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Radiologia - Diagnostico Bucal (1ºBIM - 2ª série)

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Radiologia 1ºBim
Física das radiações
Os atamos são constituídos de nêutrons e prótons confinados no núcleo, e de elétrons fora dele. 
Hoje com os trabalhos de grandes químicos sabe-se que os nêutrons (sem carga elétrica e portadores de massa), juntamente com os prótons (carga positiva), compõem o núcleo atômico. Partículas subatômicas foram descritas e são continuamente estudadas, porém as descritas são as de maior interesse em radiologia. Elétrons
	
✦ Ionização – processo de converter átomos em íons. Elétrons podem ser removidos de átomos por aquecimento ou interação com fótons de raios-X. 
» Quando a radiação possui energia suficiente para remover um dos elétrons orbitais de átomos neutros, transformando-os em um par de íons, diz-se que ela é ionizante. Quando um átomo perde um elétron, ele torna-se um íon positivo, e o elétron livre um íon negativo. 
Natureza das radiações – radiação é uma forma de energia emitida por uma fonte que se propaga de um ponto a outro sob a forma de partículas com ou sem carga elétrica, ou ainda sob forma de ondas eletromagnéticas. 
● As partículas ou radiações corpusculares possuem massa e são originarias de desintegrações nucleares, radioatividades naturais, ou provocadas por meios artificiais.
Os raios x possuem diversas propriedades comuns ao espectro visível:
● São divergentes;
● Produzem fluorescência;
● Caminham em linha reta;
● Podem penetrar corpos opacos;
● Possuem a velocidade da luz no vácuo;
● Podem sensibilizar chapas fotográficas;
● Produzem ionizações nos sistemas biológicos;
● Em condições normais, não sofrem refração e reflexão;
● Não são desviados pelos campos elétricos e magnéticos;
Produção dos raios-x
Os raios X são produzidos quando elétrons com alta energia cinética provenientes do filamento colidem com um alvo (ânodo) e perdem energia. 
Quando um elétron de alta energia cinética proveniente do filamento de tungstênio colide bruscamente com o alvo, causa a transformação de energia formando um fóton. Esta transformação é de energia cinética para térmica, onde 99% é calor e apenas 1% é raio-x. 
» A produção de raio-x pode ser de duas maneiras:
✦ Radiação de Freamento ou Radiação de Bremsstrahlung: 
Essa radiação é produzida quando os elétrons acelerados se aproximam dos núcleos de átomos presentes na pastilha de tungstênio do alvo, sofrendo a ação de forças coulombianas, sendo desviados. Nesse desvio, os elétrons sofrem uma brusca desaceleração (fenômeno de Bremsstrahlung) e perdem suas energias, que correspondem aos fótons de raios X. Esse desvio dos elétrons ou deflexão é acompanhado de perda de energia cinética, a qual é transformada em radiação. 
● Essa radiação também é conhecida como radiação comum ou freamento.
✦ Radiação Característica: 
 Essa radiação é produzida quando um elétron (advindo do cátodo) choca-se com outro elétron de um átomo localizado no alvo (ânodo), deslocando-o de sua órbita, com isso acamada de energia que este elétron ocupava no átomo fica vaga (1). 1
Essa área vaga faz com que um elétron de uma camada mais externa migre para a vaga na camada interna, liberando neste processo uma determinada quantidade de energia chamada de fóton, na forma de raio-x (2).
2
Interação dos raios x com a matéria 
Um feixe de raios-X tem sua intensidade reduzida pela interação com a matéria, em razão da interação dos seus fótons com os átomos das estruturas absorventes. De maneira simplificada, podem-se citar fenômenos resultantes dessa interação:
✦ Absorção - a energia do fóton de raios X é convertida em energia dos elétrons absorventes;
✦ Espalhamento - fótons de raios x para fora da estrutura absorvente (a radiação chega, interage e sai do organismo); 
✦ Dissipação não modificada
Nesse fenômeno a energia de ligação dos elétrons é maior que a do fóton incidente. Ocorre uma vibração momentânea dos elétrons das camadas mais externas, e o fóton incidente deixa de existir. 
 ● Nesta interação não há perda de energia, apenas mudança de direção.
✦ Absorção fotoelétrica
Nesse tipo de interação, a energia do fóton é maior ou igual a energia de ligação dos elétrons. O fóton incidente colide com um elétron de camadas mais internas e remove o elétron. Ao remover o elétron, o fóton deixa de existir. O átomo torna-se ionizado pois perdeu um elétron. Toda energia do fóton incidente é depositada no absorvente (paciente), o que é bom para o profissional mas ruim para o paciente.
Os tecidos duros são maiores absorventes que os tecidos moles, dai maior frequência da absorção fotoelétrica, também chamada de efeito fotoelétrico. 
✦ Dissipação modificada
Também conhecida como efeito Compton. Nesse processo, a energia do fóton é maior que a energia de ligação dos elétrons. O fóton incidente usa sua energia para remover o elétron e continua em direção diferente. Os elétrons removidos são os de camadas positivas externas ligadas á átomos de baixo número atômico. O elétron retirado interagirá com o meio até perde toda energia, gera ionização em biomoléculas, produzindo efeitos biológicos. O fóton dissipado pode deixar o tecido absorvente e promover véu nas radiografias.
