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Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 ➡ O sistema muscular ativo realiza a movimentação das pecas ósseas, formadas pelo sistema esquelético passivo. Todavia para que esse movimento ocorra é preciso que haja um componente de união: o sistema articular. Divisão Esquelética Axial: ➡ Crânio, coluna vertebral, costelas e esterno. Apendicular: ➡ Membros superiores e inferiores e suas raízes articulares. 1 Anatomia I Sistema Esquelético Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 Funções do SE: ➡ sustentação: dos órgão, dos sistemas cardiovascular, respiratório, digestório, urinário, muscular. ➡ proteção e moldura para o corpo: o esqueleto gera o biotipo do corpo e promove a proteção óssea. Exemplos: região torácica: protege o coração e os pulmões; crânio e coluna vertebral: protegem o sistema nervoso (encéfalo e região medular); os vasos e os nervos passam, principalmente, pela região medial e são protegidos externamente por ossos e músculos. ➡ hematopoética: • hematopoese: formação da medula óssea. - medula óssea vermelha: localiza-se na porção esponjosa do osso e tem por função a formação de eritrócitos, leucócitos e megacariócitos (formam as plaquetas). - medula óssea amarela: localiza-se na diáfise dos ossos longos e é composta pelo tecido conjuntivo e por células adiposas. Sistema Esquelético Axial Crânio: 2 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 Aspectos de formação: ➡ Período intrauterino: • da 12ª até a 18ª semana gestacional ocorre uma aceleração do crescimento encefálico. • a partir da 25ª semana até o terceiro ano pós natal ocorre um segundo surto de crescimento encefálico. Obs.: para que haja o crescimento encefálico é necessário que o crânio seja expansível. Portanto, as peças ósseas desses indivíduos são unidas pelo tecido conjuntivo fibroso, o qual permite tal movimento. • Microcefaleia: ocorre devido à falta de desenvolvimento encefálico, o que faz com que os ossos que eram separados pelo tecido conjuntivo fibroso se encontrem prematuramente. • Fontanela (moleira): - formação: próximo ao trabalho de parto é gerada uma pressão intra-abdominal, que tenta expelir a criança. Dessa forma, ocorre uma sobreposição das placas ósseas (cristas ósseas), diminuindo a circunferência craniana e facilitando a passagem do bebê. Logo após o parto ainda é possível observar tais cristas, todavia, rapidamente ocorre o seu afastamento. Esse processo permite observar na criança algumas áreas com tecido conjuntivo fibroso, ou seja, a fontanela. - vista interior: maior área de tecido: fontanela bregmática; posteriormente: fontanela lambdóide; vista lateral: fontanela esfenoidal e mastoídeo. - esse processo ocorre até o 21º ano, quando ocorre o encontro efetivo das placas ósseas e o quase desaparecimento do tecido conjuntivo fibroso. Ou seja, o crânio continua o seu processo de ossificação e o encéfalo continua crescendo até que ocorra o encurtamento total do TCFi. 3 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 Composição do crânio: ➡ O crânio pode ser dividido em calota craniana ou calvária e base do crânio. ➡ A calota é a parte superior e é formada pelos ossos: frontal, occipital e parietais. ➡ A base forma o assoalho da cavidade craniana, é composta pelos ossos: frontal, occipital, esfenóide, etmóide, parietal e temporal; e pode ser dividia em três fossas: • anterior: formada pelas lâminas orbitais do frontal, crivosa do etmóide, pelas asas menores e pela parte anterior do esfenóide; • média: formada anteriormente pelas asas menores do esfenóide, posteriormente pela porção potrosa do osso temporal e lateralmente pelas escamas do temporal, pelo osso parietal e pela asa maior do esfenóide; • posterior: constituída pelo dorso da sela e clivo do esfenóide, pelo occipital e por parte da potrosa e mastóidea do temporal. É a maior fossa craniana e abriga o forame magno -maior forame do crânio. viscerocrânio: ➡ Ossos da face: 4 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 5 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 ➡ Mandíbula: ➡ Seios paranasais: 6 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 ➡ Vistas superior e inferior: 7 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 ➡ Base do crânio: ➡ Fossas cranianas: 8 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 Radiografias do crânio: Fraturas cranianas: ➡ Fraturas de Le Fort: • Fratura no terço médio da face: máxila, zigoma e complexo naso-órbito-etmoidal. • Le Fort 1: fratura de porção baixa da maxila. A linha de fratura passa abaixo da abertura piriforme e se dirige em direção posterior chegando até a articulação pterigomaxilar. • Le Fort 2: região maxilar e o complexo nasal, fazendo uma separação da base do crânio. • Le Fort 3: disjunção craniana facial; separação praticamente completo do terço da face em relação à base do crânio. 