos da articulação femorotibial. 
• Caudalmente, a extremidade proximal apresenta uma reentrância, a incisura poplítea, 
interposta entre os dois côndilos. 
• Já no ângulo cranial da extremidade proximal encontra-se uma saliência bem 
desenvolvida, a tuberosidade da tíbia, a qual está separada do côndilo lateral por 
uma reentrância, o sulco extensor. 
• Proximamente, o corpo é largo, de contorno triangular. 
• Nos bovinos, torna-se mais delgado e quadrangular do terço médio para o terço distal. 
• Apresenta três faces: medial, lateral e caudal, separadas por três bordas: cranial, 
medial e lateral. 
• A face medial é larga e rugosa até a metade do osso, podendo ser percebida através da 
pele. 
• A face lateral é lisa e ligeiramente retorcida. 
• A face caudal apresenta-se marcada obliquamente por linhas musculares mais ou 
menos desenvolvidas. 
• O forame nutrício encontra-se na face caudal, próximo à borda lateral. 
• A extremidade distal é bem mais estreita que a extremidade proximal, porém mais 
larga que o corpo. 
• A extremidade distal apresenta superfícies para articulação com o osso tálus do 
tarso e com o osso maleolar. 
• A superfície para articulação com o tálus é denominada cóclea da tíbia. 
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• A cóclea da tíbia apresenta dois sulcos, um lateral, largo e mais raso e outro medial, 
mais profundo e estreito. 
• Estes dois sulcos estão separados por uma crista, na qual se pode encontrar uma 
fosseta não articular. 
• A parede medial da cóclea avança distalmente, formando uma projeção pontiaguda 
denominada maléolo medial. 
• A parede lateral é completada por um osso separado, o osso maleolar, correspondente 
ao maléolo lateral e pertence à fíbula. 
1.4.5.2 FÍBULA 
• A fíbula é o outro osso componente da perna, situando-se lateralmente à tíbia. 
• Nos ruminantes, é rudimentar. 
• Seu esboço cartilaginoso é completo, mas no processo de ossificação fica reduzida a 
duas extremidades, a proximal ou cabeça e a distal ou osso maleolar, unidas entre si 
por um cordão fibroso, que não aparece nas preparações. 
• No bovino, a cabeça da fíbula está geralmente fundida ao côndilo lateral da fíbula, 
mas pode também ocorrer articulada. Apresenta-se como um apêndice ósseo que se 
projeta alguns centímetros distalmente, terminando em ponta livre. 
• No ovino, está constantemente fundida á tíbia, aparecendo como uma pequena 
proeminência do côndilo lateral. 
• No caprino, pode faltar completamente. 
• O osso maleolar é constante em todos os ruminantes domésticos. 
• Visto lateralmente, apresenta um contorno aproximadamente quadrangular. 
• Sua face proximal apresenta duas pequenas superfícies articulares para a tíbia, 
estando essas facetas separadas por um processo pontiagudo. 
• A face medial articula-se com o tálus e a face distal com o calcâneo, ambos os ossos 
pertencentes ao tarso. 
• A face lateral apresenta uma depressão discreta, o sulco maleolar, destinado à 
passagem de tendões. 
 
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1.4.6 TARSO 
• O tarso dos ruminantes é constituído por cinco ossos, dispostos em duas fileiras, 
proximal e distal. 
• A fileira proximal compõe-se dos ossos tálus e calcâneo. 
• A fileira distal compreende os ossos centroquarto, társico II + III e társico I. 
• O Tálus é o mais medial dos ossos da fileira proximal do tarso, caracterizando-se por 
apresentar duas trócleas, uma proximal e outra distal. 
• A tróclea proximal articula-se com a cóclea da tíbia. 
• A tróclea distal articula-se com a face com o osso centroquarto. 
• O calcâneo é o osso saliente que se articula com a face lateroplantar do tálus. 
