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Da Capacidade para Casamento Da Habilitação para Casar Da Capacidade para o Casamento Art. 1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil. Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se o disposto no parágrafo único do art. 1.631. Art. 1.518. Até à celebração do casamento podem os pais, tutores ou curadores revogar a autorização. “Art. 1.518 - Até a celebração do casamento podem os pais ou tutores revogar a autorização.” (NR) A capacidade nupcial é aptidão para casar, ou seja, é a autoridade conferida pela lei a quem deseja casar. Esta capacidade não se confunde com a capacidade civil, pois esta é plena quando se completa 18 anos de idade. PUBERDADE e Discernimento Parágrafo único. Divergindo os pais quanto ao exercício do poder familiar, é assegurado a qualquer deles recorrer ao juiz para solução do desacordo. Consentimento tácito. Exemplo: a moça de 16 anos que quer casar – pais presenciam a cerimônia e não podem mais se opor. A capacidade civil plena ou a maioridade só é alcançada quando a pessoa faz 18 anos. Para casar, contudo, a capacidade é reduzida para os 16 anos – IDADE NÚBIL. A idade núbil não excepciona a capacidade civil plena: essencial a autorização dos pais, em conjunto. A autorização dos pais em conjunto é apresentada no pedido de habilitação e é exigível ainda que vivam separados. Somente é dispensada a autorização de um dos pais se ele tiver perdido a autoridade parental. Quando o menor estiver sob tutela, autorização do tutor. Recusa é direito dos pais, mas precisa ser motivada. E se houver divergência entre os pais? O menor pode pedir ao juiz suprimento judicial para habilitação, concedido através de alvará. De acordo com o art.1631, CC, a intervenção do juiz só é admissível se houver se houver desacordo entre os pais. Assim, a recusa conjunta dos pais é presumida razoável, não podendo o juiz supri-la. Além da recusa, pode haver revogação da autorização. – comunicação encaminhada ao oficial de casamento, o que impede a habilitação. Gravidez autoriza casamento de jovens que ainda não atingiram a idade núbil. – reminiscência da concepção de casamento com finalidade essencial de procriação. *art. 1520, CC – evitar imposição criminal Lei 11.106/05 eliminou os incisos VII e VIII do art. 107 do CP que previam o casamento do réu com a vítima. Com isto restou derrogada a possibilidade de se permitir o casamento de uma adolescente para evitar imposição criminal. Art. 6o LEI Nº 13.146 / 2015 - A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para: I - casar-se e constituir união estável; II - exercer direitos sexuais e reprodutivos; III - exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar; IV - conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização compulsória; V - exercer o direito à família e à convivência familiar e comunitária; e VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas. Estatuto da Pessoa com Deficiência Parte-se da premissa que a deficiência não é, em princípio, causadora de limitações à capacidade civil. § 2o A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade núbio poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade diretamente ou por meio de seu responsável ou curador.” Suprimento Judicial de Idade (para quem não tem idade núbil): O suprimento de idade não dispensa o consentimento dos pais. Regime da separação de bens (art. 1641, III, CC/02), comunicando-se, porém, os aquestos provenientes do esforço comum, a teor do estatuído na súmula 377 do STF. A suplementação de idade, consiste na autorização judicial para que um menor que não tenha atingido a idade núbil possa se casar, o que somente é possível, hodiernamente, na hipótese de gravidez; Alvará com a autorização judicial de casamento do requerente, após a ouvido representante do Ministério Público, que deve ser citado para o ato. Ficam os nubentes submetidos ao regime de separação obrigatória de bens (CC, art. 1.641, III) e gera a emancipação do menor. Suprimento Judicial de Consentimento Art. 1.519. A denegação do consentimento, quando injusta, pode ser suprida pelo juiz. Tem lugar quando o nubente tem mais de 16 anos e menos de 18 anos e os seus pais ou um deles não autoriza o casamento. Admite-se que o menor púbere outorgue procuração a advogado, sem assistência de seu representante legal, em razão da evidente colisão de interesses e por se tratar de procedimento de jurisdição voluntária. Havendo recusa dos pais a conceder a autorização para o casamento de filho menor entre 16 anos e 18 anos de idade, é permitido ao juiz suprir o consentimento, por sentença, de iniciativa do Ministério Público, do próprio nubente menor ou pelo outro nubente interessado. Somente é possível a autorização unilateral (um dos pais) se o outro genitor for morto, ausente por declaração judicial ou estiver destituído do poder familiar. O código não especifica os casos em que a denegação do consentimento deve ser considerada injusta. O próprio representante do MP, como defensor dos interesses dos incapazes, pode encarregar-se de requerer ao juiz a nomeação de advogado dativo para o menor. Da decisão proferida pelo juiz cabe recurso de apelação para a instância superior. Da Habilitação para Casar PHC: processo que corre perante o oficial do registro civil, para demonstrar que os noivos estão legalmente habilitados para casar. Justificativa: devido à grande importância social do matrimônio e dos efeitos produzidos Arts. 1.525 a 1.532, CC. Serve para verificar: A inexistência de impedimentos ou causas suspensivas As condições dos nubentes (capacidade, consentimento) Requisitos para a celebração – Ordem Pública É formalidade preliminar do casamento. Natureza da habilitação: É procedimento de jurisdição voluntária. Não há parte, mas interessados. O processo de habilitação para casar estava previsto na LRP, arts. 67/69. A habilitação vai permanecer no Estatuto das Famílias (arts. 138 a 141; 144 e 145). é composto de quatro fases: documentação; proclamas; certidão e registro. Primeira