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Profª Ma. Janaina Salustio da Silva Disciplina: Materiais de Construção I Materiais Cerâmicos UNIVERSIDADE FEDERAL R. DO SEMI ÁRIDO CENTRO MULTIDISCIPLINAR DE ANGICOS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL 1. Produtos de cerâmica vermelha a) Porosos: tijolos, telhas, ladrilhos, etc. b) Vidrados ou gresificados: tijolos especiais, manilhas, etc. Produtos cerâmicos para construção 2. Materiais cerâmicos para acabamento a) azulejos, materiais sanitários, pastilhas, porcelanato e ladrilhos. 3. Materiais refratários a) Silicosos b) Silico-aluminosos c) Aluminosos d) Magnesita e) Cromomagnesita f) Cromita. Produtos cerâmicos para construção Tijolos Tijolos comuns maciços – alvenarias Tijolos comuns furados – alvenarias Tijolos especiais furados – elementos das lajes mistas ou peças de ligação de viguetas pré-fabricadas. Telhas curvas (coloniais, portuguesas ou árabes), planas (ou de escamas) de encaixe (francesas ou de Marselha) Materiais de Argila Manilhas Os tubos cerâmicos para condução de esgotos sanitários, remoção de despejos industriais e canalização de águas pluviais são produtos cerâmicos vidrados. Ladrilhos Os ladrilhos cerâmicos são moldado pelo método da prensagem a seco, cuidando-se de preencher bem o molde para obter peças de espessura uniforme e igualmente prensadas. Materiais de Argila Ladrilhos As temperaturas de cozimento são altas, de 1250 a 1300oC, até alcançar um elevado grau de vitrificação, tornando o material compacto e impermeável. Tem bom aspecto, geralmente de cor vermelha, podendo apresentar-se coloridos com o uso de pigmentos adequados. São duráveis, resistentes aos ácidos e elevada resistência ao desgaste. Esta última propriedade é a mais importante, pois são materiais usados em pisos. Materiais de Argila Azulejos Constituídos de 2 camadas: Uma de argila selecionada, espessura grande (biscoito) e outra fina, de um esmalte que recobre uma das faces e que lhe proporciona impermeabilidade e alta durabilidade. Função: Revestir outros materiais, dando proteção e bom acabamento. Moldagem por prensagem ou extrusão, secagem por meios naturais ou artificiais e queima a cerca de 950oC. Após aplicação do esmalte o material é recozido. Na parte posterior deve apresentar saliências e reentrâncias. Materiais de louça Aparelhos sanitários Bacias sanitários, lavatórios e mictórios. Aparelhos de grés branco. Cozimento a 1200oC, antes e depois da esmaltagem. Materiais de louça Um material refratário tem ponto de fusão elevado. Deve resistir à ação de gases e escórias que são produzidos durante o processo. Alta resistência à abrasão a quente e condutibilidade térmica baixa e estabilidade dimensional . Matéria prima: quartzitos, arenitos e areias silicosas, com mais de 90% de SiO2. Feitos à base de argilas refratárias com 50 a 70% de SiO2, 20 a 40% de Al2O3 e menos de 10% de fundentes. Materiais refratários Novidades do mundo das cerâmicas Microestrutura dos materiais cerâmicos Os materiais cerâmicos podem ser definidos como sendo materiais formados por compostos de elementos metálicos (Al, Na, K, Mg, Ca, Si, etc) e um dos cinco seguintes elementos não metálicos: O,S, N, C e P. Esses elementos são unidos por ligações fortes iônicas e/ou covalentes. Alguns exemplos de compostos cerâmicos são a sílica (SiO2), a alumina (Al2O3) e óxido de magnésio (MgO). E o que são materiais cerâmicos? Microestrutura dos materiais cerâmicos Existem muitas fases cerâmicas, uma vez que são muitas as combinações possíveis de átomos metálicos e não metálicos, além do mais podem existir vários arranjos estruturais diferentes para uma mesma combinação (por exemplo, a sílica pode se apresentar sob várias formas cristalinas, como o quartzo, a cristobalita e a tridimita. A