Aparelhos de Raios X
Elementos necessários para a produção do raio-x:
✦ Gerador de elétrons/Fonte: os elétrons são a matéria prima para a produção do raio-x. Este gerador é um filamento metálico aquecido por onde passa a energia elétrica. Este gerador é chamado de Filamento de Tungstênio (cátodo), que é o que produz a nuvem de elétrons e quem fornece os elétrons ao sistema é o TBT – 7/10 mA (transformador de baixa tensão).
✦ Acelerador de elétrons: os elétrons são acelerados por um campo elétrico formado entre o cátodo e o ânodo (alvo/anteparo/pastilha de tungstênio), dado por uma diferença de potencial entre dois elétrons o cátodo e o ânodo, este acelerador de elétrons é chamado de TAT-50/70Kvp (KiloVoltagemPico).
✦ Anteparo ou alvo: região em que os elétrons vão se chocar. O alvo necessita de requisitos como alto número atômico, alto ponto de fusão e ser um bom condutor de calor, portanto o material utilizado para ser alvo/área de força é a pastilha de tungstênio, satisfazendo os dois primeiros requisitos porém não dispersa a variação calorifica local, sendo necessária a sua inclusão num bloco de cobre interligado a aletas mergulhadas em óleo.
✦ Vácuo: meio para se produzir o raio-x que deve ser rarefeito.
Componentes Do Aparelho De Raio-x
✦ Base Braço Articular
✦ Corpo: possui marcadores de tempo, reguladores de voltagem entre outrosCabeçote
✦ Braço articular: permite a movimentação do cabeçote.
✦ Cabeçote
 O cabeçote é composto por: 
 ● Tubo de raio-x (tubo de coolidge): contém como seu envoltório interno um vidro → Corpo
 plumbífero que não deixa a radiação passar para fora. A janela permite que a Cilindro localizador →
 radiação saia por uma área específica.
 
 Dentro do tubo de raio-x encontramos:
 ○ Cátodo (ou polo negativo): onde chega a energia elétrica, é o gerador de elétrons; 
 ○ Filamento de tungstênio: produz a nuvem de elétrons;
 ○ Ânodo/alvo (polo positivo): local onde os elétrons vão se chocar;
 ○ Pastinha de tungstênio: é o alvo propriamente dito, onde os elétrons vão se chocar Base
 e são resfriados.
 ○ Base de Molibdênio: transporta a energia do gerador de baixa tensão para o 
 filamento de tungstênio.
● TBT – 7/10mA: transformador de baixa tensão/voltagem, está ligado ao polo negativo fornecendo os elétrons ao sistema;
● TAT – 50/70Kvp: transformador de alta tensão, está ligado ao polo positivo e ao negativo gerando um campo elétrico entre o cátodo e o ânodo devido a diferença magnética, isso faz com que os elétrons se acelerem. 
 → Quanto mais os elétrons são acelerados, mais rápidoseles ficam, mais energia elétrica é obtida e menor é o 
 comprimento de onda sendo maior a penetração nos tecidos moles.
	
● Óleo: envolve todo o cabeçote, tem a função de resfriar o sistema.
Base de molibdênio
● Filtro de alumínio: responsável por filtrar a radiação fraca que não é capaz de atravessar os tecidos moles.
Importante!
● Colimador: responsável por eliminar os raios-x mais divergentes e diminuir a área de incidência. 
● Goniômetro: responsável pela angulação vertical do cilindro localizador. Base
● Cilindro Localizador: peça de plástico utilizada para posicionar na direção em que se deseja radiografar.
Como ocorre a produção do raio-x nos aparelhos?
Os elétrons (matéria prima) chegam ao sistema pelo cátodo (polo negativo), passam por um filamento de tungstênio o qual é aquecido e forma a nuvem de elétrons, formada a nuvem esses elétrons são acelerados pelo transformador de alta tensão e jogados em direção ao ânodo. Os elétrons se chocam com o ânodo (polo positivo) e liberam energia em forma de fotos de raio-x.
Características dos aparelhos Odontológicos
→ Os aparelhos utilizados para tomadas radiográficas em odontologia são dotados de uma ampola de vidro plumbífero na qual existe uma janela ou saída por onde atravessam os fótons de raios X. 
→ O cabeçote encontra-se conectado a um sistema de braços articulados em base móvel ou fixa e cilindro localizador de 20 ou 40 cm de comprimento. Os cones localizadores foram substituídos de acordo com a evolução técnica dos aparelhos em função da formação de radiação secundaria verificada por meio de dosimetria. 
Filmes radiográficos
 A radiografia é a imagem radiográfica de um objeto, para isso é necessário um filme radiográfico que é um material sensível que se modifica com a passagem de raio-x. 
O filme radiográfico é um meio usado para registrar a imagem radiográfica depois de ter sido exposto à radiação-x e processado nas soluções adequadas. 
Camada protetora
ComposiçãoEmulsão
O filme é constituído de uma base de poliéster, recoberta por uma emulsão em ambos os lados, com uma lamina de chumbo em um dos lados, envolto por uma fina camada de papelão preto e embalado em um material plástico ou papelão, com aleta colorida conforme a especificação do produto. Base
Camada adesiva
✦ Base (Película)
Sua principal função é o de suporte para emulsão. Deve ser rígida, porém flexível para acomodação na cavidade oral. É fabricada com espessura de 0,2 mm em poliéster polietileno transparente com uma coloração azul ou verde, pois acredita-se que essa coloração melhore a visualização de detalhes. Deve ainda apresentar baixa combustão. 
