Buscar

TRABALHO Psicologia e Mídia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIP – Universidade Paulista
Instituto de Ciências Humanas Curso de Psicologia
Annelise Klettenberg Porto	B66149-6 Daniela Fernanda Lopes	B5900H-3 Klebiane da Silva Januzzi	B72HCJ-0 Michelle Alves De Souza	B63HEG-1 Milena Cristina Bertoco	B62ECH-0
PSICOLOGIA E MÍDIA
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 2017
UNIP – Universidade Paulista
Instituto de Ciências Humanas Curso de Psicologia
Annelise Klettenberg Porto	B66149-6 Daniela Fernanda Lopes	B5900H-3 Klebiane da Silva Januzzi	B72HCJ-0 Michelle Alves De Souza	B63HEG-1 Milena Cristina Bertoco	B62ECH-0
PSICOLOGIA E MÍDIA
Trabalho apresentado para o curso de psicologia à Universidade Paulista–UNIP
Orientador (a): Profª. Anita Lofrano
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 2017
SUMÁRIO
	
	
INTRODUÇÃO
Psicologia é a Ciência que se dedica aos processos mentais ou comportamentais do ser humano e de suas implicações em certo ambiente. Já a palavra Mídia significa reunião do que se relaciona com comunicação; qualquer meio através do qual há difusão de informações; os meios de comunicação (Ferreira, 1999). Portanto, percebe-se que existe uma linha Tênue entre os dois, pois a psicologia, ao trabalhar com o ser humano, eticamente exige sigilo, o que pode dificultar a mídia do trabalho do psicólogo. 
Segundo Balbino (2016), existe uma relevância social da popularização dos conhecimentos científicos para a formação de cidadania e também a importância da socialização dos conteúdos de todas as áreas do conhecimento e uma reflexão ainda existentes sobre essa prática popularizada da ciência. O preconceito é tanto que alguns podem perceber a popularização do conhecimento como autoajuda. Por outro lado, pode-se pensar que a popularização dos conhecimentos acadêmicos é uma produção intelectual e proporciona cidadania, saberes para melhores escolhas e decisões diversas do cidadão no seu cotidiano, aumentando a sua qualidade de vida e criticidade com base em conhecimentos e produções intelectuais.
Sabe-se que o mundo contemporâneo exige posturas profissionais competentes e socialmente comprometidas com as demandas sociais. A psicologia como ciência se encaixa nessa perspectiva de novos avanços conceituais e práticos e vive renovações no momento. Os complexos desafios sociais requerem profissionais com conhecimentos contextualizados e competências adequadas para colaborarem com a realidade social. (BALBINO, 2016)
A popularização dos conhecimentos científicos tem a finalidade de auxiliar na formação da cidadania. A mídia é um poderoso instrumento de mobilização e engajamento da sociedade e de profissionais no discurso no discurso da ciência, da cultura, da educação e da cidadania. Balbino (2016) acredita que a mídia serve para formar cidadão, porém deve-se tomar cuidado pois a própria mídia pode distorcer os fatos e prejudicar essa formação cidadã.
HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO DE PSICOLOGIA E MÍDIA
Breve Histórico
A mídia se refere aos meios de comunicação em massa, especialmente aos meios de transmissão de notícias e informação, tais como jornais, rádio, revistas e televisão. Também é considerado mídia, todos os meios de que a publicidade se serve. Portanto, o surgimento da comunicação teleinformática veio trazer consigo a ampliação do termo, que desde então passou a designar quaisquer tipos de meios de comunicação, até aparelhos, dispositivos, ou mesmo programas auxiliares da comunicação.
A relação entre Psicologia e Mídia remonta a meados de 1940. No entanto, na década atual há uma diminuição ou mesmo sumiço da exaltação dos anos 90, iniciando-se com o famoso Bug do Milênio, que frustrou muitas expectativas. Existe necessidade de gerir o digital em busca de incrementos, e não mudanças estruturais. Nos dias de hoje se defende a necessidade de gerenciar o tempo e o uso das tecnologias para evitar efeitos patológicos. Começa-se a falar em moderação e prudência em relação ao digital.