maior parte das fases cerâmicas é cristalina; no entanto, existe também materiais cerâmicos com estrutura amorfa, como os vidros. E o que são materiais cerâmicos? Microestrutura dos materiais cerâmicos Os materiais cerâmicos apresentam uma grande diversidade de estruturas cristalinas algumas simples outras complexas. Entre a mais famosa está a estrutura dos silicatos (compostos essencialmente por Si e O). Os silicatos é caracterizado pelo seu amplo emprego como matéria prima dos materiais de construção. Um exemplo clássico de material de construção onde os silicatos estão presentes é o cimento portland e os agregados para concreto. Os silicatos são os principais responsáveis pela resistência mecânica dos compósitos preparados com cimento. E o que são materiais cerâmicos? O silicato mais simples é o dióxido de silício ou sílica (SiO2). Existe três formas cristalinas polimórficas principais da sílica: quartzo, cristobalita e tridimita. Microestrutura dos materiais cerâmicos Estabilidade térmica: apresentam temperatura de fusão superior à dos metais e polímeros, pois é necessário grande quantidade de energia para romper suas ligações. Má condutores de calor: por não possuírem elétrons livres na superfície. Baixo coeficiente de dilatação térmica: pois necessita de grande quantidade de energia para promover separação atômica de maneira que o material apresenta dificuldade em se expandir. Características dos materiais cerâmicos Boa resistência mecânica: as resistências à compressão e ao cisalhamento são muito maiores que a resistência à tração. Eles geralmente apresentam ruptura frágil. Características dos materiais cerâmicos Boa resistência mecânica: Características dos materiais cerâmicos Baixa resistência à tração: a resistência à tração não é tão alta, pois qualquer irregularidade interna (fissura, poro, canto vivo) produz concentração de tensão no material. Nos materiais dúcteis essas concentrações podem ser aliviadas por deformação plástica, o que não ocorrem nos materiais frágeis. Material com tensões concentradas em função de uma fissura Cerâmico: não ocorre o alívio de tensões – a resist. à tração pode ser ultrapassada. Metálico: através de deformações há o alívio de tensões. Características dos materiais cerâmicos Microestrutura dos materiais cerâmicos Baixa resistência à tração: o concreto, a argamassa, os tijolos e os blocos cerâmicos são usados basicamente em locais sujeitos à compressão. No caso do concreto, quando é necessário submetê-lo à tração, oriunda da flexão, em vigas e lajes, por exemplo, empregam-se as barras de aço. Essas barras atuam como reforço, sendo colocadas na região de tração, aproveitando-se melhor o potencial de cada um dos materiais. Características dos materiais cerâmicos Microestrutura dos materiais cerâmicos Elevada dureza: por apresentarem muito pouca ou nenhuma deformação plástica. Esta característica é respaldada pelos elevados níveis de energia de ligação existente entre os átomos, o que impede ou dificulta a mudança de posição relativa dos átomos entre si na estrutura do material e consequentemente, dificuldade de escorregamento dos cristais. Alta resistência às alterações químicas Baixa condutividade elétrica Características dos materiais cerâmicos Cerâmica Vermelha As cerâmicas vermelhas são obtidas a partir de uma massa a base de argila, submetida a um processo de secagem lenta e, após a retirada de grande parte da água, cozida em temperaturas elevadas. As cerâmicas vermelhas são provenientes de argilas sedimentares, com altos teores de compostos de ferro, responsáveis pela cor avermelhada após a queima. Como visto, são empregadas na fabricação detijolos, blocos, telhas, tubos cerâmicos, dentre outros. A argila é um material natural, de baixa granulometria (com elevado teor de