9 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 Gradil torácico: ➡ Formado por: costelas, região específica da coluna vertebral (região torácica) e esterno. ➡ Se movimenta em ato respiratório (inspiração e expiração). ➡ Função: proteger os órgão que ali estão contidos. ➡ Esqueleto da parede torácica: • Formado por: 12 pares de costelas (típicas e atípicas) e cartilagens costais, 12 vértebras torácicas (região específica da coluna espinhal/região torácica) unidas através dos seus discos intervertebrais e o esterno (união anterior entre as costelas). Tórax: ➡ Parte superior do tronco localizada entre o pescoço e o abdômen. ➡ Composto por: parede torácica, cavidade torácica, neurovascularização (artérias, veias e nervos) e órgãos internos (coração, pulmões, timo, traqueia e esôfago). Costelas: 10 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 ➡ Classificação: ossos planos. Tipos de costelas: ➡ Verdadeiras (1ª a 7ª): vertebroesternais; se ligam diretamente ao esterno. ➡ Falsas Propriamente Ditas (8ª a 10ª): vertebrocondrais: se ligam indiretamente (por meio de cartilagens) ao esterno. Suas cartilagens ficarão fixadas na cartilagem da sétima costela. ➡ Falsas Flutuantes: não possuem ligação com o esterno, apenas com a parede abdominal (11ª e 12ª). Classificações: ➡ Esternais: se ligam diretamente ao esterno. ➡ Asternais: se ligam indiretamente ao esterno. ➡ Costelas Típicas: apresentam acidentes anatômicos ou características semelhantes; 3ª à 9ª. • Possuem duas extremidades: posterior (dorsal ou vertebral) e anterior (esternal ou ventral). • Apresentam duas superfícies: anterior ou ventral (convexa) e posterior ou dorsal (côncava). Obs.: superfície posterior dorsal em sentido à margem inferior. Nota-se o sulco costal, onde há um feixe vásculo-nervoso. • Têm duas margens: superior e inferior. ➡ Costelas Atípicas: apresentam acidentes anatômicos diferentes ou com tamanhos diferenciados; 1ª, 2ª, 10ª, 11ª e 12ª. • Possuem menor tamanho e formato mais plano. • Apresentam duas superficies: superior o cranial e inferior ou caudal. • Possuem duas bordas: interna e externa. • Extremidades: dorsal ou vertebral (posterior): cabeça, colo, proeminência e acidentes anatômicos; e ventral ou esternal (anterior). Cartilagens costais: ➡ Consistem de barras de cartilagens hialina e fazem a extensão da costela em direção ao esterno, a fim de fazer uma fixação ➡ Na sétima costela essa ligação é direta. ➡ Características: possibilita a movimentação em ato respiratório, principalmente na inspiração ativa, na qual faz um movimento semicircular (“alça de balde”). ➡ Está dentro da articulação cartilagínea do tipo sincondrose. Ligamentos das costelas: ➡ Ligam e limitam o movimento. ➡ Ligamentos: realizam a união entre a costela nas regiões posteriorese anteriores. 11 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 ➡ Ligamento Costotransversário: ligação do processo transverso com a borda superior da costela na extremidade vertebral. ➡ Ligamento Radiado: faz a ligação da cabeça da costela em toda a extensão do corpo vertebral. Obs.: em direção anterior há a cartilagem costal, a qual faz a ligação através dos ligamentos radiados a nível esternal. Coluna Vertebral: ➡ Também chamada de espinha dorsal. ➡ Estende-se do crânio (osso occipital) até a pelve (ilíaco). ➡ Composta por: tecido conjuntivo, pelas vértebras espinhais (elementos semelhantes superpostos longitudinalmente): 7 vértebras cervicais (região cervical), 12 vértebras torácicas, 5 vértebras lombares, 5 sacrais e coccígeas (o número varia de acordo com o autor). 12 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 Funções: ➡ Formar o eixo de sustentação do corpo humano; ➡ Gerar proteção para a medula espinhal e para os nervos espinhais; ➡ Dissipação de força e absorção de impacto; ➡ Ponto de fixação para as costela, cintura pélvica e os músculos do dorso. Ligamentos da coluna: ➡ Fazem a ligação e a limitação de movimentos. ➡ Ligamento supra-espinhal: ligamento fibroso e resistente que une os ápices dos processos espinhosos; de externo para interno: pele, tela subcutânea, musculatura. ➡ Ligamento interespinhal: fino e quase membranoso; une os processos espinhosos entre os processos espinhosos. ➡ Ligamento amarelo: forame vertebral; tecido fibroso elástico, amarelo e largo, que une as lâminas dos arcos vertebrais. • Função: impede a separação da lâmina e evita a lesão dos discos intervertebrais; ajudam a preservar as curvaturas normais da coluna. 13 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 ➡ Ligamento longitudinal anterior: faixa fibrosa larga, que conecta as faces ântero-laterais dos corpos vertebrais e os discos. • Função: mantém a estabilidade das articulações entre os corpos vertebrais e ajuda a impedir a hiperextensão da coluna vertebral. ➡ Ligamento longitudinal posterior: faixa mais estreita e fraca. • Função: ajudar a impedir a hiperflexão da coluna lombar e a herniação e protusão posterior dos discos. Curvaturas da coluna: ➡ Função: dissipação de força e absorção de impacto. ➡ Exemplos: • Cervical (convexa ventralmente: lordose). • Torácica (côncava ventralmente: cifose). • Lombar (convexa ventralmente: lordose). • Pélvica (côncava ventralmente: cifose). ➡ Tipos de curvaturas: • Primárias: cifoses torácicas e sacrais. • Secundárias: lordoses cervical e lombar. 