Caracterização do Tema
A mídia contribui para a formação e a deformação da subjetividade das pessoas desde a infância, fazendo da vida uma mercadoria e reduzindo seu valor a um objeto de consumo nas prateleiras de um supermercado, por exemplo. A mídia visa, primeiramente, ao lucro, e não à verdade dos fatos ou à sua análise intensa. A notícia é fruto de um filtro, cuja porosidade é permeada pelo equilíbrio entre a verdade e o interesse comercial dos anunciantes, os interesses particulares dos políticos, dos financiadores, dos proprietários dos veículos de comunicação. Produz, assim, uma verdade mais conveniente aos detentores do poder econômico. Dessa forma, é criada uma realidade virtual em oposição à realidade concreta, tanto individual quanto coletiva. 
 As pesquisas versam sobre a questão da violência, da moda, das relações parentais, ou seja, trabalham as diferentes possibilidades de os programas de televisão influenciarem a subjetividade. A mídia televisiva conta com o apelo das imagens que simulam a realidade cotidiana para influenciar os sujeitos. Essas influências, por vezes, ampliam horizontes discursivos, quando as novelas tratam de temas polêmicos como distúrbios alimentares, loucura, homossexualismo e outros, tentando apresentar para os telespectadores os enigmas e sofrimentos presentes nessas realidades. No entanto, para além da intenção responsável dos produtores, temos as influências contínuas nos modos de vestir, de se comportar e de se relacionar. Os dramas dos personagens das novelas oferecem padrões de relacionamento e de comportamento. Temos, ainda, a questão das propagandas que, alimentadas pela sociedade de consumo, objetivam uma manipulação direta das subjetividades. Podemos afirmar que a mídia é, atualmente, um dos mais importantes instrumentos sociais, pois seu poder produz esquemas dominantes de significação e interpretação do mundo. A mídia define o conteúdo e a forma do pensamento e da ação do sujeito. 
Andrade e Bosi (2003), estudam a influência da mídia no comportamento alimentar feminino. Para os autores, "o ideal de corpo perfeito preconizado pela nossa sociedade e veiculado pela mídia leva as mulheres, sobretudo na faixa adolescente, a uma insatisfação crônica com seus corpos" (Andrade & Bosi, 2003). Desta forma compreendemos a referência platônica de Bourdier (1997) em sua análise dos efeitos da mídia sobre a subjetividade como tradução da ideia do filósofo grego para o horizonte da contemporaneidade. Assim, a afirmação "somos marionetes da divindade" anuncia a mídia como detentora do poder de manipular as cordas que sustentam os sujeitos/marionetes.
QUESTÕES ÉTICAS 
A mídia é um instrumento fundamental no meio social. Nos tempos atuais, alcança uma dimensão capital e central nos diversos âmbitos da sociedade moderna. A política, o esporte, a escola, a economia são atravessados e marcados pela influência dos meios de comunicação de massa. 
Devido aos avanços tecnológicos que fazem com as informações veiculem de forma rápida e real, o domínio da mídia cresce de forma exacerbada.
Encontra-se questões éticas ligadas à mídia. Em primeiro lugar, a questão da ética ligada à propriedade privada. Ora, a comunicação é definida como um serviço público, tendo como objetivo estar a serviço das pessoas e grupos para que eles cheguem a conseguir seus objetivos pessoais e sociais. O fato de ser um serviço público não impede, em princípio, que ele seja propriedade de pessoas ou grupos, contanto que sirva aos interesses da coletividade. 
Temos ética como uma filosofia moral, ou uma reflexão que discute, problematiza e interpreta o significado dos valores morais. Portanto, uma pessoa ética é aquela que reflete, discute e problematiza as situações vividas, e cada profissional possui um determinado código de ética que deve ser seguido. Em relação ao psicólogo na mídia, o artigo 1º (CÓDIGO DE ÉTICA, 2005) “São deveres fundamentais dos psicólogos: Assumir responsabilidades profissionais somente por atividades para as quais esteja capacitadopessoal, teórica e tecnicamente;" 
Visa-se preservar a relação entre a formação e o cuidado com a inserção social. Não se deve atender a qualquer demanda e sempre responder em função de nossa prática, propondo indicações de especialistas em assuntos que não estão no nosso foco de atividade. Não devemos esquecer da natureza interdisciplinar e transdisciplinar do atendimento à população na área de Saúde, que é uma causa defendida pelos psicólogos e psicólogas do Brasil. Neste sentido e no mesmo artigo 1º (CÓDIGO DE ÉTICA, 2005), temos também que, prestar serviços profissionais em situações de calamidade pública ou de emergência, sem visar benefício pessoal. 
