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23/02/2018 1 Gestão de Processos e Serviços Anotações Complementares de Aula (Versão 17) Resumo elaborado pelo professor Hamilton de Souza Pinto, MSc. hamilton.adm@gmail.com https://www.facebook.com/groups/professorhamiltondesouzapinto/ http://lattes.cnpq.br/2851693375512881 1 Módulo 1 Apresentação do Plano de Ensino 2 “Não existem ventos favoráveis para o navegador que não sabe para onde vai...” Lucius Aneus Séneca (4a.C. - 65d.C.) 23/02/2018 2 Professor Hamilton de Souza Pinto Currículo resumido Mestre em Sistemas de Gestão – Ênfase em Sistema de Gestão pela Qualidade Total (Universidade Federal Fluminense - Escola de Engenharia: Laboratório de Tecnologia, Gestão de Negócios & Meio Ambiente); MBA em Gerenciamento Avançado de Finanças – Ênfase em Engenharia Econômica e Financeira (Universidade Federal Fluminense - Escola de Engenharia: Laboratório de Tecnologia, Gestão de Negócios & Meio Ambiente); MBA em Organizações e Estratégia – Ênfase em Arranjos Produtivos Locais e Desenvolvimento Local Sustentável (Universidade Federal Fluminense - Escola de Engenharia: Laboratório de Tecnologia, Gestão de Negócios & Meio Ambiente); Pós-graduação em Gestão Empresarial (Centro Universitário Metodista Bennett); Pós-graduação em Gestão Estratégica e Qualidade (Universidade Candido Mendes); Pós-graduação em Marketing (Universidade Candido Mendes); Bacharel em Administração (Centro Universitário Metodista Bennett); Bacharel em Ciências Contábeis (Universidade Estácio de Sá); Experiência na área empresarial como consultor, diretor, gerente, assessor e assistente desde 1982. Experiência na área acadêmica como professor e coordenador de cursos de graduação e pós-graduação desde 2001. 3 Contextualização A melhoria do desempenho empresarial requer a reformulação da clássica estrutura organizacional das empresas, baseada na especialização por funções e o reconhecimento da informação e do conhecimento como um dos principais recursos empresariais. Isto exige profundas modificações nas práticas administrativas correntes e na condução dos processos de negócios, como forma de sobrevivência no atual ambiente competitivo. A estruturação da empresa em torno de seus processos de negócio significa, antes de tudo, uma mudança na postura administrativa tradicional, cujo enfoque estava no gerenciamento de como as atividades são executadas individualmente, o que representa deslocar-se de uma visão fragmentária e estanque de responsabilidades e de relações de subordinação para uma visão global e dinâmica de toda a empresa. 4 23/02/2018 3 Essa visão global objetiva a compreensão de como as atividades são executadas conjuntamente na produção dos bens ou serviços ofertados. Tais atividades executadas pela empresa são, na realidade, os seus processos, permitindo uma visão holística da empresa, visando uma melhor compreensão do todo organizacional. A gestão de processos é uma disciplina primordial para qualquer organização contemporânea. As áreas departamentais das organizações e suas atividades são regidas por processos e conhecê-los e saber organizá-los é fundamental para o futuro administrador. A empresa possui clientes internos e externos os quais possuem vários tipos de processos. Estes processos precisam ser entendidos e analisados a fim de otimiza-los para tornar o relacionamento com os clientes compatível com os objetivos da organização. 5 A excelência do desempenho e o sucesso da organização necessitam que todas as atividades inter-relacionadas sejam compreendidas e gerenciadas segundo uma visão de processos. Portanto, é mister que sejam conhecidos os clientes desses processos, seus requisitos e o que cada atividade adiciona de valor na busca do atendimento a esses requisitos. E com processos bem gerenciados, a relação com estes clientes é melhor definida e exercida ainda mais contando com modernas técnicas de gestão aliadas aos recursos que a tecnologia da informação oferece em termos de ferramentas. 6 23/02/2018 4 A gestão de processos está relacionada com diversas disciplinas do curso de administração pois permeia entre os outros conceitos e colabora com técnicas e ferramentas para gerenciar os processos definidos pela área de organização e métodos, pela estratégia empresarial, entre outras como o planejamento do trabalho, com a área de qualidade e outras. Os processos ganham cada vez mais destaque na Gestão Empresarial, pois são a base do funcionamento de um negócio, e a forma como são organizados, gerenciados e controlados contribui para o alcance da excelência operacional: melhora da qualidade e aumento de produtividade. Estes fatores são essenciais para manutenção do nível de competitividade de qualquer organização. 7 Ementa Introdução a Gestão de Processos e Negócios Introdução; Visão Estratégica e Modelagem dos Processos de Negócio; Modelagem de Processos de Negócio; Implantação e Avaliação de Desempenho; Tópicos em Gestão de Processos; Sistema de Administração de Serviços. 8 23/02/2018 5 Objetivos Objetivo geral O objetivo geral é fazer com que o aluno a compreenda de uma integrada e geral o conceito dos princípios da abordagem de gestão com foco em processos. Objetivos específicos Criar um referencial teórico para entender o ciclo de vida da gestão com foco em processos; Compreender os termos usados na gestão de processos; Compreender os principais diagramas e notações usados na modelagem de processos; Utilizar linguagem de modelagem de processos de negócios e seus principais elementos e o seu relacionamento com as ferramentas de tecnologia da informação; Aplicar as técnicas e conceitos relacionados com a implementação da gestão por processos. 9 Conteúdo programático I - Introdução a Gestão de Processos e Negócios 1.1 O que são processos 1.2 Definições sobre processos 1.3 Reunião e decomposição dos processos 1.4 Projetos e processos II - Visão Estratégica e Modelagem dos Processos de Negócio 2.1 Origem dos processos de negócios 2.2 Organização funcional x Organização por processo 2.3 Elementos do Processo de Negócio 2.4 Papéis funcionais 2.5 A organização e suas unidades de negócios 2.6 Conceito de gestão por processos de negócios 2.7 Estratégia empresarial 10 23/02/2018 6 III - Modelagem de Processos de Negócio 3.1 Levantamento de processos 3.2 Ciclo de vida da modelagem de processos 3.3 Modelos 3.4 Mapa de Processos 3.5 Ferramentas de modelagem de Processos 3.6 Fluxograma 3.7 Metodologia de modelagem de processo 3.8 Planejamento do levantamento 3.9 Execução do levantamento 3.10 Análise e simplificação do processo 3.11 Estabelecimento das medidas do processo 3.12 Padronização do processo 3.13 Implantação e ajustes 11 IV - Implantação e Avaliação de Desempenho 4.1 Implantação do gerenciamento do processo 4.2 BPD – Business Process Diagram 4.3 BPMN – Business Process Modeling Notation 4.4 BPMS V - Tópicos em Gestão de Processos 5.1 Gestor do processo de negócio 5.2 Escritório de gestão por processos 5.3 Conceito de conformidade 5.4 Referenciais de conformidade 12 23/02/2018 7 VI - Sistema de Administração de Serviços 6.1 A Era dos Serviços 6.2 Conceito de Serviços 6.3 Diferença de empresas de manufatura e de serviços 6.4 Excelência em Serviços 13 Procedimentos de Ensino A disciplina prevê os seguintes procedimentos: aulas expositivas, trabalhos em grupo, estudos de casos, trabalho com textos e discussão dirigida, ensino em laboratório, resolução de exercícios constantes nos Planos de Aula da disciplina e estudo dirigido com o material didático ou livros da bibliografia básica. Atividade estruturada As Atividades Estruturadas estão contextualizadas no âmbito desta disciplina, compondo a sua cargahorária, privilegiando a articulação entre a teoria e a prática, a reflexão crítica, o interesse pela pesquisa e o processo de autoaprendizagem. O desenvolvimento das atividades estruturadas estão previstas nos planos de aula desta disciplina e disponibilizadas na webaula de estudantes e professores, cujo acesso é feito por meio do ícone <minhas disciplinas presenciais>, no SIA. 14 23/02/2018 8 No primeiro dia de aula, ao fazer a apresentação do plano de ensino da disciplina, o professor deverá: a) destacar a importância das atividades estruturadas e estimular o interesse dos estudantes em realizá-las. b) enunciar o tema, os objetivos e as competências/habilidades, apresentando as etapas da atividade estruturada a ser desenvolvida pelos estudantes. c) informar que o produto/resultado das atividades estruturadas deverá, na maioria dos casos, ser postado pelos estudantes na webaula, possibilitando o acompanhamento pelo professor da disciplina. d) nas atividades estruturadas cujo produto, por sua natureza (filmes, clipes, produção fonográfica, maquetes etc.) não possa ser postado na webaula, caberá ao professor arquivar, por amostragem, o produto/resultado junto à Gerência Acadêmica, para registro e apresentação a eventuais Comissões do MEC. 15 Recursos Material didático customizado da instituição para a disciplina; quadro branco; flip chart; computador desktop/notebook; projetor de imagem; aparelhos de DVD, CD e tablet; conexão de internet livre (banda larga) e Biblioteca Virtual. 16 23/02/2018 9 Procedimentos de Avaliação O processo de avaliação será composto de três etapas: AV1, AV2 e AV3. As avaliações poderão ser realizadas através de provas teóricas, provas práticas, e realização de projetos ou outros trabalhos, representando atividades acadêmicas de ensino, de acordo com as especificidades de cada disciplina. A soma de todas as atividades que possam vir a compor o grau final de cada avaliação não poderá ultrapassar o grau máximo de 10, sendo permitido atribuir valor decimal às avaliações. Caso a disciplina, atendendo ao projeto pedagógico de cada curso, além de provas teóricas e/ou práticas contemple outras atividades acadêmicas de ensino, estas não poderão ultrapassar 20% da composição do grau final. 17 A AV1 contemplará o conteúdo da disciplina até a sua realização. As AV2 e AV3 abrangerão todo o conteúdo da disciplina, incluindo o das atividades estruturadas. Para aprovação na disciplina o aluno deverá: 1. Atingir resultado igual ou superior a 6,0, calculado a partir da média aritmética entre os graus das avaliações, sendo consideradas apenas as duas maiores notas obtidas dentre as três etapas de avaliação (AV1, AV2 e AV3). A média aritmética obtida será o grau final do aluno na disciplina. 2. Obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo menos, duas das três avaliações. 3. Frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas. 18 23/02/2018 10 Bibliografia CARAVANTES, G. R., PANNO, C. C., & KLOECKNER, M. C. Administração: teorias e processo. São Paulo: Pearson, 2005. CRUZ, T. Sistemas, métodos & processos: administrando organizações por meio de processos de negócio. São Paulo: Atlas, 2005. LOBOS, J. Qualidade através das pessoas. São Paulo: J. Lobos, 1991. MARANHÃO, M. e MACIEIRA, M. E. B. O processo nosso de cada dia: modelagem de processos de trabalho. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004. OLIVEIRA, D. D. P. R. D. Administração de Processos: conceitos, metodologia, práticas. São Paulo: Atlas, 2007. 19 Material didático eletrônico (SIA/Minhas disciplinas presenciais/SAVA) E-books: Gestão de processos Gestão de serviços 20 23/02/2018 11 Bibliografia indicada pelo professor Gestão por Processos José Osvaldo de Sordi Editora Saraiva 4ª Edição (2014) 21 Marketing de serviços: pessoas, tecnologias e resultados Christopher Lovelock; Jochen Wirtz 5ª edição Editora Pearson, 2006. 22 Plano de marketing: um roteiro para a ação Vicente Ambrósio Editora Pearson, 2007. 23/02/2018 12 Indicação de leitura complementar 23 24 23/02/2018 13 Gestão de Processos e Serviços Parte 1: Gestão de Processos 25 Módulo 2 Introdução a Gestão de Processos e Negócios 26 23/02/2018 14 Vivemos a era do conhecimento e, nas empresas não basta apenas conhecer, é preciso sistematizar, documentar, registrar, analisar, utilizar, retroalimentar e por ai vai! A criação de modelos de gestão que possam descrever a forma como as empresas devam trabalhar tanto na produção de bens ou serviços, quanto na manutenção das informações necessárias para isto e informações resultantes disto, passa a ganhar importância. Os modelos de gestão provem a possibilidade de enxergarmos o funcionamento seja do todo ou de suas partes. E, com isto, podemos melhorá-lo e alcançar vantagens estratégicas neste mundo cada vez mais globalizado e altamente competitivo. 