14 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 ➡ Hipercifose: curvatura aumentada da região dorsal e pélvica. • Causas mais comuns: fator congênito, adquirida (pode ter algum processo patológico associado) e postural (posturas inadequadas de forma repetida). Obs.: Até 10 graus de curvatura não há muito dano na sustentação. Porém, acima desse número, há um prejuízo na sustentação. ➡ Hiperlordose: curva acentuada na região cervical e lombar. • É mais acentuada na região lombar projetando essa região em direção anterior. • Causas mais frequentes: distúrbio do crescimento ósseo, inflamação do disco intervertebral e obesidade (fator comum na maioria dos desvios de coluna vertebral). ➡ Escoliose: curvatura anormal da coluna para um dos lados do tronco, determinada pela rotação das vértebras. • Causas mais frequentes: deformidade congênita da coluna, problemas neuromusculares e desigualdades de comprimento dos membros, as quais geram um peso maior de um lado (os atímeros ficam prejudicados e há uma descompensação postural). ➡ Curvaturas da coluna durante o desenvolvimento: • Ainda na fase intrauterina, o bebê encontra-se em cifose completa, ou seja, total envergadura/curvatura no sentido anterior da coluna vertebral. • Principalmente na fase em que o bebê começa a engatinhar, observa-se tal curvatura de forma parcial: lordose na região cervical e cifose na região caudal (torácica, lombar e sacral). 15 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 Obs.: Quando o individuo começa a ficar ereto, há a normalização dessas curvaturas, que têm como principal função fazer a manutenção da sustentação: lordose a nível cervical e lombar, cifose a nível torácico e sacro-coccígea. Vértebras: Características anatômicas: ➡ Corpo: estrutura que faz a ligação com a sua superior e inferior através dos discos intervertebrais, o qual se une a parte posterior. ➡ Arco vertebral (parte posterior): formado pelo pedículo (região de ligação proximal ao corpo) e pela lâmina (faz a ligação com o processo espinhoso). ➡ Entre o pedículo e a lâmina, há uma proeminência póstero-lateral: processo transverso e, posteriormente há outra proeminência: processo espinhoso. Obs.: forame vertebral: praticamente comum a todas as vértebras espinhais; ele muda de formato/característica dependendo da região em que está localizado. Vista lateral: 16 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 ➡ Acidentes anatômicos: processos articulares. ➡ Fóveas costais superiores e inferiores: fazem a articulação com a cabeça da costela. Vértebra Cervical: ➡ é o segmento mais superior. ➡ Apresenta: corpo bem definido, projeções laterais (processos transversos), forames transversários (pelos quais passam vasos sanguíneos em direção ao encéfalo), arco (pedículo e lâmina), processo espinhoso bífido (processo curto). Obs.: nos forames vertebrais das vértebras típicas possuem um formato triangular/ piramidal. ➡ São sete, sendo três atípicas (1ª, 2ª e 7ª; fogem do padrão das demais) e quatro típicas. Obs.: a sétima vértebra cervical se assemelha à primeira vértebra torácica. 17 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 Atlas: ➡ é a primeira vértebra cervical e faz toda a sustentação da cabeça. ➡ Região anterior: arco anterior. ➡ Posição central: tubérculo anterior. ➡ O corpo vertebral é inexistente nessa vértebra. ➡ Posição posterior: arco posterior. ➡ Região central: tubérculo posterior. ➡ Sentido lateral: há processos transversos comuns a praticamente todas as vértebras espinhais. Todavia, na região cervical, encontra-se o forame transverso/transversário, onde há a passagem de vasos sanguíneos em direção encéfalo. ➡ Superfície posterior: faceta articular: fará a união ou articulação com os côndilos do occipital. ➡ Vista inferior: facetas articulares que farão a união com a vértebra inferior. ➡ Face articular na superfície dorsal do arco anterior. 18 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 Áxis: ➡ segunda vértebra cervical. ➡ Vista anterior, sobre o corpo há um processo chamado de pivô ou odontóide (se assemelha a um elemento dentário): no qual, se encontra na superfície anterior, uma face articular, a qual irá fazer a união ou se articulará com a face da superfície dorsal do arco anterior da primeira vértebra, e promoverá a rotação da cabeça. (articulação sinovial do tipo trocoide). • Na superfície superior há as faces articulares para a articulação com o atlas e na vista posterior há a projeção do arco vertebral. Vértebras torácicas: ➡ Características gerais: maior corpo (comparado à região cervical) devido à maior carga mecânica que recebida, processo espinhoso longo e direção descendente, fóvea costal (característica única da vértebra torácica): superior: ponto de articulação para a cabeça da costela, arco vertebral com pedículo e lâmina e o forame vertebral: aspecto ovóide ou circular. 