• O espaço compreendido entre a face lateral do tálus e a face medial do calcâneo é 
denominado seio do tarso. 
• A principal saliência do calcâneo é o túber do calcâneo, que se projeta proximalmente 
e dá inserção ao tendão calcanear comum. 
• O calcâneo apresenta medialmente uma outra projeção óssea, o sustentáculo do tálus, 
para articulação com o tálus. 
• A face plantar do sustentáculo do tálus forma com a base do túber do calcâneo o sulco 
do calcâneo, por onde corre o tendão do músculo flexor profundo dos dedos. 
• Proximalmente, o calcâneo articula-se com o osso maleolar e distalmente com o osso 
centroquarto. 
• O osso centroquarto é o mais desenvolvido da fileira distal do tarso. É formado pela 
fusão do osso central do tarso com o osso társico IV, estendendo-se de um lado ao 
outro e articulando-se com todos os demais ossos do tarso. 
• O osso társico II + III, o segundo em tamanho da fileira distal, resulta da fusão dos 
ossos társico II e társico III. 
• Já o osso társico I é o menor dos ossos do tarso e articula-se com o centroquarto, o 
társico II + III e o metatársico III + IV. 
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1.4.7 METATARSO 
• No metatarso dos ruminantes, como no metacarpo, apenas um osso está 
completamente desenvolvido: o metatársico III + IV, resultante da fusão do 
metatársico III com o metatársico IV, ainda na fase fetal. 
• Os sulcos longitudinais dorsal e plantar, e a subdivisão da cavidade medular por um 
septo ósseo, nos animais jovens, comprovam esta fusão. 
• Outros ossos metatársicos, como o metatársico II e metatársico V, quando ocorrem, 
são rudimentares, aparecendo como cristas fundidas às bordas planomedial e 
planolateral, respectivamente, do metatársico III + IV. 
• Um outro osso pequeno e discóide articula-se com a face plantar da base do 
metatársico III + IV: trata-se de um sesamóide típico dos artiodáctilos e denomina-se 
osso sesamóide do metatarso. 
• O osso metatársico III + IV assemelha-se bastante ao metacárpico III +IV sendo, 
porém um pouco mais longo. 
• Sua extremidade proximal ou base é larga e articula-se com a fileira distal dos ossos 
do tarso. 
• Nos bovinos, um canal comunica o centro da base com a face plantar do osso e dá 
passagem a vasos. Uma saliência, a tuberosidade do osso metatársico III +IV, está 
presente na superfície dorsomedial da base. 
• O corpo do metatársico III+ IV é de contorno aproximadamente quadrangular e 
mais largo próximo das epífises. Sua face dorsal é percorrida longitudinalmente pelo 
sulco longitudinal dorsal, bastante profundo nos bovinos. Nos pequenos 
ruminantes, este sulco só é evidente próximo às duas extremidades do osso. 
• A face plantar é também percorrida por um sulco, o sulco longitudinal plantar. 
• O canal distal do metatarso é constante e bem desenvolvido. 
• Já o canal proximal do metatarso falta frequentemente. 
• A extremidade dista ou cabeça do metatársico III + IV é semelhante àquele do 
metacárpico III +IV. 
 
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1.4.8 FALANGES E OSSOS SESAMÓIDES 
• As falanges e ossos sesamóides do membro pelvino são semelhantes aos do membro 
torácico. 
• A nomenclatura é adaptada ao membro pelvino, quando necessário. 
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1.5 OSSOS DO CRÂNIO E APARELHO HIÓIDE 
 1.5.1 INTRODUÇÃO 
• O crânio é formado por ossos unidos, em sua maioria, por articulações fibrosas 
denominadas suturas. 