27 Desde o início da discussão sobre processos nas empresas, percebeu-se a vasta aplicação do tema para melhoria dos negócios em função das estratégias empresariais. Além disto, ficou evidente o quanto o envolvimento de outras áreas do conhecimento como a Tecnologia da Informação (TI) e a Engenharia de Produção podem auxiliar nestas melhorias. Estudar os processos e suas definições nos ajudará a identificar as possibilidades de aplicação da modelagem de processos que veremos ao longo deste curso. 28 23/02/2018 15 Introdução Antes de tudo, precisamos definir alguns conceitos relacionados com processos. É muito comum os administradores se relacionarem com processos – sejam os processos industriais e/ou com os processos de controles da administração, incluindo a área de sistemas de informação. Porém, para ser um bom administrador, é muito importante conhecer os conceitos, saber sua procedência e sua importância. A teoria é fundamental! Muitos projetos fracassam devido à ansiedade de desenvolvê-lo antes de qualquer planejamento e sabemos que o planejamento é importante na teoria. Então, se vamos trabalhar com processos nas nossas atividades, precisamos saber os seus conceitos e demais elementos. 29 O que são processos? De maneira bem resumida, poderíamos dizer que processo é tudo o que ocorre através de uma sequência de ações. A chuva, por exemplo, é um processo de transformação da água em vapor d´água e do vapor que está no ar em gotículas de água novamente. Estas gotículas cairão devido ao seu peso, no formato de chuva. Um outro exemplo de processo seria a atividade de fritar um ovo. Se descrevêssemos isto em passos veríamos uma sequência de ações que resultariam num ovo frito ou um omelete, dependendo da sua preferência. 30 23/02/2018 16 Assim como nossos exemplos anteriores, ao comprar na internet um artefato num site de comércio eletrônico você está participando ativamente de um processo de compra via e-commerce. Algumas etapas do processo são visíveis a você como: a escolha do produto, a inserção de suas informações pessoais (seu endereço e as informações de seu cartão de crédito). Outras etapas são transparentes a você como: a aprovação que sua operadora de cartão de crédito precisará fazer para que a compra se concretize e a entrega que será feita pelos correios ou por outra agência de transportes até que o artefato esteja na sua casa. Se começarmos a classificar as atividades de um processo veremos que ele possui, claramente, ao menos três divisões: entradas, transformações e saídas. 31 Etapas de um processo 32 23/02/2018 17 De acordo com a figura anterior, notamos a grande semelhança que a descrição de um processo tem com a descrição de um sistema. Na verdade, um sistema tem em seu núcleo a descrição das atividades de transformação que éuma definição de um processo. 33 Descrevendo as etapas de um processo Observando a figura a seguir, podemos perceber que é possível subdividir as atividades principais apresentadas anteriormente. 34 23/02/2018 18 Um processo pode ser simples ou complexo. Por exemplo, sacar dinheiro no caixa eletrônico é um processo simples. Já fazer um empréstimo bancário com um valor bem alto, torna-se um processo complexo (diversas são as avaliações feitas antes de você receber o crédito). Comprar um sapato é um processo simples, já produzir sapatos é um processo complexo. 35 Conceitos Processos, quanto à existência, são a introdução de insumos (entradas/inputs) num ambiente, formado por procedimentos, normas e regras, que, ao processarem os insumos, transformam-nos (throughputs) em resultados que serão enviados (saídas/outputs) aos clientes do processo. 36 23/02/2018 19 Um processo dispõe de objetivos e metas, projeto, planejamento, implementação, execução, recursos, entradas, ordenação, métodos, normas, certificações, tecnologia, localização, instalações, máquinas e equipamentos, tempo, pessoas, valor agregado e saídas que, interligados numa sequência lógica de etapas (ou fases) e ações sistemáticas, irão resultar em uma estrutura para criar e fornecer produtos e/ou serviços específicos a clientes específicos. Um processo deve agregar valor tanto para quem produz quanto para os seus respectivos clientes e para a sociedade como um todo. 37 Tipos de processos Existem, basicamente, dois tipos de processos: Processo primário: é aquele ligado à produção de um produto que a empresa tem por objetivo entregar aos seus clientes. Isto vale para qualquer tipo de empresa, seja pública, privada, ONG, militar, etc. Processo secundário: também chamado processo de suporte, dá apoio aos processos primários e mesmo secundários para que possam existir. Existe também outro tipo de processo, não muito estudado ou relacionado, mas de importância ímpar nas organizações. Trata-se do processo latente. Este processo só é executado quando alguma restrição especial ocorre por necessidade de produção de bens ou serviços. Após isto, o processo entra num estado de sleep, como se estivesse dormindo, esperando ser novamente chamado se necessário. 38 23/02/2018 20 As empresas, em geral, ainda não se beneficiam totalmente da administração baseada em processos. Isto é um cenário que está mudando e veremos ao longo do nosso curso quais as implicações de tal mudança. Podemos dizer, por hora, que os processos precisam ser melhor gerenciados e otimizados, pois produzem e gerenciam o que a empresa vende. Os processos latentes também devem ser tratados com cuidado, pois, caso contrário, podem prejudicar a empresa de maneira irreparável ou causar prejuízos muito grandes. 39 Classificação dos processos quanto à sua natureza Podemos, ainda, classificar os processos quanto à sua natureza. Eles podem ser industriais ou administrativos. Processos Industriais Processos industriais resultam em bens/produtos ou serviços para a empresa. Podemos dividi-los em dois tipos: Processos industriais de manufatura. Processos industriais de serviços. Os processos industriais de manufatura resultam em bens/produtos ou ativos tangíveis. Os processos industriais de serviços resultam em serviços ou ativos intangíveis. 40 23/02/2018 21 Processos administrativos Os processos administrativos são processos que apoiam os processos industriais e outros processos administrativos. Os processos administrativos desempenham funções importantes ao core competence ou core business (negócio principal) da empresa. Uma questão importante a ser ressaltada é: um processo administrativo jamais deve prevalecer sobre um processo industrial, pois isto seria uma inversão de valores. 41 Reunião e decomposição de processos Todo processo está contido num processo maior, assim como todo processo pode ser decomposto. Desta forma, não existem fronteiras bem definidas a um processo e isto dependerá de quem fará o mapeamento e a modelagem dos mesmos. Para delimitação do tema e melhor compreensão, vamos trabalhar com a denominação macroprocesso quando estivermos falando de processos maiores, mais abrangentes; Se dividirmos um macroprocesso teremos processos e teremos subprocessos, quando subdividirmos um processo. 42 23/02/2018 22 Tal delimitação depende de consenso e do bom senso do responsável (ou responsáveis) pelo mapeamento e modelagem dos processos. 43 Para conhecermos melhor um processo e definir os seus principais elementos, devemos usar um diagrama chamado de Macrofluxo do Processo: 44 23/02/2018 23 Principais componentes que devem ser considerados em um processo Objetivo do processo Todo processo deve conter e começar com a questão: qual o resultado esperado para este processo? Ou, em outras palavras, o que ele precisa produzir? No entanto, esta questão óbvia é importantíssima e as pessoas esquecem de fazê-la ao definir as atividades de uma empresa. É importante fazê-la, pois no mapeamento e modelagem de processos, precisaremos definir o motivo deste processo existir, qual sua natureza, e classificá-lo (se é primário ou secundário). Todo administrador tem que assumir que todo processo tem um objetivo, mesmo que não esteja bem definido. 45 Clientes do processo Outra informação importante é saber quem são os clientes de um determinado processo, como interagem, como adquirem o produto que é resultado de um processo, etc. Entradas físicas As entradas físicas, também chamadas de insumos, são as matérias-primas de fornecedores que “alimentarão” o processo e, ao final, serão transformadas de alguma forma. Entradas lógicas As entradas lógicas são os dados, informações, conhecimentos especializados e tecnologias (incluindo fornecedores de serviços especializados) que alimentam um processo. 46 23/02/2018 24 Saídas físicas De maneira semelhante as entradas físicas e as saídas físicas são os resultados materiais do processamento. Como exemplo, um automóvel é a saída física do processo da linha de montagem de veículos. Saídas lógicas São as informações e dados resultantes do processo. Estas informações podem alimentar sistemas ERP (Enterprise Resource Planning ou Sistemas para Planejamento de Recursos Empresariais) ou bases de dados, além de servirem como relatórios gerenciais. Como exemplo, o software é um produto lógico relacionado a um determinado bem que é um produto físico e que envolve direitos autorais e propriedade industrial. 47 Diretrizes Para que um processo funcione são necessárias direções, ou seja, o que deve ser feito. Chamamos isto de diretrizes e, normalmente, estão ligadas aos planos operacionais e estratégicos da empresa. Programa de melhoria contínua (PMC) O PMC, conhecido no idioma inglês como Total Quality Management (TQM), é o constante aperfeiçoamento do processo. Nestas melhorias devem ser incluídos os recursos usados para execução do processo, seus procedimentos e até mesmo as qualificações dos profissionais que os executam. Existem diversas metodologias para isto, como exemplo a ISO 9001:2015 que é um conjunto de normas técnicas para os processos de desenvolvimento e produção nas empresas ou o CMM (Capability Maturity Model – Modelo de Maturidade da Capabilidade) que, normalmente, é usado em processos de desenvolvimento de software. 48 23/02/2018 25 Benchmarking Benchmarking é a melhoria contínua e sistematizada dos processos por meio da avaliação dos produtos, serviços e processos de trabalho das organizações que possuem as melhores práticas. A finalidade do benchmarking é a comparaçãode desempenhos e a identificação de oportunidades de aperfeiçoamento na empresa. Um exemplo seria visitar uma empresa que possua excelência na produção de algum produto ou avaliar depoimentos de clientes desta empresa, analisando os motivos de tal desempenho, comparando e buscando melhorias significativas na empresa alvo de mudanças. 49 Metas As metas estão diretamente ligadas aos objetivos do processo e à melhoria contínua. Por exemplo, aumentar a produção em 30% para atender a demanda e maximizar os lucros, ou, melhorar o atendimento aos clientes, ouvindo suas reclamações e implementando melhorias para reter o maior número possível deles. Alocação de recursos São os equipamentos e instalações necessários para a realização do processo. Mão de obra Os processos necessitam de pessoas para sua operação. Mesmo que alguns sejam automáticos, farão parte de um macroprocesso onde há a necessidade de pessoas. 50 23/02/2018 26 Medição de desempenho A medição de desempenho é usada para manter o processo dentro de um padrão de qualidade esperado ou desejado. Trata-se de um conjunto de indicadores, técnicas, normas e métodos que permitem, entre outras coisas, a melhoria contínua. Tecnologia da informação associada Trata-se do conjunto de ferramentas de software e hardware que “sustentam” o processo. Por exemplo, softwares que gerenciam robôs para produção, sistemas ERP, etc. Gerente do processo É a pessoa responsável pelo funcionamento correto e adequado pelo processo. 51 Projetos e processos Projeto é um conjunto de atividades e recursos com um objetivo temporal específico, porém, já vimos aqui que processo é outro conceito, ou seja, são conjuntos de atividades contínuas que buscam os mesmos resultados. O que difere um projeto de um processo é a temporalidade. Vale ressaltar que projetos envolvem processos para se realizarem e processos derivam de projetos. 52 23/02/2018 27 Módulo 3 Visão Estratégica e Modelagem dos Processos de Negócio 53 Dois termos importantes e por vezes confundidos no assunto “Modelagem de Processos” são a “função empresarial” e os “processos de negócios”. Pesquisadores como Hammer e Davenport debateram muito a importância diferenciação destes termos. Administradores não contemporâneos, normalmente, possuem uma cultura predominante de função empresarial, ou seja, a empresa é orientada a áreas funcionais. 