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FADIGA METÁLICA A palavra fadiga foi introduzida nos anos de 1840 e 1850 para descrever falhas que ocorrem por esforços repetitivos, e tem sido utilizada continuamente como referência para estes tipos de falha. • Uma causa comum de fratura é a provocada pela fadiga, tipo de falha devida a cargas repetidas, e que é responsável por noventa por cento, ou mais, das falhas por causas mecânicas. Em geral, uma ou mais trincas pequenas surgem no material, podendo crescer até que ocorra falha completa. • O comportamento de um material que está submetido à fadiga pode ser visto de forma simplificada através de duas fases predominantes: • 1º Iniciação da trinca; • 2º Propagação da trinca ou crescimento subcrítico da trinca • Essas fases podem ocorrer separadamente ou simultaneamente, conforme a aplicação de cargas, o material utilizado e a formação geométrica da peça ou componente envolvido. • Se o número de repetições (ciclos) do carregamento for grande, da ordem de milhões, então a situação é dita fadiga de alto ciclo. • Por outro lado, fadiga de baixo ciclo é causada por um número relativamente pequeno de ciclos, cerca de dezenas, centenas, ou milhares. • Prever essas situações que provocam falha de componentes e produtos tornou-se muito importante para o conhecimento da durabilidade da peça. Fatores que afetam a resistência à fadiga: • Geometria: Pode provocar concentrações de tensões, elevando tensões locais a níveis extremamente altas e gerando gradientes de tensões; • Carregamento: A variação da carga atuante é um fator complexo para se avaliar quando se trata do limite de fadiga de um componente. Nesses casos, para se estudar a fadiga, é necessário conhecer, da melhor forma possível, as cargas que estão atuando no objetode estudo • Fabricação: Os processos de fabricação podem provocar aparecimento de falhas nas superfícies das peças, assim como alterar, erroneamente, a geometria das mesmas, causando concentrações de tensões e provocando o aparecimento de tensões residuais inconvenientes. • Meio: A ação de um meio agressivo, corrosivo, à peça, combinado com o fato do material estar sujeito à tensões de tração na sua superfície de contato, pode gerar um fenômeno conhecido como Corrosão Sob Tensão (CST) • A concentração de tensões não pode ser evitada no projeto de estruturas e em componentes de engenharia onde os entalhes estão presentes. Portanto devem ser avaliados. Fratura Dúctil X Fratura Frágil Curvas S-N ou curvas de Wöhler Exemplos de falhas por fadiga: Foto do avião “de Havilland Comet” • O avião Comet de origem inglesa, foi o primeiro avião comercial propulsionado por motores a jato fabricado no mundo. • O acidente ocorreu devido ao desgaste na fuselagem que trincou a ponta de uma das janelas, trincas estas de dimensões inferiores a 0,07 in de comprimento, que geraram elevadas concentrações de tensão o que desencadeou a tragédia (desde então tanto as portas como as janelas dos aviões são feitos em formatos arredondados nas pontas). • Acredita-se que essas falhas do Comet também custaram ao Reino Unido a perda de liderança no segmento da indústria comercial deaeronaves para os EUA o que é mantida até hoje. 23.5 Estado limite último de fadiga 23.5.1 Ações cíclicas A fadiga é um fenômeno associado a ações dinâmicas repetidas, que pode ser entendido como um processo de modificações progressivas e permanentes da estrutura interna de um material submetido a oscilação de tensões decorrentes dessas ações. Não são tratadas nesta Norma as ações de fadiga de alta intensidade, capazes de provocar danos com menos de 20 000 repetições. As ações de fadiga de média e baixa intensidade e número de repetições até 2 000 000 de ciclos são consideradas nas disposições estabelecidas nesta seção. Para a consideração do espectro de ações, admite-se que podem ser excluídas aquelas de veículos com carga total até 30 kN, para o caso de pontes rodoviárias. 23.5.2 Combinações de ações a considerar Embora o fenômeno da fadiga seja controlado pela acumulação do efeito deletério de solicitações repetidas, a verificação da fadiga pode ser feita considerando um único nível de solicitação, expresso pela combinação freqüente de ações (ver seção 11), dada a seguir: 23.5.3 Modelo de cálculo Para verificação da fadiga, seja do concreto ou do aço, os esforços solicitantes podem ser calculados em regime elástico. O cálculo das tensões decorrentes de flexão composta pode ser feita no estádio II, onde é desprezada a resistência à tração do concreto. O cálculo das tensões decorrentes da força cortante em vigas deve ser feito pela aplicação dos modelos I ou II, conforme 17.4.2.2 e 17.4.2.3, respectivamente, com redução da contribuição do concreto, como segue: − no modelo I o valor de Vc deve ser multiplicado pelo fator redutor 0,5; − no modelo II a inclinação das diagonais de compressão, θ, deve ser corrigida pela equação: 23.5.4 Verificação da fadiga do concreto 23.5.4.1 Concreto em compressão Essa verificação para o concreto em compressão é satisfeita se: 23.5.5 Verificação da fadiga da armadura Essa verificação é satisfeita se a máxima variação de tensão calculada, Δσs, para a combinação freqüente de cargas satisfaz:
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