partículas com diâmetro inferior a 2 µm), que apresenta plasticidade quando misturado com quantidades adequadas de água. Fabricação dos componentes de cerâmica vermelha O processo de fabricação de componentes de cerâmica vermelha pode ser dividido entre as etapas de preparação da massa, moldagem, secagem, queima e resfriamento da cerâmica. Fabricação dos componentes de cerâmica vermelha Preparação da massa: tem por objetivo adequar a dimensão dos grãos de argila ao processo de moldagem a que será submetida e reduzir o teor de impurezas existentes. A mistura de duas ou mais argilas é um processo muito utilizado. Tem a finalidade de corrigir deficiências existente na argila proveniente da jazida principal. Durante esse processo o teor de água é ajustado de modo a permitir um moldagem adequada. Na fabricação da cerâmica vermelha, procura-se determinar a mínima quantidade de água necessária para permitir uma moldagem adequada, uma vez que teores excessivos poderão gerar elevadas contrações durante as etapas se secagem e queima, resultando em deformações e fissuras. Além disso, o excesso de água aumenta a porosidade da cerâmica, com consequente perda de resistência mecânica e aumento da permeabilidade a água. Fabricação dos componentes de cerâmica vermelha Fabricação dos componentes de cerâmica vermelha Índices que permitem a caracterização da argila e determinação da quantidade de água a ser utilizada. LP: é o mínimo teor de água que permite a moldagem de cilindros com cerca de 3 mm de diâmetro e 100 a 150 mm de comprimento, sem que ocorram fissuras. Ou seja, é quantidade de água necessária para a argila sair do seu estado seco e passar para um estado plástico capaz de conseguir ser moldada. Fabricação dos componentes de cerâmica vermelha Índices que permitem a caracterização da argila e determinação da quantidade de água a ser utilizada. LL: é o teor de água, em relação a argila seca, acima da qual a massa flui, quando agitada. No Brasil é determinado por meio do método de Casagrande. Ou seja, a quantidade de água máxima que pode ser colocada na argila. Fabricação dos componentes de cerâmica vermelha Moldagem ou conformação: pode ser realizada por extrusão ou por prensagem. O método de extrusão é o mais comum na fabricação de tijolos e blocos. O equipamento usado é uma maromba a vácuo, que tem a função de retirar o excesso de ar existente na massa cerâmica e conformá-la por meio da passagem por uma boquilha, que funciona como molde para cerâmica. O bloco de argila extrudido é contínuo e deve ser cortado nas dimensões previstas. Fabricação dos componentes de cerâmica vermelha Moldagem ou conformação: Fabricação dos componentes de cerâmica vermelha Moldagem ou conformação: Fabricação dos componentes de cerâmica vermelha Secagem: as argilas utilizadas na fabricação da cerâmica vermelha possuem, usualmente, um teor elevado de umidade, necessário para viabilizar a moldagem. Esse teor de água deve ser retirado lentamente do componente cerâmico, de modo a impedir o aparecimento de deformações ou fissuras. A secagem pode ser realizada naturalmente ou de modo artificial. A secagem natural é realizada por meio da estocagem do material extrudado em prateleiras, em local protegido da chuva. Os componentes ficam expostos ao ar ambiente, até que sua umidade chegue ao teor especificado para a fabricação (geralmente inferior a 1%). O tempo necessário fica entre 10 e 30 dias dependendo das condições ambientais. Fabricação dos componentes de cerâmica vermelha Secagem Fabricação dos componentes de cerâmica vermelha Secagem: a secagem artificial é realizada em estufas ou em câmaras de alvenaria onde se aproveita o calor do forno. Em geral sua duração é inferior a 3 dias. Queima: O aquecimento da argila gera alterações físico-químicas irreversíveis, que