54 23/02/2018 28 Origem dos processos de negócios As organizações refletem o funcionamento natural da sociedade, ou seja, se configuram através do modelo de hierarquias. As ações baseadas em administrações hierárquicas são verticais, relativas a departamentos e não a objetivos bem definidos. Este modelo funcionou bem e funciona bem em muitos casos. No entanto, com o aumento da complexidade da cadeia produtiva, novas formas de gestão e organização foram se fazendo necessárias. 55 O conceito de áreas funcionais ou função empresarial tem origem na década de 1920, quando Frederick W. Taylor estudou a complexidade dos processos, analisando a sistemática das atividades de trabalho. Taylor introduziu novos conceitos como eficiência, especialização e medição de processos. Destes estudos surgiram a especialização de atividades profissionais, pois observou-se a necessidade de definição de perfis de acordo com habilidades necessárias na execução de algumas tarefas. A especialização concentrou o domínio técnico de alguns profissionais em áreas e daí vieram os departamentos. Os departamentos ou áreas funcionais são a representação de “silos funcionais” ou agrupamento de funções e este modelo de organização ainda é predominante. 56 23/02/2018 29 Dentre diversos exemplos de áreas funcionais podemos citar alguns “clássicos” como operações, recursos humanos, marketing e finanças – embora cada empresa deva configurar diferentes áreas funcionais em função de suas diferentes necessidades e particularidades. Não existe um padrão definido de áreas funcionais para todas as empresas. Nos últimos anos, diversos modelos foram incorporados ao contexto da gestão como resposta às mudanças nos formatos de negócios impostos pela globalização e pela grande competitividade. Um dos grandes conceitos advindos foi a gestão por processos de negócio que são fluxos de atividades, envolvendo diferentes áreas funcionais, ou mesmo diferentes empresas, mas tendo como resultado gerar valor para os clientes. 57 A empresa orientada por funções X a empresa orientada por processos A empresa orientada por funções Na estrutura vertical há o distanciamento na comunicação entre os “silos funcionais” ou áreas funcionais. Áreas que deveriam atuar em conjunto acabam por distanciarem-se, prejudicando o desempenho da empresa. Muitas vezes, as pessoas se esquecem que o foco do negócio é o atendimento às necessidades do cliente e, obviamente, à maximização dos lucros da empresa ficando atentas apenas ao seu “posto”, seu cargo ou função. Numa hierarquia começa a valer mais a posição ocupada do que os objetivos desejados. Este tipo de atitude de gestão é favorecido pelo modelo vertical, uma vez que as pessoas sempre tendem a “querer subir na hierarquia”, como podemos ver na figura a seguir. 58 23/02/2018 30 59 Presidente Diretor de Operações Gerente de Operações Diretor de Finanças Gerente de Finanças Diretor de Recursos Humanos Gerente de Recursos Humanos Diretor de Marketing Gerente de Marketing A empresa orientada por processos Os processos de negócio combinam diversos trabalhos num único fluxo, proporcionando uma visão de trabalho em equipes multifuncionais ou gerenciamento de casos específicos. Nos processos de negócio, os colaboradores ganham mais poder de decisão (empowerment). As áreas e departamentos funcionais são substituídos por equipes de trabalho e, assim, a empresa passa a operar de maneira horizontal e não mais vertical, como impõe a estrutura funcional. 60 23/02/2018 31 A orientação a processos também é tida como uma estrutura horizontal, cujo foco é o cliente e a operação é sobre uma estrutura matricial. Gerentes do antigo modelo de hierarquias são substituídos por “donos” de processos que possuem responsabilidade e autonomia sobre a toda a operação, não necessariamente dependente da hierarquia da empresa (vista pelo modelo funcional). Como podemos ver na figura a seguir, os típicos silos funcionais “servem” aos processos de negócio definidos pela empresa, formando a matriz citada anteriormente. 61 62 23/02/2018 32 Assim, o desenvolvimento de um produto, por exemplo, exige esforços da área comercial (ou vendas) que deverá estudar a aceitação de mercado ou mesmo receber o pedido de um cliente; da área industrial (ou operações) que realizará a efetiva produção do bem e da área financeira que, por exemplo, fará a compra dos materiais necessários, o registro da venda e do pagamento é realizado por isto. 63 Paradoxo da Ortogonalidade Este paradoxo representa a ortogonalidade (cruzamento em linha reta) entre o interesse funcional (organização tradicional) e o interesse do cliente (transversal à organização). Considera-se que em quase todas as empresas há um gestor instituído com delegação de poderes e que decide sobre a permanência ou não do colaborador no emprego e sobre seu “plano de carreira” (ou progresso funcional). Desta forma, muitas vezes o colaborador prioriza o atendimento ao gestor e deixa o cliente como secundário. Assim, talvez não consiga aquelas “promoções” tão esperadas ou nem mesmo manter seu emprego e, portanto, deverá manter constante relacionamento entre estas duas questões. 64 23/02/2018 33 Uma vez que os interesses possamser diferentes entre o colaborador “dono” do processo e o gestor funcional, surge uma nova forma de relacionamento: a negociação. Antes, apenas obedecer ordens hierárquicas era o suficiente e tudo “funcionava”. Agora, devido ao paradoxo da ortogonalidade, o gestor precisa contribuir na forma hierárquica (fluxo vertical) e o colaborador “dono” do processo precisa coordenar a obtenção da satisfação do cliente, operando de maneira eficiente e eficaz o processo (fluxo horizontal). 65 Processos produtivos e processos de negócio Podemos definir processos de negócio através de uma analogia aos processos factíveis como de uma linha de produção. É possível verificar etapas sendo realizadas para a produção de algum bem, o produto final. O processo de negócio assemelha-se de diversas formas aos processos produtivos. Uma atividade de venda de um produto, ou um conjunto de atividades de venda, pode ser definido como um processo de venda. Dividir o trabalho em diversas atividades em sequência surgiu com Henri Fayol ao definir gerenciamento como uma disciplina e publicando princípios gerenciais, dentre eles a divisão das atividades em diversas tarefas. 66 23/02/2018 34 Notamos então que a divisão das atividades em tarefas é uma definição que se assemelha à divisão dos processos dentre as partes funcionais nas empresas. Daí, podemos definir que processos de negócios são composições de atividades que atendem objetivos bem definidos. Através dos estudos dos procedimentos de trabalho, Frederick W. Taylor aprimorou o entendimento da complexidade dos processos e introduziu conceitos como eficiência, especialização e medição de processos. São conceitos que deram origem de comportamentos administrativos atuais como medição de desempenho de processos com base em indicadores. 67 Segundo estas teorias, Taylor sugeriu que os processos estavam implícitos nas práticas de trabalho. Estes estudos influenciaram o modelo produtivo implantado por Henry Ford. A competição mundial gerada pela globalização e a recessão mundial na década de 1980 levaram as grandes multinacionais a reverem seus modelos de negócio. As empresas então passaram a buscar novos modelos e os encontraram, principalmente nos modelos japoneses, como o caso da Toyota, referência até os dias atuais. O Japão havia introduzido o modelo de produção em massa, desenvolvido por Taylor e praticado por Ford. As adaptações necessárias nos modelos japoneses para o “mundo ocidental” acabaram por gerar o que se conhece hoje como práticas de qualidade total (total quality management – TQM) 68 23/02/2018 35 Módulo 4 Visão Estratégica e Modelagem dos Processos de Negócio (continuação) 69 Elementos do Processo de Negócio Um processo é composto por atividades. Cabe ressaltar que nem sempre é preciso detalhar todos estes componentes, documentando-os. Isto dependerá muito do grau de complexidade do processo envolvido. Para as pessoas que não têm muito contato com processos, todo processo é complicado. Na prática não existem processos complicados. Dizer se um processo é simples ou complexo depende de diversos fatores. O que comumente se faz é desdobrar processos mais complexos (macroprocessos) em processos menores. Alguns autores classificam a complexidade de um processo de acordo com o número de atividades que o mesmo comporta. Mas, vamos analisar o processo de negócio do ponto de vista de seus elementos constituintes. 70 23/02/2018 36 71 Clientes externos Os clientes são a verdadeira razão da existência das empresas e, no nosso estudo, a razão da existência de processos de negócio. Existem os clientes externos de processos primários que são usuários dos serviços que a empresa provê ou compradores dos bens que a mesma produz. Também há os clientes externos de processos secundários que, não necessariamente, adquiriram bens da empresa, mas precisam de algum processo de suporte para alguma informação ou atendimento. 72 23/02/2018 37 Ocorrências As ocorrências são os elementos, os pacotes, contendo instruções, dados, informações e insumos, que dão “vida” aos processos. A ocorrência não faz parte da atividade, mas a função das atividades é processar ocorrências. As ocorrências são compostas de elementos que a acompanham na entrada, processamento e saída da atividade. Os mais comuns são as mídias físicas (transportam dados, informações e formulários) , as lógicas (transportam dados e informações por meio eletrônico, como sistemas de informação, ERP etc) e os insumos (matérias-primas). 73 Atividades As atividades são os elementos que realmente realizam o trabalho num processo de negócio. Podemos dividir as atividades em ativas e latentes. Atividades Ativas Primárias: são aquelas ligadas diretamente nas operações de produção de parte do produto referente ao processo analisado. Secundárias: são aquelas que dão suporte às atividades primárias e secundárias, realizando os serviços de apoio. Atividades Latentes Internas: são aquelas presentes em processos que não ocorrem com frequência. Externas: são aquelas que podem participar de processos primários, secundários e latentes, mas são externa em relação a empresa. 74 23/02/2018 38 A figura a seguir mostra o que é chamado de cadeia de valor formada pelas atividades de um processo: um conjunto de atividades coordenadas na execução de um processo. 75 Metas e indicadores de desempenho A meta é a busca de um resultado esperado. Quando se executam o conjunto de atividades supõe-se que atingirá um fim, um resultado. Os indicadores de desempenho, também chamados de métricas, medem os parâmetros quantitativos (numéricos) ou qualitativos (descritivos) a respeito de uma meta. 76 23/02/2018 39 Como podemos verificar na figura a seguir, a meta pode ser influenciada por agentes externos (não controláveis) e internos (controláveis). 77 Clientes internos Os clientes internos são tão importantes quanto os clientes externos, pois são a forma como os externos obterão o produto ou serviço que desejam. Os clientes internos são os próprios colaboradores vistos com um olhar diferente. São clientes de processos e atuam esperando respostas e produtos. Claro que também são colaboradores e terão papéis funcionais, como veremos logo a seguir. 78 23/02/2018 40 Papéis funcionais O colaborador ou o conjunto de colaboradores que executam alguma atividade possuem como atribuição uma função. Assim, a função deles é executar uma atividade – e a existência da função está atrelada à existência da atividade. Antes, cada colaborador tinha um papel funcional que era relacionado à própria função. Hoje os termos se confundem e incluem um outro termo: cargo. Mas, vamos separar os termos. Papel funcional é o que se espera da pessoa em relação à atividade que deve executar num processo; cargo está ligado às políticas de RH, planos de carreira e estrutura hierárquica. 