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Resumo Manual de Direito Administrativo

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RODRIGO ZAMBÃO – DIREITO ADMINISTRATIVO
AULA 01 – DIA 06/02/2017
Zambao.ceap@gmail.com
4 módulos – teoria geral do direito administrativo; Direito administrativo contratual; Responsabilidade civil do Estado; Bens públicos e intervenção do Estado na propriedade.
Bibliografia:
Manuais Gerais: - Alexandre Santos Aragão; Carvalhinho; Rafael Oliveira. 
Manuais para quem já tem alguma base: - DFMN; Marçal Justem Filho.
Monografias Gerais de ADM: Transformações de direito administrativo – Patrícia Ferreira Batista; Uma teoria do Direito Administrativo – Gustavo Binenbojm. 
Textos DFMN: Temas de direito Administrativo; Temas de direito Público; Novas Mutações juspolíticas.
Licitações e contratos do FAG. (tenho) 
RDA – revista de direito Administrativo.
Revistas da PGE e ANAPE
Informativos do STJ, STF e TCU.
AULA 02
MS 34609 e 34615 – criação do ministério e nomeação do indivíduo como ministro, que foi réu na lava jato, altera o seu foro.
Não caberia MS coletivo de partido político para a tutela de direitos difusos.
Celso de Mello sugere que vai negar seguimento quando a questão de fundo for analisada. 
Segundo ponto – questão de fundo. Há desvio de finalidade? 
No caso do lula em exame preliminar dá a entender que havia ocorrido desvio de finalidade. No caso do Moreira franco, as provas trazidas não permitiriam o reconhecimento da ocorrência de desvio de finalidade. 
No lula não foi ao colegiado e o MS perdeu seu objeto. Tudo indica que no Moreira franco será levado a colegiado. 
Foro por prerrogativa não significa criação de espaço de imunidade. Aquele que se submete ao foro ainda está submetido aos graus de responsabilização. 
RE 760931 RG – se discute a possibilidade de responsabilidade subsidiária da ADM pública em razão de encargos trabalhistas gerados por terceirizações; (inadimplemento de terceirizada – art. 71, §1º lei 8666/93). 
Não seria possível a responsabilização automática da ADM pública. 
O entendimento da ADC 16 embora empeça a resp. automática, não afasta a possibilidade de resp. subsidiária, quando comprovada a culpa pelo poder público em relação a fiscalização do cumprimento desses encargos terceirizados. 
O dever de fiscalização por parte da ADM é uma obg. de meio e não de resultado. É possível uma fiscalização por amostragem da adm. pub. Já é capaz de afastar a culpa in vigilando. 
É necessário demonstrar com fatos concretos a fiscalização da ADM pub. Fixa procedimento que a adm. deve adotar. Se toma conhecimento, deve notificar o contratado para suprir a falha e na omissão do contratado deve ajuizar ação de depósito e descontando os valores que deve no contrato. 
GÊNESE E DESENVOLVIMENTO DO DIREITO ADMINISTRATIVO
Fruto das ideias do liberalismo. Ideia de limitação do poder. Surgiu no momento em que o poder se submete ao legislador. Contenção do poder. Passagem do poder ilimitado para a passagem do Estado em que o poder era contido de forma efetivo (ver. Francesa) poder de polícia para um estado liberal. 
Princípio da legalidade – submissão da adm a uma vontade externa, do legislador. É muito defendido a essa fase inicial do direito adm o reconhecimento de q a função adm. era mera execução da lei de oficio, vinculação positiva e absoluta à lei. É muito importante o princípio da separação dos poderes. Existindo função adm apartada da função legislativa e jurisdicional. 
Sempre haverá espaços de discricionariedade para o administrador público. 
Embora o direito adm. Tenha surgido em benefício ao cidadão, ele se desenvolveu como direito da exorbitância. Direito administrativo é muito influenciado pelas construções efetivados pelo conselho de estado francês. 
O conselho de estado francês estabeleceu o direito administrativo como de exorbitância:
Fixação de regras derrogatória do direito comum. A jurisprudência se desenvolveu a afastar as exigências do direito comum as relações de direito pub. Criando espaços imunes ao controle jurisdicional
O direito adm. Se desenvolve com criação de regras que atribuem a adm. Pub prerrogativas, poderes e privilégios em relação aos particulares. 
Valorização da autoridade em detrimento da liberdade ficou muito presente no direito adm. Brasileiro. Boa parte defende que o foco atual é aumentar a liberdade, conforme CF de 88. Liberdade como foco.
Autoridade # autoritarismo. 
Usado a luz da proporcionalidade. Devendo ser adequada e necessária, mas sempre que for necessária a autoridade poderá ser empregada, de forma subsidiária. 
CONCEITO E OBJETO DO DIREITO ADMINISTRATIVO.
Alexandre Aragão – direito adm. Tem como objeto regras e princípios que regem as atividades administrativas do Estado entendidas estas como as que não são jurisdicionais ou legislativas, seus meios, prerrogativas, deveres, limites e controles. 
Traz um conceito subsidiário do direito adm. É o que não é jurisdicional ou legislativo. Inspiração em Otto Mayer. DFMN também usa esse conceito.
A função adm. É cada vez mais heterogênea, sendo difícil chegar a um núcleo duro. Abrangem diversos aspectos, aplicação da lei, funções quase jurisdicionais, legislativas, os campos de atuação são cada vez mais diversificados, por isso a vantagem desse conceito subsidiário de função adm. 
Carlos Ari Sunfield – o direito adm. É o direito comum do estado. Portanto é um conjunto de normas (constitucionais, legais e regulamentares) e a cultura jurídica (teorias, interpretações, práticas), destinadas a, por meio do direito, organizar e controlar a administração pública, assegurando direitos aos particulares. 
Direito adm. É cada vez mais fragmentário. As normas que disciplinam a adm. Pub. São cada vez mais dispersas. A complexidade da função adm. Necessariamente deve refletir naquilo que rege a sua atuação. 
O direito por ser compostos por cada vez mais complexos regimes, deve ser tratado como o direito comum do Estado. Expressa bem a pluralidade de fontes do direito adm. 
Não há um código de direito adm. 
Alguns autores defendem a necessidade do código de direito adm. Outros autores entendem que não, pois não conseguiria acompanhar a dinâmica da realidade econômica e social além de não abranger todo o direito.
Na ausência de um código é a CF que traz um norte mínimo. 
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO
CF, CE, normas jurídicas. 
Doutrina – influencia o legislador a fiar regras disciplinadoras do exercício da atuação adm. 
Jurisprudência – supremo estabelecendo súmulas vinculantes. Profere decisões em controle abstrato de constitucionalidade com efeito vinculante. 
O papel da jurisprudência do STF é potencializado em função da constitucionalização do direito adm. Através de normas e princípios de caráter aberto que conferem uma margem maior de atuação do julgador, favorecem um papel criativo da jurisprudência no âmbito do direito adm. 
Práticas reiteradas do direito administrativo são fontes. Práticas que geram expectativas nos administrados exercem papel de fontes do direito adm. (confiança legítima).
Práticas adm. Inspiram criação do legislador. 
FUNÇÕES DO DIREITO ADM
Mediar o conflito entre autoridade e liberdade. 
Hoje o desafio é trazer o pêndulo para a proteção do cidadão. 
Três funções principais: floreano de Azevedo marques neto
Direito administrativo como instrumento de restrição e condicionamento de direitos em prol da realização e proteção de outros direitos da coletividade. Ex.: desapropriação; poder de polícia. 
Instrumento de efetivação de direitos – trabalha-se com a ideia de vinculação positiva da adm. Pub. Aos direitos fundamentais. 
Como instrumento de composição de direitos e interesses.
Acabam refletindo a ideia que o estado democrático de direito é um estado de ponderação e é papel do adm. Pub compor os direitos e interesses existentes na sociedade. 
Se estruturar em torno das ideias de composição, mediação, ponderação, sem prejuízo ao uso da autoridade, quando for necessário.
Visão crítica do surgimento histórico do direito adm. 
Visão garantística do surgimento do direito adm.- direito de atribuição de prerrogativasda adm. pub que favoreceu a consolidação do aspecto autoritário do direito adm.
CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO ADMINITRATIVO
A constituição condiciona validade e direciona a interpretação de todo o ordenamento infraconstitucional. Força normativa da constituição. 
Cada vez mais buscas objetivos e meios de realização na constituição. 
Duas modalidades de constitucionalização do direito administrativo
Constitucionalização inclusão – previsão em sede constitucional de norma do direito administrativo;
Constitucionalização releitura – decorrência de uma força expansivas das normas que envolve uma releitura, interpretação do direito administrativo à luz da pauta constitucional.
Consequências:
A CF de alguma forma trouxe consequências no próprio perfil do Estado brasileiro nos campos econômico e social, trazendo limites e condicionamentos na atuação do Estado.
Produziu alterações no campo do princípio da legalidade – hoje o direito administrativo trabalha com uma legalidade em sentido amplo, chamada juridicidade que é a vinculação da adm. pub a lei e ao direito como um todo, é a possibilidade que a adm. pub busque fundamento diretamente na constituição, ainda que não exista intermédio do legislador. 
Superação/releitura da supremacia do interesse público sobre o privado.
Ampliação do controle da adm. pub. valorização da principiologia constitucional intensificou o controle exercido pela adm. 
Os princípios constitucionais poderiam intereferir o mérito adm. mas na verdade o que houve foi um estreitamento.
Processualização do direito administrativo – o foco é o processo de formação da decisão administrativa. Como instrumento de legitimação da atuação do administrador pub. O ato adm. não é mais o elemento nuclear.
Ampliação da consensualidade, abertura de canais de participação no exercício da função administrativa. A decisão tomada a partir de parâmetros de consensualidade tende a ser mais eficiente. Também reflete na interação entre entes federativos, na noção de cooperação entre eles. 