Em situações de caos, deveremos responder no que estiver no nosso âmbito profissional como demanda improrrogável, convocando sempre especialistas da rede de Saúde, de Assistência Social e outras áreas afins para apoio e solidariedade à população atingida. O foco do compromisso social da Psicologia é a sociedade, não somente o indivíduo, e muito menos o incentivo ao individualismo. Temos também neste campo de interface e ressonância com os direitos humanos, o Artigo 2º (CÓDIGO DE ÉTICA, 2005), “Ao psicólogo é vedado: Praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão;”
Precisamos criar e conquistar os parâmetros para uma sociedade mais justa, e que contemple os direitos humanos. Estamos em momento de intensa campanha midiática contra os avanços do Plano Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH-3), e é da natureza do entendimento da Psicologia, que a conquista de uma sociedade de direitos é fundamental para a saúde mental da população. E que saúde mental e democracia têm uma ligação inequívoca, conforme a proposição dos itens b, c e f do mesmo artigo 2º (CÓDIGO DE ÉTICA, 2005): 
“b) Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas funções profissionais; 
c) Utilizar ou favorecer o uso de conhecimento e a utilização de práticas psicológicas como instrumentos de castigo, tortura ou qualquer forma de violência;
f) Prestar serviços ou vincular o título de psicólogo a serviços de atendimento psicológico cujos procedimentos, técnicas e meios não estejam regulamentados ou reconhecidos pela profissão;”
Nossa prática jamais deverá ser confundida com qualquer forma de tirania, tão pouco com os terríveis instrumentais dos aparelhos de repressão. A nossa formação inclui a leitura de autores libertários que souberam revelar as modulações com que os poderes se exercem sobre o desejo e o inconsciente, e também souberam indicar as ações coletivas por um novo modelo de sociedade.
Portanto, a participação da Psicologia na Mídia tem seu pólo positivo e negativo.
É fundamental que o profissional tome os devidos cuidados com as questões éticas e a maneira que o “personagem-psicólogo” está passando a imagem e a atuação deste profissional, podendo vir a distorcer a real função do psicólogo para muitos telespectadores que não têm esta informação bem esclarecida.
A participação dos Psicólogos na Mídia, realizada com competência e ética, é saudável para a profissão e para a sociedade, à medida que esse profissional esteja prestando esclarecimentos e serviços à comunidade. Com isso, a população tem ganhos, ao adquirir uma nova dimensão para compreender a realidade.
POSICIONAMENTO DO CRP E CFP
O Conselho Regional de Psicologia criou um manual, onde dispõe da estrutura e do funcionamento do Sistema Conselhos, possibilitando compreender sua visão diante de diversos assuntos e seu funcionamento.
Podemos encontrar respostas para várias indagações da categoria tais como, o psicólogo pode fazer publicidade de seus serviços? Sim de acordo com as orientações do artigo 20 do Código de Ética e Resoluções do CFP. O(a) psicólogo(a) deve sempre informar seu nome completo, a palavra psicólogo(a), os números de inscrição e do Regional onde está inscrito(a). Poderão ser informadas ainda as habilitações do profissional, limitando-se apenas às atividades, recursos e técnicas que estejam reconhecidas ou regulamentadas pela profissão de psicólogo(a).
É vedado ao(à) psicólogo(a) na mídia realizar atendimentos, intervenções, análise de casos ou outra forma de prática que exponha pessoas e/ou grupos, podendo caracterizar quebra de sigilo, autopromoção em detrimento de outros(as) profissionais; preço como forma de propaganda;
previsão taxativa de resultados; autopromoção em detrimento de outros(as) profissionais; apresentação de atividades que sejam atribuições de outras categorias profissionais; divulgação sensacionalista das atividades profissionais; prática da Psicologia juntamente com ciência e profissão associada a crenças religiosas ou posições filosóficas ou místicas alheias ao campo da Psicologia.