19 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 Vértebras lombares: ➡ Características gerais: corpo mais avantajado, pois é a região que mais sofre carga mecânica de toda a coluna vertebral, processo espinhoso em direção praticamente horizontal e com formatolaminar, forame vertebral com formato triangular, processo transverso, arco com pedículo e lâmina. Sacro e cóccix: ➡ No início da vida, eles são formados por nove segmentos, os quais se encontram separados. Porém, na vida adulta, esses segmento se unem para formar dois ossos: no osso superior, encontra-se a fusão dos cinco segmentos iniciais; no osso inferior, encontra-se a fusão dos três ou quatro segmentos finais. Sacro: ➡ estrutura com formato piramidal. ➡ composta por: um ápice e uma base, região pélvica sacral, a qual está voltada para o interior da pelve e possui um aspecto côncavo. ➡ Acidente anatômico: promontório: ponto que serve de referência para a pelvimetria. • na vista posterior, superiormente na base do sacro, estão as faces dos processos articulares superiores, os quais fazem a união da base com a última vértebra lombar. • na face pélvica sacral estão os forames sachais anteriores e, fazendo a união entre esses forames, estão as cristas transversas. • forames sacrais e as cristas sacrais: mediana, intermédia e lateral. • Na lateral, encontra-se as superfícies auriculares, nas quais se encontra o ponto de união/articulação do sacro com os ilíacos (dois: um de cada lado), os quais se unem anteriormente através da sínfise pública e formam a pelve/quadril. • hiato e canal sacral: neles se encontra o prolongamento do filamento terminal e as projeções da cauda equina. 20 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 Cóccix: ➡ cornos coccígeos. ➡ é a porção mais caudal/final da coluna vertebral. ➡ Localizado entre os corpos vertebrais; está presente em toda a coluna vertebral com espessura variável (aumenta em direção caudal, ou seja, na região cervical, ele possui sua menor espessura). ➡ características: pertence a uma articulação do tipo cartilagíneo; possui pouco movimento; ➡ função: amortecimento de grandes cargas mecânicas. ➡ Estrutura: parte periférica: anel fibroso; região central: núcleo pulposo, o qual dá a característica de amortecimento. Disco intervertebral: ➡ é uma estrutura ímpar no organismo. ➡ possui poucas terminações nervosas e nenhum aporte sanguíneo, condição que incapacita o disco de se cicatrizar ou regenerar. Função primária: ➡ absorção de impactos e distribuição de cargas; funcionar como um ligamento a fim de manter as vértebras unidas. ➡ tem papel fundamental na sustentação da coluna vertebral. Componentes principais: ➡ anel fibroso: porção mais externa; composto por fibrocartilagem (colágeno tipo I). ➡ núcleo pulposo: líquido viscoso rico em ácido hialurônico. Hérnia de disco: (herniação): ➡ deslocamento de parte do disco intervertebral para fora de sua localização anatômica normal, que pode comprimir as estruturas nervosas vizinhas e causar dor e alterações neurológicas. ➡ Fatores que acarretam tal processo: sobrepeso, origem congênita ou movimentos inadequados de forma repetida, os quais geram uma fragilidade da parede, responsável pela contenção da estrutura interna, e acarretam no aparecimento de um orifício (anel herniário). Obs.: quando o anel herniário ocorre no sentido posterior, ele compromete a medula espinhal. Essa compressão pode comprometer as vias sensitivas e motoras. 21 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 Esterno: Características: ➡ osso plano, chato e ímpar. Composto por: ➡ incisura jugular, manúbrio, ângulo, corpo e processo xifoide. • Manúbrio: - Face anterior: externa ou peitoral e lisa. - Face posterior: interna ou pleural e côncava e lisa. - Borda superior: incisuras jugular e claviculares direita e esquerda, ponto de articulação da extremidade esternal da clavícula. - Borda lateral: incisura costal. - Borda inferior: articula-se com o corpo; ângulo esternal (entre o manúbrio e o corpo). • Corpo: - Face externa: anterior ou peitoral (plana). - Face interna: posterior ou pleural (côncava). - Borda superior: articula-se com o manúbrio. - Borda inferior: articula-se com o processo xifoide. • Processo Xifoide: fino e alongado; é a menor parte do esterno. - Forame do processo xifoide. - Apresenta duas superfícies: ventral (levemente convexa) e dorsal (levemente côncava). Ligamentos do esterno: ➡ Ligamento costoclavicular: liga parte da primeira costela (cartilagem costal) à clavícula. ➡ Ligamento esternoclavicular anterior. ➡ Ligamento internoclavicular: localizado na incisura do manúbrio. ➡ Ligamento esternocostal radiado: faz a ligação de cada costela com o esterno. 