79 Exemplo: Atividade Contas a Receber Função da atividade: cobrar os recebíveis da empresa (títulos à vista, a prazo, cobrança bancária, etc). Papel funcional: responsável pelos recebíveis, mantendo as metas estabelecidas pela gerência. O número de 20 dias marcará o valor de medição para medida de desempenho dessa atividade. Cargo: profissional formado em ciências contábeis, com pós- graduação em recebíveis, experiência em cobrança para empresas de grande porte, ter inglês avançado e domínio de informática. Salário de $5.000,00 cinco mil reais por mês e participação nos lucros da empresa. Enquanto a definição de cargos é função dos Recursos Humanos, a definição de papéis funcionais é função do analista de processos. Os dois devem trabalhar juntos e cooperarem para que o contratado da empresasaiba exatamente o que deve fazer e o que se espera dele. 80 23/02/2018 41 Procedimentos Os procedimentos servem para especificar o que as atividades devem contemplar, quais recursos usar, como fazer, etc. Segundo a norma ISO 8402, que define a terminologia usada nas outras ISO, um procedimento deve ser escrito e documentado e definir o que deve ser feito, por qual papel funcional, quais recursos devem ser alocados e de que forma serão usadas. Além disto, os documentos gerados devem ser definidos. Vale ressaltar que papel funcional é diferente de procedimento; a diferença está na direção da responsabilidade. O papel funcional define a responsabilidade do funcionário sobre a atividade; define a responsabilidade atividade em si. 81 Exemplo: De acordo com a norma ISO 8402 a atividade Contas a Receber tem a função de criar, manter e operar as tarefas que garantem o recebimento dos títulos devidos à empresa. O papel funcional “Contas a Receber” é o responsável por tal atividade e esta lotado na área financeira. Terá seu desempenho avaliado pelo índice de dias recebíveis. 82 23/02/2018 42 Tarefas As tarefas são o detalhamento dos procedimentos. Ao executar uma atividade, o colaborador deverá saber como começar, como se comportar em algumas situações, etc. Além disto, é difícil dizer ao certo o que um papel funcional deve fazer apenas olhando os procedimentos. Exemplo: O funcionário deve entrar pela manhã nos bancos onde a empresa possui conta para: Checar títulos pagos até o dia anterior; títulos vencidos há mais de 7 dias e há mais de 30 dias; Checar saldos das contas-correntes; Emitir carta de cobrança para os títulos vencidos há mais de 7 dias; Executar trâmites legais para títulos vencidos há mais de 30 dias; Gerar relatórios de entrada em caixa por cada banco e enviá-los ao tesoureiro. 83 Regras de negócio As regras de negócio, normalmente, servem para orientar a execução das tarefas seguindo um conjunto de normas definidas nos procedimentos. No exemplo anterior, para que o funcionário emita a carta de cobrança aos títulos vencidos há mais de sete dias, ele deverá acrescer multa de 5% e juros de mora de 10% ao mês. Estas regras costumam ser implementadas em software ou mesmo já ficarem bem definidas nas tarefas. Algumas vezes são especificadas separadamente. 84 23/02/2018 43 Exceções As exceções são acontecimentos inesperados. Isto não necessariamente caracteriza erros. Pelo menos não caracteriza se os processos forem bem documentados e se realmente, o evento não foi esperado e nem foi previsto. Não existem regras bem definidas ou ordem de grandeza para exceções. Anomalias Pode-se dizer que as exceções não devidamente tratadas geram as anomalias. E anomalia é um erro. Neste caso, é muito importante ter um plano de contingência que detalhe o que deve ser feito em caso de exceções e para que elas não virem anomalias. 85 Tempos Estudar os tempos de execução de processos é uma questão interessante, importante e delicada. O tempo influencia em toda a execução do processo. Melhorias podem ser obtidas ou o processo pode até falhar, tudo por influência do tempo. O tempo pode ser caracterizado em processos de negócio como tempo de ciclo, tempo de processamento e tempo de atraso: O tempo de ciclo é o tempo decorrido entre cada execução de um processo e suas atividades. É o somatório dos tempos de ciclo das atividades. O tempo de processamento é o tempo de trabalho efetivo na atividade. O tempo de atraso é o vilão nos processos. Pode ser algo identificado como ficar esperando numa fila (tempo não produtivo) ou algum fator inexplicável. 86 23/02/2018 44 87 Rotas As rotas são os caminhos pelos quais serão transportadas as ocorrências (insumos, dados, informações, etc). Elas podem ser lineares ou paralelas. Rotas lineares são simples e cada atividade, geralmente, contém uma atividade anterior e uma posterior: 88 23/02/2018 45 Já nas rotas paralelas, os processos podem desdobrar-se em caminhos ou subprocessos. Paralelizar implica custos de replicação de atividades, equipamentos e pessoal, mas pode trazer desempenhos consideráveis. Tudo é uma questão de análise. 89 A paralelização de atividades usando conectivos Out e In. Além disto, existem rotas que fornecem uma paralelização possível, mas excludente. Isto é possível através de conectivos de decisão. Através destes conectivos o processo pode seguir uma rota OU outra. Estas são as rotas condicionais. 90 23/02/2018 46 Existem ainda as chamadas rotas concorrentes. Tratam-se de rotas paralelas onde o início das atividades paralelas deve ser sincronizada. É uma variação especial das rotas paralelas. Temos também as rotas críticas, onde podem ocorrer impactos negativos, como atividades que dependem de processos externos podem ser influenciadas por perdas de prazos não controlada pela empresa em questão. As rotas eventuais são aquelas que são executadas com frequência menor que 1% do tempo total de execução. As rotas Ad Hoc são rotas informais e devem ser evitadas. Por fim, as rotas compostas são o tipo mais comum, pois são formadas pelos diversos outros tipos de rotas vistos. 91 Módulo 5 Visão Estratégica e Modelagem dos Processos de Negócio (continuação) 92 23/02/2018 47 A organização e suas unidades de negócios Como podemos ver na figura a seguir, a gestão de recursos envolve um processo formado por um conjunto de atividades. 93 O planejamento é a atividade com forte vínculo no plano de negócios. Afinal, são através dos objetivos principais e das estratégias traçadas que a empresa deve começar a operar. No projeto realiza-se a definição das necessidades para que a operação do processo possa ocorrer. Devem ser identificadas, quantificadas e qualificadas as necessidades de material, equipamento, sistemas de informação e pessoas. A fase de construção envolve uma série de outras atividades que visam colocar em prática o funcionamento da empresa através da montagem dos recursos necessários e relatados no projeto. 94 23/02/2018 48 A implementação visa instalar, testar e verificar se as funcionalidades estão sendo atingidas. Na utilização deve ser assegurado que tudo está funcionando e sendo usado da maneira como foi projetado. Também aguardam-se eventos que devem ser tratados. O monitoramento implica em haver mecanismos que informem aos gestores dos processos o quão eficaz e eficiente tais processos estão. Através de informações sobre o desempenho dos recursos envolvidos nos processos podem ser identificadas melhorias ou ajustes de acordo com as necessidades descobertas. Os ajustes têm a ver com a melhoria do processo para adequação aos objetivos previstos na fase de planejamento. 95 Conceito de gestão por processos de negócios Ao gerir a empresa usando a abordagem por processos, os recursos ficam destinados à operação destes processos. O processo participa como integrador dos recursos da empresa. Na figura a seguir podemos ver algumas das áreas da empresa que são fundamentais para a gestão por processos, bem como alguns dos conceitos e atributos de cada área. 96 23/02/2018 49 97 De acordo com a figura a seguir, os principais recursos da gestão por processos são descritos a seguir: 98 23/02/2018 50 Estratégia empresarial O termo “estratégia” tem origem no termo em grego antigo “strategía”. O significado original deste termo é “a qualidade e a habilidade do general”. A estratégia é a busca de um caminho para a empresa como um todo. Portanto, A estratégia é uma opção inteligente, econômica e viável para uma organização otimizar o uso de seus recursos, aumentara sua competitividade, superar sua concorrência, se antecipar e reduzir os impactos das ameaças e maximizar a exploração das oportunidades que o ambiente de negócios proporciona. 99 A estratégia não deve ser considerada como um plano fixo ou determinado, mas um esquema orientador dentro de um fluxo de decisões. Estratégia é como atingir os resultados determinados na formulação de objetivos e metas empresariais. As organizações precisam ser capazes de otimizar os seus recursos e processos, assim como criar e sustentar um modelo de gestão competitivo que permita superar os seus concorrentes. 100 23/02/2018 51 Hoje vemos o surgimento da empresa estratégica. O mercado mutante já não premia o crescimento sem foco. As empresas estão reformulando as suas carteiras em busca do foco estratégico concentrando-se nos negócios que podem criar valor sustentável com a aplicação de suas competências básicas para proporcionar vantagem competitiva. A estratégia no contexto organizacional tornou-se uma atitude efetiva de adequação das atividades de uma organização ao ambiente de negócios em que ela opera e aos seus próprios recursos. 101 Estratégia empresarial e a gestão por processos A estratégia empresarial depende dos processos para realizar os objetivos organizacionais e os processos contribuem com o sucesso da estratégia empresarial. A estratégia empresarial pode atuar da seguinte forma: Descreve como concretizar as metas e os objetivos definidos pela empresa; Leva em consideração os valores pessoais e sociais que cercam a empresa; Orienta a alocação e o emprego dos recursos humanos e financeiros; Cria uma vantagem de mercado sustentável, apesar da concorrência intensa. 102 23/02/2018 52 A estratégia, de maneira geral, é a forma como os recursos disponíveis serão usados para se atingir um determinado objetivo. Como em qualquer projeto ou outro elemento empresarial, para poder alcançar este desafio, este objetivo, é necessário um plano, um planejamento para a estratégia, ou seja, planejamento estratégico. O planejamento estratégico é um processo gerencial, que trata da formulação de ações para alcançar os objetivos futuros. Outra definição diz que é o processo gerencial que busca desenvolver e manter um ajuste entre os objetivos e recursos da organização e as oportunidades de mercado em permanente modificação. O planejamento, na verdade, é um plano de ação. 103 A estratégia, portanto, precisa ser planejada, executada e controlada, o que mostra a necessidade de uma gestão estratégica maior e mais abrangente, não somente o planejamento. Uma forma de definir a estratégia pode ser encontrada no modelo dos 5 “Ps” da estratégia: Estratégia como plano (plan): neste caso, existe uma diretriz, um plano (ou um conjunto de planos) para atingir os objetivos organizacionais. É feita de uma maneira consciente e deliberada e pode ser explícita em documentos formais ou não. Também pode ser geral ou específica. Estratégia como padrão (pattern): neste caso, a estratégia é tratada como a “consciência do comportamento”pretendida ou não, especialmente em um fluxo de ações. É um padrão no fluxo de ações. Após ações serem bem-sucedidas, elas acabam se fundindo em um padrão que se torna sua estratégia. 104 23/02/2018 53 Estratégia como pretexto (ploy): a estratégia é vista como uma “tática” ou manobra intencional para enganar o concorrente. Estratégia como posição (position): é a forma como a empresa se posiciona em relação ao ambiente externo e interno. Esta estratégia pode ser combinada com as estratégias anteriores, pois pode ser pretendida por meio de um plano e/ou atingida por meio de um padrão ou pretexto. Estratégia como perspectiva (perspective): é o conjunto de normas, valores, comportamentos e outras abstrações que pertencem aos estrategistas e fazem com que eles direcionem o modo de fazer as coisas. 105 A análise da situação estratégica envolve o processo de analisar a estratégia da organização de acordo com duas perspectivas: Analisar as decisões tomadas no passado que afetam a situação presente. Isto é chamado de “posição estratégica” ou “situação estratégica”; Analisar as decisões que são tomadas no presente e que afetarão o futuro. Para analisar o passado ou definir o futuro, os componentes analisados da estratégia são: Escopo da organização, que são os seus produtos e o seu mercado; As suas vantagens competitivas; O seu desempenho; O uso dos recursos. 106 23/02/2018 54 A análise do ambiente é um dos pilares do planejamento estratégico. Normalmente quando se faz esta análise, são considerados: Ramo de negócios; Ações do governo; Tecnologia; Conjuntura econômica; Sociedade; entre outros. 107 A gestão de processos como diferencial competitivo Vivemos em um ambiente empresarial altamente competitivo. Os concorrentes apresentam-se mais preparados, e por isso novos produtos e serviços aparecem constantemente e cada vez melhores, além de encontrarmos clientes cada vez mais exigentes e informados. Além disso, internamente existem os colaboradores da empresa que de certa forma também exercem pressões para melhor ambiente de trabalho, condições etc. Portanto, há necessidade de as empresas possuírem um diferencial competitivo. 