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Resumo Tintoretto

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A moderna historiografia da arte tende a reconhecer em Tintoretto o maior representante do amplo movimento artístico que foi o maneirismo, interpretado segundo a tradição veneziana. O artista é admirado antes de tudo pela ênfase no dramatismo da composição e da luz.
O filho do tintureiro
     Jacopo Robusti, conhecido como Tintoretto, nasceu em Veneza por volta de 1518. Filho de um tintureiro de sedas (daí o cognome), sabe-se que entrou ainda jovem para o ateliê de Ticiano, onde ficou poucos dias.
Uma vida dedicada
à pintura
     Em 1539, no entanto, já se estabelecera como pintor, e voltou de uma viagem a Roma impressionado com a obra de Michelangelo.
     Após pintar afrescos para a igreja de Santa Maria dell'Orto, recebeu em 1548 a encomenda de decorar a Scuola di San Marco, trabalho que lhe valeu grande fama.
     Em 1550 casou-se com a filha de um banqueiro e até o fim da vida dedicou-se somente à pintura.
Renascentista, barroco
ou maneirista ?
Durante muito tempo Tintoretto foi classificado como o último pintor renascentista; passou depois a ser considerado o primeiro mestre da pintura barroca; hoje é apontado como grande vulto do maneirismo.
     É difícil classificá-lo com precisão, pois em sua obra existem exemplos das três correntes. O pintor preocupou-se igualmente com a forma e com a cor, numa síntese florentino-veneziana que para outro mestre teria sido impossível.
     Segundo a tradição, teria escrito na porta do seu ateliê: "Desenho de Michelangelo e colorido de Ticiano."
Um mestre da cor
     A obra de Tintoretto está concentrada sobretudo em Veneza, mas seus quadros a óleo escureceram, em parte porque ele não costumava reforçar o branco das telas antes de pintar as cores escuras.
     Suas obras, altamente dramáticas, fogem à placidez e regularidade da composição renascentista.
     A fama de que desfrutou o pintor como mestre do colorido, a despeito da deterioração de seus óleos, sobrevive em função da alta qualidade emocional das telas.
O furioso
     A dramaticidade dos quadros de Tintoretto somente pode ser equiparada a sua inesgotável atividade; daí seu outro apelido da época, "Il Furioso".
     Autodidata, a princípio estudou e copiou obras de Michelangelo e Sansovino. Executou trabalhos sem nada cobrar ou apenas pelo preço do material utilizado: são os casos da decoração da igreja de Santa Maria dell'Orto e da Scuola di San Marco.
    Nesta última concluiu em 1548 um de seus quadros mais importantes: o "Milagre de são Marcos" (hoje na Academia de Belas-Artes, Veneza), no qual procurou exaltar o movimento e o volume dos corpos pela luz, sem sacrificar a cor.
     A partir de 1550, Tintoretto recebeu numerosas encomendas de procedências diversas. Dessa fase há, entre outros trabalhos, "Adão e Eva" (1550-1553), "Abel e Caim" (1550-1553), "Santo André e São Jerônimo" e "São Jorge e a princesa", os dois últimos para o Palazzo Ducale.
     A mais célebre das obras desse período foi "Susana no banho" (1560-1564).
O esboço estava pronto
     Em 1564, a Scuola di San Rocco abriu concurso para a decoração de suas salas e convidou os principais pintores venezianos a participar.
     Todos apresentaram um simples projeto, mas no dia da decisão do certame Tintoretto mandou descobrir uma parede da instituição e mostrou um trabalho acabado, que ofereceu de presente.
     Como o estatuto da escola não permitisse a recusa de doações, a vitória coube ao pintor que, além de vencer o concurso, recebeu contrato para a execução de outras obras.
Consumidas pelo fogo
     Nessa mesma instituição, Tintoretto deixou importante repositório de arte. A primeira de suas obras ali pintadas foi uma "Crucificação" (1565), seguida de uma história da "Paixão" (1566), com cenas que salientam os impulsos humanos dos personagens, como em "Cristo diante de Pilatos", "Tentação de Cristo" e a "Ceia".
     Em 1577, Tintoretto começou a decorar o segundo pavimento da escola e executou "O maná", "Moisés aspergido com a água do regato" e "Adoração da serpente de bronze". Para o teto, principalmente, pintou cenas dos dois testamentos, em que se destaca a "Fuga para o Egito".
     O pintor executou ainda obras avulsas, como o "Juízo final" e a "Batalha de Lepanto", destruídas no incêndio que consumiu o Palazzo Ducale de Veneza em 1577.
     Para esse palácio concluiu, pouco antes de morrer em Veneza, em 31 de maio de 1594, o monumental "Paraíso", um dos maiores quadros a óleo do mundo.
Jacopo Robusti (1518 – 1594), conhecido pelo apelido de Tintoretto, foi o maior pintor que Veneza conheceu. Tratado tanto como artista renascentista, maneirista, e barroco, foi bastante influenciado pela efervescência do movimento religioso da Contra-Reforma.