• Nos animais adultos, as suturas estão quase todas ossificadas (sinostoses); 
• No feto apresenta certo grau de mobilidade por seus arcabouços ósseos não estarem 
ainda completamente ossificados, o que facilita a passagem do crânio do feto pela 
cavidade pelvina durante o parto; 
• O crânio constitui o invólucro ósseo que protege o encéfalo; 
• Forma cavidades que alojam órgãos dos diversos sistemas sensoriais da cabeça e dão 
passagem a vísceras do sistema digestório e respiratório; 
• Os ossos do crânio, em sua maioria ossos planos, são constituídos por duas lâminas de 
osso compacto: lâminas, interna e externa, separadas por camada de osso esponjoso, 
denominada díploe; 
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• O periósteo que reveste os ossos do crânio recebe o nome especial de pericrânio; 
• No presente texto, os ossos do crânio serão estudados em conjunto, mencionando-se 
apenas os acidentes mais importantes. 
 
1.5.2 VISTA DORSAL DO CRÂNIO 
• Quando se observa a face dorsal do crânio, verifica-se que ele possui forma 
aproximadamente triangular, com o vértice dirigido em sentido rostral. 
• Esta conformação é mais acentuada nos pequenos ruminantes; 
• É formada por dois pares de ossos: nasais e frontais; 
• Os ossos nasais são alongados e formam parte da parede dorsal da cavidade nasal. 
Cada um deles apresenta a extremidade rostral dividida em dois ramos pontiagudos. 
• Estão unidos entre si na linha mediana por meio de uma sutura plana. 
• Lateralmente, cada osso nasal está unido aos ossos maxilar e lacrimal e 
caudalmente articula-se com o osso frontal. 
• O frontal é o maior dos ossos do crânio e forma, com seu homólogo do lado oposto, a 
parede dorsal da cavidade craniana. 
• O perfil dos ossos frontais varia de acordo com a raça, dentro de uma mesma espécie. 
Assim, em bovinos de raças européias, ele é mais ou menos reto, ao passo que em 
algumas raças zebuínas, a exemplo da raça Gir, ele é caracteristicamente convexo. 
• Do ângulo caudolateral de cada frontal projeta-se uma expansão pontiaguda, 
o processo cornual, que constitui a base óssea do chifre (ou corno). 
• Os processos cornuais desenvolvem-se com a idade e modificam a forma do osso 
frontal. 
• Algumas raças, no entanto, não possuem processos cornuais, sendo esta ausência um 
caráter hereditário dominante. 
• Em bovinos, entre os dois processos cornuais situa-se, no plano mediano, uma 
elevação discreta, denominada protuberância intercornual. 
• A cada lado, o frontal constitui as paredes dorsal e medial da órbita óssea. 
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• De sua borda lateral destaca-se uma projeção laminar, o processo zigomático do 
frontal, que se dirige ventralmente para se unir ao processo frontal do zigomático. 
• Os dois processos unidos formam o contorno caudal da órbita óssea. 
• A face dorsal de cada frontal é percorrida longitudinalmente por uma depressão linear, 
o sulco supra-orbital, o qual termina caudalmente em um orifício, o forame supra-
orbital. Este último continua-se no interior do osso como canal supra-orbital, que 
finalmente se abre em outro orifício situado na parede dorsal da órbita óssea. 
• O canal supra-orbital dá passagem à veia de mesmo nome. 
• O interior do osso frontal é oco e a cavidade formada entre as suas lâminas externa e 
interna constitui o extenso e complexo seio frontal, o qual se prolonga para dentro de 
cada processo cornual. 
 
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1.5.3 VISTA CAUDAL DO CRÂNIO 
• A face caudal do crânio é formada pelos ossos occipital, parietais e frontais. 
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• Nos animais adultos, as suturas entre estes ossos apresentam-se pouco nítidas e os 
limites entre eles, imprecisos. 
• Esta face tende a ser plana nos bovinos, mas é alongada e convexa nos pequenos 
ruminantes. 
• Apresenta mais ou menos em seu centro, uma saliência rugosa, 
a protuberância occipital externa, onde se insere o ligamento da nuca. 