108 23/02/2018 55 Há algum tempo, acreditava-se que a tecnologia seria esse diferencial, porém atualmente, podemos perceber que, devido ao barateamento da tecnologia em geral e serviços em nuvem (cloud computing), a tecnologia está mais viável para as empresas. Até mesmo em termos de sistemas, podemos concordar que os softwares estão ficando mais acessíveis. A tecnologia é um diferencial sim, porém não o principal. Um outro fator que pode ser considerado é o fator humano, afinal são as pessoas que movimentam o motor principal de uma empresa. Sem elas, a empresa não seria nada. 109 Características como criatividade, proatividade e inovação são fatores fundamentais para qualquer empresa e são essencialmente humanos, porém temos de concordar que nem todo profissional tem o mesmo poder de contribuir em qualquer área dentro de uma empresa, pois cada um tem um perfil, uma qualidade diferente dos demais. Logo, a frase “uma grande empresa é formada por grandes profissionais, mas grandes profissionais nem sempre formam uma grande empresa” é verdadeira neste contexto. Mesmo com fatores humanos e tecnológicos alinhados e comprometidos, podem ocorrer falhas mais simples como, por exemplo, dar informação errada a um cliente, descumprir prazos de entrega, atrasar o envio de relatórios e outras. 110 23/02/2018 56 Estas falhas podem ocorrer por motivos de técnicos/tecnológicos, humanos ou por ambas, o que evidencia que esses dois fatores não são garantia de diferencial em uma empresa. A diminuição dessas falhas só ocorre quando a empresa administra seus recursos dentro de uma visão sistêmica e de forma integrada e voltada aos objetivos da organização, ou seja, por meio do domínio operacional e gerencial de seus processos. Atualmente, existem algumas metodologias e normas, além de conceitos que têm como fundamento a gestão de processos, entre eles, o critério de excelência da FNQ (Fundação Nacional de Qualidade), as normas ISO, Lean Manufacturing, 6 Sigma, Balanced Scorecard e outras. 111 Porém, assim como ocorre com outros contextos, não vai ser o uso dessas normas e metodologias que garantirá o almejado diferencial competitivo e a melhor gestão de seus processos. A cultura da gestão de processos possui alguns fatores determinantes: Apoio da alta direção; Disciplina na execução dos processos por todos os envolvidos; Monitoração constante por meio de indicadores; Comunicação efetiva entre os colaboradores; Uso efetivo dos recursos de tecnologia; Prioridade da visão por processo em vez da visão por departamento; Definição de responsáveis para os processos da organização a fim de conduzir as ações e análise além da melhoria dos processos. Essa pessoa garantiria a visão sistêmica desejada. 112 23/02/2018 57 Portanto, o uso dessas práticas, que não são fáceis de manter e implementar, certamente garantirão um diferencial competitivo para as empresas que adotarem a gestão por processos. 113 O papel dos processos para a implementação da estratégia A estratégia é definida após o planejamento ser estabelecido anteriormente e sua implementação envolve a liderança, a estrutura organizacional, responsabilidades e a cultura organizacional. Por meio desses elementos é definido um plano para a implementação. Os processos e sua gestão formam uma linha que sustenta a implementação das estratégias organizacionais e para seu pleno funcionamento. 114 23/02/2018 58 Módulo 6 Modelagem de Processos de Negócio 115 Levantamento de processos O levantamento (ou mapeamento) de processos é um trabalho que dispende muito tempo e dedicação, principalmente no início, e difícil de ser completado, porém é importante e fundamental para a organização, pois, por meio dele, o profissional responsável pela atividade poderá entender todas as variáveis do problema. No levantamento de processos, é desenvolvido um fluxo de atividades que existe dentro da organização e dos seus departamentos e, por meio deles, se analisam áreas e funções onde gargalos podem ser identificados e até mesmo a existência de duplicidade de atividades. Neste levantamento, é possível “desenhar” sistemicamente as atividades e evidenciar que áreas e/ou funções participam do processo e que agregam ou não valor ao negócio. 116 23/02/2018 59 No levantamento (ou mapeamento) de processos, até mesmo o trajeto físico é desenhado, pois o caminho por onde passa o produto ou a informação muitas vezes é inadequado e poderia ser evitado. O ideal é que o levantamento de processos seja feito o mais rapidamente possível, porém com qualidade e, para isso, existem técnicas que veremos a seguir. Desta forma, um desenho da situação pode ser feito rapidamente, evitando que o processo mude ao longo do tempo e fique diferente do que era quando foi inicialmente analisado. Vamos estudar alguns modelos de mapeamento de processos que podem ser muito úteis em situações práticas. 117 Ciclo de vida da modelagem de processos Todos os processos de negócio possuem um ciclo de vida que pode ser resumido pela seguinte figura: 118 23/02/2018 60 Para mapear e modelar os processos é preciso definir quem será o cliente foco do respectivo processo – os processos devem ser orientados pelo e para os clientes-alvo. É necessário a integração entre os processos, estabelecer o uso de uma terminologia apropriada, definir como será a documentação dos processos e ouvir cuidadosamente as pessoas envolvidas e estabelecer seus papéis funcionais. O mapeamento e a modelagem de processos devem ser encarados como um projeto. Devem ser definidas as responsabilidades, prazos e as suas respectivas necessidades. 119 Modelos de processos Organograma O organograma é um diagrama, um desenho utilizado para representar as relações de hierarquia dentro de uma organização ou uma forma de mostrar os setores, unidades funcionais e cargos de comunicações entre eles. A organização funcional mostra a empresa como um conjunto de funções inter-relacionadas ou não por meio de atividades que se combinam em um processo. Nessa estrutura funcional, a hierarquia passa pelos níveis de administração para ser compartilhada entre as funções técnicas e administrativas que se baseiam em um conjunto de tarefas que são comuns a todas as funções. Quando se trata de funções, estamos nos referindo a órgãos que definem o core business da organização, ou seja, a função representa uma parte vital da empresa, sem a qual a empresa deixaria de existir. 120 23/02/2018 61 As atividades administrativas e de planejamento são divididas assim: Fluxo (planejamento e programação); Instrução (descrição dos postos de trabalho); Tempos e custos (acompanhamento dos tempos e dos custos de produção); Disciplina (acompanhamento e disciplina). As atividades técnicas e de produção são especializadas em quatro tipos: Setup e movimento de materiais; Uso de ferramentas e execução das operações de máquina; Qualidade; Manutenção. 121 Este tipo de organização apresenta vantagens e desvantagens tais como: Vantagens: Quanto mais especialista for numa área, maior será a experiência, o que faz com que os problemas encontrados nela fiquem conhecidos e tratáveis; É necessária uma habilidade para gerenciar outros em cada área de atuação e dentro do contexto da especialização; De forma geral, não há gerenciamento abaixo do nível de superintendência e isso simplifica a sucessão. Desvantagens: A cadeia de comando é mal definida; A responsabilidade pela falta de qualidade do produto é difícil de ser atribuída; A comunicação é difícil e de reação lenta. 122 23/02/2018 62 A organização funcional, apesar de muito usada nas empresas, possui uma fragilidade também: não consegue organizar e potencializar o fluxo operacional. 123 C.E.O. Diretor de Operações Diretor de Finanças Diretor de Marketing Diretor de Recursos Humanos Assessor Jurídico Muitos métodos de análise de sistemas e de O, S &M (Organização, Sistemas e Métodos) são baseados na estabilidade da estrutura funcional, pois esta permanece válida por um bom tempo. Isso não deve ser entendido como uma forma de “engessar” a empresa, pelo contrário, a estrutura funcional permite que a empresa opere normalmente e os processos possam ser levantados de acordo com a função mostrada na estrutura, retratando o principal negócio da empresa. 124 23/02/2018 63 125 UML - Unified Modeling Language UML é a padronização da linguagem de desenvolvimento orientado a objetos para visualização, especificação, construção e documentação de sistemas, muito voltada para modelar softwares. É composta por uma série de diagramas como os de caso de uso, como podemos verificar na figura a seguir: 126 23/02/2018 64 Mapa de Processos O mapa de processo é outra forma gráfica de representar o fluxo de processo acompanhado de uma descrição detalhada das características do processo e do produto. O mapa de processo é uma forma visual de representar o processo, composto de uma série de atividades ou tarefas, por exemplo, entradas que são transformadas em saídas. Ele busca mostrar informações que estão relacionadas com cada atividade do processo, evidenciando, como já foi dito, os aspectos de entrada, processamento e saída, para que depois seja possível fazer a análise e propostas de otimização. 127 Podem existir várias informações em um mapa de processo, entre elas podemos citar: As operações e ações envolvidas; Os agentes envolvidos; Custos; Tecnologias usadas; Infraestrutura necessária; Limitações internas/externas; Sistema de controle; Nível de competitividade; Potencial do mercado; Satisfação do cliente; Eficácia, eficiência ou efetividade. 128 23/02/2018 65 129 Esquema de um mapa do processo: Para a construção do mapa de processo, existem algumas etapas a serem seguidas: Definir o processo ou etapa que vai ser analisada; Definir a metodologia e os responsáveis pelo mapeamento; Identificar e detalhar as ações na entrada (as variáveis de entrada), no processamento (variáveis deprocessamento) e na saída do processo (variáveis de saída); Identificar aspectos operacionais e administrativos a cada etapa. 130 23/02/2018 66 Módulo 7 Modelagem de Processos de Negócio (Continuação) 131 Ferramentas de modelagem de Processos Para modelarmos um processo podemos usar algumas notações existentes e usuais como as descritas a seguir: Fluxograma Os fluxogramas constituem uma das técnicas mais antigas e mais utilizadas para representar a execução de tarefas. Fluxograma é um diagrama, uma representação esquemática de um processo. É feito através de gráficos que ilustram a transição de informações entre os elementos que o compõem. Podemos dizer, também, que trata-se da documentação dos passos necessários para a execução de um processo. A figura a seguir tem um exemplo de fluxograma: 132 23/02/2018 67 133 IDEF – Integration DEFinition language Modelo para a modelação das atividades e do sistema de informação de suporte, desenvolvidas pela Força Aérea dos Estados Unidos, se transformou em um padrão de referência internacional para o desenvolvimento de sistemas de tecnologia da informação. A ideia da ferramenta é mostrar o fluxo de informações dentro dos processos. A IDEF0 é uma notação para representação gráfica que mostra o processo e suas atividades componentes. Existem variações e especificações do modelo que vão até a IDEF5, atualmente. A representação IDEF0 é a mais utilizada para a representação estática de processos. 134 23/02/2018 68 135 BPMN - Business Process Modelling Notation A BPMN (Notação para Modelagem de Processos de Negócios) define um diagrama de processo contendo elementos gráficos que representam atividades e o fluxo de controle, determinando a ordem de execução destas atividades. Está se transformando em um modelo-padrão para a definição de softwares/sistemas integrados para atender ao conceito de BPM (Business Process Management). Com a BPMN é possível modelar os processos de negócio, definindo e documentando modelos atuais (AS-IS) em diagramas fáceis de entender, projetar e descrever modelos ideais (TO-BE), estender detalhes técnicos, monitorar e medir o negócio com indicadores de desempenho baseados em atividades dos fluxos de processos já automatizados. 136 23/02/2018 69 137 Rede de Petri Uma rede de Petri ou rede de transição é uma das várias representações matemáticas para sistemas distribuídos discretos, proposta em 1962 por Carl Adam Petri. É possível usar uma rede de Petri como uma linguagem de modelagem, definindo graficamente a estrutura de um sistema distribuído como um grafo direcionado com comentários. A rede possui nós de posição, nós de transição e arcos direcionados conectando posições com transições. Em determinados momentos na execução de uma rede de Petri, cada estado pode armazenar um ou mais tokens, que são elementos indicando onde está o fluxo do processo. 