Foi considerado renascentista por ter vivido e trabalhado durante os últimos anos do auge do movimento, e por possuir características renascentistas em suas obras. É sempre possível identificar a perspectiva linear, que fora introduzida no mundo artístico por Paolo Ucello ??, a profundidade das cenas, volume dos objetos e a representação próxima do real dos corpos humanos.
Foi considerado barroco, apesar de ter vivido pouco antes do auge, por adotar algumas técnicas e temáticas do movimento em seus trabalhos, como o uso de tons muito escuros e pesados envolvendo grande parte da superfície pictórica, o uso do gênero religioso, e uma representação que transmitisse a tensão a pairar sobre o conjunto.
Finalmente, não foi considerado apenas um pintor maneirista, e sim, um dos maiores e mais radiciais precursores do movimento. Aproveitando-se dos exageros e “falta de regras” da estética maneirista, fez grandes obras, que inspiraram diversos artistas, como por exemplo El Greco, de quem falaremos mais adiante. Possuía sua própria coleção de estudos do corpo humano em movimento, principalmente o masculino nu, em vista de usar como base de suas pinturas com corpos alongados e retorcidos, característica bem marcante do maneirismo.
Segundo o historiador Ernst Gombrich (1909 – 2001), em seu livro História da Arte (1950), Tintoretto estava cansado da “beleza simples” (sic) das formas e cores que Ticiano, pintor renascentista, usava em seus quadros – informação que contraria a lenda de que Tintoretto havia escrito na parede de seu atelier “o desenho de Michelangelo e as cores de Ticiano” -. Ele também acreditava que os quadros do pintor, que uma vez havia sido seu mestre, apelavam muito mais para uma beleza visual do que algo realmente tocante. Para ele, as pinturas não alcançavam o êxito necessário a fazer com que as figuras criassem vida diante dos olhos do espectador: “(…)Por mais incomparável que Ticiano fosse como um pintor do Belo, os seus quadros tendiam a ser mais aprazíveis do que comovedores; que eles não eram suficientemente excitantes para tornar vivas aos nossos olhos as grandes histórias da Bíblia e as lendas sagradas.” Com esse descontentamento, Tintoretto passou a contar histórias em seus quadros a seu próprio jeito, sua própria maneira, conferindo às obras emoção e drama. Fazendo um retrocesso ao início do movimento renascentista, encontramos Paolo Di Dono, mais conhecido pelo seu nome artístico de “Ucello”. Pintor italiano e matemático, foi notável pela sua tentativa de conciliar o estilo gótico, fazendo uso de seus elementos simbólicos e decorativos,  com o renascentista, mais precisamente com a perspectiva linear – para a qual foi considerado pioneiro – criando a sensação de profundidade e relevo de objetos. Ficou famoso por suas grandes cenas com cores vibrantes.
Por um lado, Tintoretto se assemelha a Ucello ao usar a perspectiva linear em suas pinturas, mesmo que as vezes em ângulos incomuns, causando estranheza em uma primeira vista (Ucello era mais adepto a ângulos centrais). Por outro, o pintor maneirista se encontrou num patamar muito mais “avançado” que Ucello na hora de representar corpos e paisagens. As pinturas de Ucello, mesmo possuindo perspectiva, ainda possuíam uma imagem muito chapada, de continuidade para as laterais,e não para o fundo da tela. Já Tintoretto gozava de diversas técnicas que faziam-nos causar a sensação de poder sair caminhando quadro a dentro. Essa divergência pode ser observada na comparação dos quadros Crucificação, de Ucello, e Milagre do escravo, de Tintoretto
BIBLIOGRAFIA:
GOMBRICH, E.H. A historia da Arte. Rio de Janeiro: LTC, 2012.
GUIA VISUAL DEFINITIVO DA ARTE, Arte. São Paulo: PubliFolha, 2011
Com sua obra majestosa, junto com pintores como Ticiano, com seu uso de cores, Veronese, com seu senso espacial, e Giorgione, com sua expressividade, deram início a última fase doRenascimento, no século XVI, e Cinquecento (1500-1599), valorizando mais a cor e uma rigorosa perspectiva em relação a forma. Do ponto de vista artístico, o Renascimento foi um movimento cultural cuja principal característica foi o surgimento da ilusão de profundidade nas obras. Em termos gerais, por definição o Renascimento foi um movimento artístico, científico e literário que floresceu na Europa no período correspondente entre à Baixa Idade Média e o início da Idade Moderna, do século XIII ao XVI, com o berço na Itália e tendo em Florença e Roma como seus dois centros mais importantes. Sua principal característica foi o surgimento da ilusão de profundidade nas obras e, cronologicamente, pode ser dividido em quatro períodos: Duocento (1200-1299), Trecento (1300-1399), Quattrocento (1400-1499) e Cinquecento(1500-1599). 
 http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/Titoreto.html

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