• Ventralmente, a face caudal apresenta uma larga abertura, o forame magno, que dá 
passagem à medula espinhal. 
• A cada lado do forme magno encontra-se uma superfície articular convexa, de perfil 
elíptico, o côndilo do occipital. 
• Os dois côndilos articulam-se com a primeira vértebra cervical ou Atlas. 
• Lateralmente a cada côndilo do occipital encontra-se uma saliência pontiaguda 
dirigida ventralmente, denominada processo jugular (paracondilar). 
 
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1.5.4 VISTA LATERAL DO CRÂNIO 
• Na face lateral do crânio encontram-se os ossos da face, da órbita e da parede lataral 
da cavidade humana. 
1.5.4.1 OSSOS DA FACE 
• A face dos ruminantes está formada pelos seguintes ossos: maxila (osso maxilar), 
incisivo, zigomático, lacrimal, mandíbula e nasal, este último já descrito. 
� a) Maxila: É o osso mais desenvolvido da face, apresentando um contorno 
aproximadamente quadrangular. 
Está unido dorsalmente aos ossos nasal, lacrimal e zigomático; 
Rostralmente,une-se ao osso incisivo. 
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Apresenta em sua porção média uma elevação linear, a crista facial, a qual 
termina rostralmente em uma saliência rugosa, o túber facial. 
Rostralmente ao túber facial encontra-se um amplo orifício, o forame 
infraorbital, através do qual emergem do crânio a artéria, a veia e o nervo 
infra-orbitais. 
Na borda ventral (borda alveolar) da maxila encontram-se os alvéolos para 
os dentes premolares e molares superiores. 
O interiorda maxila apresenta uma escavação irregular, o seio maxilar. 
� b) Incisivo: Situa-se rostralmente á maxila, formando a base óssea do extremo 
rostral do palato. 
Não apresenta, como nas demais espécies, alvéolos para os dentes incisivos 
superiores, já que estes faltam nos ruminantes. 
� c) Zigomático: Situa-se caudorsalmente à maxila, formando parte da parede 
ventral da órbita óssea. 
 De sua porção caudal destacam-se dois processos: processo frontal do 
zigomático, que se dirige dorsalmente para se unir ao processo zigomático do 
frontal e formar o contorno caudal da órbita óssea; processo temporal do 
zigomático, que se dirige caudalmente e se une ao processo zigomático. 
� d) Lacrimal: É um pequeno osso intercalado entre os ossos nasal e frontal, 
dorsalmente e os ossos maxila e zigomático, ventralmente. 
 Forma parte da parede rostral da órbita óssea e apresenta um orifício, o forame 
lacrimal, que constitui o início do canal lacrimal. 
Este canal percorre o interior dos ossos lacrimal e maxilar e abre-se na 
cavidade nasal. 
� e) Mandíbula: As mandíbulas, uma a cada lado, estão unidas rostralmente, na 
região do mento ou queixo, por uma sincondrose (união por meio de 
cartilagem hialina), disposta no plano mediano. 
Em cada mandíbula distinguem-se o corpo, o ângulo e o ramo. 
O corpo da mandíbula é sua porção rostral, disposta longitudinalmente. 
Apresenta uma face externa, voltada para os lábios e bochechas, e uma face 
interna, voltada para a língua. 
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A face externa é lisa e apresenta próximo a sua extremidade rostral, um ou 
dois orifícios, os forames mentuais, por onde emergem os vasos e nervos 
mentuais. A face interna também é lisa. 
Na borda dorsal (borda alveolar) do corpo da mandíbula situam-se os 
alvéolos para os dentes da arcada inferior. 
Rostralmente, encontram-se os alvéolos para os dentes incisivos inferiores, 
quatro de cada lado. 
Caudalmente situam-se os alvéolos para os dentes premolares e molares 
inferiores. O trecho sem alvéolos dessa boda, entre os incisivos e os 
premolares, denomina-se borda interalveolar. 