138 23/02/2018 70 139 EPC - Event-driven Process Trata-se de uma cadeia de processos dirigida por eventos como o próprio nome diz. É um método usado para modelagem de processos com grande aceitação no mundo todo e, muitas vezes, associa-se à implantação de sistemas de ERP SAP/R3. Nesse método, um processo é modelado segundo fluxo de eventos e funções. O método é orientado a funções representando atividades, tarefas ou passos do processo que precisam ser executadas. Além disto, funções são possivelmente iniciadas ou habilitadas por eventos e, possivelmente, geram eventos. Funções também consomem recursos, exigem gerenciamento, tempo e atenção. 140 23/02/2018 71 Podemos dizer, neste método, que uma função representa: Atividades tangíveis; Decisões; Processamento de Informações; Eventos – situações ou estados do sistema, antes ou depois da execução de uma função; Conectores lógicos – permitem a unificação e separação de fluxos segundo os conceitos de E, OU ou OU- exclusivo; Caminho – indica que um passo é descrito por meio de um diagrama completo EPC. 141 142 23/02/2018 72 Fluxograma Um macrofluxo de um processo apresenta as informações necessárias para entendimento do mesmo, no entanto, é comum representar processos usando macrofluxo quando são processos com poucas atividades, ou seja, processos mais simples. O macrofluxo não precisa mostrar pontos de decisão e realimentação (feedback) e também não requer ferramentas ou símbolos especiais. Para criar macrofluxos simples precisamos identificar o ponto de início e fim do processo, descrever as principais fases e escrever o processo. 143 144 Exemplo de Macrofluxo simples 23/02/2018 73 No entanto, para melhor detalhar um processo, usamos o fluxo detalhado que pode ser representado também com diagramas em bloco. Usando uma ordem sequencial o fluxo detalhado mostra os passos de um processo através de uma ilustração do fluxo. São extremamente úteis e o detalhamento depende da quantidade de atividades e complexidade de um processo. 145 Dentre outras técnicas, o fluxograma é uma muito utilizada para fluxos detalhados. Trata-se de uma figura padronizada e textos articulados para mostrar a sequência lógica de execução dos passos de um processo ou suas atividades. O fluxograma serve tanto para mapear processos existentes quanto para estruturar novos processos, permitindo uma visão sistêmica sobre um problema e isto facilita a compreensão dos processos pelas equipes, trazendo melhorias, sobretudo, na comunicação interpessoal dos envolvidos. Os principais componentes de um fluxograma são os símbolos descritos na figura a seguir: 146 23/02/2018 74 Os principais componentes de um fluxograma são os símbolos descritos na figura a seguir: 147 No entanto, abaixo descrevemos alguns outros diversos que também são utilizados na modelagem de processos usando fluxogramas. 148 23/02/2018 75 149 150 23/02/2018 76 151 Vantagens do fluxograma Dentre as diversas vantagens no uso de fluxogramas para ferramenta de modelagem de processos o fato de ser uma ferramenta gráfica é uma das principais, pois torna-se muito mais representativo e de fácil compreensão do que um “monte de palavras”. Além disto, o fluxograma permite que o processo seja visto globalmente e, dependendo do nível de detalhamento, o mais localmente possível. Com isso é possível verificar as interações entre os componentes do processo e buscar melhorias nas atividades envolvidas. 152 23/02/2018 77 Modelando processos usando Fluxogramas Para iniciar a preparação de um fluxograma de processo é necessário mapear a rotina do processo. Devemos nos familiarizar ao máximo com o processo e coletar informações do colaborador, supervisor, pessoal de compras, financeiro, contabilidade, RH, etc. Os fluxogramas podem ser elaborados para qualquer sequência de eventos de natureza administrativa, como: percurso de uma fatura, fluxo de material, colocação de pessoal, venda ou assistência técnica de um produto. Para criar um fluxograma detalhado, devemos: Descrever o objetivo, o escopo e o ponto de vista do processo o qual será modelado com o fluxograma, esclarecendo o que será feito e delimitando a abrangência e a profundidade do seu trabalho; 153 Selecionar as atividades críticas para incluí-las; Inserir decisões nos pontos de controle (pontos críticos); Adicionar atividades que possam ajudar a esclarecer a compreensão do fluxograma; Evitar detalhar demais, além da necessidade. Deve-se fazer uma análise crítica do fluxograma como um todo para suprimir as atividades desnecessárias que não agregam valor à compreensão; Submeter o projeto de fluxograma a um profissional queo conheça o processo e não tenha participado da elaboração. São análises fundamentais com sugestões que possam eliminar discrepâncias. Identificar cada atividade relacionada ao processo na ordem em que ocorre. Questionar: “O que ocorre depois?” 154 23/02/2018 78 O conceito básico para um Mapeamento e Modelagem de Processos é imaginar como uma entrada na primeira etapa de um processo e segue fisicamente por todas as demais etapas até o final. Durante o percurso deve-se coletar informações sobre cada passo do processo. As informações incluem: tempos de trabalho e de espera, tipos das atividades (operação, revisão), “defeitos” observados e problemas de qualidade, volume processado, capacidade do processo, gargalos, etc. Vejamos a seguir uma figura que identifica um exemplo de um simples processo de fritar um ovo usando a ferramenta SmartDraw, que está disponível em: www.smartdraw.com/downloads: 155 156 23/02/2018 79 Fluxogramas funcionais Uma forma especial de utilizarmos o fluxograma é através do mapeamento funcional das atividades. Assim, podemos traçar um paralelo entre cada atividade do processo e cada área, ou áreas da empresa (de acordo com a hierarquia e o organograma) envolvida. Na figura a seguir temos um exemplo de fluxograma funcional usando a ferramenta Microsoft Visio. 157 158 23/02/2018 80 Metodologia de modelagem de processo Existem várias metodologias de modelagens de processo. Atualmente, a BPM (Business Process Management – gestão de processos de negócios) tem sido bastante difundida entre os autores e empresas. BPM trata de um conceito que liga a gestão de negócios com a tecnologia da informação, focando a otimização dos resultados das organizações por meio da melhoria dos processos de negócio. Porém, vamos estudar o BPM posteriormente. Neste momento vamos focar uma metodologia mais geral e que tenha bastante significado e praticidade. 159 A metodologia é dividida em cinco etapas principais: Planejamento do levantamento; Execução do levantamento; Análise e simplificação do processos; Estabelecimento das medidas do processo; Implantação e ajuste do padrão estabelecido. 160 23/02/2018 81 Módulo 8 Implementação e Avaliação de Desempenho 161 Dentre as atividades da gestão por processos em uma organização, a escolha da implementação é muito importante. Lembre-se que, em etapas anteriores, foi feito um planejamento do que seria feito, de quais processos seriam analisados, ou seja, antes de pôr a mão na massa foi feito um projeto. Implementar o projeto não é uma tarefa fácil, é necessário disciplina para isso. Depois dessa implementação, é importante estabelecer mecanismos de medição, algo que gere números e formas de avaliar como os processos estão sendo executados. Para isso, vamos estudar um pouco mais o BPM (Business Process Management) e aplicá-lo às técnicas tradicionais da gestão por processos. 162 23/02/2018 82 Implementação do gerenciamento do processo A implementação da gestão por processos segue a lógica mostrada na figura a seguir: Cada etapa recebe informações da etapa anterior para ser executada corretamente. Na primeira e segunda fase, deve-se escolher o(s) processo(s) mais significativos para a operação da organização ou aqueles que devem ser modificados de acordo com alguma prioridade. Em um projeto de implementação de processos, a escolha do processo a ser analisado pode ser um pouco complicada, principalmente se esta empresa possuir uma grande quantidade de processos. Se a empresa escolher o processo errado, ela poderá perder dinheiro, tempo e não ter a sua mudança de modelo de gestão implantada com sucesso. 163 A empresa deve então colocar maior prioridade nos processos que mostram o maior número de problemas a serem corrigidos, pois estes podem ser responsáveis por grande parte da inadequação de seu processo produtivo como um todo. Vejamos a seguir algumas ferramentas que ajudam na determinação de qual processo pode ser analisado a fim de buscar a implantação de melhorias: Diagrama de Pareto; Ishikawa (ou diagrama espinha de peixe); e Lista de verificação e histograma. 164 23/02/2018 83 O uso da gestão por processos representa, em muitas organizações, uma mudança cultural muito grande e, para fazer uma adaptação mais tranquila para as mudanças, é necessário estabelecer um programa de treinamento e capacitação bem definido, além de um treinamento comportamental muito forte, com total apoio da direção da organização. Nas normas da ISO 10015:2001 – Gestão da Qualidade – Diretrizes para treinamento, podem ser encontradas algumas sugestões de treinamentos técnicos/comportamentais para auxiliar a implantação da gestão por processos. A seguir seguem alguns exemplos: 165 Treinamento técnico Gerência de processo; Definições de processos; Mapeamento de processos; Análise de processos – medição e avaliação; Prioridades; Desenvolvimento, teste e implantação de melhoria de processos. Quality function deployment (QFD) Desdobramento da função qualidade: Conceituação da voz do cliente; A casa da qualidade; Estudos de caso. 166 23/02/2018 84 Benchmarking Histórico e conceituação do benchmarking; Gerência de processos e benchmarking – processo de condução de benchmarking; Estudos de caso. Treinamentos comportamentais O papel do gerente e sua importância para o sucesso das organizações; O ambiente de mudanças; O processo de mudanças; A visão e o ambiente de trabalho em mudanças; O processo da comunicação humana. 167 Análise de problemas e tomada de decisão Identificação de problema; Análise da causa raiz; Identificação de soluções; Priorização de soluções; Tomada de decisões. Gerência do trabalho em equipe Pressupostos do trabalho em equipe; Formação do “eu” e do “nós”, quanto ao trabalho de equipe; Facilitadores do trabalho em equipe; Como e por que intervir no trabalho de uma equipe. 168 23/02/2018 85 Uma vez que a equipe tenha sido capacitada e esteja a par de suas funções dentro da gestão por processos, é necessário estabelecer uma forma de controlar os processos por meio de indicadores. O estabelecimento de um conjunto de indicadores é fundamental para que os processos possam gerar informações gerenciais para os gestores poderem fazer as avaliações corretamente e tomar decisões de maneira mais precisa. Para tanto, reuniões de controle e o uso de dashboards, ou painel de controle, são utilizados para medir o desempenho. Esta prática também está associada à questão da melhoria contínua do processo. 169 A figura a seguir mostra alguns exemplos de dashboards (painel de controle) com alguns indicadores de desempenho. 170 23/02/2018 86 Business Process Diagram (BPD) Diagrama de processo de negócio Durante a fase inicial de descoberta de processos na empresa são obtidas informações sobre o funcionamento dos processos no estado atual da empresa (cenário em que a análise começa). Isto mostra “como é” que os processos funcionam, também chamado de modelo AS-IS. 171 Todas as informações levantadas para desenho do processo AS-IS servirão como entrada na etapa de análise do processo. A partir destas informações e de outras técnicas será feito o desenho do novo processo que mostrará “como o processo deverá” funcionar, também chamado de modelo TO-BE do processo. 172 23/02/2018 87 Business Process Modeling Notation (BPMN) Notação para a Modelagem de Processo de Negócio O BPMN é uma notação visual para representarmos fluxos de processos. O interessante do BPMN é que a representação pode ser mapeada para alguma outra linguagem que representa um formatode execução. Assim, fica melhor a implementação de processos. O objetivo principal do BPMN é fornecer uma notação que facilite o entendimento pelos envolvidos no processo de negócio, desde os analistas do processo, até desenvolvedores de softwares que implementarão os processos. 