22 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 Sistema Esquelético Apendicular Membros superiores: Características: ➡ O membro superior é caracterizado por sua mobilidade, visto que sua articulação juntamente com o seu símbolo é sinovial do tipo esferoide, e possui como característica o movimento. E por sua capacidade de segurar, golpear e executar atividades motoras finas. ➡ Consiste em 4 segmentos: ombro ( ou cíngulo do membro superior ou raiz articular superior. Consiste em dois ossos: escápula e clavícula), braço (região proximal), antebraço (porção média) e mão (porção distal). Segmento braço ➡ Cíngulo/Ombro/Cintura Escapular: • é sustentado, estabilizado e movimentado pelos músculos (mm) toracoapendiculares. • juntamente com os ossos da parte livre do MS forma o esqueleto apendicular superior, o qual se articular com o esqueleto axial através da articulação esternoclavicular. ➡ Escápula: • faz parte da porção posterior/dorsal da cintura escapular (ombro). • classificado como osso plano. • possui formato triangular e apresenta duas faces, três margens/bordas e três ângulos. • articula-se com o úmero e com a clavícula. • Face anterior ventral/costal: levemente côncava. - Fossa subescapular. 23 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 • Face posterior/dorsal: levemente convexa. - Espinha da escápula: (inicia na margem medial, vai no sentido lateral e gera o acrômio) separa as fossas supra (acima da espinha) e infra-espinhal (abaixo da espinha). - Acrômio: localiza-se na extremidade da espinha. - Fossa supra-espinhosa: côncava e lisa, localizada acima da espinha. - Fossa infra-espinhosa: côncava e localiza-se abaixo da espinha. • Bordas superior: - Incisura escapular: semi-circular, localizada na porção lateral e formada pela base do processo coracoide. - Processo coracoide: curvo e espesso próximo ao colo da escápula. • Borda lateral e medial. • Ângulo inferior: espesso e áspero. • Ângulo superior: fino, liso e arredondado. • Ângulo lateral: entra na articulação do ombro. - Cavidade glenoide: escavação da escápula que se articula com o úmero. - Tubérculo supra-glenoidal: localiza-se acima da cavidade glenoide. - Tubérculo infra-glenoidal: localiza-se abaixo da cavidade glenoide. ➡ Clávicula: • se posiciona na porção ventral da cintura escapular. • Classificado como osso longo. • Forma porção ventral da cintura escapular; situado logo acima da primeira costela. • Articula-se medialmente com o manúbrio do esterno e lateralmente com o acrômio da escápula. • Apresenta duas extremidades (acromial: articulação com o acrômio-escapular e esternal: articulação com o manúbrio-esternal), duas faces e duas bordas. • Diáfise: - Bordas anterior e posterior. - Faces superior (convexa) e inferior (plana e apresenta o sulco subclávio). • Epífise: - Medial (esternal e mais volumosa) e lateral (acromial e mais chata). • Visualizações: 24 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 - Superfícies: superior e inferior (sentido: extremidade acromial para esternal. acidentes anatômicos: linha trapezóide. Na margem póstero-inferior há o tubérculo conóide. Em seu corpo/diáfise há o sulco do músculo subclávio e na extremidade esternal há a impressão do ligamento costoclavicular). ➡ Úmero: 25 vista posteriorvista anteriorFaculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 • é o maior e mais longo osso do membro superior. • Articula-se com a escápula na articulação do ombro e com o rádio e a ulna na articulação do cotovelo. • Apresenta duas epífises e uma diáfise. • Epífise proximal: • Os acidentes anatômicos dessa região fazem parte da articulação entre o ombro e o úmero ou da fixação de músculos responsáveis pelos movimentos do membro superior. - Cabeça do úmero: articula-se com a cavidade glenoide da escápula. - Tubérculo maior: situa-se lateralmente à cabeça e ao tubérculo menor. - Colo anatômico: forma um ângulo obtuso com o corpo; depressão periférica entre a cabeça e os tubérculos maior e menor. - Colo cirúrgico: as fraturas ocorrem com mais freqüência nessa região e, normalmente, geram um comprometimento na abdução do segmento. - Sulco intertubercular: sulco profundo, margeado pelas cristas dos dois tubérculos. • Epífise distal: - Tróclea: articula-se com a ulna. - Capítulo: eminência lisa e arredondada. Articula-se com o rádio; faz a articulação com a cabeça do rádio. - Epicôndilo medial: localiza-se mediamente à tróclea. - Fossa coronoide: pequena depressão que recebe o processo coronoide da ulna na flexão do antebraço. - Fossa radial: pequena depressão. - Fossa olécrano: depressão triangular profunda que recebe o olécrano na extensão do antebraço. Obs.: fossas = escavações ósseas. - Sulco do nervo ulnar: depressão localizada inferiormente ao epicôndilo medial. - Cristas supracondilar lateral e medial. - Côndilos lateral e medial. • Diáfise: - Tuberosidade deltoidea: elevação triangular áspera para inserção do músculo deltoide. - Sulco do nervo radial: depressão oblíqua, ampla e rasa. Segmento antebraço ➡ Cotovelo: • segmento do antebraço. 