Caudalmente, o corpo termina no ângulo da mandíbula, que apresenta um 
contorno arredondado. 
O ramo é a porção vertical da mandíbula, projetando-se dorsalmente a partir 
do ângulo. Sua extremidade dorsal, livre, apresenta-se dividida por uma 
reentrância, a incisura mandibular, em dois processos: um cranial e 
pontiagudo, processo coronóide, e outro caudal e abaulado, processo 
condilar. 
No processo cronóide insere-se o músculo temporal. 
O processo condilar apresenta uma superfície articular convexa, a cabeça da 
mandíbula, que se articula com o osso temporal. 
Ventralmente à cabeça encontra-se uma porção mais estreitada, o colo da 
mandíbula. 
A superfície lateral do ramo é plana, apresentando rugosidades causadas pela 
inserção do músculo masséter. 
Na superfície medial do ramo encontra-se um orifício, o forame da 
mandíbula, onde se inicia o canal da mandíbula, por onde passam os vasos e 
nervos alveolares inferiores. 
Das proximidades do forame da mandíbula parte um sulco, o sulco milo-
hióideo, que se dirige obliquamente em sentido rostroventral. Este sulco aloja 
o nervo milo-hióideo. 
1.5.4.2 ÓRBITA ÓSSEA 
• Cada órbita óssea é uma cavidade de contorno circular que contém o bulbo do olho, 
além de músculos, vasos, nervos e parte do aparelho lacrimal, incluindo a glândula 
lacrimal. 
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• A parede medial da órbita é lisa e nela são encontrados três orifícios: forame 
orbitorredondo, o maior e mais ventral deles, servindo à passagem dos nervos. 
• A parede dorsal da órbita apresenta uma ligeira concavidade, a fossa da glândula 
lacrimal, causada pela impressão desta glândula. 
• No limite entre as paredes medial e dorsal encontra-se um quarto orifício, que 
corresponde à abertura do canal supra-orbital na órbita. 
• A parede ventral ou assoalho da órbita é incompleto. 
• Rostralmente é formada por uma expansão globosa e oca, de parede fina, 
denominada bula lacrimal, formada à custa dos ossos maxilar e lacrimal 
• Caudalmente está constituída apenas por uma membrana conjuntiva, a periórbita, que 
desaparece nas preparações. 
• A parede lateral também é incompleta, sendo constituída apenas numa pequena 
extensão pelos processos frontal do zigomático e zigomático do frontal; o restante é 
formado pela periórbita. 
1.5.4.3 PAREDE LATERAL DA CAVIDADE CRANIANA 
• A parede lateral da cavidade craniana é formada pelos ossos temporal, parietal e 
frontal. 
• O osso temporal dos ruminantes compreende três partes: escamosa, timpânica e 
petrosa. 
• A parte escamosa é a porção mais dorsal do temporal. Ela forma a parede 
ventromedial de uma extensa depressão da face lateral do crânio, a fossa temporal, no 
qual se aloja o músculo temporal. 
• Da borda lateral da parte escamosa destaca-se uma lâmina óssea achatada 
dorsoventralmente, o processo zigomático do temporal, o qual se dirige rostralmente 
e se une ao processo temporal do zigomático. 
• Na face ventral da raiz do processo zigomático encontra-se uma área articular 
ligeiramente convexa, ovóide e lisa, o tubérculo articular, o qual se articula com o 
processo condilar da mandíbula. 
• Caudalmente ao tubérculo articular encontra-se uma discreta depressão transversal, 
a fossa mandibular e, caudalmente a esta última, um orifício, o forame 
retroarticular. Através desse forame emerge uma das veias emissárias do encéfalo. 
• A parte timpânica do temporal situa-se ventralmente à parte escamosa, interposta entre 
esta última e a parte basilar do osso occiptal. 