Ideia de vinculação positiva da adm. pub aos direitos fundamentais. Tendo viés negativo – a adm. pub não deve atuar em violação aos direitos fundamentais; viés positivo – cabe a adm. pub atuar positivamente na promoção de direitos fundamentais.
Valorização da segurança jurídica no exercício da função administrativa, valorização do princípio da confiança legitima dos administrados. As expectativas criadas pelo adm. pub devem ser atuadas pelo ordenamento jurídico. 
Separação entre as funções de governo e da adm. pub. 
 Necessidade de releitura de institutos clássicos, à luz da CF. como a intervenção do estado na propriedade; exercício do poder de polícia; estudo dos atos adms. – filtragem constitucional.
Ainda há descompasso entre determinadas categorias do direito adm, o emprego no dia a dia e o que a CF trata.
RISCOS DA CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO ADM.
Risco ao princípio democrático – se tudo esta na CF não sobra nada para o legislador e adm. Acaba solidificando um determinado modelo de adm. pub que não pode acompanhar a dinâmica da realidade; Engessamento De Modelos Sociais. Espaço de atuação do legislador e do adm. pub de ser reconhecido.
Intensifica o controle exercido pelos poderes eleitos e a adm. pub. O controle deve ser racional e o risco da constitucionalização e da intensificação a partir disso é o emprego de princípios altamente abstratos e regras altamente abertas e favorece o controlador impor sua visão de mundo em sobreposição a quem foi eleito, podendo favorecer ao subjetivismo do controle. 
Risco do plano da governabilidade – qualquer reforma que quer se implantar, deve-se mudar a CF, dificultando a mobilidade dos entes e adoção de medidas necessárias em contextos de crises. 
Risco de judicialização excessiva – se tudo está na constituição, há uma tendência de promessas não cumpridas. Toda alteração legislativa que modifique para pior servidor público vai ao STF. 
FUGA PARA O DIREITO PRIVADO NO AMBITO DO DRIETO PRIVADO 
Recurso do direito privado para a busca de eficiência administrativa. Emprego de mecanismos do direito privado para melhor eficiência. Métodos de gestão privados no âmbito da adm. pub. – particulares com colaboração na consecução do interesse publico. Tentativa de redução adversarial do direito adm.
Relativiza as fronteiras entre direito público e privado – tudo aquilo que incida e discipline de alguma forma o exercício da função adm. é direito adm. 
Envolve a realização de tarefas públicas sobre o regime de direito privado. 
Pragmatismo e interdisciplinaridade no direito administrativo – direito adm. preocupado com os resultados da ação adm. não basta o agir. Só atende aos interesses do adm. pub quando produz os resultados esperados pelos administrados. Não se deve admitir uma atuação administrativa insensível do impacto da atuação adm. o direito muitas vezes por si só não se basta, deve ser usado conceitos de estatística, sociologia, etc.
AULA 03
RE 580282 – preso submetido a situação degradante e superlotação na prisão tem direito a indenização à prisão – preso tem direito a indenização em dinheiro em parcela única.
Barroso tinha uma ideia de afastar a indenização pecuniária e colocava uma remissão da pena por condição degradante.
Tese fixada – considerando que é dever do estado manter em seus presídios padrões mínimos, é de sua responsabilidade a obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais, comprovadamente causados aos detentos decorrentes de superlotação e condições degradantes. 
PRINCÍPIOS DA ADMINITRAÇÃO PÚBLICA
Teoria dos princípios – conjuntos de regras e princípios.
Postulados aplicativo normativo - seriam meta normas que auxiliariam a aplicação de outras normas. Seriam normas instrumentais, sem conteúdo aplicativo. – Humberto Ávila. 
Valores não são normas, mas encontram-se presentes em normas jurídicas. Regras e princípios concretizam os valores.
Regras e princípios se diferenciam em três aspectos:
Quanto ao conteúdo – princípios consagram decisões políticas fundamentais, valores a serem observados em razão da sua dimensão ética ou fins públicos a serem alcançados; As regras consagram comandos, proibições, preceitos objetivos. São concretizações específicos de valores ou fins públicos. 
Quanto a estrutura normativa – os princípios apontam de forma genérica a estados ideias a serem alcançados. Caracterizam-se por uma indeterminação em sentidos, possuem baixa densidade normativa e podem ser caracterizados de diferentes formas. Atribuem ao intérprete um papel criativo maior; As regras são normas descritivas, proibitivas de comportamento. Preceitos objetivos e possuem maior densidade normativa. O intérprete exerce um menor papel criativo e uma menor definição na interpretação da regra. 
Quanto ao modo de aplicação – as regras são aplicadas segundo o método do tudo ou nada. Presente o pressuposto de fato escrito no enunciado da regra, ela será aplicada. Aplica-se o critério da subsunção e o conflito entre regras são resolvidos através dos critérios clássicos (hierarquia, cronologia, especialidade). São mandados definitivos. Presente o pressuposto é aplicado, ausente o pressuposto de fato, não é aplicado; os princípios assumem uma dimensão de peso/grau. São mandados de otimização que devem ser realizados na maior medida possível de acordo com as situações fáticas e jurídicas do caso concreto. Princípios podem apontar para soluções distintas no caso concreto. Podem entrar em colisão. São solucionados a partir de uma ponderação de interesses. Envolve uma acomodação entre os princípios em jogo de forma a potencializá-los a luz das circunstâncias concretas. Envolve uma tentativa de preservação da máxima incidência do princípio em jogo.
Princípios e regras exercem diferentes papéis no ordenamento jurídicos.
Os princípios trazem uma plasticidade ao ordenamento jurídico – possibilidade de adaptação à realidade. Plasticidade. 
As regras trazem segurança e estabilidade ao ordenamento jurídico. A eficiência de um ordenamento exige a presençade regras e princípios. Não há hierarquia formal entre regas e princípios. 
Papel dos princípios no Direito ADM: (Patrícia Batista)
Conferir unidade sistemática ao direito administrativo – o direito adm. Passa ser estruturado através da estrutura constitucional
Os princípios fornecem uma pauta substantiva para ação administrativa. Passam a estabelecer o conteúdo da ação adm.
Os princípios favorecem um incremento do controle da adm. Pública. 
Classificação (Alexandre Aragão):
Princípios administrativos:
Gerais – são aqueles aplicáveis a todas as manifestações do direito adm. Todas as suas formas de atuação. Sobretudo os positivados no caput do 37.
Setoriais – aqueles aplicáveis a segmentos específicos do direito adm. princípios licitatórios, princípios da prestação de serviços públicos. 
Diferença entre princípios constitucionais e infraconstitucionais de direito adm.
Art. 2º, 5427/09;
Os princípios constitucionais se dividem em:
Expressos – aqueles positivados em normas constitucionais. Princípio da legalidade.
Implícitos – aqueles extraídos pela via interpretativa do sistema constitucional ou de normas constitucionais específicas – princípio da confiança legítima extraída da cláusula do Estado democrático de direito.
Riscos da hipervalorização de princípios:
Risco ao princípio democrático e consequentemente de uma excessiva desvalorização de regras jurídicas;
Risco de achar que os princípios resolverão todos os casos concretos. A interpretação divergente dos princípios podem trazer insegurança jurídica. 
Princípios em espécie:
Princípio da legalidade – surge da submissão do poder ao direito. O Estado de direito. Traz a clássica ideia de vinculação positiva da adm. Pública a lei. A ação adm. Sempre dependeria de uma autorização legal e da ideia clássica de que a lei predeterminaria o conteúdo da ação administrativa. A função adm. Como mera execução à lei. Dar concretude a comandos específicos. Muito trabalhada nos autores clássicos. O legislador só poderia fazer aquilo que a lei determina. Adm. teria função de agregar concretude a preceitos legais. 
A visão clássica não reflete ao atual direito adm. É impossível ao legislador predeterminar todos os casos de atuação adm. 
A visão contemporânea do princípio da legalidade é que embora seja necessário autorização normativa para ação adm. é impossível que a lei defina todos os limites da atuação adm. Cada vez mais abre espaços para a atuação discricionária adm. 
Isso passa pelo reconhecimento da crise da lei em sentido formal – inflação legislativa; crise de representatividade do legislativo; trunfo do constitucionalismo; descompasso entre a realidade e a morosidade do processo legislativo. As demandas por celeridade da adm. Pública é incompatível com a morosidade legislativa que não consegue acompanhar o dinamismo da realidade. A expansão do poder judiciário também contribuiu para isso. Questões controvertidas e de elevado valor social são levada ao poder judiciário como uma espécie de retração do poder legislativo. 
A administração pública deve encontrar amparo normativo para sua atuação, podendo ser mais ou menos rigoroso, no que diz respeito ao conteúdo da definição adm. o quanto de definição normativa é uma questão de técnica legislativa. 
A CF não diz o quanto se deve predeterminar o conteúdo da ação adm. Apenas diz que ela deve encontrar suporte na norma jurídica. 
Evolução da legalidade adm. Para um conceito de juridicidade adm. Ideia de vinculação da adm. Não só a lei em sentido estrito, mas ao direito como um todo. Traz o reconhecimento de que o adm. Público é possível encontrar fundamento para sua atuação diretamente na CF. a CF é uma norma habilitadora da atuação adm. A manifestação adm. É uma expressão ampla e englobante da legalidade. 
O administrador passa a poder agir com fundamento direto na CF, ainda que não exista lei em sentido estrito que fundamente sua ação. 
Passa ser um aplicador direto da CF e da lei. Pode editar atos normativos com fundamento direto na CF (regulamentos autônomos ou independentes).
Só pode deixar de aplicar a lei se ela for inconstitucional. 
A ideia de juridicidade se manifesta em três níveis:
Plano constitucional – vinculação direta da adm. À CF.
