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DEFESA DO EXECUTADO

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DEFESA DO EXECUTADO
	Cumprimento de sentença
	Execução
	Impugnação (artigo 525 do CPC)
	Título Extrajudicial: Embargos (art 914 do CPC)
	
	
Ações Autônomas (defesas heterotópicas) ou por meio da exceção de pré-executividade. 
a) Embargos à execução 
a.1) conceito e requisitos Os embargos à execução são verdadeira ação de conhecimento, incidental, ou seja, no curso da execução. Portanto, sua petição inicial segue os requisitos dos arts. 319 e 320 do NCPC.
Competência - (art. 61, NCPC). É caso de competência funcional. Quando houver bens do executado em outra comarca, devese observar o disposto no art. 914, §2º, NCPC (execução por carta). 
O executado passa a ser denominado embargante e o exequente passa a ser denominado embargado. Via de regra, será o executado o legitimado ativo (embargante) para o oferecimento dos embargos. 
Mas podem ser legitimados ativos qualquer responsável patrimonial (art. 790, NCPC). Intervenção de terceiros nos embargos, exceto a assistência. 
Por ser ação própria, deve-se atribuir valor da causa. Nesse caso, caso os embargos alcance todo o crédito da execução, o valor da causa dos embargos será o mesmo da execução. Caso alcance apenas parte dele, o valor da causa será o apenas essa parcialidade. Importante notar também que, caso se alegue excesso de execução, como se verá adiante, o valor da causa será o apontado pelo embargante como sendo o correto. 
a.2) prazo (art. 915 – contados a partir da citação, nos termos do art. 231, NCPC). Apesar de, na execução por quantia certa, o executado ser citado para pagar o devido em 03 dias (art. 829, NCPC), o prazo para opor os embargos à execução será de 15 dias (art. 915, NCPC). Quando houver mais de um embargado, o prazo para oferecer embargos conta-se da juntada de cada comprovante de citação, salvo se tratar de cônjuges ou companheiros, quando será contado da juntada do último (art. 915, §1°, NCPC). 
Também continua não aplicando aos embargos o dobro de prazo para litisconsortes com advogados diferentes (art. 229 do NCPC) por força da previsão do art. 915, §3°, NCPC).
 Lembrando que a citação na execução, agora no NCPC, é feita por correio, e não mais por oficial de justiça. Todavia, quando a citação for por hora certa ou por edital, e o executado não oferecer embargos, será nomeado curador especial como representante do executado para tanto. 
a.3) dispensa de garantia do juízo e ausência de efeito suspensivo De acordo com o art. 914, o oferecimento de embargos não depende de garantia do juízo (penhora, depósito ou caução). 
Em regra, os embargos não possuem efeito suspensivo (art. 919, NCPC). 
Excepcionalidade: o §1º do art. 919 que o efeito suspensivo poderá ser concedido excepcionalmente DESDE QUE, a requerimento do embargante, estejam satisfeitos os requisitos para a concessão da tutela provisória (fumus boni iuris e periculum in mora, ou seja, a relevância do fundamento dos embargos e o fundado receio de dano caso não haja a suspensão da execução), e esteja a execução garantida por penhora, depósito ou caução. Obviamente que, se o efeito suspensivo for apenas parcial, a execução será apenas em parte suspensa (art. 919, §3º c/c 921, I, NCPC). 
Todavia, mesmo que se tenha atribuído efeito suspensivo, poderá a execução seguir quando exequente garantir o juízo (aplicação analógica do art. 525, §10, NCPC).
 Por fim, vale ressaltar a nova redação dada ao §5° do artigo em referência que, acertadamente, estabelece que a suspensão não impede substituição, o reforço ou a redução da penhora, e não simplesmente a apenas “a penhora” (como dispunha o velho CPC), uma vez que obviamente a 1ª penhora já houve, por ser requisito essencial para a concessão daquele efeito.
 a.4) matéria de defesa É ampla a defesa do executado em sede de embargos à execução. O amplo rol está elencado no artigo 917 do NCPC, que prevê as seguintes hipóteses: 
I – inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação => redação mais apurada, substituindo a anterior que falava em nulidade da execução, por não ser executivo o título apresentado. 