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• Nela estão incluídos o meato acústico externo e a bula timpânica. 
• O meato acústico externo é um canal cilíndrico, situado caudalmente ao forame 
retro-articular. Sua abertura extrema, de contorno circular, denomina-se poro acústico 
externo; internamente, o meato acústico externo limita-se com a cavidade do tímpano, 
a qual forma a base óssea do ouvido médio. 
• A bula timpânica é uma saliência mais ou menos globosa, oca, situada rostralmente 
ao processo jugular do occipital. 
• Da borda rostral da bula timpânica projeta-se uma pequena expansão pontiaguda, o 
processo muscular, dirigido rostroventralmente. 
• A parte petrosa, na qual estão contidos parte do ouvido médio e o ouvido interno, é 
a menor e a mais medial das três porções do temporal, estando quase que inteiramente 
oculta pela parte timpânica. 
• Da parte petrosa do osso temporal aparece externamente uma pequena projeção 
cilindróide, o processo estilóide, alojado no fundo de uma cavidade situada 
lateralmente à bula timpânica. 
• No processo estilóide prende-se o osso estilo-hióide, que será visto ulteriormente. 
• Logo caudal e lateralmente ao processo estilóide, situa-se um orifício, o forame estilo 
mastóide, o qual constitui a abertura externa do canal facial; por este forame, o nervo 
facial emerge da cavidade craniana. 
• Na superfície interna do crânio pode ser observada a face medial da parte petrosa do 
temporal. 
• Ela aparece como massa óssea de contorno mais ou menos ovalado e coloração mais 
clara, apresentando aproximadamente em seu centro um orifício, o meato acústico 
interno, que dá passagem ao nervo vestibulococlear. 
• A metade dorsal da parede da fossa temporal é constituída em parte pelo osso frontal 
e em parte pelo osso parietal. 
 
 
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1.5.4.4 Vista ventral do crânio 
• A face ventral do crânio compreende duas porções bem distintas, uma rostral e 
outra caudal. 
• A porção rostral da face ventral do crânio apresenta-se como uma superfície 
relativamente simples, onde se destacam o palato ósseo e os dentes. 
• O palato ósseo, que constitui a base do palato duro, apresenta-se ligeiramente 
côncavo e com um contorno aproximadamente retangular. Sua extremidade rostral é 
formada pelos corpos dos ossos incisivos, que, como já foi mencionado, não 
apresentam alvéolos dentários. 
• Entre os corpos dos incisivos situa-se uma pequena fenda mediana, denominada 
fissura interincisiva. 
• Dos corpos dos incisivos destacam-se duas delgadas lâminas ósseas, os processos 
palatinos dos incisivos, que se dirigem caudalmente e delimitam, juntamente com a 
maxila de cada lado, duas fendas alongadas, as fissuras palatinas, dispostas 
longitudinalmente. 
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• O restante do palato ósseo é formado rostralmente pelos processos palatinos das 
maxilas e caudalmente pelas lâminas horizontais dos ossos palatinos. 
• Os forames palatinos maiores são dois orifícios situados na parte caudal do palato 
ósseo. 
• Nos bovinos, eles situam-se nas lâminas horizontais dos palatinos, enquanto nos 
pequenos ruminantes localizam-se na sutura entre as lâminas horizontais dos 
palatinos e os processos palatinos das maxilas. 
• Rostralmente, os forames palatinos maiores continuam-se com duas depressões 
longitudinais discretas, os sulcos palatinos maiores, onde correm os vasos e nervos 
de mesmo nome. 
• A porção caudal da face ventral do crânio, ao contrário da rostral, é bastante 
irregular, apresentando inúmeras depressões, saliências e forames. 
• Alguns desses acidentes já foram descritos nas faces lateral e caudal do crânio. 