Vinculação à lei em sentido formal;
Vinculação à disciplina regulamentar por ela mesma editada. Nos espaços deixados no ordenamento jurídico. Podem ser deixados pela própria CF ou pela lei. 
A lei deve trazes parâmetros claros, sob pena de trazer delegação legislativa em branco à adm. 
Princípio da autotutela adm. – dever que a adm. Tem de invalidar atos praticados em contrariedade ao ordenamento jurídico.
Princípio da presunção de veracidade – atributo adm. consequência do princípio da legalidade. Presunção relativa que admite prova em contrário. Demanda de eficiência da atuação adm. 
Autoexecutoriedade – possibilidade da adm. fazer valer os atos administrativos por meios próprios de coerção. Possibilidade de executar os próprios comandos sem a intervenção de uma força externa. 
Princípio da impessoalidade – especialização do princípio da igualdade no direito adm. que pode se manifestar de três formas: VEDAÇÃO DE PRIVILÉGIOS E DISCRIMINAÇÕES DESPROPORCIONAIS – a adm. Deve decidir a luz de parâmetros objetivos e previamente definidos. Tratamentos desiguais devem encontrar amparo no princípio da proporcionalidade e concretização do interesse público relevante. Qualquer decisão adm. que envolva benefícios a adm. em detrimento a outros seja feito com parâmetros objetivos de escolha; VINCULAÇÃO DA ADM. A O INTERESSE PÚBLICO (PRINCÍPIO DA FINALIDADE) – vinculação do adm. ao interesse público. Ele não pode agir para satisfação de interesses outros que não encontram amparo no interesse público, definido em norma jurídica. Ele não pode agir para satisfação de interesses pessoais. Proibição da promoção pessoal; ORGANIZAÇÃO DA ADM. PÚBLICA (IMPUTAÇÃO VOLITIVA) – da ação adm. É imputada a PJ que o agente integra e não a ele. Quando um agente público comete um ato ilegal, ele é imputado a PJ que ele integra. 
DFMN divide a juridicidade em três aspectos – legalidade – observância ao que está positivado à lei; legitimidade – observância a uma vontade democraticamente observada – licitude – atuação adm. De acordo com padrões éticos de moralidade e probidade. (princípio da responsividade). 
Princípio da publicidade – expõe os atos do poder público. Traz a ideia de visibilidade e transparência no exercício da função adm. Divulgação dos atos do poder público. O Estado democrático de direito é incompatível com o sigilo de questões públicas. A publicidade é requisito essencial para informação dos administrados. Condição de eficácia de atos adm. exige que se permita ao administrado o pleno entendimento sobre o conteúdo do ato. 
Lei de acesso à informação ampliou significativamente o acesso a informação de órgãos públicos. 
Lei 13303/16 – traz algumas exceções ao princípio da publicidade, porém os órgãos de regulação poderiam ter acesso as informações desde que não divulguem. 
Princípio da motivação dos atos administrativos – exigência de exposição dos fatos e fundamentos jurídicos que deram ensejo a ação adm. O adm. Tem o dever de embasar logicamente suas ações. Atos administrativos decisórios devem ser motivados. 
Princípio da realidade – tanto as normas jurídicas quanto os seus desdobramentos judiciais e administrativos não podem enveredar pela fantasia ou exigir o irrealizável. Os comandos da adm. pública devem ter condições objetivas de serem realizados. O ato adm. que instala uma licitação de aeroporto para discos voadores fere o princípio da realidade. Deve ser inerente a atuação adm. que seu conteúdo deva ser efetivamente realizado. 
Teoria dos motivos determinantes – exigência de correspondência entre os motivos do ato e a realidade concreta. Adm. se vincula a veracidade e legitimidade dos motivos apresentados. 
Motivação é a exteriorização do motivo. 
AULA 04
Princípio da eficiência – busca a otimização da atuação do administradorpúblico com a melhor realização possível, com os menores ônus, os objetivos consagrados no ordenamento jurídico. Preocupação constante com os resultados da atuação administrativa. 
Conceito de legalidade finalística – legalidade dos resultados esperados. Efetiva concretização dos resultados esperados pela CF. Relativização de um formalismo excessivo da ADM. 
A boa gestão pública deve ser uma preocupação constante do legislador. 
A eficiência exige que o controle da adm. seja racional. A desproporcionalidade do controle favorece a ineficiência. 
DFMN – os quatro paradigmas do direito adm. Ao lado da legitimidade e finalidade, e eficiência e o resultado são os paradigmas do novo direito adm. 
Eficácia/efetividade – bem agir, otimização do adm. pub/ otimização dos resultados esperados. 
Princípio da economicidade – expressão financeira do princípio da eficiência. Traz exigências de custo/benefício no âmbito da função adm. Combate de desperdícios públicos. A licitação é uma tentativa de concretização desse princípio.
PRINCÍPIO DA MORALIDADE – complexa definição – tem em seu núcleo uma noção nem sempre objetiva e clara de bom administrador. Envolve uma atuação ética e padrões de probidade no exercício da atuação adm. 
Seguir as regras de probidade, decoro e boa fé. 
Para cargos políticos o STF tinha precedentes que a vedação ao nepotismo seria relativizada. 
E o filho do crivella?
Em 2015/2016 a relativização passou a ser relativizada. Há precedentes em reclamação exigindo que a indicação de parentes para o exercício de cargos políticos venha acompanhada de alguma demonstração de que o nomeado tenha capacidade técnica para o tipo de função.
A improbidade envolve a tipificação da improbidade em sede administrativa – improbidade caracterizada pela desonestidade do agente público. 
Improbidade administrativa exige presença de dolo ou culpa grave
Há precedentes de 2016 envolvendo improbidade que o STJ ressalta que o conceito de improbidade não é elástico, não existindo a comprovação de elemento subjetivo. Nem toda infração adm. é improbidade.
Prejuízo ao erário – STJ exige culpa e que houve o efetivo dano;
Atentando contra os princípio – STJ exige a comprovação do dolo;
Enriquecimento ilícito – não pressupõe dano ao erário, portanto não exige a demonstração de dano. 
A imoralidade não se presume, deve ser demonstrada nas respectivas ações. 
A moralidade vincula também os particulares que travam relações com a adm. pub.
Lei 12846/13 – lei de corrupção, regulamentada pelo decreto 8420/2015. 
Princípio da continuidade do serviço administrativo – 
Pode se interromper um serviço público pelo inadimplemento – art. 6ª, §3º, II lei 8987.
Atividades secundárias podem ser cortadas. 
Princípio da proporcionalidade – teste de proporcionalidade – aplicação sucessiva de três subprincípios: 
Adequação ou idoneidade – envolve duas análises – o fim perseguido pela atuação estatal deve ser legítimo, também chamada de razoabilidade externa; Verificação se a medida estatal é apta ao alcance do fim pretendido. Ideia de congruência entre o meio e o objetivo pretendido pela ação estatal. Ex.: proibição de venda de bebidas alcoólicas para fins de controle da inseminação do vírus HIV. – Conceito forte de adequação a medida deve ser apta para atingir o objetivo; a fraca basta contribuir de alguma forma para atingir o objetivo. 
Necessidade ou exigibilidade (proibição de excesso) – exigência de que dentre as medidas aptas ou idôneas ao alcance do resultado pretendido, deve-se optar as menos restringíveis aos direitos do usuário. 
Proporcionalidade em sentido estrito – análises dos benefícios decorrentes das medidas restritivas devem ser superiores aos seus ônus. 
Controle racional dos atos do poder público
Viola a proporcionalidade quando há proteção insuficiente de direitos dos administrados. Decorre da dimensão objetiva dos direitos fundamentais, vinculação positiva da adm. aos direitos fundamentais. 
Princípio da segurança jurídica – manifestação do princípio da proteção da confiança legítima é uma concretização específica da segurança jurídica. Pilares axiológicos do direito (ao lado da justiça)
1 – aspecto objetivo – envolve a estabilidade do ordenamento jurídico, envolvendo a proteção do ato jurídico perfeito, coisa julgada, etc.
2 – aspecto subjetivo – envolve a proteção das legitimas expectativas de atos do poder público.
 Extraído da cláusula do Estado democrático de direito. 
Teoria das autolimitações administrativas – exigência de coerência no exercício administrativo. O Estado se auto vincula as suas praxes administrativas. 
Requisitos para a aplicação dos atos próprios:
Identidade subjetiva – os atos em contradição devem ser provenientes da mesma PJ;
Identidade objetiva – as circunstâncias concretas devem ser as mesmas;
Efetiva contradição entre condutas administrativas.
Não abarca tolerância ilegal de atividades
Atos inconstitucionais não se submetem ao prazo decadencial do direito administrativo. 
Supremacia do interesse público sobre o privado – CABM – condição de existência do próprio Estado. 
Princípio utilitarista, onde um deve ceder ao coletivo, podendo ser perverso ao direito das minorias. 
A incompatibilidade desse princípio com a teoria dos princípios, pois eles possuem uma dimensão de peso, e se abre a ponderação de interesses e aplicáveis de acordo com situações fáticas e de direito. É incompatível um princípio que estabelece como regra uma saída à ponderação
É incompatível com a teoria dos direitos fundamentais. O interesse coletivo pode violar o interesse individual. 
Princípio intermediária da supremacia – interesse público primário – condição de existência do Estado; e secundário – gestão do Estado. A supremacia seria encontrada apenas no interesse público primário.
AULA 05
Princípio da consensualidade (participação) – Envolve a concretização do princípio democrático na adm. pub. Envolve a substituição de uma adm. autoritária, para uma democrática. Sendo o particular um partícipe na consecução do interesse público. Ex. art. 241 CF – a união os estados, DF e municípios disciplinarão por lei os convênios públicos...
Se manifesta de duas formas:
Como método de decisão – que envolve a legitimação pela Processualização. Abertura de canais no processo decisório aos particulares. 