fase do casamento e deve ser promovida perante o oficial de Registro Civil de residência de ambos os nubentes ou de um deles. O requerimento pode ser firmado por procurador de um ou de ambos os nubentes. A habilitação é composta do requerimento, juntada de documentos, da publicidade, do parecer do MP e do certificado respectivo de aptidão para celebração do casamento. Lei 12.133 de 2009 suprimiu a exigência de que a homologação da habilitação deveria ser feita pelo juiz, o que a tornava desnecessariamente burocratizada e judicializada. A habilitação só será submetida ao juiz se o membro do MP, ou o oficial ou terceiro impugná-la. Para nubentes com mais de 18 anos: certidão de nascimento ou RG, declaração de 2 testemunhas de que não há impedimento e declaração sobre estado civil, domicílio e residência, e pais se forem conhecidos. Art. 1.525. O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os nubentes, de próprio punho, ou, a seu pedido, por procurador, e deve ser instruído com os seguintes documentos: I - certidão de nascimento ou documento equivalente; II - autorização por escrito das pessoas sob cuja dependência legal estiverem, ou ato judicial que a supra; III - declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecê-los e afirmem não existir impedimento que os iniba de casar; IV - declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de seus pais, se forem conhecidos; V - certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de anulação de casamento, transitada em julgado, ou do registro da sentença de divórcio. Outros documentos que poderão ser necessários: Sentença transitada em julgado que reconheceu a ausência; Declaração de morte presumida; Certificado de exame pré-nupcial (autorização judicial): quando for colateral de 3º Grau, ver Dec. nº 3.200/41. Pacto Antenupcial, se houver. Processo de Habilitação para Casamento Competência: art. 1.526, CC - oficial do Registro Civil, com a audiência do Ministério Público Procedimento: Apresentados os documentos, o oficial verifica a ordem e lavra os proclamas de casamento, mediante edital que deverá ser afixado por 15 dias e publicado na imprensa local. Art. 1.527, CC. A autoridade competente, havendo urgência, poderá dispensar a publicação. Após os proclamas o oficial dará vista dos autos ao MP. Edital: O oficial afixará os proclamas em lugar ostensivo de seu cartório e fará publicá-los pela imprensa local se houver. Competência – domicílio dos nubentes, devendo escolher entre eles. Dispensa – grave enfermidade, parto iminente... Objetivo do edital – convocar qualquer pessoa para que apresente impedimentos ou causas suspensivas. De acordo com o art. 67, §4º da Lei de Registros Públicos, se os nubentes residirem em diferentes distritos do registro Civil, é obrigatório a publicação e o registro do edital em ambos os cartórios: Cumpre destacar que os noivos ao serem cientificados da oposição ao casamento, saberão os fundamentos e o nome de quem a fez. Uma vez produzida prova em contrário, os nubentes poderão promover as ações civis e penais contra o oponente de má-fé, nos termos do art. 1.530 do Código Civil. Antigas correntes acerca do juiz competente para homologar o processo de habilitação para casar: Homologação judicial, juiz de direito: Caio Mário. Não precisa ser homologação judicial, somente será no caso de haver impugnação: Venosa, MHD. Nem no caso de impugnação será necessária homologação judicial, competência constitucional é do juiz de paz: Nelson Nery, ver art. 98, II da CF. Projeto do “Estatuto das Famílias” (PL 2285/07): “Art. 138. A habilitação para o casamento é feita perante o oficial do registro civil da residência de qualquer dos nubentes.” Não havendo oposição e estando a documentação em ordem, o oficial emite o certificado de habilitação para casar. Ver art. 1.531, CC. Se houver qualquer irregularidade, não será nulo o casamento, mas o oficial será responsabilizado civil e criminalmente, além de ter que ressarcir os noivos de eventuais prejuízos O processo de habilitação é pago ?? Gratuidade: Ver art.1.512, CC. Casamento Religioso c/ Efeitos Civis Art. 1.515. O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no registro próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração. Art. 1.516. O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos requisitos exigidos para o casamento civil. Obs. Habilitação posterior. É aquele que é celebrado fora das dependências do Cartório, porém quem preside o ato do casamento não é o Juiz e sim a autoridade religiosa (Padre, Rabino, etc). O registro civil do casamento religioso deverá ser promovido dentro de noventa dias de sua realização; comunicação do celebrante ao ofício competente, ou por iniciativa de qualquer interessado, desde que haja sido homologada previamente a habilitação; Após o referido prazo, o registro dependerá de nova habilitação. Obs: habilitação posterior à cerimônia. Art. 1.516. § 2o O casamento religioso, celebrado sem as formalidades exigidas neste Código, terá efeitos civis se, a requerimento do casal, for registrado, a qualquer tempo, no registro civil, mediante prévia habilitação perante a autoridade competente e observado o prazo do art. 1.532. § 3o Será nulo o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer dos consorciados houver contraído com outrem casamento civil. Noivo Noiva 16 CHC Cartório de Casamentos Homologação Celebração PHC Proclamas MP Registro de Casamento Casamento religioso com efeitos civis com habilitação prévia Igreja (?) Autoridade Religiosa Prazo de 90 dias para pedir o RC. Qualquer pessoa pode pedir (noivos, parentes) Efeito ex tunc Casamento comum Prazo: 90 dias (art. 1.516, §1º, CC) Noivo Noiva 17 CHC Cartório de Casamentos Homologação Celebração PHC Proclamas MP Registro de Casamento Casamento religioso com efeitos civis com habilitação posterior Igreja (?) Autoridade Religiosa Efeito ex tunc Prazo: 90 dias Prazo de 90 dias para pedir o RC. Somente os nubentes podem pedir. (art. 1.516, §2º, CC)
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