Para que o psicólogo possa ter participações na mídia é fundamental que sejam seguidas as orientações contidas no Código de Ética Profissional do Psicólogo, Artigo 19, o psicólogo, ao participar de atividade em veículos de comunicação, zelará para que as informações prestadas disseminem o conhecimento a respeito das atribuições, da base científica e do papel social da profissão.” (CODIGO DE ETICA 2005)
	
PSICOLOGIA E MÍDIA: COMO O TEMA É TRATADO EM OUTROS PAÍSES
O elemento focal da democracia da comunicação, passa pela gestão de conteúdos e pela maneira como se regula as estruturas e os sistemas de comunicação. O controle de mídia, a liberdade de imprensa, que é muito confundido com a liberdade de empresa pelo setor privado da comunicação que é um elemento de convergência com os psicólogos, porque a produção de sentidos de subjetividade intrínseca ao controle da mídia, ao mau uso do jornalismo, a ausência da autonomia no trabalho profissional do jornalismo, portanto, a retirada da sua inchada de trabalho, que é sua condição de autonomia diante do produto de interesse público que é a informação, na verdade coloca os psicólogos numa perspectiva mais ampla que é a preocupação da sociedade que seja bem informada e tenha o acesso plural sobre o conteúdo de informação, coloca as pessoas em uma arena de fronteira de grande convergência. 
Nessa história os psicólogos tem uma temática muito importante no debate da democracia, notadamente todos as teses que os conselhos de psicologia federal estão levando para debate em relação a publicidade, ou seja, a contribuição da psicologia brasileira sobre a produção de atividade notadamente sobre o impacto nas crianças, nos preconceitos que são gerados, na produção de bens simbólicos traz aos psicólogos uma compreensão fundamental no debate da mídia de que é impossível pensar na democracia na comunicação se não criarmos regulação para esses instrumentos que hoje são permissíveis na sociedade brasileira fundamentalmente na infância. O sujeito se forma a partir da informação que ele recebe e se ele não consegue confrontar essa informação com outras informações diferenciadas, ele vai se formando uma pessoa mais ou menos conservadora. 
Em outros países a comunicação entre psicologia e a mídia é mais direta e simples, vários canais te TV a cabo por exemplo dão abertura em programas culturais para o diálogo, a explicação e a ressignificação de paradigmas que a sociedade cria ao longo dos anos. 
Temos um conhecimento fundamental para discutir o impacto na formação da subjetividade na perpetuação da violência, porque a mídia perpetua a violência, ela reproduz e não discute estereótipos e preconceitos, no mau que isso faz nos termos da cultura, porque reproduz as coisas mais atrasadas e retrógadas. 
Ao invés da mídia ser o quarto poder e dar voz, acaba preocupada na verdade com duas coisas, em formar uma postura política com relação ao governo no pais que ela está a favor ou contra dependendo do pais e ela forma consumidores para os seus anunciantes e o resto não importa, e é isso que estão fazendo no Brasil, não que não ocorra em outraspaíses, mas aqui é muito explicito e amplamente trabalhado sem dar abertura ao real valor a ser debatido. No brasil a mídia não é regulamentada, cabendo apenas intervir por meio de algumas leis do Direitos Humanos.
Como funciona a regulação de mídia em outros países
Os Estados Unidos não têm uma Lei de Imprensa, e a regulamentação da mídia no país é feita por diferentes legislações. No caso das telecomunicações (rádio, TV aberta e a cabo, internet e telefonia móvel e fixa), a regulação está a cargo da Federal Communications Commission, agência independente do governo criada em 1934. A FCC se dedica principalmente a regular o mercado, com foco nas questões econômicas. O órgão é responsável por outorgar concessões. A propriedade cruzada de meios de comunicação é proibida. Assim, uma mesma empresa não pode ser proprietária de um jornal e de uma estação de TV ou de rádio na mesma cidade. Há também regras que impõem certos limites sobre o número de estações de TV e rádio que uma mesma empresa pode controlar em determinado mercado. Esses limites variam de acordo com o tamanho do mercado e têm o objetivo de impedir que um mesmo grupo controle totalmente a audiência em determinado local. No caso do conteúdo, há no país o entendimento de que este deve ser regulado pelo próprio mercado e pela opinião pública. No entanto, a FCC age em casos de abuso, quando há a percepção de descumprimento de regras, como a que proíbe a exibição de cenas "indecentes" na TV. Outra regra determina que canais de TV dediquem pelo menos três horas semanais a programas infantis educativos. A atuação da FCC é acompanhada pelo Congresso americano, a quem a agência presta contas periodicamente. Além disso, o Judiciário também pode intervir. No caso de mídia impressa, a ideia é que mercado e opinião pública se encarreguem da regulação. Casos de difamação, calúnia e outros tipos de injúria costumam gerar processos na Justiça e resultar na aplicação de multas pesadas.