173 Exemplo de BPMN para um processo de pagamento: 174 23/02/2018 88 Business Process Management System (BPMS) Sistema para a Administração de Processo de Negócio Uma solução BPMS é uma ferramenta que permite tanto a geração quanto o controle de processos de negócio da empresa. No modelo BPMS está fundamentado na junção e “orquestração” de diversos softwares já disponíveis na empresa. 175 Brainstorming (tempestade cerebral) Ferramenta proposta por Alex F. Osborn em 1939, quando ele presidia uma importante agência de propaganda. Trata-se de uma ferramenta associada à criatividade em grupo e, por isso, é usada na fase de planejamento. O brainstorming é usado para que um grupo de pessoas reunidas em um mesmo ambiente crie o maior número de ideias possíveis sobre um tema selecionado. A regra da reunião é cada um falar o que pensa de uma determinada situação ou problema, sem interrupções ou críticas das demais pessoas do grupo. Podemos usar o brainstorming para identificação de problemas e análise de causa e efeito. 176 23/02/2018 89 Diagrama de causa e efeito Ferramenta proposta por Kaoru Ishikawa na década de 1940. Segundo Ishikawa, quando lidamos com processos, costumamos definir o produto como o resultado de um processo. O processo é a causa, enquanto o produto é a consequência, o efeito. Ao separarmos as causas e efeitos poderemos alcançar um arranjo interessante para a análise que pretendemos realizar. Assim, o ambiente de análise estará divido entre estas duas regiões. 177 Diagrama de causa e efeito Diagrama simples 178 23/02/2018 90 Diagrama de causa e efeito Diagrama “espinha de peixe” (diagrama convencional) 179 Diagrama de causa e efeito Diagrama 4M Considera que as causas dos efeitos podem ter quatro possíveis origens: mão de obra (man), máquina (machine), material (material) e método e sistemas (method & systems). 180 23/02/2018 91 Diagrama de causa e efeito Diagrama sequencial Usado para processos sequenciais. Neste caso, deve-se seguir os passos para a criação convencional do diagrama de causa e efeito, mas com as ações acontecendo em sequência. 181 5W-2H Amplamente usada em várias atividades como um check-list para verificar a completude das ações. 182 23/02/2018 92 GUT Para priorizar as ações numa determinada atividade, independente da natureza desta, podemos usar uma ferramenta chamada Matriz GUT. Esta ferramenta identifica: Gravidade: trata-se da intensidade ou custo dos danos que o problema pode causar se não tomarmos uma ação para resolvê-lo; Urgência: É o tempo ou o prazo em que deve-se agir para evitar os danos ou resultados indesejáveis caso o problema não seja sanado; Tendência: É o desenvolvimento que o problema sofrerá na ausência de ação, ou seja, o que ocorrerá se o problema não for resolvido durante um determinado tempo. 183 184 23/02/2018 93 Princípio de Pareto Segundo Vilfredo Pareto (1848-1923), 80% das causas triviais são responsáveis por cerca de 20% dos resultados mais importantes. 20% de causas essenciais são responsáveis por 80% dos resultados mais importantes. 185 Histograma O histograma é uma ferramenta que permite a visualização gráfica da distribuição de frequências ou probabilidades dos resultados da execução de um processo. 186 23/02/2018 94 PDCA O ciclo PDCA é um método dinâmico que nos exige trabalhar continuamente com planejamento e compreensão de tarefas. 187 Os administradores e demais colaboradores envolvidos em distintos processos produtivos devem analisar criticamente o Sistema de Gestão pela Qualidade da própria empresa em reuniões a intervalos planejados com o objetivo de assegurar a adequação e melhoria contínua de todas as suas atividades e processos à filosofia da qualidade da empresa como um todo. A análise crítica faz parte de um ciclo PDCA (Plan – planejamento, Do – execução, Check – verificação, Action – ação corretiva). 188 23/02/2018 95 O modelo PDCA permite uma análise crítica através do questionamento dos seguintes fatores críticos de sucesso: Resultados de auditoria; Mensuração da satisfação dos clientes; Desempenho dos processos e conformidade de produtos; Dinâmica da situação das ações preventivas e corretivas; Análises críticas anteriores; Tendências e possíveis mudanças que possam afetar o Sistema de Gestão pela Qualidade da própria empresa; Recomendações de melhorias anteriores e verificação se foram efetivamente implementadas. 189 190 23/02/2018 96 Como resultado da análise crítica dos fatores críticos de sucesso identificados anteriormente, a direção deve tomar decisões e ações para: Melhoria do Sistema de Gestão pela Qualidade, revisando se necessário objetivos, metas e indicadores; Melhoria contínua do produto e/ou serviço em relação aos requisitos dos clientes; e Provisão de recursos para o encaminhamento das ações. Essas reuniões de análise crítica devem ser registradas em atas para evidenciar o atendimento dos requisitos das normas da qualidade pela empresa. 191 Matriz de Análise SWOT A Matriz de Análise SWOT é uma ferramenta usada para geração de análise de cenários ou ambientes. Trata-se de uma ferramenta muito usada para o planejamento estratégico, tático e operacional nas corporações atuais. Devido simplicidade da SWOT, também pode ser aplicada desde problemas mais simples como uma atividade de um processo até a gestão de grandes corporações. A análise usando SWOT permite verificar a posição estratégica da empresa num ambiente em questão. Esta técnica foi desenvolvida por Albert Humphrey nas décadas de 1960 e 1970 através de pesquisas na Universidade Stanford. 192 23/02/2018 97 O termo SWOT é uma sigla do idioma inglês. E é um acrônimo de dos termos “Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats)”. Podemos definir os quatro componentes da seguinte forma: Forças: quais as competências da sua empresa, ou seja, o que sua empresa faz bem ou faz melhor que os concorrentes. É importante definir aqui o que é crucial para reter e atrair clientes. Fraquezas: são as competências que estão sobre sua influência mas atrapalham ou não geram vantagem competitiva para a empresa. Por exemplo, por que seus clientes escolhem outros concorrentes? Oportunidades: são as forças externas à empresa que influenciam positivamente sua organização, mas que não temos controle sobre elas. Ameaças: são as forças externas que não sofrem sua influência e que pesam negativamente para sua empresa. Como exemplo, uma empresa de importação enfrenta problemas com desvalorização muito grande do câmbio. 193 Estrela Decisória Este método combina diversas ferramentas para análise e melhoria de processos identificadas até então e possíveis outras ferramentas não abordadas, como mostra a tabela a seguir: 194 23/02/2018 98 Módulo 9 Tópicos Especiais em Gestão de Processos 195 Após estudar vários aspectos relacionados com a gestão de processos, nesta unidade vamos tratar de alguns tópicos gerais sobre esta área. Dentre os tópicos que merecem estudo, encontramos os profissionais que trabalham na área de processos e suas funções, competências e atividades. Como as empresas têm cada vez mais dependência deste tipo de profissional, é importanteestudar alguns aspectos de suas atividades. Além disso, existem padrões que estas pessoas utilizam para fazer a gestão dos processos de negócio. Entre eles, temos a ISO 9000, o PNQ, a Anvisa e outros tão importantes quanto estes aqui mencionados. Vamos estudá-los nesta unidade. 196 23/02/2018 99 O Gestor do processo de negócio Na gestão de processo, além dos papéis funcionais, temos a figura do gerente de processo e o analista de processo. O analista de processo é o profissional encarregado de “definir” e/ou “criar” o processo, além de atuar na análise e melhoria do mesmo. O analista pode ser um consultor ou um funcionário da empresa. Já o gerente de processo é o responsável pela administração do mesmo. O analista e o gerente de processos devem modernizar e simplificar a documentação interna das empresas com o objetivo de melhoria na produtividade, eficiência e eficácia das atividades realizadas nos processos de negócio. 197 Podemos resumir o conjunto de qualidade do gerente e, de certa forma, do analista: Visão holística da organização e de sua dinâmica cultural; Pensamento estratégico e ação empreendedora e efetiva; Educação de qualidade, conhecimento técnico especializado, ética, responsabilidade, compromisso e disciplina; Inovação, criatividade e conhecimento multidisciplinar; Foco no cliente e ser capaz de oferecer a melhor solução; Foco em resultados; Ser realista e saber administrar situações de crise; Saber delegar com eficiência, eficácia e efetividade; Consolidar os melhores profissionais em sua equipe; Compartilhar todas as informações; Ter satisfação com o trabalho na administração de processos e constante investimento em educação. 198 23/02/2018 100 Escritório de gestão por processos O escritório de processos é uma forma que as organizações encontraram para institucionalizar internamente a gestão por processos. Esta forma é uma iniciativa para que a gestão por processos seja mais efetiva e faça parte do cotidiano das tarefas da empresa. A figura a seguir mostra um exemplo das áreas funcionais com as quais o escritório de processos pode se relacionar. É claro que existem outras áreas, mas a figura mostra graficamente o quanto o escritório de processos influencia outras áreas da empresa. A figura mostra ainda a necessidade de se criar um Centro de Serviços Compartilhados (CSC) o qual pode apoiar cada uma das partes na administração de seus processos e no objetivo global da organização. 199 200 23/02/2018 101 Apesar de o escritório estar na parte central da figura, isso não significa que este seja o centralizador da gestão de processos. O escritório auxilia na promoção da articulação da gestão de processos. Normalmente, a definição de um escritório de processos caracteriza-o como uma normativa e coordenadora, que se relaciona com outras áreas, possui métodos e ferramentas orientadores dos processos da empresa e atua como ligação entre os setores envolvidos nos processos que estão sendo gerenciados. O escritório de processos acaba tendo uma versão sistêmica sobre o processo, que lhe permite melhor análise, propiciando-lhes condições de gerar sugestões de melhoria aos envolvidos, beneficiando o processo como um todo. 201 O objetivo do escritório de processos supera as tarefas sistemáticas de modelagem e mapeamento, análise, proposta de melhorias e novos desenhos dos processos. O escritório de processos se propõe a ser a instância da organização que será responsável por inserir e coordenar a prática de gestão por processos na cultura da organização, o que não é uma tarefa fácil. Sendo assim, o escritório deve priorizar os processos-chave para a sua atuação. Existe, porém um fator importante na adoção de um escritório de processos. Este tipo de abordagem funciona melhor com organizações que possuam uma estrutura funcional departamentalizada. Pela essência das organizações processuais não seria necessária a adoção de um escritório de processos como ponto-chave de coordenação. 202 23/02/2018 102 A figura a seguir mostra um exemplo de estrutura funcional que trabalha com processos transversais e possui um escritório de processos que cuida do ciclo de vida do desenho de processos e possui atribuições de normatizar e de melhoria. 203 A figura a seguir mostra o exemplo de uma estrutura por processos com alternativas para a atuação do escritório de processos. 204 23/02/2018 103 Portanto, podemos condensar os objetivos do escritório de processos de uma organização segundo a lista a seguir: Uniformizar o entendimento de processos hoje e no futuro: Promover a gestão de processos; Promover a evolução do desenho de processos: Modelar e representar processos; Promover a melhoria e desempenho dos processos; Integrar os mecanismos de coordenação organizacional; Implementar processos; Capacitar os gestores dos processos. Promover a gestão no dia a dia. Oferecer suporte ao escritório. 205 Conformidade Outra grande importância do estabelecimento da gestão por processos em uma organização é que ela tem se tornado, de forma crescente, um requisito de grande parte dos sistemas de gestão organizacional. Por exemplo, a gestão por processos é uma exigência para: Prêmio Nacional de Qualidade (PNQ); Normas da série ISO 9000. Ambos usam os conceitos de qualidade na sua essência. O assunto “qualidade” é muito amplo e foge do escopo dos nossos estudos nessa disciplina, porém uma breve definição e contextualização deve ser feita. Segundo a International Standards Organization (ISO), a qualidade é “a adequação ao uso. É a conformidade às exigências”. 206 23/02/2018 104 Qualidade tem a ver, primordialmente, com o processo pelo qual os produtos ou serviços são materializados. Se o processo for bem realizado, um bom produto final advirá naturalmente. A qualidade reside em tudo o que se faz e não apenas no que se tem como consequência disso. 