II – penhora incorreta ou avaliação errônea => ATENÇÃO: considerando que, na execução por quantia certa, o executado é citado para pagar em 3 dias, sob pena de sofrer penhora (art. 829, caput e §1º), ou para oferecer embargos à execução em 15 dias (art. 915), tal defesa não será cabível se os embargos forem oferecidos antes de findo o prazo para o pagamento (ou seja, antes dos 3 dias), uma vez que não terá ainda ocorrido a penhora. Neste caso, o executado poderá arguir a incorreção por petição simples em 15 dias contados da ciência do ato (novidade – art. 917, §1º). 
III – excesso de execução ou cumulação indevida de execuções => são 2 defesas diferentes. Os casos que podem ensejar excesso estão elencados no mesmo art. 917, §2º, NCPC. Alegado excesso de execução, o executado deve indicar o valor que entender correto sob pena de tal defesa não ser conhecida pelo juiz se houver outros fundamentos, ou sob pena de rejeição liminar dos embargos, se for o único fundamento dos embargos (art. 917, §§3° e 4º, I e II, NCPC). 
IV – retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de execução para entrega de coisa certa.
V – incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução => novidade (alinhando ao que ocorre na contestação do processo de conhecimento). A arguição de impedimento e suspeição far-se-á de acordo com os arts. 146 e148 do NCPC, ou seja, por petição simples criando um incidente. VI – qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento => exemplos: prescrição, extinção da obrigação (pagamento, novação, subrogação etc), inconstitucionalidade de lei, exceção do contrato não cumprido, etc. 
a.5) procedimento Os embargos deverão ser distribuídos por dependência ao processo de execução principal, porém processados em autos apartados, e instruídos com cópias de peças processuais relevantes, que poderão ser declaradas autênticas, sob a responsabilidade pessoal do advogado (art. 914, §1º, NCPC). 
Se os embargos forem intempestivos; manifestamente protelatórios (ato atentatório à dignidade da justiça – art. 918, parágrafo único); 
ou nos casos de indeferimento da petição inicial ou improcedência liminar da demanda, o juiz os rejeitará liminarmente (art. 918, NCPC). 
Da decisão que indefere a petição inicial dos embargos caberá o recurso de apelação (art. 331), neste caso desprovido de efeito suspensivo (art. 1.012, §1º, III, 1ª parte, NCPC), pois a extinção dos embargos sem resolução do mérito deve produzir efeitos imediatos por favorecer o exequente e a execução (aplicação do princípio da efetividade). 
TODAVIA, sendo recebidos os embargos, será o exequente-embargado intimado para que, no prazo de 15 dias, ofereça sua defesa. Daí, ou o juiz julga imediatamente o pedido (art. 355) ou designa audiência, proferindo sentença (art. 920, NCPC).
Caso os embargos sejam julgados procedentes, cabe apelação no seu duplo efeito (devolutivo e suspensivo). 
Por outro lado, se julgados improcedentes, a exemplo da sentença que extingue os embargos sem resolução do mérito, caberá apelação também apenas no efeito devolutivo, conforme art. 1.012, §1º, III, 2ª parte, NCPC. 
a.6) pedido de parcelamento da dívida 
Ao invés de oferecer os embargos, pode o executado requerer o parcelamento do crédito do exequente (art. 916, NCPC). Os requisitos para esse incentivo são: requerimento do executado; depósito de, no mínimo, 30% do montante executado, incluindo custas e honorários; não ter o executado oferecido embargos à execução. O restante deverá ser pago em até 06 parcelas, acrescido de juros e correção monetária. O atraso do pagamento de qualquer das parcelas gera multa de 10% sobre a mesma. 
b) Impugnação ao cumprimento de sentença 
É a defesa do executado no cumprimento de sentença, ou seja, quando a execução se fundar em título judicial. De acordo com o art. 525 do NCPC, o prazo para oferecer a impugnação é de 15 dias após transcorrido o prazo do art. 523, NCPC (o executado é intimadopara, em 15 dias, pagar o débito, sob pena de multa e honorários de advogado, ambos em 10% cada, e sob pena de penhora). 
Lembrando que, ao contrário dos embargos, aplica-se aqui o prazo em dobro do art. 229 em caso de litisconsortes litigando com advogados de escritórios de advocacia distintos, nos termos do §3º do art. 525. 