 Sobre a base em ambos os lados é aplicada uma fina camada de um tipo de material adesivo para fixação da emulsão. Em um dos cantos da base existe um pequeno relevo de formato redondo (picote), que serve para orientação do lado esquerdo ou direito do paciente. 
✦ Emulsão 
A constituição da emulsão é baseada em dois componentes principais, os sais halogenados de prata e a matriz onde se encontram os sais suspensos. Os sais são compostos principalmente de cristais de brometo de prata e em menor grau, de cristais de iodeto de prata. O iodeto é adicionado por possuir cristais com maior diâmetro do que os de brometo, com a finalidade de desorganizar a estrutura regular dos cristais de brometo, assim aumentando a sensibilidade à radiação X. 
 A matriz no qual encontra-se os sais suspensos é formada por uma substancia colóide gomosa com aspecto gelatinoso. Possui como característica a absorção de produtos químicos presentes no processamento radiográfico. Uma película radiográfica é colocada sobre a emulsão para evitar contaminação e estragos acidentais, como riscar a radiografia. 
 Essa emulsão é colocada para aumentar a sensibilidade, sendo assim diminuindo o tempo de radiação X sobre o paciente. 
✦ Embalagem
Envolvendo a película é adicionado um fino papel cartão preto, para proteger a emulsão mecanicamente e impedir a exposição a luminosidade, pois além de serem sensíveis à radiação x, os filmes também são sensíveis a luz. 
 Por cima de um dos lados desse conjunto (papel-película), é colocada uma fina lamina de chumbo que ajuda a impedir a ação da radiação secundaria responsável pelo véu que dificulta a interpretação da imagem radiográfica produzida pelos tecidos bucais. Ainda é colocada uma marca em relevo, parecidas com marcas de pneus para indicar se houve erro na exposição no lado não-ativo do filme.
 Além disso, esse novo conjunto é envolvido por um involucro plástico selado, onde há a diferenciação do lado que contem a lamina de chumbo e o lado sensível a radiação X, que o protege quimicamente dos fluidos salivares. 
Tipos de Filmes Radiográficos
✦ Intra-Oral: são os colocados no interior da cavidade bucal. Possuem um picote (ponto de orientação em relevo).
» Existem três formatos de filmes:
 Periapical 
 ○ Tipo 0 – 22x35 mm – infantil 
 ○ Tipo 1 – 24x40 mm
 ○ Tipo 2 – 31x41 mm – padrão 
 Interproximal – 27x54 mm;
 Oclusal – 57x76 mm.
» Os filmes periapicais podem ainda ser classificados em:
 Simples – quando apresentar somente um filme;
 Duplo – quando apresentar dois filmes na embalagem.
 ○ A utilização do filme duplo tem a finalidade de obter em apenas uma exposição, duas radiografias em filmes diferentes, possibilitando assim o arquivamento de um dos filmes. 
» Também são classificados de acordo com a sensibilidade:
A sensibilidade do filme corresponde à quantidade necessária de radiação X para que se forme a imagem radiográfica com uma densidade-padrão.
 Os filmes “rápidos” requerem uma dose relativamente menor para produzirem a densidade 1, enquanto os filmes “lentos” requerem uma dose relativamente maior para produzirem a mesma densidade;
 A sensibilidade do filme está diretamente ligada ao tamanho dos cristais presentes na emulsão, quanto maior o tamanho dos cristais, maior a sensibilidade e menor a dose de radiação. Se os cristais forem pequenos a sensibilidade será pequena.
 Os filmes mais sensíveis são os do grupo A, que duplicam sua velocidade em relação ao grupo B, e essa ordem vai até os mais rápidos, que são os do grupo E. Atualmente são fabricados filmes dos grupos D, E(melhor) e F. 
» No screen: são sensibilizados somente pelo raio-x. Encontra-se acondicionado unitariamente em envelopes de papel com revestimento interno de papel preto opaco á luz.
✦ Extra-Oral: são colocados no lado de fora da cavidade bucal, como radiografias panorâmicas. 
» Screen: são fabricados para serem mais sensíveis á luz do que a radiação x. Para ser exposto este filme necessita ser colocado entre duas placas intensificadoras (ou écrans) no momento da exposição. Essas placas transformam os fótons de raio-x em luz, sendo assim a radiação emitida pelo aparelho é menor.tubo de 
 raio-x
raio x + luz
Placa Intensificadora
 ○ Maior sensibilidade;
 ○ Sensibilidade X Detalhes;filme
radiográfico
 ○ Sua base é a mesma utilizada nos filmes intra-orais, porém sem o 
 relevo em um dos cantos (picote);
 
 Filmes intra-orais: do tipo no screen, sensibilizados somente pelo raio-x;
 Filmes extra-orais: do tipo screen, sensibilizados pela luz e pelo raio-x.
Imagem latente
Quando fótons de raio-x atravessam um objeto e chegam ao filme radiográfico, eles alteram quimicamente os cristais fotossensíveis da emulsão do filme. Desta forma o conjunto de cristais quimicamente alterados é chamado de imagem latente, que é invisível antes da revelação.
As alterações produzidas pelos fótons de raio-x tornam os cristais presentes na emulsão sensíveis a ação química do revelador, que converte a imagem latente em uma imagem visível.