resultam em mudanças em suas propriedades. No início do processo de aquecimento, até cerca de 150ºC, ocorre evaporação da água adsorvida. A partir de então ocorre a desidratação química e decomposição da matéria orgânica existente na argila. A partir dos 800ºC a 1100ºC ocorre a vitrificação da argila. Fabricação dos componentes de cerâmica vermelha Queima: fatores como a velocidade em que ocorre o acréscimo de temperatura, a temperatura máxima atingida durante o processo, o tempo de manutenção da temperatura máxima atingida, velocidade do resfriamento, além da uniformidade da temperatura no forno são determinantes das propriedades que se deseja obter, tais como a resistência mecânica, a absorção de água e a contração linear. Na fabricação dos blocos e tijolos de cerâmica vermelha, a temperatura máxima atingida fica na ordem de 800º C a 1100ºC. Em outros componentes pode superar os 1200ºC. Após a queima, os componentes deverão ser submetidos a um resfriamento lento, variando entre 8 e 24 horas. tijolos maciços Componentes de cerâmica vermelha Na construção de alvenaria os componentes da cerâmica vermelha que são utilizados são os tijolos maciços e os blocos cerâmicos. Ambos são fabricados por extrusão. Características: peso: 2,50kg resistência do tijolo: 20kgf/cm² quantidades por m²: parede de 1/2 vez: 50 und parede de 1 vez: 100und Tipos de blocos • Vedação: função principal é suportar o peso próprio da alvenaria da qual faz parte. • Estrutural: devem suportar todo o peso da edificação que atuam sobre suas paredes, sendo estas dimensionadas para tal fim. Componentes de cerâmica vermelha Componentes de cerâmica vermelha Propriedades requeridas para os blocos e tijolos – Resistência à compressão compatível com as exigências de projeto. – Estabilidade volumétrica e dimensões adequadas para o levantamento da alvenaria; – Características de superfície e distribuição dos poros compatível com a argamassa a ser utilizada para o assentamento e/ou revestimento da alvenaria. Normalização brasileira para os blocos e tijolos – NBR 15270: 2005 Componentes de cerâmica vermelha Identificação: • Nome da empresa fabricante. • Dimensões, em cm, na sequência, largura (L), altura (H) e comprimento (C). • Inspeção: amostragem simples – 13 blocos (lotes de 1.000 a 100.000 blocos – para todos os casos) • Aceitação / rejeição: o não atendimento de qualquer corpo de prova é suficiente para rejeição do lote. Normalização – Blocos Cerâmicos de Vedação Características visuais: • O bloco não deve apresentar defeitos sistemáticos, como quebras, superfícies irregulares ou deformações que impeçam o seu emprego adequado. • Inspeção: dupla amostragem – (13 + 13) blocos • Aceitação / rejeição: Normalização – Blocos Cerâmicos de Vedação UNIDADES DEFEITUOSAS AMOSTRA 1ª amostra 1ª + 2ª amostraLOTES 1ª 2ª aceitação rejeição aceitação rejeição 10.000 a 30.000 13 13 2 5 6 7 Características geométricas: • Comprimento das arestas das faces (largura, altura, comprimento) – Tolerância: + 5mm (vlr individual). • Planeza das faces, desvio em relação ao esquadro – Tolerância: 3mm • Inspeção: amostragem simples – 13 blocos • Aceitação / rejeição Nº blocos Und não conformes Amost simples Nº para aceitação Nº para rejeição 13 2 3 Normalização – Blocos Cerâmicos de Vedação DIMENSÕES REAIS !!! DESVIO CÔNCAVO DESVIO CÔNVEXO Planeza das faces ou flecha (F): Presença de concavidades ou convexidades, manifestada nas faces dos blocos.Fenômeno medido pela distância (F) conforme indicado nas figuras abaixo. Normalização – Blocos Cerâmicos de Vedação PLANEZA DAS FACES DESVIO EM RELAÇÃO AO ESQUADRO Desvio em relação ao esquadro (D): Ângulo formado entre o plano de assentamento do bloco e sua face. Fenômeno medido pela distância D, conforme indicado nas figuras abaixo. DESVIO