207 Referenciais de conformidade Um modelo de referência de processo é uma noção usada em padronização conceitual para vários segmentos da indústria. É uma representação abstrata das entidades e relações envolvidas em um tema, criando uma base conceitual para o desenvolvimento de modelos mais concretos e aplicáveis a casos reais e, em última instância, à sua implementação. Também serve como um modelo abstrato para o desenvolvimento de modelos mais específicos em um determinado domínio e permite comparação entre modelos iguais. Vamos citar alguns modelos de referência ou referenciais de conformidade em seguida. 208 23/02/2018 105 ISO 9000 Em 1987, a ISO publicou manuais de avaliação do sistema de qualidade, chamados Normas ISO Série 9000 de Padrões Internacionais, que sintetizavam diversas normas já existentes que regulamentavam as relações entre fornecedores e compradores. Desde a revisão feita no ano 2000, a família ISO 9000 de normas representa uma espécie de consenso internacional a respeito das boas práticas de administração da qualidade, mas não é uma garantia da qualidade de produtos. 209 Síntese dos elementos abordados na série ISO 9000 210 23/02/2018 106 211 É importante deixar claro que a ISO não tem como missão controlar a aplicação de suas normas, que é uma questão de entendimento voluntário entre fornecedores e seus clientes, ou de exigência que alguns compradores fazem a seus fornecedores. Além disso, a organização não tem poder legal para obrigar que as empresas adotem a ISO 9000 como sistema padrão de gestão da qualidade 212 23/02/2018 107 No entanto, devido ao alto grau de aceitação das normas da ISO 9000 pelas empresas, estas normas passaram a ser adotadas voluntariamente comomecanismos mundiais de auditoria da qualidade. Dentro deste contexto, surgiram empresas de auditoria especializadas nesse tipo de trabalho, que conferem certificados de conformidade com a ISO 9000. ANS e Anvisa Existem vários modelos de referência em diversos segmentos. No Brasil, dois órgãos que são bastante atuantes nesta área são a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). 213 No caso da ANS, existe o Programa de Conformidade Regulatória que possui critérios de conformidade. Estes critérios devem ser seguidos pelos planos de saúde para poderem ingressar no Programa. Uma vez que estejam dentro do Programa, a operadora precisa cumprir algumas obrigações, previstas no Programa, que incluem os setores de atendimento, contabilização dos ativos, ressarcimento ao SUS, pagamento de multas pecuniárias e outras taxas e envio de demonstrativos de operação. A Anvisa possui programa semelhante aplicado à área de vigilância sanitária. 214 23/02/2018 108 O Prêmio Nacional de Qualidade O Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) tem se consolidado como o mais importante prêmio brasileiro de reconhecimento da excelência em gestão da Qualidade. Ele foi desenvolvido em 1991, inicialmente baseado no conjunto de fundamentos do prêmio americano Malcolm Baldrige Nacional Quality Award, tendo, desde então, passado por atualizações a fim de acompanhar as mudanças ocorridas na gestão das empresas. A Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade (FPNQ), entidade sem fins lucrativos, foi fundada, em 1991, por 39 organizações privadas e públicas para administrar todas as atividades decorrentes do processo de premiação e para ser o representante brasileiro do Prêmio Nacional da Qualidade. 215 A essência do Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ) é estimular a melhoria da qualidade da gestão das empresas brasileiras, reconhecendo aquelas que atingiram o nível de desempenho “classe mundial”, o que significa o destaque pela gestão exemplar de suas práticas internas e externas e pelos respectivos resultados, promovendo produtos e serviços excelentes e, consequentemente, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro. Todas as empresas participantes do PNQ recebem um relatório de avaliação, que relaciona os pontos fortes e os fracos, diagnosticando as oportunidades para melhoria, bem como destaca os aspectos que já contribuem para que a empresa se torne uma organização de excelência em gestão, levando, com isso, ao aumento de sua competitividade. 216 23/02/2018 109 Para as empresas que efetivamente querem mudar, esse tipo de auditoria externa é uma rica fonte de informações imparciais e confiáveis para que sejam traçados os planos de ação necessários para a neutralização dos pontos fracos e para dar início aos processos de melhoria contínua. Se a empresa for premiada, passará a ser reconhecida pela excelência de sua gestão, sendo comparada às empresas de classe mundial. Na prática, isso significa que a sociedade passará a “ver a empresa com outros olhos”, ou seja, a empresa terá sua imagem fortalecida, o que, consequentemente, atrairá mais clientes e, portanto, mais lucro. 217 O Modelo de Excelência em Gestão Os fundamentos da excelência em gestão revelam padrões culturais internalizados nas empresas de classe mundial e reconhecidos internacionalmente, expressos por meio de seus processos de negócios e consequentes resultados. O Modelo de Excelência da Gestão (MEG) está alicerçado em treze fundamentos e oito critérios, com o objetivo de buscar a estruturação e o alinhamento dos componentes da gestão das organizações sob a ótica de um sistema. 218 23/02/2018 110 Os Fundamentos de Excelência em Gestão O MEG está alicerçado sobre um conjunto de conceitos fundamentais e estruturado em critérios e requisitos que expressam a compreensão sobre a Excelência em Gestão. Os Fundamentos da Excelência em Gestão expressam esses conceitos reconhecidos internacionalmente e que se traduzem em práticas, processos ou fatores de desempenho encontrados em organizações de classe mundial, que buscam constantemente se aperfeiçoar e se adaptar às mudanças globais. 219 Os 13 Fundamentos da Excelência em Gestão: Pensamento sistêmico: compreensão e tratamento das relações de interdependência e seus efeitos entre os diversos componentes que formam a organização, bem como entre eles e o ambiente com o qual interagem. Atuação em rede: desenvolvimento de relações e atividades em cooperação entre organizações ou indivíduos com interesses comuns e competências complementares. Aprendizado organizacional: busca de maior eficácia e eficiência dos processos da organização e alcance de um novo patamar de competência, por meio da percepção, reflexão, avaliação e do compartilhamento de conhecimento e experiências. 220 23/02/2018 111 Inovação: promoção de um ambiente favorável à criatividade, experimentação e implementação de novas ideias capazes de gerar ganhos de competitividade com desenvolvimento sustentável. Agilidade: flexibilidade e rapidez de adaptação a novas demandas das partes interessadas e mudanças do ambiente, considerando a velocidade de assimilação e o tempo de ciclo dos processos. Liderança transformadora: atuação dos líderes de forma inspiradora, exemplar, realizadora e com constância de propósito, estimulando as pessoas em torno de valores, princípios e objetivos da organização, explorando as potencialidades das culturas presentes, preparando líderes e interagindo com as partes interessadas. 221 Olhar para o futuro: projeção e compreensão de cenários e tendências prováveis do ambiente e dos possíveis efeitos sobre a organização, no curto e longo prazos, avaliando alternativas e adotando estratégias mais apropriadas. Conhecimento sobre clientes e mercados: interação com clientes e mercados e entendimento de necessidades, expectativas e comportamentos, explícitos e potenciais, criando valor de forma sustentável. Responsabilidade social: dever da organização de responder pelos impactos de suas decisões e atividades, na sociedade e no meio ambiente, e de contribuir para a melhoria das condições de vida, por meio de um comportamento ético e transparente, visando ao desenvolvimento sustentável. 222 23/02/2018 112 Valorização das pessoas e da cultura: Criação de condições positivas e seguras para as pessoas se desenvolverem integralmente, com ênfase na maximização do desempenho, na diversidade e no fortalecimento de crenças, costumes e comportamentos favoráveis à excelência. Decisões fundamentadas: deliberações sobre direções a seguir e ações a executar, utilizando o conhecimento gerado a partir do tratamento de informações obtidas em medições, avaliações e análises de desempenho, de riscos, de retroalimentações e de experiências. 223 Orientação por processos: a busca de eficácia e eficiência nos conjuntos de atividades que formam a cadeia de agregação de valor para os clientes e demais partes interessadas. Geração de valor: alcance de resultados econômicos, sociais e ambientais, bem como de resultados dos processos que os potencializam, em níveis de excelência, e que atendam às necessidades das partes interessadas. 224 23/02/2018 113 Os 8 Critérios de Excelência em Gestão Os Critérios de Excelência em Gestão são características tangíveis, mensuráveis quantitativa e qualitativamente, propostas na forma de questões que abordam processos de negócios e solicitações de resultados. O objetivo da distribuição das exigências em critérios é facilitar o entendimento de conteúdos afins e reproduzir, de forma lógica, a gestão de temas essenciais de uma organização. Composição dos Critérios de Excelência: Clientes: análise e desenvolvimento de mercado, entendimento das necessidades e expectativas dos clientes atuais e potenciais, gerenciamento da marca e imagem da organização e relacionamento com clientes. 225 Pessoas: sistemas de trabalho, identificação de competências, seleção e integração de pessoas, avaliação de desempenho, remuneração e reconhecimento, capacitação e desenvolvimento, preparação de novos líderes e qualidade de vida. Liderança: cultura organizacional e desenvolvimento da gestão, da governança, dos riscos, da interação com as partes interessadas, do exercício da liderança e da análise do desempenho da organização. Estratégias e planos: formulação e implementação das estratégias, por meio de análise dos ambientes interno e externo, ativos intangíveis, como a definição de indicadores e metas, desdobramentos de planos de ação. 226 23/02/2018 114 Sociedade: responsabilidade socioambiental e desenvolvimento social, que incluem identificação das necessidades e expectativas da sociedade, atendimento à legislação. Processos: processos da cadeia de valor em interação, projetados para atender aos requisitos de produtos, das partes interessadas, que realizam as transformações e entregas da organização, considerando em destaque os relativos a fornecedores e os econômico-financeiros. Resultados: apresentação de resultados estratégicos e operacionais relevantes para a organização, na forma de indicadores que permitam avaliar, no conjunto, a melhoria dos resultados, o nível de competitividade e o cumprimento de compromissos com requisitos de partes interessadas, nas perspectivas econômico-financeira, socioambiental e relativas a clientes e mercados, a pessoas e aos processos da cadeia de valor. 227 Informações e conhecimento: informações da organização, desde a identificação de necessidades até a implantação do sistema de informação, e gestão do conhecimento organizacional, ao identificar, desenvolver, reter e proteger, difundir e utilizar os conhecimentos necessários para a implementação das estratégias. Os Critérios de Excelência em Gestão sugerem uma visão sistêmica da gestão organizacional, do mercado e do cenário local ou global onde a empresa atua e se relaciona. 228 23/02/2018 115 A ilustração do modelo pode ser entendida de acordo com a seguinte lógica: por meio das demandas dos clientes e da sociedade, a liderança desenvolve estratégias e planos que são executados por pessoas e processos com o objetivo de gerar resultados. Tudo isso só acontece se as informações e os conhecimentos estiverem permeando todos os Critérios, de Excelência em Gestão, as variáveis e a organização. 229 Implementação do MEG Uma organização que está em busca da excelência da gestão pode adotar o Modelo de Excelência da Gestão (MEG) para alcançar seu objetivo. Ao implementar o MEG, a organização é instigada a aperfeiçoar seu sistema de gestão e buscar resultados melhores. Utilizando o MEG como referência, uma organização pode implantar um programa de melhoria por meio de autoavaliações, obtendo um profundo diagnóstico do sistema de gestão, seguida de planos de melhoria, além de poder se candidatar ao Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ). 230 23/02/2018 116 231