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Exame de Ordem Damásio Educacional MATERIAL DE APOIO EXAME DE ORDEM Curso: Extensivo FDS Disciplina: Direito Civil Aula:05 e 06 ANOTAÇÃO DE AULA EMENTA DA AULA 1- INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO 2- EFICÁCIA – EFEITOS DO NEGÓCIO GUIA DE ESTUDO 1- INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO É um gênero, que se divide em: Nulidade – interesse público Anulabilidade – interesse das partes Vícios / defeitos de vontade: é uma falha na exteriorização da vontade Prazo de anulação: Quatro anos I. Vícios no Código Civil (Art, 38 e ss) a) Vícios de consentimento: Prejuízo do declarante 1- Erro 2- Dolo 3- Coação 4- Estado de perigo 5- Lesão b) Vícios Sociais: Prejuízo afeta um terceiro 1- Fraude contra credores Obs.: Atualmente a simulação é uma hipótese especial de nulidade especial prevista no art. 167 CC VÍCIOS DE CONSENTIMENTO Exame de Ordem Damásio Educacional 2 de 4 1- ERRO (Art. 138 – 144) É a falsa percepção do declarante sobre um elemento estrutural do negócio jurídico. Elemento estrutural pode ser pessoa, coisa, natureza do negócio entre outras coisas. ATENÇÃO: Apenas o erro substancial (Art. 139 CC) autoriza a anulação do negócio jurídico O CC nos artigos 142 e 143 esclarecem que o erro de indicação e o erro de cálculo não autorizam a anulação do negócio, mas tão somente a retificação da vontade. No erro, a pessoa erra sozinha. 2- DOLO (Art. 145 – 150) O dolo se manifesta quando alguém de maneira intencional distorce a vontade do declarante para a realização de um negócio prejudicial No dolo, a pessoa não erra sozinha, tem outro o prejudicando. Assim como no erro, apenas o dolo substancial (essencial) permite a anulação do negócio jurídico. Dolo essencial – anulação Dolo Acidental – (art. 146) atinge um aspecto secundário do ato O seu único efeito é as perdas e danos, não gera a anulação pois iria realizar o negócio de um jeito ou de outro. 3- COAÇÃO (Art. 151 – 155) É uma pressão física ou psicologia exercida sobre a pessoa do declarante, pessoa da família ou o seu patrimônio que seja capaz de incutir terror de dano. O que é coação para uma pessoa, não é coação para outra. O CC, no art. 153 não considera coação o exercício regular de um direito, nem mesmo o chamado temor reverencial. Não é coação: Exercício regular e temor reverencial. Temor reverencial é um medo de alguém. 4- ESTADO DE PERIGO (Art. 156 CC) Há um pressuposto que é a necessidade de salvar (Vida do próprio declarante ou de um terceiro familiar). Deste pressuposto terá uma consequência que é uma obrigação excessivamente onerosa. Exame de Ordem Damásio Educacional 3 de 4 Em razão de um ato desesperado pratica um ato excessivo. Ex.: cheque calção para um hospital O estado de perigo exige que a outra parte tenha conhecimento da situação vivenciada pelo declarante. Daí porque a doutrina reconhece nesta hipótese o chamado dolo de aproveitamento. 5- LESÃO (Art. 157 CC) Há pressupostos: premente de necessidade (urgência) e Inexperiência. Havendo consequência: Obrigação manifestamente desproporcional da prestação oposta. É um negócio jurídico para a proteção patrimonial. ATENÇÃO: O vício da Lesão permite ao lado da anulação a possibilidade de revisão do negócio jurídico. VÍCIO SOCIAL 1- FRAUDE CONTRA CREDORES (Art. 158-165) Trata-se de um negócio realizado para impedir ou dificultar a satisfação do crédito alheio. O devedor realiza um negócio com um terceiro para prejudicar o credor. Configuração: o credor é um banco que faz um empréstimo para um cliente (devedor). O cliente se torna inadimplente o que configure a fraude contra credores (o pressuposto é a insolência do devedor). O devedor tem a casa que mora e um apartamento que ele aluga, ele faz uma doação para o irmão e ela acontece. O banco terá que entrar com uma ação anulatória (“ação pauliana”). Requisitos: a) evento danoso ao crédito, pois o devedor está desviando bens para inviabilizar a satisfação do crédito. b) Conluio fraudulento: vem a ser a participação de má fé do terceiro com quem o devedor pratica o negócio. ATENÇÃO: é importante destacar que a fraude contra credores se configura na hipótese de negócios gratuitos como também negócios onerosos. (Art. 158 – 159) 2- EFICÁCIA – EFEITOS DO NEGÓCIO Os efeitos do negócio jurídico podem ser modificados pela vontade das partes. Esta modificação se dá pelos chamados elementos acidentais do negócio jurídico (algo que não precisa acontecer). Exame de Ordem Damásio Educacional 4 de 4 Os elementos acidentais decorrem sempre de uma clausula negocial, pois não são obrigatórios, podem ter ou não. Elementos acidentais: a) Condição: é um evento futuro e incerto b) Termo: evento futuro e certo c) Encargo: Ônus O Encargo somente existe nos atos de mera liberalidade (doação e testamento).
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