Propriedades dos filmes
✦ Exposição – é definida como a quantidade de energia efetiva que sensibiliza o filme e produz uma determinada densidade radiográfica, após seu processamento químico. Podemos ainda especificar as exposiçõesem absolutas e relativas e desta última obtém-se um ponto como referência para todas as outras exposições, tornando-se mais útil que a exposição absoluta. Existem dois fatores que interferem diretamente na exposição:
Espessura: quanto maior a espessura do objeto, maior será a atenuação da radiação X, resultando em uma imagem com pouca densidade e contraste. 
Densidade: exerce grande influência na produção da imagem, pois um objeto com grande densidade produz uma grande atenuação da radiação X, quando direcionada diretamente a ele. 
	
✦ Sensibilidade – refere-se a capacidade do filme produzir imagens radiográficas com maior ou menor quantidade de radiação. Está relacionada com o tamanho, tipo, forma e distribuição dos grãos de prata na emulsão.
✦ Detalhe/definição- é a capacidade do filme registrar detalhes muito finos e pequenos com nitidez.
○ ↑ cristais, ↑ sensibilidade, ↑ velocidade, ↓ nitidez;
○ ↓ cristais, ↓ sensibilidade, ↓ velocidade, ↑ nitidez. 
✦ Densidade – refere-se ao grau de escurecimento dos filmes expostos à radiação X. A formação da prata metálica bloqueia a passagem da luz, dando a aparência escura ao filme. Essa variação da quantidade de luz transmitida faz com que seja visível a imagem, portanto quanto maior o deposito de prata no filme maior será a absorção de luz e menor será seu grau de transparência. 
○ Alta densidade – imagem escura;Alta densidade radiopaca
Baixa densidade radiolúcida
○ Baixa densidade – imagem clara; 
○ Ideal: densidade média.
Alto contraste
✦ Contraste – esse termo é utilizado para descrever a gama de densidades existentes em uma radiografia, também definida como a diferença de densidade entre as áreas mais escuras e as mais claras. Quando essa diferença é muito grande é denominada alto constraste, pois poucas nuanças de cinza estão presentes entre a imagem preta e a branca, caracterizando uma curta escala de cinza. Já quando temos uma imagem composta por áreas de cinza-claro e cinza-escuro e existem pequenas diferenças entre si denominamos baixo contraste (vários tons de cinza), pois muitas nuanças de cinza estão presentes. O contraste da imagem radiográfica é a composição de três fatores, o contraste da matéria, o contraste do filme e a radiação secundaria.Baixo contraste
→ Em outras palavras, contraste é o termo que descreve as diferenças de densidade nas várias regiões de um filme. Ele é definido como as diferenças de densidades entre regiões claras e escuras da radiografia. Quando uma radiografia mostra grandes diferenças entre as áreas claras e escuras (entre branco e preto), diz-se que ela tem alto contraste. 
✦ Latitude – refere-se à associação mensurada de uma gama de exposições que podem ser registradas como densidades distinguíveis em um filme, formando uma imagem satisfatória. A latitude e o contraste são inversamente proporcionais, ou seja, quanto maior o contraste menor será a latitude. 
Receptor de Imagem
 No sistema de exposição direta (filmes tipo screen) o que determina a nitidez da imagem são seus cristais presentes na imagem. Quanto mais finos os cristais, maior será a nitidez do filme. Como fora visto anteriormente em relação a sensibilidade do filme, quanto maiores os cristais da emulsão mais “rápidos” são os filmes, porem com menor nitidez. 
No sistema de exposição indireta (filmes tipo no screen), um pouco da nitidez é perdida porque a luz visível e a ultravioleta emitida pela tela (ou placa intensificadora) são espalhadas além do local de origem, expondo uma área do filme maior em largura do que o cristal, causando a perda dos detalhes mais tênues. Como nos filmes intra-orais, as telas “muito rápidas” possuem cristais maiores, porem perdem a nitidez, isso se deve à dispersão da luz visível ou ultravioleta formada pelo choque eletrônico entre os fótons incidentes e os cristais presentes nas telas. 
Processamento Radiográfico 
A forma correta de desembalar o filme, de manuseá-lo na câmara escura e o cuidado ao adiciona-lo aos acessórios para seu procedimento são fatores importantes para a transformação da imagem latente em imagem visível. 
 
✦ Local de processamento
 Câmara escura
Também chamado de quarto escuro, deve ser adequado para receber os equipamentos necessários ao processamento químico do filme. Para o fechamento desse quarto, podem ser instalados dois tipos de porta, a porta tipo labirinto, que necessita de espaço para sua instalação, e a porta com vedação das juntas e extremidades com borrachas grossas, que unam a porta às paredes de contato e o chão. Essa porta deve ter, ainda uma tranca interna para que não haja uma abertura acidental. 
Deve conter:
× Luz de segurança – dentro, a câmara escura deve ser equipada com uma luz branca no teto e a luz de segurança no local de trabalho. As luzes de segurança são dispositivos indispensáveis, pois fornecem a iluminação necessária e permitida para o processamento dos filmes sem que haja seu vedamento. Entretanto uma excessiva exposição, resulta em vedamento não uniforme, para isso devemos observar três fatores:
 ○ Tipos de filtro: cor vermelha;
 ○ Intensidade: 15W, em uma distância de 1,5 m;
 ○ Tempo de exposição: para determinar o tempo correto, temos que fazer o teste da moeda
Teste da Moeda: Faça o processamento químico normalmente, e após seu termino, observe cada um dos filmes. Se conseguir determinar as bordas da moeda, a luz de segurança, não está adequada. Em algum dos três fatores mencionados deve haver alguma falha. 