Modelo deliberativo de democracia – ex: art. 31 a 35 da lei 9074; art. 10, IV, Lei 11079/11; art. 39 da lei 8666/93.
Como método de operação – incremento, ampliação de instrumentos negociais entre atores públicos ou entre estes e atores privados.
Utilização de arbitragem para a resolução de conflitos que envolvam direitos patrimoniais disponíveis – art. 1ª, §1º, lei 9307. – acordos substitutivos de sanção.
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
A atividade se desenvolve em vários centros decisórios. No plano material, a complexidade se manifesta pelos diversos campos em que a adm. atua. Não há como identificar um núcleo duro do campo de atuação da adm.
Adm. pub tem dois sentidos:
Sentido subjetivo (formal ou orgânico) – que engloba os órgãos e entidades que desempenham atividade adm. – se divide em dois:
1 – Adm. direta envolve as pessoas federativas e seus respectivos órgãos de atuação (art. 18 CF). Informada pelas noções de hierarquia e verticalização – formada por centros despersonalizados de competência (órgãos públicos de verticalização).
2 – adm. indireta (art. 37, XIX, CF) – autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista e fundação – Tem-se as noções de autonomia e vinculação, as entidades que integram a adm. direta se vinculam não por uma relação de hierarquia, mas por uma relação de vinculação. 
Governo é formado pela cúpula do poder executivo, sua chefia, adm. superior da adm. pública, formada pelas noções de alternância e temporalidade. 
Sentido objetivo (material ou funcional) – envolve a atividade administrativa propriamente dita. Divide-se em dois sentidos
1 - atividades internas da administração publica- ligadas ao conceito de interesse público secundário(introversa) – gestão financeira dos órgãos e entidades, bens pessoas, serviços. 
2 - atividades externas (extroversa) – ligado ao interesse público primário, envolvendo a relação de ser do Estado – prestação de serviço público, exercício do poder de polícia, fomento, técnicas de organização administrativa. Envolvem a noção de especialização com vistas ao melhor desempenho da ação adm. e consequentemente melhor atendimento do interesse público. Quanto maior a gama de atividades, maior o nível de especialização. Adm. pública multi organizativa.para bem atender o interesse público. 
Tecnicas de organização adm.:
Desconcentração – distribuição de atividades dentro de uma mesma pessoa jurídica – criação de centros despersonalizados de competência (órgãos públicos) – escalonamento vertical de órgãos que integram um pessoa jurídica, ligados através da hierarquia.
Teoria do órgão – Otto Gierke – Da teoria do órgãos faz-se analogia da relação do órgão com o corpo humano, se extrai a noção de imputação volitiva. A atuação do órgão público e do agente é imputada a pessoa jurídica representada. Sendo a pessoa jurídica em atuação. 
Não impede a responsabilização do Estado por agente de fato – casos em que há vício ou inexistência de vinculo entre o agente e a PJ. 
Poder hierárquico é presumido e pode se extrair uma série de poderes implícitos – comando, ordenação, coordenação, dirimição de conflitos de competência, poder disciplinar. Delegação e avocação de competência. 
Criação e extinção de órgãos públicos (desconcentração) – CF de forma genérica exige lei (art. 48, XI e 84, VI, a, CF). Leis de iniciativa do chefe do poder executivo (art. 61, §1º, II, e, CF) 
Art. 92, II e 127, §2º da CF
No âmbito legislativo não se exige leis para a criação de órgãos da adm. pub. A realidade da adm. de criação e extinção se dá por decreto em razão da alteração da EC 32 – A mera estruturação, quando não implicar aumento de despesa pode se dar por decreto do chefe executivo. 
Espécies de regulamento:
De execução – art. 84, IV, CF – são aqueles regulamentos que garantem a fiel execução de lei e destinam-se a instrumentar e concretizar comandos legislativos. Segundo o entendimento tradicional, os decretos não poderiam inovar na ordem jurídica. 
Independente (praeter lege) – regulamentos que buscam fundamentos diretamente na CF em espaços deixados pelo poder constituinte, desde que não submetidos a reserva de lei – consequência do princípio da legalidade. Ampliação do poder normativo da adm. pub. Noção de preferencia de lei caso haja. 
Autônomo – possui fundamente direto na CF, que delimita um espaço reservado ao regulamento. Aquele editado em campo de reserva de regulamento, envolvendo um núcleo funcional resistente à lei. Em matéria de reserva de regulamento, lei não pode entrar. Delimita uma esfera de conteúdo privativa ao regulamento. A relação entre o ato normativo e a lei é de competência, cada um tem uma esfera de interferência. Lei não pode tratar de matéria de regulamento autônomo. 
Existem autores que entendem que a CF não trouxe a previsão de regulamentos internos criarem ou extinguirem órgãos públicos. 
Segundo entendimento reconhece que a CF trouxe uma reserva de ADM., tendo um campo regulamentar resistente a interferência do poder legislativo – DFMN; AA; André cirino. 
O STF reconhece reserva de administração.
Terceiro entendimento é de que há um regulamento autônomo, mas não afasta a preferência de lei. Decreto não afasta lei anterior.
Extensão da alteração da EC 32 – há possibilidade de criação de decretos públicos mediante a transformação ou absorção das atribuições de outros órgãos (fusão, cisão, transformação de órgãos) – sempre com o aproveitamento da estrutura e cargos existentes. 
Reestruturação deve ter efeitos internos. Não interferir ou não poder interferir 
Órgãos não possuem capacidade processual, mas em alguns casos a lei atribui capacidade a alguns órgãos. (art. 82, II, CDC). Juízo de capacidade judiciária (carvalinho);
Também não possuem capacidade contratual, quem celebra contrato adm. é a PJ ao qual o órgão público faz parte.
Art. 37, §8º, CF – contrato de gestão de efeitos internos – não é exceção há capacidade contratual, pois esse contrato é organizacional e não administrativo. 
B – Descentralização – envolve a transferência de atividade administrativa para ente distinto. Envolve a criação de entes dotados de PJ própria. Ideia de autonomia – a criação de entidades integrantes da ADM.PUB envolve uma relação de vinculação e não subordinação. 
1 – Legal (por outorga) – transferência por lei da titularidade da atividade. 
2 – Negocial – transferência por ato negocial da execução da atividade. 
Primeiro setor – adm. direta e indireta;
Segundo setor – mercado, concessionárias e permissionárias que atuam em colaboração com o poder público. 
Terceiro setor – entidades que atuam com o poder público em organização social. 
Princípios da adm. direta:
Reserva de lei – Criação por lei nos casos de PJ direito público, nos casos de PJ de direito privado é autorizado a criação, surgindo após o registro nos órgãos competentes. 
Adi 1649 – basta a autorização genérica na lei de criação da atividade principal. (subsidiárias das estatais)
PJD público decorre diretamente de lei; PJD privado a lei autoriza a criação mas a PJ da entidade surge da inscrição dos seus atos constitutivos dos seus atos competentes. 
MJVC – PJD privado que integram a adm. pub. Hipóteses que a lei autoriza a criação da entidade. 
Entendimento majoritário – seria apenas para fundações, ter uma lei complementar para regular a atuação.
Especialidade como ideia de eficiência 
Princípio do controle – Decorre da vinculação dessas atividades ao ente criador e da necessidade de submissão a essas entidades a diretrizes gerais fixadas pela chefia do poder executivo. Direção superior da adm. pública se extrai dos artigos 84, II e 87, P.U, CF. 
Por estarem vinculadas ao poder central, edvem obediência as diretrizes gerais fixadas pela adm. pública. Chamada de supervisão ministerial por alguns. 1.26:55
Espécies de controle:
1 – Controle Político – envolve a possibilidade de nomeação e exoneração dos dirigentes dessa entidade, ressalvados os casos em que a lei restringir.
2 – Controle finalístico – Verificação do atendimento pela entidade dos fins para que foram criado. Podendo ser exercido pelo meio do recurso hierárquico impróprio desde que previsto em lei.
3 – Controle Financeiro – Decorre do princípio da unidade orçamentária, exercido por órgãos de controle interno e externo. Exercem controle ao definirem quanto por ano exercerão de recursos;
4 – Controle jurídico – Exercido pelos órgãos de advocacia interna no controle da legalidade de atos internos. 
Vinculação é diferente de hierarquia:
Tutela/vinculação/supervisão/controle – pressupõe a existência de duas pessoas jurídicas distintas ao passo que a hierarquia se dá dentro de uma mesma pessoa jurídica. A tutela não se presume, já a hierarquia é inerente a organização administrativa de uma mesma PJ. A tutela é exercida nos limites da lei, sendo ela determinando o grau de interferência da entidade. 
Hierarquia há vários poderes implícitos. 
RI – recurso hierárquico improprio – cria uma relação de hierarquia onde naturalmente não existiria. 
Majoritário – o RHI depende ou demanda previsão legal específica. 
DFMN – caberia RHI ainda que sem previsão em lei quando a atuação da entidade fosse manifestamente ilegal, para controle de legalidade dos atos da entidade. Seria admitido para a anulação de atos da adm. indireta.
Regulamento autônomo e administração indireta – para alterar a organização da entidade. Não pode por decreto mudar o regime jurídico da entidade. 
Discricionariedade na escolha do modelo – 
Cada entidade do XIX, 37 tem uma vocação constitucional específica. Não há espaço para escolha livre. 
Regime híbrido, pois as entidades sempre estarão vinculadas a um núcleo ode RJD público vinculado a CF.
Autarquia – PJD público criada porlei para o desempenho de atividades típicas de Estado que demandem um emprego do poder de autoridade estatal ou que demandem o exercício do poder de polícia. Se submetem integralmente ao regime de direito público. 
Exige-se simetria para a extinção. Somente mediante lei. Há autores que admitem estruturação interna por decretos.