EM RELAÇÃO AO ESQUADRO Características físicas: • Absorção de água: 8% < Abs. < 22% • Inspeção: amostragem simples – 6 blocos • Aceitação / rejeição: o não atendimento de qualquer corpo de prova é suficiente para rejeição do lote. • CASO ESPECIAL: Absorção de água inicial (casos especiais): Caso superior a (30g/193,55cm2)/min os blocos devem ser umedecidos antes do assentamento, estes blocos são considerados blocos de alta absorção. Nº blocos Und não conformes Amost simples Nº para aceitação Nº para rejeição 6 1 2 Normalização – Blocos Cerâmicos de Vedação NBR 15270-3 Características mecânicas - Resistência à compressão: • Individual > 1,5MPa Nº blocos Und não conformes Amost simples Nº para aceitação Nº para rejeição 13 2 3 Normalização – Blocos Cerâmicos de Vedação • Avaliação em laboratório: – Componentes individuais – Prismas – Paredes em escala real Resistência Mecânica • Sobreposição de dois blocos • Aplicações: – Blocos vazados de concreto para alvenaria estrutural – Tijolos maciços cerâmicos – Blocos de alvenaria cuja relação altura/largura for inferior a 0,8. Prismas • Corpos de prova: (120x260)cm Paredes em escala real Telhas: são componentes utilizados na construção de telhados. • Exigências – Retilineidade e planidade: sem as quais ocorrerão problemas de encaixe que podem comprometer o desempenho do telhado; – Tolerância dimensional (estabilidade volumétrica); – Impermeabilidade: uma das principais exigências para um telhado. – A absorção de água: deve ser pequena de modo a impedir a passagem de água pelo corpo da telha após longos períodos de exposição à chuva. – Resistência: compatível com os esforços decorrentes das atividades de montagem do telhado, como também permitir o trânsito eventual de pessoas sobre o telhado, após sua execução. Componentes de cerâmica vermelha Outros elementos • Tubos ou manilhas • Elementos vazados • Ladrilhos • Plaquetas • tavelas Componentes de cerâmica vermelha Outros elementos • Tubos • Elementos vazados • Ladrilhos • Plaquetas • tavelas Fabricação de componentes de cerâmica vermelha Outros elementos • Tubos • Elementos vazados • Ladrilhos • Plaquetas • tavelas Fabricação de componentes de cerâmica vermelha Outros elementos • Tubos • Elementos vazados • Ladrilhos • Plaquetas • tavelas Fabricação de componentes de cerâmica vermelha Outros elementos • Tubos • Elementos vazados • Ladrilhos • Plaquetas • Tavelas ou lajotas Fabricação de componentes de cerâmica vermelha • Sistema em que a qualidade de seu funcionamento depende basicamente: 1. Qualidade do substrato 2. Qualidade do chapisco 3. Qualidade da placa em função do local de uso (absorção de água, EPU e resistência mecânica adequada ao local de utilização) 4. Qualidade do assentamento (preparação, aplicação e especificação da argamassa e do rejunte e M.O). Materiais cerâmicos para acabamentos e aparelhos Alvenaria Emboço Chapisco Cerâmica Atender ao disposto na NBR 13818 (ABNT – 1997) Revestimento cerâmico • Adequado ao clima brasileiro • Facilidade de limpeza • Durabilidade e resistência – material inerte • Antialérgico (15% da população sofre de algum tipo de alergia) • Anti-inflamável e baixa condutividade térmica • Diversas possibilidades de decoração PLACAS CERÂMICAS Por que usar revestimento cerâmico? 