26 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 ➡ Ulna: • Osso medial do antebraço. • Articula-se com o úmero (proximalmente) e o rádio (distalmente). • Classificada como osso longo. • Está posicionado na face medial do antebraço. • Epífise proximal: - Olécrano: eminência grande que forma a ponta do cotovelo. - Incisura troclear: grande depressão formada pelo olécrano e o processo coronoide. Serve de articulação com a tróclea do úmero. - Processo coronoide: projeta-se da parte anterior e proximal do corpo da ulna. Obs.: o processo coronóide e o olécrano formam a incisura que entra em contato direto com a tróclea. - Incisura radial: articula-se/ponto de contato com a cabeça do rádio. Obs.: articulação sinovial do tipo trocóide, já que a cabeça do rádio em pronação e supinação faz uma rotação. - Forame no tríceps. - Tuberosidade ulnar: com a crista do músculo supinador (em vista medial). • Margem interóssea: com membrana que liga esse osso ao rádio. • Epífise distal: - Cabeça da ulna: eminência articular arredondada localizada lateralmente. 27 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 - Processo estiloide: localizado mais medialmente e é mais saliente (não articular); fica levemente voltado para a posição medial. • Diáfise: apresenta três bordas e três faces. - Bordas: interóssea, anterior e dorsal. - Faces: anterior, dorsal e medial. ➡ Rádio: • Osso lateral e mais curto do antebraço. • Articula-se proximalmente com o úmero e a ulna e, distalmente, com ossos do carpo e a ulna. • Classificado como osso longo. • Apresenta duas epífises e uma diáfise. • Epífise proximal: - Cabeça: cilíndrica e articula-se com o capítulo do úmero. - Cavidade glenoide: articula-se com o capítulo do úmero. - Colo do rádio: porção arredondada, lisa e estrangulada, localizada abaixo da cabeça. - Tuberosidade radial: eminência localizada medialmente, na qual o tendão do bíceps braquial se insere. - Em direção ao corpo há um forame no tríceps, pelo qual entram e saem vasos sanguíneos. • Epífise distal: - Incisura ulnar: face articular para a ulna. 28 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 - Incisura cárpica: côncava, lisa e articula-se com o osso escafoide e semilunar. - Processo estiloide: projeção cônica; sempre posicionado em sentido mais lateral. - Tubérculo dorsal. • Diáfise: apresenta três bordas e três faces. - Bordas: interóssea, anterior e dorsal. - Faces: anterior, dorsal e lateral. Segmento mão ➡ Seus ossos são classificados de diferentes maneiras: • Ossos carpo: curtos. • Ossos do metacarpo e falanges: ossos longos (comprimento que excede largura e espessura e formato cilíndrico). ➡ Carpo: • São oito ossos distribuídos em duas fileiras: proximal e distal. • Porção proximal: escafóide, lunato, piramidal e pisiforme. • Porção distal: trapézio, trapezoide, capitato e hamato. Esses ossos fazem a articulação do tipo plana entre si. ➡ Metacarpo: • constituído por cinco ossos metacarpianos que são numerados sentido látero-medial em I, II, III, IV e V. - Considerados ossos longos, apresentam uma epífise proximal que é a base, uma diáfise (corpo) e uma epífise distal que é a cabeça. ➡ Falanges: • os ossos dos dedos da mão apresentam 14 falanges. - Do 2º ao 5º dedos estão as falanges proximal, média e distal. - No polegar estão as falanges proximal e distal. Obs.: as falanges proximais estão articuladas ao metacarpo. 29 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 Fratura dos membros superiores: ➡ Em fraturas de ossos longos, os ossos são divididos em três terços (proximal, médio e distal), a fim de fazer uma associação anatômica de estruturas que fazem a relação íntima com os terços, pois isso facilita o entendimento de qual ou quais estruturas podem ter sido lesadas. ➡ Fratura de úmero: • Terço proximal: mais frequentes: fraturas de colo cirúrgico. De forma geral, podem levar ao comprometimento da artéria e do nervo axilares. • Terço médio e distal: de forma mais frequente, é acometido ou comprometido o nervo radial. ➡ Fratura de Colles: • Normalmente, ocorre quando o indivíduo cai e faz um apoio de forma violenta com a região palmar em transição com a região do punho. Mais frequente em crianças e idosos. • Característica: fratura da extremidade distal do rádio: fragmento ósseo em direção posterior ou lateral fazendo uma proeminência e gerando uma concavidade. ➡ Fratura do osso escafóide: geralmente ocorre quando o indivíduo sofre uma queda e faz o apoio da mão em hiperextensão, a qual pode causar a fratura do osso escafóide e gerar uma perda de vascularização principalmente no fragmento proximal. Tal perda pode gerar uma osteonecrose ou necrose ou uma artrite degenerativa a nível de articulação de punho. 