× Tanques de processamento – são fabricados em aço inox e possuem diferentes tamanhos e capacidades. No seu fundo dispõem de um tipo de torneira para remoção dos produtos químicos. Ainda apresentam uma tampa para impedir o velamento acidental com a luz do quarto. 
 
 Câmara escura portátil 
Constituída de uma caixa retangular feita de plástico ou fibra de vidro que impeça a transmissão da luz, para impedir o velamento do filme a ser processado. Na sua parte anterior existem dois orifícios, recobertos por um tecido preto. Em seu interior encontramos três recipientes feitos de aço inox/plástico destinados ao revelador, água, fixador. O revelador sempre a direita do operador e o fixador no centro. 
✦ Soluções Químicas 
 Revelador – possui função de converter a imagem latente em imagem visível. É responsável por formar as áreas radiolúcidas, onde a solução é alcalina e possui pH entre 10 á 12. Possui função de precipitar os cristais sensibilizados pelo raio-x, formando imagem radiolúcidas. Os cristais que não foram sensibilizados formam imagens radiopacas, porém não perceptível no banho revelador, pois o agente revelador não possui ação sobre os cristais não sensibilizados.
 
Composição
 Solventes: a água é o solvente básico, pois dissolve e ioniza as substancias químicas do revelador;
 Agentes reveladores: possui dois agentes os quais são o elon com função de produzir os tons médios de cinza na imagem, sofre pouca influência da temperatura e age rapidamente, e a hidroquinona com função de produzir o contraste agudo da imagem, possui ação lenta, sua eficiência esta na faixa entre 18 a 22ºC e é instável. 
 Ativadores: são alcalinos, amolecem a gelatina de modo que os agentes redutores possam trabalhar com mais eficiência;
 Conservadores: retardam a oxidação, mantém a proporção de revelação e ajuda a evitar manchas na camada de emulsão do filme;
 Agentes restringentes: os íons que são usados, protegem os cristais não expostos contra a ação do revelador. 
 Fixador – para completar a revelação, é necessário eliminar os cristais não revelados no filme, desta forma o filme não irá descolorir ou escurecer com o tempo. A fixação é importante para manter a qualidade de uma radiografia. Também possui a função de endurecer a gelatina e formar áreas radiopacas (claras). 
Composição
 Solvente: a agua é o solvente usado e tem como função dissolver os demais ingredientes e se difundir na emulsão; 
 Agente conservador: sua função é evitar a decomposiçãodo agente fixador;
 Agente fixador: tem como função dissolver e eliminar da emulsão os sais de prata não revelados;
 Agente endurecedor: tem como função impedir que a emulsão se inche excessivamente durante a lavagem final e diminuir o tempo de secagem da emulsão;
 Acidificante – utilizado para acelerar a ação das outras substancias químicas presentes no fixador e neutralizar qualquer remanescente alcalino do revelador; 
 Agentes absorvedores de choque – são incluídos nos fixadores para estabilizar a acidez ante a adição de certas quantidades de revelador, que é alcalino, e que é carregado pela película. 
Técnicas de Processamento Radiográfico
✦ Manual
 Mergulhar o filme na solução reveladora por 1 minuto;
 Agitar a colgadura dentro da solução reveladora por aproximadamente 5 segundos, com intuito de remover as bolhas de ar que possam aderir a emulsão;
 Após o tempo determinado, leve o filme para o banho intermediário por aproximadamente 15 a 30 segundos, para remoção do excesso de revelador a fim de se evitar a contaminação da solução fixadora;
 Introduzir o filme no tanque com fixador, por aproximadamente 2 minutos (sempre o dobro do tempo no revelador), agitar a colgadura por 5 a 15 segundos até o fim do processo. Ao agitar a colgadura são eliminadas as bolhas de ar presentes, facilitando o contato do fixador com a emulsão;
 Levar para o banho final por aproximadamente 30 segundos, para remoção final de resíduos da solução fixadora que continua agindo. 
 Levar para secagem. 
	Vantagens
	Desvantagens
	Revelação incompleta na superexposição
	Falta de padronização dos resultados
	Revelar por mais tempo na subexposição
	Depende do cuidado visual do operador
	Não necessita avaliar a temperatura da solução
	Depende da eficiência da luz de segurança.
Temperatura-tempo:
A temperatura da solução reveladora determina o período de tempo no banho revelador (20ºC – 4 minutos). 
	Vantagens
	Desvantagens
	Padronização dos resultados
	Necessidade de medir a temperatura e controlar o tempo.
	Maior qualidade da imagem
	
✦ Automático: 
Utiliza uma máquina processadora na qual o filme é introduzido em uma extremindade e sai seco pela outra. 
Vantagens: 
 Padronização das radiografias;
 Menor tempo;
 Espaços pequenos.
Técnicas radiográficas Intrabucais
Essa denominação é empregada para a tomada radiográfica na qual o filme é mantido no interior da cavidade bucal do paciente no momento da obtenção das radiografias. 
As técnicas intra-bucais podem ser divididas em: Técnica radiográfica intrabucal interproximal;
 Técnica radiográfica intrabucal oclusal;
 Técnica radiográfica intrabucal periapical
 ○ Da bissetriz;
 ○ Do paralelismo.
A prática de qualquer técnica radiográfica exige uma série de requisitos para a sua execução. Por essa razão, é muito importante o conhecimento das características e do correto funcionamento dos aparelhos de raios-X, mas também da sequência de técnicas a ser realizada.