61 PLACAS CERÂMICAS Conceituação PLACAS CERÂMICAS PARA REVESTIMENTO: PRODUTO UTILIZADO PARA REVESTIMENTO DE PISOS OU PAREDES , FABRICADO COM ARGILA E OUTRAS MATÉRIAS-PRIMAS, COM FACE ESMALTADA, E COM CARACTERÍSTICAS COMPATÍVEIS COM SUA UTILIZAÇÃO. PLACAS CERÂMICAS Conceituação • BISCOITO – CORPO POROSO DA PLACA • FACE – SUPERFÍCIE DE USO DA PLACA (com detalhes para fins decoração ou construtivo) • TARDOZ – SUPERFÍCIE DE ADERÊNCIA DA PLACA, DESTINADA A SEU ASSENTAMENTO Processo de fabricação de placas cerâmicas Matéria prima - Preparação: constitui-se basicamente de materiais argilosos e não argilosos. Os materiais argilosos - são utilizados uma grande variedade de tipos e misturados de forma a obter as características desejadas Os não argilosos – são acrescidos para promover a fusão da massa, sendo o quartzo, feldspato e calcário os principais minerais normalmente utilizados; No processo de fabricação a etapa de moagem é essencial, é nessa etapa que a massa obtém a granulometria e forma dos grãos exigidos para a prensagem ou extrusão. A moagem insuficiente resulta em perdas de resistência mecânica da placa o que resulta em quebras e trincas; A granulação deficiente resulta ainda em um menor número de peças fabricadas por hora, retrações diferenciais do produto seco prejudicando a esmaltação e formando espessuras desiguais ao longo do produto acabado. Processo de fabricação de placas cerâmicas Conformação: pode ser realizada por prensagem ou por extrusão. Prensagem: O material é depositado na fôrma da prensa e submetido á elevada pressão, resultando na placa com as dimensões finais (largura, comprimento e espessura). As placas conformadas por prensagem apresentam no verso (tardoz), ranhuras paralelas com a finalidade de melhorar a aderência com a argamassa colante. Extrusão: a massa cerâmica é forçada a passar pela boquilha do equipamento chamado extrusora. Nessa etapa a placa possui duas dimensões, largura e espessura. Na sequência, o filete de argila extrudado é cortado na dimensão desejada. As placas conformadas por extrusão apresentam, no verso, ranhuras diagonais convergentes para o centro da placa. Processo de fabricação de placas cerâmicas Secagem : visa à redução do teor de umidade antes da queima. Quando realizada adequadamente reduz a presença de defeitos como rachaduras e trincas que podem ocorrer durante a queima. Queima: pode ser precedida ou não de esmaltação. A temperatura e o tempo de queima devem ser suficientes para que as transformações cerâmicas na base ocorram plenamente. Temperaturas ou tempos de exposição menores que o necessário podem resultar em placas com resistências menores do que o exigido pela norma bem como, placas com alta expansão por umidade. A queima pode ser de três tipos: monoqueima, biqueima e terceira queima. Na monoqueima a placa cerâmica passa somente um vez pelo forno, em geral, com temperaturas em torno de 1100ºC, em que a base da argila e do esmalte são queimados simultaneamente. Processo de fabricação de placas cerâmicas Queima: Na biqueima, a base é queimada a temperaturas em torno de 980ºC. Ocorrem as reações físico-químicas que conferem ao produto resistência e estabilidade. Em seguida, a peça recebe a decoração e esmaltação e retorna ao forno para a sinterização do esmalte. A terceira queima é um recurso de decoração. É realizada com o intuito de se criarem efeitos especiais, como relevo e aplicação de metais ou pigmentos. A peça sofre nova queima com o objetivo de fundirem-se esses produtos sobre a superfície. Esmaltação: Muitos produtos cerâmicos, como louça sanitária, louça de mesa, isoladores elétricos, materiais de revestimento e outros, recebem uma camadafina e contínua de um material denominado de esmalte ou vidrado, que após a queima adquire o aspecto vítreo Processo de fabricação de placas cerâmicas Esmaltação: Tem por finalidade aprimorar a estética, tornar o produto impermeável, melhorar a resistência mecânica e propriedades elétricas entre outros fatores; Entre as matérias-primas naturais: quartzo, areia do mar, quartzito, caulim, feldspato, calcita, fluorita, talco, dolomita e zirconita. Processo de fabricação de placas cerâmicas Composição e Fabricação Esquema de fabricação dos revestimentos cerâmicos PLACAS CERÂMICAS Especificação Para a correta especificação dos revestimentos