Objeto dessas entidades – atividades típicas de Estado. 
AULA 06
O exercício de atividades econômicas será por meio de estatais. 
Vedação implícita que outros entes exerçam atividades econômicas – art. 2º lei 13.300/2016
Instituição por lei, PJ dpub. e autonomia (mitigado pelo exercício do poder de controle político – substitutivo de dirigentes)
Patrimônio das autarquias formados por bens públicos. 
Características:
Alienabilidade condicionada – art. 100 e 101 do CC e art. 17 da lei 8666/93. – avaliação prévia; motivação e licitação para a venda do bem. (bem imóvel na modalidade de concorrência, exigindo autorização legislativa prévia à alienação).
Impenhorabilidade – art. 100 CF e art. 535 e 910 do CPC – não são passíveis de constrição judicial. FP não é citada/intimada para apresentar bens a penhora para execução. Ela é impugnada para apresentar impugnação. É citada para opor embargos à execução. 
Imprescritibilidade – art. 183,§3º e 191, P.U, CF – não podem ser objetos de prescrição aquisitiva (usucapião, S. 340 STF).
Bens públicos dominicais podem ser usucapidos por não cumprirem sua função social? A CF não faz essa distinção.
Não onerabilidade – art. 1.420 CC – não podem ser gravados com garantias reais. Porém a lei pode permitir que bens públicos sejam dados em garantia. Ex. lei de PPP bens dominicais podem ser dados em garantia pelo poder público. 
Aplicação da teoria do risco administrativo (art. 37, §6º CF) – doutrina e jurisprudência admite responsabilização subsidiária do ente criador. 
Regime de atos e contratos – as autarquias praticam atos adm. típicos, com todos atributos e elementos. – presunção de legitimidade, autoexecutoriedade, imperatividade, etc.
Os contratos são administrativos típicos submetidos ao regime de DPUB. ex. lei 8666.
Foro processual – criadas pela união se submete a regra do art. 109, I, CF. Justiça federal; criadas pelos estados e municípios são julgadas pelo TJ.
Art. 85, I e 97, I – CODGERJ 
Prerrogativas especiais – 2: 
Campo tributário – estão alcançadas pela imunidade tributária recíproca (art. 150, VI, a, CF) – vedação aos entes federados a instituição de IMPOSTOS sobre patrimônio, renda e serviços um dos outros. Depende da utilização dos bens à finalidade essencial da autarquia.
Campo processual – estão incluídas no conceito de fazenda pública para fins de atribuição de prerrogativa processual. Art. 183 e 486 CPC. – prazos em dobro e são beneficiados pelo reexame necessário.
Regime de pessoal das autarquias – momento histórico
Promulgação da CF – regime jurídico único (RJU) – para as PJDPUB o RJU seria o estatutário.
EC 19/98 – fim da obrigatoriedade do RJU – passou-se a admitir o emprego do regime celetista em determinadas atividades de PJDPUB. Atividades instrumentais, quando não exigissem o emprego do poder de polícia poderiam submeter-se ao regime da CLT (ADI 2310) – Atividades que empregam poder de polícia não podem ser realizados por celetistas.
Atualmente Medida cautelar da ADI 2135 – reconheceu a inconstitucionalidade formal da EC 19/98, vício processual legislativo. Vício formal sem efeitos retroativos, reestabelecendo o RJU no âmbito das PJDPUB. 
Fundações – PJ sem fins lucrativos caracterizados pela personificação e afetação de um patrimônio à finalidade de interesse coletivo conforme definidas pelo instituidor. Podem ser instituídas por particulares (44, III e art. 62 a 69 do CC) e pelo Estado (art. 37, XIX, CF). 
Três requisitos: Patrimônio, figura do instituidor e afetação a uma finalidade social. 
Foi introduzida como mecanismo de fuga ao direito privado. Ideia de conferir maior agilidade e menor burocracia para atividades de caráter social. 
Divergência acerca da personalidade jurídica:
CABM (minoritário) – As fundações sempre devem possuir PJDPUB; ex.: art. 37, XI do teto Constitucional, 38 e 39 na expressão administração público fundacional;
HLM; MJVS; MJF; Carvalhinho – as fundações possuem personalidade jurídica de direito privado (art. 4 e 5 decreto 200/67). Reconhecer que a fundações tem PJDPUB a transforma em autarquia. 
AA; Paulo Modesto; STF – RE 101126 – Voto do ministro Moreira Alves – as fundações podem assumir personalidades de PJDPUB ou privado a depender do que dispõe as respectivas leis que disciplinam o funcionamento das entidades. 
DFMN diz que o terceiro é um hibridismo inútil, pois fundação autárquica, autarquia é. Incoerente atividades idênticas com nomes distintos. 
Fundação autárquica será aplicada o mesmo regime das autarquias. 
Com isso há as fundações públicas de direito público (fundações autárquicas) aplicável o RJDPUB em sua integralidade, tal como nas autarquias.
Há também as fundações públicas de direito privado que possuem regime predominante de direito privado, ressalvado as derrogações do texto constitucional.
Fundações públicas de direito privado – regime jurídico:
Criação autorizada por lei, art. 37, XIX, CF. PJ surge da inscrição dos atos constitutivos no registro competente. 
Extinção da fundação em razão da ideia de paralelismo das formas, exige lei autorizativa. Não se aplicam as hipóteses de extinção do art. 69 CC.
Objeto – tradicionalmente destina-se no exercício de atividades no ordenamento social na qual não se exigem o emprego de poder de polícia. 
Carvalhinho entende que as fundações normalmente são empregadas no âmbito das atividades não exclusivas do poder público, que também são desempenhadas pelo particular. ex.: saúde, educação, assistência social. Serviços públicos não exclusivos. 
Sem finalidade lucrativa – o que não significa falta de eficiência no desempenho das suas atividades. É possível que as fundações tenham resultados financeiros positivos, o relevante para caracterizar a finalidade lucrativa é o emprego que se dá aos resultados financeiros positivos. Caso seja empregado os valores nas atividades essências é possível, o que não se admite é a repartição do lucro.
A doutrina faz uma associação a impossibilidade do poder de polícia. 
Art. 62 do CC limitava as áreas de atuação das fundações. 
O poder público não pode limitar as áreas de atuação, somente feito por lei complementar. 
Regime de pessoal – regime celetista com derrogações constitucionais. 
Bens – privados. O regime jurídico dos bens tem derrogações constitucionais por integrarem a ADM. Pub. Aplica-se a regra de alienabilidade condicionada; aplica-se a impenhorabilidade aos bens que servem para realizar as atividades fim das fundações, observados a continuidade do serviço público.
Lei estadual pode trazer regra de impenhorabilidade de bens das fundações quando vinculados a prestação de serviços públicos – competência da união em legislar sobre direito civil e processual civil.
Foro processual – sempre justiça estadual, ainda que a fundações de direito privado seja instituída pela união. As regras de competência estadual devem ser interpretadas restritivamente. 
RE215741 – STF disse que fundação pública de direito público se submete a regra do art. 109, §1º da CF, pois se equipara a autarquia.
Atos e contratos – tipicamente privados. Nos procedimentos tipicamente públicos, os atos praticados pelas fundações são tipicamente públicos. Ex. licitação, concurso público.
Responsabilidade civil – regra do art. 37, §6º CF. teoria do risco adm. 
Prerrogativas especiais – beneficiam-se da imunidade tributária recíproca. 
Pessoas jurídicas de direito privado não se enquadram no conceito de fazenda pública e suas prerrogativas processuais.
Controle – estatal típico. Decorrentes da vinculação ao ente criativo, do TC, por órgão central do sistema jurídico, pelo MP (controle ordinário exercido sobre as atividades do poder público, não se aplicando o controleespecífico das promotorias de fundações que é extraído do código civil).
As estatais instrumentalizam a intervenção do estado no domínio econômico, dividindo-se em empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades controladas pelo estado. 
Evolução histórica – se proliferaram no pós-guerra. Contexto necessário de uma intervenção estatal no domínio econômico. Passa a perder força no processo de redução da presença do Estado na economia. 
Reconhecimento de que o Estado agigantado se mostrou ineficiente. 
Lei 13303/16 – características:
Busca disciplinar a unanimidade das estatais do ordenamento brasileiro, de todos os entes federativos e todos os todas as formas de atuação e tipos econômicos. 
Há três campos claros – traz regras de direito societário público (trazer normas transparente e claras aplicáveis as estatais. Ex.: tentativa de introdução de governança corporativa, compliance; despolitização das entidades, limitação no tocante ao conselho de administração); regras de licitações e contratos (foi editado o estatuto de licitações e contratos, sanando uma lacuna na disciplina dessas entidades; também tenta uniformizar, veiculando o mesmo regime contratual, independente do regime da atividade; inspiração no RDC; normativa a relação entre atividade fim e atividade meio) controle pelo Estado e pela sociedade (reação ao contexto de crise).
ADI 5624 – aponta duas inconstitucionalidade – formal – violação à competência do chefe do poder executivo para iniciar o processo legislativo; 
Objeto – atuação no ordenamento econômico – conceito amplo que envolve circulação de bens e serviços com destinação a um usuário final. Engloba serviços públicos - SP (atividades econômicos titularizadas pelo Estado com ou sem exclusividade, submetidas a um regime de DPUB e destinadas a satisfação de necessidades essenciais) e atividades econômicas em sentido estrito - AESE (circulação de bens e serviços submetidas a livre iniciativa ou monopolizadas pelo Estado).
STF e doutrina conferem um tratamento diferenciado de uma estatal que presta serviço público e uma estatal que presta serviço público em regime de concorrência
Princípio da subsidiariedade (art. 173 CF) –relevante interesse coletivo e imperativo de segurança nacional. Art. 27 lei 13303. – ligação a o princípio da livre iniciativa. – apenas quando está subordinada a livre inciativa. 