30 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 Membros Inferiores: Características: ➡ o membro inferior é caracterizado por sua força e capacidade de movimentação (articulação sinovial esferoide), a qual está relacionada com a deambulação: movimentação que o homem realiza em posição ereta. ➡ Consiste de 4 segmentos: pelve (cíngulo do membro inferior/raiz articular do membro inferior), coxa, perna e pé. Pelve/Quadril: ➡ composta por: osso do ilíaco, que faz uma articulação com o esqueleto axial em direção posterior e com o seu análogo por meio da articulação sínfise (do tipo cartilagínea). ➡ conjunto de ossos articulados que foram um anel ósseo. ➡ é a articulação dos ilíacos, posteriormente, com o esqueleto axial através do sacro e, anteriormente, os ilíacos se articulam por meio da sínfise púbica. ➡ Ilíaco: 31 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 • características: osso plano, chato, irregular, par e constituído pela fusão de três ossos: ílio, ísquio e púbis. • Apresenta duas faces, quatro bordas e quatro ângulos. • Face externa: asa ilíaca/face glútea (linha glútea posterior, anterior e inferior; importantes para a fixação da musculaturaglútea), cavidade do acetábulo (grande cavidade articular constituída pela união dos três ossos do quadril (ílio, ísquio e púbis), forame obtura tório (grande abertura arredondada localizada entre o ísquio e o púbis). • Face interna: ilíaca (grande, lisa e côncava), auricular e arqueada (divide o ílio em corpo e asa). • Borda superior: crista ilíaca (dividida em lábio externo e interno e uma linha intermediária). • Borda anterior: espinhas ilíacas ântero-superior e inferior e eminência iliopectínea (ponto de união do ílio com púbis). • Borda posterior: espinhas ilíacas póstero-superior e inferior, incisura isquiático maior (superior à espinha isquiática), espinha isquiática (eminência triangular fina e pontiaguda; diferente entre homens e mulheres), incisura isquiático menor (inferior à espinha isquiática) e túber isquiático (grande saliência dilata). • Borda inferior: ramos do isquiopúbico (união do ísquio com o púbis). • Ângulos: ântero-superior e inferior, póstero-superior e inferior. • O ilíaco se articula com o sacro, fêmur e o ilíaco oposto. ➡ Diferenças sexuais do quadril: • de maneira geral, os ossos dos homens são mais densos e pesados e, normalmente, suas projeções são mais angulosas. • Pelve feminina: a abertura superior que demarca a pelve maior da pelve menor tende a ser mais circular ou ovóide. Essa anatomia (equivalência entre os diâmetros ântero-posterior e latero-lateral) tem como objetivo facilitar a passagem do bebê pelo canal do parto. O ilíaco é mais retraído, a fim de remover obstáculos para a passagem do bebê. O ângulo infra-púbico mede de 80 a 85º, ou seja, a pelve menor feminina possui uma abertura maior, que gera uma pelve menor e mais rasa. • Pelve masculina: o diâmetro ântero-posterior é maior que o latero-lateral, ou seja, há um estreitamento da abertura pélvica superior. O ilíaco é mais projetado. O ângulo infra- púbico mede de 50 a 60º, portanto, a pelve menor é mais profunda. ➡ Ossos do quadril: formado através da articulação dos ilíacos, no sentido posterior, com o sacro e, anteriormente, entre eles. Obs.: em seu período inicial de formação, o osso ilíaco é formado por três ossos: íleo, ísquio e púbis, os quais se articulam/unem a nível do acetábulo e, posteriormente, formam apenas um osso: ilíaco. 32 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 Segmento perna: ➡ fêmur (coxa): • é o mais longo e pesado osso do corpo humano. • consiste em uma diáfise e duas epífises. • articula-se proximalmente com o osso do quadril e distalmente com a patela e a tíbia. • Epífise proximal: - Cabeça do fêmur: lisa e arredondada; faz articulação com o acetábulo. - Fóvea da cabeça do fêmur: localiza-se na cabeça do fêmur. - Colo anatômico: liga a cabeça ao corpo. - Trocânter maior: eminência grande, irregular e quadrilátera; localizada na borda superior do fêmur. - Trocânter menor: loaliza-se posteriormente na base do colo. Eminência cônica que pode variar de tamanho. - Linha intetrocantérica: ligação entre os trocânteres. - Crista intetrocantérica: crista proeminente localizada na face posterior, correndo do topo do trocânter maior para o menor. 