cerâmicos precisamos conhecer: Propriedades do material em função do local de uso. O clima ou variação de temperatura a que o revestimento cerâmico será submetido. Local de uso conforme esquema abaixo: PLACAS CERÂMICAS Especificação A correta especificação deve ser feita a partir da diferenciação entre as partes que compõem o revestimento cerâmico: base e superfície (esmaltada ou não) CUSTO > absorção < carga de ruptura admissível 71 PLACAS CERÂMICAS Composição e Fabricação Mesmo LOTE 72 PLACAS CERÂMICAS Composição e Fabricação PLACAS CERÂMICAS Defeitos visuais A análise visual envolve, segundo a NBR 13818: Placas Cerâmicas para Revestimento - Especificação e Métodos de Ensaios, não apenas os defeitos visuais de superfície que possam afetar a aparência como também diferenças de tonalidade. É importante destacar que a cor da base da placa não tem relação direta com a qualidade; Entre os defeitos a norma cita diferença de tonalidade do esmalte (efeito ≠ defeito), rachadura, furos, depressões, crateras, bolhas, pintas, falha no vidrado, cantos e lados lascados. A análise pode ser feita montando-se um painel de 2m² cujo observador deve ficar em pé a 1,0 m de distância. Segundo a norma é classificado de primeira qualidade quando 95% ou mais das peças examinadas não apresentam defeitos visíveis. PLACAS CERÂMICAS Características geométricas A NBR 13818 estabelece as tolerâncias dimensionais das placas cerâmicas, bem como o desvio da forma, ou seja: a ortogonalidade, a planaridade e a retitude dos lados. As tolerâncias admitidas pela norma são em função das dimensões nominais das placas, ou seja, placas maiores têm variações dimensionais permitidas maiores. No entanto, devido a retração que ocorre durante a queima, as dimensões reais das placas sempre diferem das dimensões nominais. Para que seja possível assentar cerâmicas com rejuntamento adequado, os fabricantes identificam na embalagem o número do lote. 75 PLACAS CERÂMICAS Características geométricas 76 PLACAS CERÂMICAS Características geométricas Cada lote tem suas tolerâncias das variações dimensionais em função das dimensões reais produzidas. Logo o usuário deve adquirir revestimentos sempre de um mesmo lote para evitar peças com variações geométricas diferentes. Indica a quantidade de água que é absorvida pela placa cerâmica. Esta absorção é dependente da porosidade da placa e relaciona-se com a sua resistência ao impacto e com o módulo de resistência à flexão. A resistência ao impacto refere-se à capacidade da placa de resistir a impactos, como quedas de objetos pesados ou pontiagudos, e é uma característica importante em ambientes com grande circulação de veículos ou cargas pesadas, cozinhas e mesmo quarto de crianças, devido à manipulação de objetos pesados. PLACAS CERÂMICAS Característica técnicas - Absorção de água PLACAS CERÂMICAS Característica técnicas - Absorção de água PLACAS CERÂMICAS Característica técnicas - Absorção de água PLACAS CERÂMICAS Característica técnicas - Absorção de água PLACAS CERÂMICAS Característica técnicas - Absorção de água As placas cerâmicas que apresentam elevada absorção de água e que não foram adequadamente queimadas podem apresentar expansão por umidade alta, com consequente alteração nas suas dimensões. Assim, uma EPU alta causa destacamento da placa devido ao estufamento. PLACAS CERÂMICAS Característica técnicas - Absorção de água A faixa de absorção de água é um dado importante na especificação de placas cerâmicas para utilização em locais onde as placas estão sujeitas a cargas diferentes, como por exemplo, pisos industriais, pisos em áreas públicas, garagens, paredes, saunas, piscinas, etc. É a característica mais importante que, por exigência da norma, deve constar na embalagem, e o fabricante é obrigado a cumprir a