O lucro não é elemento suficiente para se justificar a criação de estatal. 
AULA 07
ADI contra a lei 13303 – inconstitucionalidade formal por atingir toda as esferas da adm. pub. 
ADI 238 – Normas que disciplinam os órgãos de gestão das estatais são normas de direito societário e o legislador não pode tratar dessa matéria.
Paridade – art. 173§1º CF – EEP e SEM produção e/ou comercialização de bens e prestação de serviços – sujeição ao regime de empresas privadas no regime trabalhista, civis, comerciais e tributário. – concretização da isonomia pelo estado buscando concretizar um bloqueio a concorrência desleal. 
Regime jurídico híbrido – PJDPRIV com derrogações da CF. 
Necessidade de autorização legal para criação – art.. 37, XIX;
Submissão, ainda que mitigada, aos princípios do art. 37, caput;
Regra do concurso público e sua observância, art. 37, II;
Submissão a regra da licitação art. 22, XVII e art. 37, XXI da 8666;
Vedação a cumulação de cargos e empregos públicos – art. 37, XVII;
Observância aos limites e condições fixados pelo senado para realização de operações de crédito – art. 52, VII, CF;
Vedação a celebração de contratos com parlamentares, art. 54 CF;
Submissão à diretrizes fixadas na lei orçamentária anual – art. 165 §5º. CF
Estatais dependentes (depende de recursos do orçamento para suas despesas de custeio e com o pessoal) – exigência de prévia dotação orçamentária para criação de cargos, vantagens e admissão de pessoal, art. 168, ª1º;
Estatais dependentes – observância do teto remuneratório; (estatal não dependente não observa o teto constitucional) art. 37, §9º, CF;
Sofrem os controles legislativo, auxiliado pelo TCU e executivo, art. 49, X, art. 70 e 71 e 84, II, CF;
Sofrem controle por MS, ACP;
Estatais SP
Estatais AESE – em regime de competição com a iniciativa privada ou em regime de monopólio. 
STF confere tratamento diferenciado a depender da NJ da estatal. Segundo ele o art. 173 se aplicaria apenas as estatais AESE. 
Estatais de SP – art. 175, CF de acordo com o STF. 
Estatal de SP mas que tenha por objeto de distribuição de divisão de lucros, não estaria submetido a aproximação das estatais.
Estatais híbridas – desempenham ao mesmo tempo SP e AESE em regime de concorrência. 
RE 60136902 – estendeu o regime de imunidade recíproca a todas as atividades do ECT. Nas estatais híbridas prevalece o RJDPUB.
EP – capital integralmente público e constituição sob qualquer forma admitida em direito
SEM – capital misto, formado por Adm. e particulares, sempre por S.A e controle nas mãos do ente criador.
Diferenças entre EP e SEM:
Forma de composição do capital: na EP o k é integralmente da adm. e na SEM o capital é misto, formado pela adm. e particulares;
Forma de controle: SEM maioria das ações com direito a voto (50% +1 das ações com direito a voto); EP integralmente pelo ente da adm. criador. 
Forma societária – EP qualquer admitida em direito; SEM apenas S.A;
Foro competente – EP federal – JF; restante estadual
REGIME COMUM (SEM E EP)
Criação: autorizada por lei
PJDP decorre da inscrição dos atos constitutivos em órgão competente. 
Art. 2º, lei 13303/16 – §1º e §2º - dependerá de prévia autorização legal que indicará o relevante interesse coletivo ou imperativo de segurança nacional (art. 173, §3º)
Para a criação de estatais de segundo graus (subsidiárias) – necessita de autorização legislativa. 
Objeto comum – atividades econômicas em sentido latu.
O lucro não pode ser fundamentação para a criação de estatal.
O lucro é essencial a manutenção de estatal? - MJVS entende que a EP se formada exclusivamente pro ingresso de adm. não depende do lucro para a sua existência e a SEM na medida em que exige a participação privada do K depende do lucro.
Floriano de Azevedo marques neto; AA; Mario Engler pinto Junior – Estatal qual for a sua natureza devem estar orientadas ao lucro. O lucro não pode ser totalmente abandonado na atuação das entidades. 
Art. 238 da leis das estatais mitigaria o lucro? – as decisões das estatais não devem estar necessariamente ligadas ao lucro. A mitigação do lucro deve estar sempre vinculada aos fins que justificaram a criação da estatal. 
CEDAE imprensa oficial e IVB.
Regime de pessoal – celetista de emprego público com derrogações decorrentes de dispositivos constitucionais. Ingresso por concurso; proibição de cargos; dotação orçamentária das estatais dependentes; submissão ao teto das estatais dependentes; 
RE 589998 – os empregados públicos das estatais não fazem jus a estabilidade mas a sua dispensa deve ser dispensada. 
Regime de bens – bens privados das estatais. Bens embora privados se submetem a um regime específico decorrente da continuidade do serviço público. Entende-se que os bens estatais afetados a prestação do serviço público são impenhoráveis. 
RE 220906, INF 213 STF – o STF no que diz respeito a ECT, reconheceu a impenhorabilidade de todos os seus bens e o reconhecimento do regime de precatórios 
RE 599628 – os privilégios da FP são inextensíveis a estatais que atuem em regime de concorrência e distribuem lucros aos seus acionistas. 
Atos, licitações e contratos – atos tipicamente privados, sobretudo quando praticados nas atividades fim da estatal. 
S 333 STJ – cabe MS quando ato praticado por licitação de Estatal.
Responsabilidade civil – Prestadoras de SP (art. 37, §6º, CF); AESE – observância da responsabilidade do código civil, não se extraindo a teoria do risco administrativo. 
Controle pelo TCU – art. 85 a 90 da lei 13303 – fiscalização pelo estado e pela sociedade. Pelo TCU, art. 87, §3º – poderão solicitar para exame a qualquer tempodocumentos. A lei não faz qlq ressalva, mas a doutrina aplica tradicionalmente a dicotomia de AESE e SP. 
No que diz respeito as atividades não vinculadas as atividades fim o controle seria irrestrito, mas no que diz respeito a atividade fim, o controle do TCU não poderia recair sore as decisões empresariais e estratégicas da entidade sob pena de violar a regra de paridade concorrencial. 
Nas sociedades pluripessoais (EP formada por união estados e municípios) – qual tribunal de contas responsável pela fiscalização da entidade? É o TC vinculado ao ente controlador. 
MS 2443, INF 519 STF – incompetência do TCU para fiscalizar ente que a união faz parte mas não é o ente controlador
Regime tributário – Constituição veda expressamente art. 173,§1º,II,CF a constituição de privilégios não extensíveis a iniciativa privada. 
STF vem atribuindo as prestadoras de SP o regime de imunidade recíproca. Há casos de reconhecimento a INFRAERO (RE 363412);
RE 601392 – STF reconheceu o regime de imunidade recíproca a todas atividades da ECT. 
As vedações da imunidade recíproca não se aplicam a exploração de atividades econômicas ou que haja contraprestação ou pagamento de preços pelo usuário – quando o STF enfrenta entende que se aplica apenas em SP.
RE 600867 – SABESP – reconhecimento que se há distribuição de lucros e concorrência não se aplica a imunidade recíproca. 
RE 285716 – Petrobras 
Lei de falências excluiu as estatais do seu regime – 
Teses:
MJVS, Lucas rocha furtado, Jose Vicente dos santos mendonça – é incompatível com as estatais o regime da falência. 
Apenas as prestadoras de SP estaria afasta da falência, tendo em vista a continuidade do SP – carvalhinho, Eros Grau.
Novas formas de atuação das estatais e mecanismos:
Empreendedorismo estatal de parcerias – passou a participar no K de entidades privadas como minoritário.
Participação (art. 37, XX) – autoridade legislativa – pode-se ter três modalidades: subsidiárias (estatais de segundo grau); sociedades controladas – o Estado adquire o controle de uma entidade que não foi por ele criada; Sociedades de mera participação (semiestatais CAS/ Empresas público-privadas AA). Aquelas o Estado participa do K social da entidade mas sem o controle, de forma minoritária. Não integram a adm. indireta, se submetem ao direito privado embora a atuação do Estado sofra ou deveria sofrer a incidência de princípio do direito adm. 
MJF – estatal de fato (sociedades controladas). Estado deveria regularizar a situação requerendo a autorização legislativa ou promover a extinção da entidade ou venda do controle. 
E 
AULA 08
A companhia pode ter por objeto participar de outras sociedades ainda que não prevista no estatuto, para se valer de incentivos fiscais ou atingir seu objeto fim. 
As companhias de que participarem as SEM estão submetidas a essa lei. 
Companhia só poderá participar de outras atividades quando for autorizada por lei para abater do IR ou desenvolvimento regional. 
Na participação minoritária da SEM devem fiscalizar e realizar práticas de governança no montante de sua participação.
Participação dependerá de prévia autorização legal. 
Vinculação com o objeto social da participação minoritária
Lei 11908/09 – admite o BB e a CEF de participarem do capital de outras instituições financeiras de forma direta ou por subsidiárias. 
Lei 10973/04 – art. 5º - participação da união em empresas que exerçam projetos científicos e de caráter tecnológico inovador. – fomento da participação minoritária.
BNDESPAR – braço de participações do BNDES – pode enquanto de agencia de fomento participar das empresas fomentadas. Regulação intra societária. Atue para os fins que incentivaram o fomento. 