Técnica Radiográfica Periapical - Bissetriz 
Indicada para o estudo radiográfico do órgão dental, região periapical e estruturas contíguas, nesse exame utiliza-se o filme radiográfico periapical (3x4 para adultos; 2x3 crianças). 
○ Nessa técnica o ângulo é formado pelo longo eixo do dente do filme e do dente, que se tocam na porção coronária, mas se distanciam na porção apical em função das estruturas anatômicas. 
 ○ Linha imaginaria que divide o ângulo ao meio. 
Foi introduzida por cieszynsky em 1907 e tem o seguinte fundamento: “A imagem projetada tem o mesmo comprimento e as mesmas proporções do objeto, desde que o feixe de raios-x central seja perpendicular á bissetriz do ângulo formado pelo filme e objeto”.Note que a imagem que será projetada terá o mesmo comprimento e as mesmas proporções (ou seja sem distorções) do objeto, desde que o feixe central de raio-x seja perpendicular á bissetriz do ângulo formado pelo plano do filme e do objeto.
Ou seja, o raio central deve incidir perpendicular á bissetriz do ângulo formado entre o eixo do dente e o filme radiográfico.
 Por que nessa técnica o feixe de raios x deve incidir perpendicularmente á bissetriz?
 » Se o feixe incidir perpendicularmente ao longo eixo do filme a imagem sofrerá 
 encurtamento.
 » Se o feixe de raios x incidir perpendicularmente ao longo eixo do dente a 
 imagem sofrerá alongamento. 
Importante!
 
Sequência da técnica:
✦ Exame e proteção do paciente
 Remover próteses, aparelhos e óculos;
 Avaliar o estado dos arcos;
 Colocar o avental e o colarinho plumbífero. 
Maxila
✦ Posicionamento da cabeça do paciente
O correto posicionamento da cabeça do paciente, em cada técnica é imprescindível para a obtenção de uma boa radiografia. Para esse posicionamento é empregado linhas de referência. 
 Quando o exame radiográfico for realizado na maxila o plano sagital mediano deve ficar perpendicular ao solo, e o plano de camper deve ficar paralelo ao solo, o paciente deve olhar para a ponta dos pés. Importante!
 Quando o exame radiográfico for realizado na mandíbula o plano sagital mediano deve ficar posicionado perpendicularmente ao solo, e o plano oclusal (da mandíbula) deve ficar paralelo ao solo, o paciente deve olhar para cima. 
Mandíbula
Plano Sagital Mediano (PSM): divide a cabeça verticalmente em lados esquerdo e direito, externamente equivale à linha mediana.
Plano de camper: plano que passa pelo pório e espinha nasal anterior, representado externamente pela linha de orientação que vai do trago à asa do nariz. 
✦ Exame periapical completo ou divisão da arcada dentária
Para sua execução, a maxila e a mandíbula são divididas em quatro regiões, totalizando-se 14 filmes periapicais. 
 
 ○ Região de incisivos – 2 
 ○ Região dos caninos - 4
 ○ Região dos pré-molares - 4 
 ○ Região dos molares – 4
Maxila
 Região dos dentes molares (lados direito e esquerdo);→ Nota-se diferença entre mandibula e maxila nas regiões dos dentes anteriores. Na maxila, os incisivos centrais compõem uma região, enquanto o incisivo lateral é radiografado com o canino. Na mandíbula, os incisivos ocupam uma mesma região.
Ainda na mandíbula o canino é radiografado ‘’sozinho’’, compondo mais uma região.
 
 Região dos pré-molares (lados direito e esquerdo);
 Região dos caninos e incisivos laterais (lados direito e esquerdo);
 Região dos incisivos centrais. 
Mandíbula
 Região dos dentes molares (lados direito e esquerdo);
 Região dos pré-molares (lados direito e esquerdo);
 Região dos caninos (lados direito e esquerdo);
 Região dos incisivos centrais e laterais. 
✦ Colocação do filme na boca do paciente
● Lado de exposição branco, voltado para os dentes e para o feixe de raio-x;
● Dentes anteriores o filme deve ser posicionado na vertical (incisivos e caninos);
● Dentes posteriores o filme deve ser posicionado na horizontal (pré-molares e molares);
● Picote voltado para incisal/oclusal dos dentes (o correto posicionamento do picote indicará o lado radiografado);
● Centralizar a região radiográfica;
● A borda do filme deve ter de 2 a 3mm a cima da borda incisal/oclusal.
✦ Manutenção do filme na boca do paciente
A pressão do filme é feita pelo próprio paciente; 
● Na maxila, com o dedo polegar da mão oposta ao lado a ser radiografado mantém o filme e o restante dos dedos apalmados, apoiados na face;
● Na mandíbula a pressão é feita com o dedo indicador, também com a mão do lado oposto, e o dedo polegar deve apoiar o mento, ficando os demais dedos fechados. 
✦ Pontos de referência na face (para posicionamento do feixe de raio-x) 
Maxila
● Incisivos centrais: ápice do nariz;
● Caninos e incisivos laterais: asa do nariz do lado a ser radiografado;
● Pré-molares: encontro do plano de câmper com a linha que desce do centro da pupila;
● Molares: encontro do plano de câmper com a linha que desce1 cm atrás do canto do olho;
Mandíbula
 Todos passam pela linha imaginaria (LIM), que cruza 1 cm acima da base da mandíbula. 