O conteúdo da impugnação à execução ou a matéria de defesa é bem mais limitada do que nos embargos, e está prevista no art. 525, §1º, do NCPC, a saber:
 I – falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia; 
II – ilegitimidade de parte;
III – inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação – nos termos dos §§12, 13, 14 e 15 do art. 525, considera-se também inexigível a obrigação reconhecida em título judicial fundado em lei ou ato normativo considerado inconstitucional ou incompatível com CF pelo STF, em controle concentrado ou difuso, antes do trânsito em julgado da decisão exequenda. É a chamada “coisa julgada inconstitucional” – hipótese de relativização da coisa julgada fora das hipóteses da rescisória; 
IV – penhora incorreta ou avaliação errônea – pois esta ocorre no mesmo prazo de que dispõe o executado para impugnar, ou seja, após o prazo de 15 dias para pagar o débito (art. 523). 
Todavia, alegações da defesa, posteriores ao término do prazo para impugnação, inclusive relativa à novas penhoras e avaliações, o executado poderá formulá-las mediante simples petição em 15 dias, contados da ciência do fato ou da intimação do ato (§11 do art. 525). 
V – excesso de execução ou cumulação indevida de execuções – caso o executado alegar excesso de execução, deverá declarar o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo (§4º do art. 525), sob pena de rejeição liminar da impugnação, se o excesso for o seu único fundamento, ou não ser examinada tal alegação, se houver outros fundamentos (§5º); 
VI – incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;
VII – qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à sentença. A impugnação à execução também independe de garantia do juízo e, via de regra, não possui efeito suspensivo (§6º do art. 525).
Todavia, excepcionalmente poderá o juiz atribuir esse efeito quando, a requerimento do executado, houver garantia do juízo (por penhora, caução ou depósito) e a demonstração da relevância dos fundamentos e do perigo de grave dano ou de difícil reparação caso haja o prosseguimento da execução. 
ATENÇÃO – Casos em que a execução, de certa forma, prosseguirá mesmo que tenha sido atribuído efeito suspensivo: 
- atos de modificação (substituição, reforço ou redução) da penhora ou de avaliação dos bens podem ser realizados (§7º); 
- se a impugnação for parcial (parte do objeto da execução), a execução prosseguirá quanto à parte restante (§8º); 
- se deduzida por um dos executados, não suspenderá a execução contra os que não impugnaram (§9º); 
- se o exequente caucionar a execução, este terá o direito de prosseguir com a execução (§10). 
Por se tratar de decisão interlocutória proferida na fase de cumprimento, por força do parágrafo único do art. 1.015 do NCPC, da decisão que julgar a impugnação é cabível agravo de instrumento.
 Por fim, vale notar que estranhamente o §7º do art. 916 previu a não aplicação do parcelamento judicial da dívida à fase do cumprimento de sentença. 
c) Exceção ou objeção de pré-executividade (exceção de não-executividade) 
A exceção de pré-executividade foi muito usada antes da última reforma do CPC, pois que antes era necessário garantir o juízo para a interposição dos embargos, o que era dispensável se se tratasse de exceção de pré-executividade. 
Utilidade: perde o prazo para impugnar ou embargar à execução para alegar questões supervenientes ou que devam ser conhecidas de ofício; ou em procedimentos de execução especial, onde ainda se exige a garantia do juízo para oferecer defesa. 
Serve, basicamente, para alegar as matérias de ordem pública, que podem ser conhecidas de ofício, como a falta de pressupostos processuais ou de condições da ação; bem como qualquer matéria que tivesse prova pré-constituída, como prescrição, pagamento, compensação, ausência de título, impenhorabilidade, novação, transação, etc. 
d) Ações autônomas (defesas heterotópicas) 
O devedor ainda pode defender-se com o oferecimento de ações autônomas que podem influenciar a execução. É o caso da ação rescisória, da ação de revisão ou anulação de negócio jurídico, a consignação em pagamento. O ajuizamento desse tipo de ação não impede a execução do título (art. 784, §1°, NCPC). 
Por serem tais ações conexas com a execução, os processos devem ser reunidos. Ajuizada a ação autônoma, seu objeto não pode ser discutido em sede de embargos na execução, sob pena de litispendência. Nesses casos, a ação autônoma é recebida como verdadeiros embargos à execução.

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