Objetivos da participação minoritária:
Fomento a setores específicos da economia – salvar determinados segmentos ou empresas relevantes no ordenamento econômico;
Realização mais eficiente das atividades fim das estatais; 
Direcionamento das entidades participadas a determinados fins relevantes – conceito de regulação intrasocietária. Estado como acionista minoritário tenta direcionar a sociedade para fins relevantes que inspiraram o fomento do Estado – em alguns casos se dá pela titularidade das Golden shares (direito a veto, e mais algumas prerrogativas especiais enquanto sócio minoritário);
Maior fiscalização da atividade concessionária de SP ou utilização desse mecanismo para divisão de riscos;
Regime societário das estatais:
Trazer noção de governança coorporativa, trazer transparência, ampliação dos mecanismos de controle interna; gestão de riscos.
Agências reguladoras
Caracterizadas pela autonomia reforçada e concentração ampla de funções públicas.
Foram introduzidas no processo de desestatização da década de 90.
Inspira-se no modelo norte americano de autoridades independentes, mas se deu num contexto de redução do Estado na intervenção econômica. 
Atividade regulatória é um conceito amplo que envolve o balizamento e a indução de agentes econômicos com vistas a solução de falhas de mercado e ao alcance de objetivos sociais relevantes. 
Autarquia especial com o objetivo de privilegiar decisões de caráter técnico. 
As agencias foram inspiradas em um conceito de descentralização
Autonomia política dos dirigentes – nomeado após indicação do chefe do poder executivo e aprovação do legislativo e a investidura se dá em cargos submetidos em mandatos com termo fixo e geralmente não coincidentes com o chefe do poder executivo. 
Estabilidade temporária dos chefes dessas entidades – só poderão perder o cargo em razão de decisão formalizada em processo adm. ou processo judicial. 
Ampla concentração de funções públicas que tradicionalmente são diluídas entre os três poderes.
Deslegalização – modalidade de legalização adm. por meio da qual se promove uma degradação hierárquica na matéria. Há transferência de determinada matéria no âmbito da lei para o regulamento criando um reserva de regulamento na matéria.
Atividade da agencia é infralegal. Ato normativo é infralegal. Fundamento de validade é a lei que cria a agencia.
Conflito entre o chefe do poder executivo e entre o chefe da agencia – prevalece o ato editado pela agencia pelo critério da especialidade, autonomia e competência legal criada pela agencia. 
AULA 09
As leis em regra trazem previsões que trazem a agencia o poder de penalizar os agentes regulados, possibilidade de multa.
Substituição de sanções por medias que incrementem a efetividade da regulação estatal; 
Lei 5427/09 – lei estadual – art. 46 – poderá a adm. firmar acordos a fim de estabelecer...
Concordância do ente regulado. 
Agências executivas – não são uma modalidade própria de entidade que integra estrutura da adm. pub, mas na verdade uma qualificação; categoria vinculada a estrutura federal 
Órgão da adm. pub. que tenha celebrada com o poder público, contrato de gestão do art. 37, §8º, CF
Mecanismo de ampliação da autonomia de entes da adm. indireta por meio de um acordo organizativo, de um contrato interadministrativo. Foco nos resultados.
Conselhos profissionais – regulação profissional de categorias profissionais específicas.
Para o STF, exceto a OAB, possuem regime autárquico. É aplicado o regime de DIPUB. 
A OAB, segundo o STF, é um ente público não estatal, pois a disciplina legal da OAB tira da entidade qualquer vinculação com a adm. pub. Não há ingerência da adm. pub com a OAB. Porém ela exerce um poder de polícia profissional.
Autarquias plurifederativas – integram a adm. indireta de todos os entes consorciados.
ATO ADMINISTRATIVO
Ideia de categoria própria de atos produzidos no exercício da função adm. 
Conceito – manifestação unilateral de vontade praticada por agente adm. que tenha por objetivo a produção de efeitos jurídicos em relação a terceiros ou na própria órbita adm. com finalidade pública e sob o regime PJDPUB
Sempre está funcionalizado ao alcance do interesse público. Princípio da finalidade
Se não há manifestação de vontade, tem-se apenas um fato adm. que envolve a execução materialde atos administrativos. Em regra posterior ao ato, podendo ser anterior (apreensão de mercadoria acompanhado da lavratura do ato) geralmente em situações de urgência. 
Característica – vontade emanada de agentes da adm. ou de quem lhe faça as vezes. Unilateralidade, conteúdo voltado para finalidade pública e submissão de regime jurídico de direito público.
Silêncio Adm. em regra não revela manifestação de vontade, somente norma jurídica pode atribuir conteúdo positivo ou negativo do silêncio administrativo. 
Dever de decidir não significa conteúdo ao direito adm. o judiciário não pode tomar a decisão pela adm. pública.
Há leis que conferem efeitos ao silêncio administrativo
Elementos do ato administrativo:
Atuam no plano da existência do ato adm. o plano da validade envolve a efetiva compatibilidade desses elementos o que a norma jurídica prevê
Competência – medida prevista em lei dentro da qual poderá agir o agente público. A norma que atribui a competência do agente público possui dupla função, habilita e limita a ação administrativa, pois é a medida dentro do qual o agente pode atuar. Elemento vinculado do ato adm. 
Características – irrenunciável e improrrogável. As normas de competência regulam poderes deveres. O agente adm. tem o dever de exercer a função adm. que a lei ou norma jurídica lhe atribui. Improrrogabilidade – agente incompetente não se transforma em competente por exercício de função que a lei não lhe atribui.
Teoria da aparência e atos praticados por agentes de fato – envolve a tutela da boa fé nos casos em que o ato adm. é praticado por agente sem vínculo com a adm. ou quando há vício com o vínculo com a adm.
Objeto – conteúdo do ato administrativo, resultado imediato do ato administrativo. Corresponde a alteração fática/jurídica com a edição do ato adm. o que se pretende produzir no mundo fático.
Requisitos do objeto: licitude – conceito amplo. Moralidade do ato adm.; exequibilidade (possibilidade) – princípio da realidade, o ato adm. deve ser passível de ser realizado concretamente. O objeto pode ser vinculado ou discricionário. Quando é vinculado a adm. pública não tem margem de apreciação no tocante o conteúdo do ato. A lei confere margem de apreciação quando o objeto é discricionário. 
Forma do ato administrativo – revestimento externo do ato. Regra geral devem ser escritos. A forma é elemento vinculado, mas há casos excepcionais que o legislador confere margem de discricionariedade quanto à forma. 
Finalidade do ato administrativo – objetivo mediato do ato, objetivo de interesse público do ato adm. toda relacionada ao alcance do interesse público. 
Motivo – a causa do ato. Envolve os pressupostos de fato e de direito que dão ensejo ao ato adm. deve envolver as premissas necessárias para a prática do ato. Deve haver congruência entre o motivo e a finalidade do ato. Pode ser vinculado (de direito) ou discricionário (de fato) – a lei confere ao adm. público a apreciação ou escolha do motivo mais conveniente ou oportuno à prática do ato adm.
Só devem ser motivados aqueles atos adm. que a lei assim determinar.
Teoria dos motivos determinantes – uma vez explicitado os motivos do ato o adm. público responde à veracidade e/ou legitimidade do motivo. 
Atributos do ato administrativo – características inerentes ao ato adm. permitem a melhor realização do interesse público, uma realização mais eficiente do ato. 
Presunção de legitimidade – decorre da legalidade. É relativa, admite prova em sentido contrário. Dois efeitos: admite prova em sentido contrário; dela que se extrai o atributo da autoexecutoriedade. 
Imperatividade por coercitibilidade – são cogentes, geram direitos e obrigações para aqueles que se encontram no seu âmbito de incidência. O ato pode gerar obrigações positivas e negativas. 
Autoexecutoriedade – possibilidade de aplicação direta do ato adm. que faça valer por meios próprios de coerção, sem necessidade de manifestação de vontade externa.
AULA 10
Divergência doutrinária à exigência legal da autoexecutoriedade dos atos adm. ela é inerente (regra) ou se exige conferencia expressa pelo legislador?
Entendimento majoritário – MSDP; CABM; MJF – só seriam autoexecutórios os atos que a lei dispusesse;
Entendimento minoritário (PGE) – AA; RO – a regra é a autoexecutoriedade, característica intrínseca, ressalvados os casos em que lei expressamente o retire. 
Hipóteses de heteroexecutoriedade – exceções. Condições negativas a executoriedade do ato. Em regram não são os atos que impõe restrição patrimonial da esfera do administrado. Ex. penas pecuniárias; desapropriação.
Graves restrições aos direitos fundamentais não teriam amparo À autoexecutoriedade. 
Autoexecutoriedade indireta – se dá nos casos em que a lei condiciona a prática de um determinado ato adm. a um pagamento de quantias ou de penas pecuniárias previamente aplicadas ao administrado. 
Ex.: Hipóteses em que se condiciona a emissão do certificado do veículo ao pagamento de multas. – admitida apenas quando prevista em lei.
Na existência – presença do ato adm. no mundo real; - na ausência de alguns elementos importariam na inexistência do ato
No plano da validade – compatibilidade dos elementos do ato adm. com a lei que baliza a atuação adm. no caso concreto.
Na eficácia – na existência e na validade tornam o ato apto a produzir efeitos. 
Exequibilidade – se diferencia da executoriedade – é a possibilidade de se exigir o cumprimento do ato por meios próprios de coerção da adm. pub. 
Efetividade – eficácia social do ato adm. plena realização do mundo concreto daquilo que se pretendia com o ato adm. 
Relatividade do ato adm. – vinculação do ato em diferentes graus à norma jurídica. 
Mérito administrativo e controle do atos adm.
Núcleos dos atos adm. discricionários, envolvendo juízo de conveniência e oportunidade. 
Conveniência – intrínseca ao ato
Oportunidade – prática ou ano do ato e quanto ao momento do ato.
Vinculação X discricionariedade – o grau de liberdade da atuação adm. pode variar conforme opção do legislador. 