● Incisivos: onde a LIM encontra o PSM (plano sagital mediano);
● Caninos: onde a LIM encontra a linha que desce vertical a porção externa da asa do nariz
● Pré-molares: onde a LIM encontra a linha que desce verticalmente do centro da pupila.
● Molares: onde a LIM encontra com a linha que desce 1 cm atrás do canto do olho. 
✦ Ângulos de incidência
Em cada região, o feixe de raios-x deverá incidir com angulações diferentes para se obter uma imagem radiográfica do órgão dental com menor grau de encurtamento, alongamento e sobreposição de estruturas.
× Ângulo Vertical
São obtidos direcionando o feixe de raio X perpendicularmente à bissetriz (para cima e para baixo), sendo ângulos negativos para mandíbula e positivos para maxila. 
● É determinado pelo goniômetro.
● Erros na angulação vertical leva ao encurtamento ou alongamento da imagem, onde uma angulação menor leva á um alongamento da imagem e uma angulação maior leva á um encurtamento da imagem. 
	Maxila
	Angulação
	Incisivos
	+ 50º
	Caninos
	+ 45º
	Pré-molares
	+ 40º
	Molares
	+ 30º
	Mandíbula
	Angulação
	Incisivos
	- 20º 
	Caninos
	- 15º
	Pré-molares
	- 10º 
	Molares
	- 5º 
× Ângulo Horizontal
São obtidos movimentando-se o cilindro do aparelho de raios-x horizontalmente (para os lados), sendo direcionado paralelamente ás faces proximais dos dentes para evitar sobreposição das mesmas. 
	Maxila e Mandíbula
	Angulação
	Incisivos
	0o
	Caninos
	50 – 60º
	Pré-molares
	70- 80º
	Molares
	80-90º
✦ Tempo de exposição 
● Maxila – 0,3 segundos
● Mandíbula – 0,2 segundos 
Efeitos biológicos 
Os efeitos biológicos dependem sempre da transferência de energia aos tecidos. Essa energia, incidindo sobre o organismo humano, vai provocar um efeito em maior ou menor grau segundo a quantidade de energia contida. Assim, os efeitos serão tão mais danosos quanto maior a frequência da radiação, ou seja, quanto mais energia houver. 
Mecanismos de ação das radiações ionizantes sobre as células 
A ação poderá ocorrer de duas formas:
✦ Direta: a ação se faz diretamente sobre a célula, quebrando ligações químicas de moléculas biológicas, principalmente de macromoléculas (ácidos nucleicos e proteínas). 
✦ Indireta: quando uma molécula de agua é atingida por um fóton de raios X, ela poderá perder um elétron de um dos átomos e se transformar em íon instável. 
● Física – formação dos íons instáveis pela ação dos fótons;
● Físico-química - formação de radicais livres, produzindo produtos quimicamente instáveis;
● Química – reação dos radicais livres entre si e com outras moléculas, dando origem a compostos tóxicos;
● Biológica – os efeitos provocados nas biomoléculas, gerando os efeitos biológicos. 
Unidades de Medida 
Não existe radiação inócua, toda dose provocará algum efeito. 
As grandezas adotadas são: 
● Unidade de exposição: R – Roentgen – é a quantidade de radiação capaz de provocar em 1 cm3 de ar, nas C.N.T.P, o aparecimento de íons carregados com uma unidade eletrostática de carga. 
● Unidade de dose absorvida: rad – quantidade de radiação absorvida pelos tecidos irradiados, ou seja, a diferença entre a radiação emitida menos a que atravessa os tecidos. 
● Efeito biológico relativo: rbe – relaciona o efeito biológico com o tipo de radiação ionizante incidente, uma vez que as duas unidades anteriores consideram apenas fenômenos físicos. 
● Unidade de dose equivalente: rem – expressa absorção de energia nos tecidos humanos, combinando os aspectos físicos e biológicos.
Fatores que regulam os efeitos das radiações ionizantes
Efeitos de Natureza Somática: quando a interação do raio-x age direta ou indiretamente com células somáticas os efeitos manifestam-se no próprio indivíduo ou seja ele sofre as consequências.
» Os fatores que agravam os efeitos somáticos são:
● Dose: quantidade de radiação incidente. O homem está continuamente exposto às radiações ionizantes naturais ou ás radiações de fundo, representadas pelos raios cósmicos e radionuclideos. 
● Ritmo de aplicação: os efeitos da radiação tem maiores repercussões quando as doses são aplicadas em pequenos intervalos de tempo. O período que decorre para que ocorra uma manifestação causada pela exposição a determinado tipo de radiação é chamado de período de latência, que varia de acordo com a dose, que pode chegar a 25 anos. 
● Tamanho da área irradiada: quanto maior a área irradiada em uma única exposição, mais danosos e mais rápido surgem os efeitos.
Efeitos de Natureza Somática
× Manifestações Agudas: ocorrem até 60 dias, e se manifestam com grandes doses em curto período de tempo. 
Podem ser:
» Todo corpo
● Síndrome do S.N.C – ocorre em dose acima de 1000 REM, afetando o sistema nervoso central e causando meningite, edema.
● Síndrome gastrointestinal: ocorre a cima de 500 REM, causando alterações do epitélio do intestino delgado, ulcerações, febre, diarréia, vômito. A pessoa pode ser levada á morte por desidratação e infecção no prazo de 15 dias. 
● Síndrome hematopoiética: O ocorre em doses a cima de 100 REM, podendo causar hipóxia da medula óssea, leucopenia, trombocitopenia. Esta síndrome pode levar á morte em até 8 semanas pois pode haver infecção ou hemorragia.