• Logo caudalmente ao palato ósseo encontram-se duas lâminas ósseas verticais, mais 
ou menos paralelas. Elas são constituídas pelas lâminas perpendiculares dos ossos 
palatinos e pelos ossos peterigóides. Estes últimos apresentam-se como duas estreitas 
faixas ósseas, cada uma unida em diagonal à face medial da lâmina perpendicular do 
palatino. 
• As extremidades livres dos pterigóides, encurvadas caudalmente à semelhança de 
ganchos, denominam-se hámulos pterigóideos. 
• O espaço entre as duas lâminas ósseas verticais constitui a abertura caudal (coanas) da 
cavidade nasal. 
• Entre cada lâmina óssea vertical e o extremo caudal da maxila do mesmo lado forma-
se uma depressão, a fossa peterigopalatina, na qual se encontram três orifícios: 
forame esfenopalatino, o mais amplo e mais dorsal dos três; 
• Forame maxilar, estreito e meio oculto pela bula lacrimal; 
• Forame palatino caudal; o mais ventral, situado próximo à lâmina horizontal do 
palatino. 
• O assoalho da cavidade craniana é formado, no sentido caudorostral, pelos seguintes 
ossos: parte basilar do occipital, basi- esfenóide e pré- esfenóide. 
• Nos limites entre a parte basilar do occipital e do osso basi-esfenóide encontram-se 
duas saliências, os tubérculos musculares, bem desenvolvidos nos bovinos. 
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• Lateralmente a cada tubérculo muscular e rostralmente à bula timpânica encontra-se, 
já no osso basi-esfenóide, o forame oval, por onde emerge do crânio o nervo 
mandibular (ramo do nervo trigêmeo). 
• Entre a bula timpânica e a parte basilar do occipital permanece uma fenda, a fissura 
petro- occipital. 
• No fundo dessa fissura encontra-se uma ampla abertura, o forame jugular, pelo qual 
emergem do crânio os nervos glossofaríngeo, vago e acessório. 
• Logo caudalmente à fissura petro-occipital e lateralmente ao côndilo do occipital 
situa-se uma depressão, a fossa condilar dorsal, na qual se encontram um ou dois 
orifícios, os canais do nervo hipoglosso. 
• Rostralmente, o assoalho da cavidade craniana é formado pelos ossos basi-esfenóide. 
Estes dois ossos são unidos por cartilagem hialina, que se ossifica nos animais mais 
velhos. 
• O osso pré-esfenóide visto ventralmente, apresenta-se, em sua maior parte, 
encoberto pelo osso vômer, o qual se estende rostralmente de modo a constituir parte 
do septo nasal, no interior da cavidade nasal. 
 
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1.5.4.5 Aparelho hióide 
• O aparelho hióide é uma cadeia de segmentos ósseos que se situa na transição entre a 
cabeça e o pescoço. 
• Dorsalmente, prende-se no processo estilóide do osso temporal; 
• Ventralmente está preso à língua e à laringe. 
• Compreende um segmento ímpar, denominado basi-hióide, e os seguintes segmentos 
pares: tireo- hióides, cérato- hióides, epi- hióides e estilo-hióides. 
• O basi-hióide é uma barra óssea disposta transversalmente na base da língua. 
• De sua porção mediana projeta-se rostralmente uma pequena expansão, o processo 
lingual. 
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• A cada lado do basi-hióide prendem-se dois segmentos: um dirigido caudalmente, o 
tireo-hióide, que se articula com a cartilagem tireóidea da laringe; outro dirigido 
dorsalmente, o cérato- hióide. Este último une-se a um pequeno segmento angular, o 
epi-hióide, o qual está por sua vez unido a um longo segmento dirigido 
dorsocaudalmente, o estilo-hióide, que se prende no processo estilóide do temporal. 
• Um grande número de músculos insere-se nos vários segmentos do aparelho hióide, 
de modo que seu estudo é melhor feito em peças dissecadas, juntamente com a 
laringe e a língua.

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