	Protestos, golpe de Estado e polarização política. Esse é o contexto que antecede a aprovação da lei de meios de comunicação na Venezuela. A lei Resorte - Responsabilidade Social em Rádio e Televisão - entrou em vigor em 2005, três anos após o chamado "golpe midiático" contra o então presidente Hugo Chávez. A atuação dos meios de comunicação privados nesse episódio teria sido utilizada como motor para uma contraofensiva do Executivo para regular a atuação da imprensa venezuelana. Outro aspecto controvertido é o que proíbe a transmissão de eventos ao vivo que possam "incitar a violência" e a "desordem pública". O principal fator de polêmica se deve a que a decisão sobre esses riscos seja feita por uma comissão do governo sem participação de representantes da mídia. Em 2010, a lei foi reformada e seu alcance passou a abranger também a internet. A violação da lei Resorte determina sanções como a suspensão do sinal por 72 horas ou a revogação da concessão no caso de reincidentes. A lei ainda estabelece que 50% da programação deve ser reservada a produções nacionais.
	Classificada por Dilma Rousseff como uma das "mais duras" do mundo, a legislação do Reino Unido para regulação da mídia surgiu na esteira do escândalo de escutas ilegais feitas por tabloides britânicos. A lei visa à regulação da atividade de jornais e revistas. Além dela, há outra regulação, mais antiga, para emissoras de TV e rádio. Emissoras de rádio e TV, por sua vez, são reguladas por outro órgão, o Ofcom. O órgão também é responsável pela telefonia, serviços postais e internet. Entre as atribuições do Ofcom estão garantir a pluralidade da programação de TVs e rádios, garantir que o público não seja exposto a material ofensivo, que as pessoas sejam protegidas de tratamento injusto nos programas, e que tenham sua privacidade invadida.
	Na Argentina, a chamada Ley de Medios foi aprovada em outubro de 2009. A lei define regras para emissoras de TV e rádio. O objetivo é a "regulação dos serviços de comunicação" e o desenvolvimento de mecanismos destinados à "promoção, desconcentração e fomento da concorrência com o fim de baratear, democratizar e universalizar" a comunicação. A lei fixa o limite de licenças e área de atuação do setor por cada pessoa que assuma um investimento. Os prestadores de serviço de TV por assinatura não poderão ser titulares de um serviço de TV em uma mesma região. A lei também estabelece limites de alcance de audiência para TV a cabo e emissoras privadas. Já a TV pública tem alcance nacional. A legislação define também que os canais abertos de televisão deverão "emitir no mínimo 60% de produção nacional", "30% de produção própria que inclua noticiários locais" e, no caso das TVs nas cidades com mais de um 1,5 milhão de habitantes, "pelo menos 30% de produção local independente".
REFERÊNCIAS
BALBINO, V. C. R. Psicologia Conteporanea na Mídia: Popularizaçãoda Ciencia, Conhecimento e Cidadania. Jundiaí. Paco Editorial. 2016.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução CFP n° 010/2005. Código de Ética Profissional do Psicólogo, XIII Plenário. Brasília, DF: CFP. 2005.
CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA. Manual de Orientações. Acesso em: 20/04/2017. Disponível em: <http://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/ manuais/manual_orientacoes/frames/fr_conteudo.aspx>
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Mídia e psicologia: produção de subjetividade e coletividade. 2.ed. / Conselho Federal de Psicologia. – Brasília: Conselho Federal de Psicologia, 2009.
FERREIRA, A. B. H. Aurélio século XXI: o dicionário da Língua Portuguesa. 3. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
MOREIRA, J. O. Mídia e Psicologia: considerações sobre a influência da internet na subjetividade. Psicol. Am. Lat. México, n.20, 2010. Acesso em 21/04/2017.
Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid= S1870-350X2010000200009&lng=pt&nrm=iso>. 
SILVA, E. F. G. SANTOS, S. E. B. O Impacto e a influência da Mídia sobre a produção da Subjetividade. SP. 2016. Acesso em: 21/04/2017. Disponível em: < http://www.abrapso.org.br/siteprincipal/images/Anais_VENABRAPSO/447.%20o%20impacto%20e%20a%20influ%CAncia%20da%20m%CDdia.pdf>

Outros materiais