» Área limitada: radioterapia - morte das células tumorais e a subsequente substituição por células normais. 
× Manifestações Crônicas: ocorrem até 30 anos, em pequenas doses em longo período de tempo. Podem ser:
» Corpo Todo: radiação natural (são mutações natuais, 3 R em 30 anos);
» Área limitada: radiodiagnostico, podendo causar radiodermite (parece uma queimadura de sol). 
Efeito de Natureza Genética: se dá pela interação do raio-x com células/orgãos responsáveis pela reprodução, os efeitos manifestam-se nos descendentes do indivíduo radiado.
A radio-sensibilidade dos tecidos e das células é proporcional a sua capacidade de reprodução e inversamente proporcional ao seu grau de diferenciação. Quanto mais diferenciado o tecido/célula menos sofre com efeitos biológicos.
 Menos Diferenciado= sofrem mais efeitos biológicos do raio-x.
Linfócitos
Células Sanguíneas
Células EpiteliaisEm sequência as células menos diferenciadas para as mais diferenciadas do corpo humano.
Células Endoteliais
Células do Tecido Conjuntivo
Células do Tecido ÓsseoMais Diferenciado
Células do Tecido Nervoso
Células Musculares
 As células do tecido ósseo, tecido nervoso e muscular são altamente diferenciados, portanto sofrem menos efeitos biológicos do raio-x.
 Manifestações de Natureza Genética: mongolismo, hemangioma congênito, analgesia, alterações estruturais e funcionais. 
 » Radiografias em gestantes: irradiação do embrião ou feto em desenvolvimento causa mutações somáticas e genéticas, lesões do SNC, manifestações crônicas ou pós-natal. Portanto deve-se evitar expor a gestante, radiografias apenas em casos de extrema necessidade.
» Considerações quanto aos efeitos prováveis com doses de radiação utilizadas em odontologia tendo em vista o eritema:
 Aparelho odontológico – 1R/segundo;
 Dose capaz de produzir eritema: 250R;
 Cada exposição odontológica: 0,3s;
 3 exposições de 1s = 1R
→ Mais de 750 exposições de uma vez para causar eritemas.
Higiene em Radiologia
Por que proteger? Para evitar os efeitos nocivos provocados pelos raios-X sobre o nosso organismo.
A quem devemos proteger? O paciente, o profissional e o meio ambiente.
Como devemos proteger? Utilizando todos os meios disponíveis para essa finalidade. 
A dose de exposição sobre o paciente, o profissional e o meio ambiente sempre deve ser a mínima possível, mas em hipótese alguma dificultando o processo de diagnostico. 
Proteção ao Paciente Energia efetiva do feixe 
 ○ Tensão de pico – kVp
 ○ Maior kVp – melhor a qualidade 
 Grau de vazamento- Isolamento do cabeçote Cilindros abertos- Reduzem a formação de radiação secundaria. 
 Filtração do feixe de raio X 
 ○ Inerente – parede de vidro;
 ○ Adicional – filtro de alumínio;
 Colimação do feixe de raio X 
 ○ Garantir um campo mínimo de exposição
 ○ Diâmetro do feixe de no máximo 7 cm na face do paciente. 
	Usar aparelhos calibrados e com cilindro aberto 
	Filmes mais sensíveis 
	Ter critério para solicitar e realizar os exames 
	Boa técnica e processamento
	Comunicação com o paciente
	Ver e ouvir o paciente durante as exposições 
	Uso de avental e colarinho plumbífero 
	Uso de posicionadores
	Proteção do paciente 
	Nunca segurar o filme na boca do paciente
	Nunca permanecer na direção do feixe primário de radiação ou atrás do cabeçote
	Nunca segurar o cabeçote do aparelho durante a exposição
	Ficar no mínimo 2 m de distância do aparelho, entre 90º e 135º em reação ao feixe de raio X 
	Permanecer atrás de uma barreira protetora de 2 mm de chumbo ou equivalente
	Dosimetria ou monitoração pessoal 
Proteção do Profissional 
 Fontes de raios-X as quais está sujeito 
 ○ Feixe primário de raios-X 
 ○ Vazamento do cabeçote
 ○ Radiação secundaria 
Áreas adjacentes 
Posição do aparelho
Proteção das paredes 
Durante a realização dos exames radiográficos é conveniente que o paciente fique posicionado de forma que o feixe de raios X incida em direção a uma parede, e nunca para uma porta ou abertura que dê acesso a um local onde possa haver outras pessoas. 
Atenção também deve ser dada quanto ás divisórias nos consultórios, estas deverão ser de um material que proteja às áreas adjacentes das radiações. E casos de divisórias de alvenaria estas deverão ter no mínimo 8 cm de espessura e com revestimento de chumbo ou barita. Nas divisórias pré-fabricadas deve haver uma camada de manta de chumbo de 1 ou 2 mm de espessura, no seu interior. 
Embora os líquidos processadores não emitam nenhum tipo de radiação e nem sejam portadores desse tipo de energia, é conveniente ressaltar que eles não devem ser dispensadosa no esgoto comum, pois afetam seriamente o meio ambiente. 
Acesso limitado: aviso para o paciente que no ambiente possui radiação. 
Controle da infecção
 Proteger com filme PVC: cabeçote, botão, filmes radiográficos e posicionadores. 
 Desinfecção: posicionadores, avental e colar plumbífero.

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