Os atos vinculados – o legislador predeterminaria todo conteúdo do ato adm. a ser praticado. Os elementos estariam todos condicionados a um tipo legal – a decisão já estaria tomada ao plano legislativo, cabendo ao adm. uma mera execução da lei;
Na discricionariedade – legislador por opção política abriria espaços para juízo de valor por parte do adm. público. No âmbito dos atos discricionários a lei não traria de modo exaustivo a única opção a ser adotado, abrindo espaços para decisões do adm. público. 
DFMN – discricionariedade envolve uma integração adm. da norma. 
Não há uma diferença qualitativa e sim quantitativa – no grau de vinculação prévia do adm. no plano legal. 
Grau de intensidade que a ação adm. foi previamente disciplinada pelo legislador.
A discricionariedade permite uma adaptabilidade da ação adm. a mutabilidade do mundo contemporâneo. Além de ser irreal o legislador predefinir todo conteúdo da atuação adm. em todos os casos. 
Discricionariedade não significa imunidade de controle. O mérito adm. não é um campo imune ao direito. 
mérito se confunde com o conceito de reserva de adm.
Momentos: 
Elementos do ato adm. – podem ser vinculados ou discricionários;
Teoria do Abuso de poder – controle do uso anormal do poder por parte do adm. público, também envolve uma atuação fora dos parâmetros traçados em lei. Passa-se a exercer um controle finalístico da atuação adm.; há duas manifestações – TEORIA DO EXCESSO DE PODER – extrapola os limites da competência conforme previsto em lei; TEORIA DO DESVIO DE PODER (FINALIDADE) – atuação desvinculado do interesse público que justificaria o ato adm.
Teoria dos motivos determinantes – controle passa a ser próximo da realidade – controle que envolve as razoes de fato e de direito apresentadas pela adm. pública quanto à prática do ato adm. passa a responder pelos motivos que elege o ato adm. o motivo pode ser discricionário do ato. Passa-se a inserir um controle jurídico na discricionariedade. Deveestar vinculado na legitimidade e veracidade. A motivação limita o exercício do poder discricionário. 
Vinculação a conceitos jurídicos indeterminados CJI– preceitos abertos no tipo legal. – não são decifráveis de plano, exigem um grau de avaliação. Elementos de baixa densidade normativa presentes no tipo legal. Ex.: relevante interesse coletivo; calamidade; urgência; notório saber jurídico; reputação ilibada; 
Princípios jurídicos – reconhecimento da força normativa dos princípios constitucionais. 
Discricionariedade # de CJI :
CABM entende que CJI confere espaços de discricionariedade para o adm. público. 
Entendimento minoritário – ERG (Eros grau) – CJI não é mecanismo de discricionariedade, na verdade os CJI são interpretados pelo adm. e quando cotejados com a realidade só permitem uma solução possível.
GB – no CJI tem-se uma atividade meramente interpretativa pelo adm. pub.; Na discricionariedade há espaço de escolha pelo adm. 
Controle com fundamento no CJI envolve conhecimento de sua estrutura envolvendo dois símbolos:
Zona de certeza positiva – aquilo que se sabe de antemão e está contido no conceito. Não traz dúvidas de estar contido no conceito.
Zona de certeza negativa – casos em que os fatos com nitidez não se enquadram no conceito. Já se sabe que determinado fato ou elemento não se enquadra no CJI.
Zona de incerteza – na inserção dos dois pontos. (zona grizia ou de penumbra) – traz dúvidas ou margem de interpretação no que diz respeito a inclusão ou ano de um CJI.
GB trata de diferentes graus de vinculação:
Vinculação à regras e preceitos administrativos – grau máximo de vinculação;
Vinculação a CJI – a margem de valoração apenas na zona de incerteza – grau intermediário de vinculação;
Vinculação a princípios – graus de baixa densidade normativa. Atos tradicionalmente chamados de discricionários.
Extinção do ato adm. – retirada do ato do mundo jurídico que pode ser uma extinção natural que se da com alcance do termo final do ato ou com exaurimento dos efeitos do ato, efetivo alcance dos efeitos pretendidos com o ato; pode ser subjetiva que se dá por exemplo pelo desaparecimento do beneficiário pelo ato; pode ser objetiva que é o desaparecimento do objeto pelo qual o ato incide. Se o bem recai uma autorização de uso público, desaparece o motivo; Desfazimento voluntário por ato da adm. pub. Que pode decorrer de critérios de legalidade ou de conveniência e oportunidade.
Ex.: 1- Caducidade do ato – ilegalidade superveniente do ato adm. extinção do ato por ilegalidade superveniente, não imputada ao particular, se dá no caso em que o fundamento legal que determinou a prática do ato desaparece. Lei superveniente que não dá mais amparo a manutenção do ato adm. em regra não gera direito a indenização, Salvo nos casos de ato vinculado que são alcançados por norma superveniente. 
Caducidade do ato adm. não se confunde com caducidade do ato de concessão que está no art. 38 da lei 9887 que é extinção do contrato de concessão por conduta culposa do concessionário. 
2 – Cassação – modalidade punitiva de desfazimento do ato adm. tem um invalidade superveniente imputada ao adm. quando o adm. deixa de cumprir ou viola os requisitos exigidos para a prática do ato adm.
3 – anulação (invalidação) – supressão do ato por vicio de invalidade. Autotutela adm. decorrência da vinculação da adm. à juridicidade. Em regra deve-se invalidar de oficio por ser vicio originário do ato e produz efeitos retroativos. Se for decorrente da adm. pub a o dever de indenizar o particular. Não haverá o dever se ele estiver de má fé ou tiver contribuído de alguma forma para a ilegalidade do ato.
Modulação dos ato adm. – os poderes do estado poderão, restringir os efeitos da declaração de nulidade do ato ou decidir que só tem eficácia a partir do momento em que for fixado. 
Revogação de atos adm. – extinção do ato por conveniência e oportunidade do adm. manifestação do poder discricionário, envolvendo o juízo de mérito, quanto a manutenção ou não do ato. 
 Limites a revogação:
- atos vinculados - o que seria uma expropriação de direito indenizável.
- atos que tenham gerado direitos adquiridos e já tenham se incorporado ao patrimônio do adm. 
- revogação da revogação – não produz efeitos represtinatório, a não ser que expressamente reestabeleça ao ato inicial. Não retroage, equivale a um novo ato.
- desfazimento voluntário por ato do administrado:
Renuncia – vontade unilateral do administrado. Um pedido de exoneração. Em regra não gera direito a indenização;
Recusa – antes de gerar os efeitos ocorre a desistência.
Nulidade X anulabilidade 
Entendimento minoritário HLM – teoria monista – em relação a vinculação legal, só existe a nulidade. 
Teoria dualista (majoritária) – conforme a NJ do vício os atos podem ser nulos ou anuláveis – CABM, Carvalhinho – há possibilidade de convalidação dos atos adms. Sanatória que envolve a manutenção de atos ainda que inválidos. 
Weida Zancanner – se a adm. pública encontra-se vinculada à legalidade, há um dever de convalidação dos atos e não apenas afastá-los da realidade. 
A vinculação legal exigiria a restauração da legalidade.
AULA 11
Sanatória dos atos administrativos
Decorre de uma ponderação do princípio da legalidade e da segurança jurídica. 
Pode-se dar com o legislador no decurso do tempo ou pela adm pub. Quando decide convalidar um ato adm. um manter um ato inválido.
Podem ser alvo de sanatória os elementos competência, forma e objeto.
A sanatória pode ser de duas modalidades:
a)	Voluntária – decorre de uma manifestação de vontade coletiva da adm pública. Previsão no art. 55 do 9784-99 e art. 52 da lei 5427-09;
b)	Ratificação – envolve vícios de competência ou de forma – a autoridade competente ratifica o vício. 
Conversão – substituição do objeto inválido pelo válido.
Sanatória involuntária – se manifesta em razão do decurso do tempo. Manutenção de ato adm inválido por força do decurso do tempo. – os prazos para invalidação dos atos são decadenciais, pois atingem um direito potestativo da adm de invalidar os atos.- dalvo comprovada má-fé.
1 entendimento – seria imprescritível. 
2 entendimento – se aplicaria por ausência de lei a prescrição máxima do código civil. 
3 entendimento – se aplicaria um prazo quinquenal de forma analógica
4 entendimento – o prazo seria de 5 anos em razão de uma aplicação analógica de lei federal
Prazo de 5 anos não retroage. 
Classificação dos atos administrativos: 
Quanto aos destinatários – podem ser gerais – atos dotados de generalidade e abstração, sem destinatários certo – individuais – dirigidos a destinatários certos, que individualizam seus destinatários. 
Quanto as prerrogativas da adm pública – atos de império – editados no exercício do poder coercitivo do Estado – atos de gestão – aqueles que a adm atua em pé de igualdade com os administrados. 
Quanto a intervenção da vontade adm – atos simples – aqueles emanados de um só agente ou órgão adm. – ato complexo – aquele formado pela conjugação de múltiplas vontades autônomas – ato composto – manifestação de vontade principal define o conteúdo do ato e a complementar acaba assumindo a função de visto ou chancela.
Quanto aos feitos – atos podem ser constitutivos 0 aqueles que criam, modificam, extinguem direitos – atos declaratórios – reconhecem, declaram determinada situação preexistente – atos enunciativos – indicam juízo de valor mas não ncessariamente indicam juízo de vontade 
Quanto a retratabilidade – irrevogáveis – não podem ser desfeitos em razão de juízo de conveniência e oportunidade; revogáveis – podem ser objeto de desfazimento por objeto de juízo de conveniência e oportunidade
Quanto a executoriedade – atos autoexecutórios – adm pública pode fazer valer o conteúdo do ato por meios próprios de coerção – atos heteroezecutórios – dependenm de manifestação de vontade externa da adm pública para serem efetivados.
Quanto a validade – válidos e inválidos 
Quanto ao âmbito dos efeitos – efeitos externos – aqueles que os efeitos extrapolam

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