33 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 • Epífise distal: - Face patelar: local de deslizamento da patela. - Côndilo medial: articula-se com a tíbia, medialmente. - Côndilo lateral: articula-se lateralmente com a tíbia. - Fossa intercondilar: localiza-se entre os côndilos. - Epicôndilos lateral e medial: proeminências ásperas localizadas lateral e medialmente ao côndilo lateral e medial, respectivamente. • Corpo: - Linha áspera: localiza-se na face posterior do fêmur. Distalmente, se bifurca limitando a superfície poplítea. Proximalmente, se trifurca em: linha glútea, linha pectínea e linha espiral. - Forame nutrício: local de entrada e saída de vasos. ➡ Tíbia: • posicionada na face medial da perna. • classificação: osso longo. • apresenta duas epífises e uma diáfise. • articula-se proximamente com o fêmur e a fíbula e distalmente com o tálus e a fíbula. • Epífise proximal: - Côndilo lateral: eminência que articula com o côndilo lateral do fêmur. - Côndilo medial: eminência que articula com o côndilo medial do fêmur. - Eminência intercondilar: localizada entre os dois côndilos e onde estão os tubérculos intercondilares lateral e medial. - Tuberosidade da tíbia: grande elevação oblonga que se insere o ligamento patelar. - Sulco da inserção do tendão do semimembranáceo. - Fóvea fibular: local da tíbia que articula com a fíbula (lateral à tuberosidade da tíbia). • Corpo/diáfise: - Bordas anterior (cista - mais proeminente), medial (lisa e arredondada) e lateral (crista interóssea - fina e proeminente). - Faces posterior (apresenta a linha do músculo sóleo), lateral (mais estreita) e medial (lisa, convexa e larga). • Epífise distal: - Maléolo medial: processo piramidal; face articular inferior e do maléolo. - Fossa para o tálus: articula-se com o tálus (osso do pé que articula com os ossos da perna). - Incisura fibular: local de articulação com a fíbula. ➡ Fíbula: • Posicionada na face lateral da perna. • Classificada como osso longo. • Articula-se com a tíbia e o tálus. • Epífise proximal: - Ápice, cabeça (forma irregular) e colo (área mais delgada/afunilada). - Face articular para a tíbia: face plana que se articula com o côndilo lateral da tíbia. • Epífise distal: - Maléolo lateral: expansão distal da fíbula. - Face articular do maléolo: há um pequeno forame posicionado na porção mais póstero-posterior (fossa do maléolo lateral). - Face articular para a tíbia: face plana que se articula com o côndilo lateral da tíbia. • Corpo/diáfise: 34 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 - Bordas anterior (espessa e áspera), interóssea (crista interóssea) e posterior (inicia no ápice e termina na borda posterior do maléolo lateral). - Faces medial (estreita e plana; constitui o intervalo entre as bordas anterior e interóssea), lateral (convexa e localizada entre as bordas anterior e posterior) e posterior (entre as bordas posterior e interóssea). ➡ Patela: • Osso pequeno com formato triangular, chato e arredondado. • Localizado na porção anterior do joelho. • Classificado como um osso sesamoide. • Articula-se com o fêmur. • Dividido em base (larga e superior) e ápice (pontiaguda e inferior). • Faces anterior/superior (convexa) e posterior (área articular lisa e oval). • Bases proximal (espessa), medial (fina e converge distalmente) e lateral (fina e converge distalmente). 35 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 • Ápice: proeminência aguda na porção inferior. • Função: proteção ao tendão quadricipital, ou seja, em movimentos de extensão da perna em relação à coxa, ele faz a proteção do tendão. Segmento pé: ➡ o pé se divide em: tarso, metatarso e falanges. ➡ TARSO: • Fileira proximal: tálus/cabeça/ tróclea: ponto importante de articulação e o seio do tarso, e distal: calcâneo: corpo e tróclea fibular do calcâneo; linha de articulação transversa do tarso. • FILEIRA DISTAL: navicular, cuboide, cuneiforme medial, cuneiforme intermédio e cuneiforme lateral. ➡ METATARSO: formado por cinco ossos metatarsianos que são numerados no sentido medial para lateral em I (hálux), II, III, IV e V (mínimo). Obs.: a articulação tarsometatársica faz articulação entre os ossos curtos do tarso com os ossos longos do metatarso. ➡ FALANGES: • Do 2º ao 5º dedos estão as falanges proximal, média e distal. • No dedão/hálux estão as falanges proximal e distal. 36 Faculdade de Medicina de Petrópolis Julia Jardim Azevedo - Turma 59 Aplicações clínicas: ➡ Fraturas mais frequentes do terço proximal do fêmur: fratura de colo, transtrocanteriana e subtrocanteriana (em transição de terço proximal para médio). ➡ Deformidadesde joelho: • Geno Valgo (VALG): aproximação dos joelhos em relação à linha média do corpo humano e o afastamento dos pés. Pode ser notada no 8º ano de vida e corrigida naturalmente, ou seja, à medida que o indivíduo cresce, há uma reparação de forma natural (o joelho faz o desvio no sentido lateral). É mais comum nas mulheres, pois apresentam o quadril mais largo. • Geno Varo (VAR): os membros inferiores estão mais arqueados e os joelhos afastados em relação à linha média do corpo e a aproximação dos pés. Tem como fator etiológico o aspecto congênito e o raquitismo. ➡ Sinal/Reflexo de Babinski: consiste em gerar um estímulo clínico na região plantar do pé (início: região do calcanhar e sentido longitudinal com rápido desvio lateral). Objetivo: em crianças: avaliar se o sistema nervoso está maduro; em adultos: a positividade significa alguma anomalia supra-segmentar ou medular. fontes: Netter e https:// www.auladeanatomia.com/novosite/pt/ 37
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