resistência mecânica associada ao grupo de absorção de água que declara. Observa-se que a carga de ruptura é um valor dependente da espessura da peça. Quanto maior a espessura, maior a carga de ruptura. Por isso, a espessura mínima definida para pisos é de 7,5 mm. Para parede essa carga não é importante e, por isso, as espessuras podem ser menores que 7,5 mm, mas não menores que 4 mm. PLACAS CERÂMICAS Característica técnicas - Absorção de água PLACAS CERÂMICAS Característica técnicas – Resistência à abrasão Consiste na resistência ao desgaste superficial que a placa cerâmica apresenta devido ao movimento de pessoas e objetos. O ensaio foi desenvolvido pelo Porcelain Enamel Institute (Instituto de Esmalte para Porcelana) – PEI. O ensaio era realizado de acordo com a norma NBR-13818: 1997, para produtos de cerâmica vidrada e queimada. Nas peças esmaltadas, determina-se o número de ciclos que estas suportam sem apresentar desgastes apreciáveis, promovidos por esferas de aço e material abrasivo. PLACAS CERÂMICAS Característica técnicas – Resistência à abrasão Classificação: PLACAS CERÂMICAS Característica técnicas – Dureza A resistência ao risco ou dureza da superfície da placa é uma característica de grande importância na especificação, sendo importante frisar que todos os pisos riscam em proporções diferentes. Pisos lisos e brilhantes têm baixa resistência ao risco, logo riscam com mais facilidade que pisos rústicos. Em áreas externas os pisos rústicos são mais recomendados, já para áreas internas podem ser usados os lisos e brilhantes. PLACAS CERÂMICAS Característica técnicas – Coeficiente de atrito A especificação da placa cerâmica para utilização em pisos deve levar em conta, entre outros fatores, a segurança do usuário ao andar sobre a superfície. Placas lisas e brilhantes, que apresentam coeficiente de atrito mais baixo, só devem ser utilizadas em pisos de ambientes internos e secos. Conceito: Está relacionada com a facilidade de limpeza do vidrado da cerâmica mediante ataque de diferentes agentes manchantes não devendo apresentar alteração na sua aparência . Características importante para locais onde a higiene é fundamental. Ex. Hospitais, cozinhas, lanchonetes, etc. Agentes manchantes: Ação penetrante: CrO verde ou FeO vermelho Ação oxidante: iodo Formação de película: óleo de oliva Agentes limpantes: Água quente Agente de limpeza fraco Agente de limpeza forte Reagentes de ataques e solventes PLACAS CERÂMICAS Característica técnicas – Resistência a manchas CLASSES CONFORME A FACILIDADE DE LIMPEZA Classe 5 – máxima facilidade de remoção de manchas Classe 4 – mancha removível com produto de limpeza fraco Classe 3 – mancha removível com produto de limpeza forte Classe 2 – mancha removível com ácido clorídrico, hidróxido de potássio e tricloroetileno Classe 1 – impossibilidade de remoção da mancha PLACAS CERÂMICAS Característica técnicas – Resistência a manchas A NBR 13817 apresentauma classificação em função da facilidade de remoção das manchas. Quanto mais lisa e menos porosa a superfície da placa, mais fácil a sua limpeza. 90 • Conceito: Fissura capilar limitada à camada esmaltada de revestimento com espessura de um fio de cabelo, proveniente da incapacidade do esmalte de acompanhar as variação volumétricas do biscoito. • Critério (qualitativo): Não ocorrência – em qualquer situação PLACAS CERÂMICAS Característica técnicas – Resistência a gretagem 92 PLACAS CERÂMICAS Peças especiais São utilizadas para personalizar o ambiente e podem ter função decorativa ou construtiva. As peças com função decorativa realçam o efeito estético do revestimento cerâmico e são divididas em ponto, linha e chão. PLACAS CERÂMICAS Peças especiais PLACAS CERÂMICAS Peças especiais PLACAS CERÂMICAS Peças especiais PLACAS CERÂMICAS Peças especiais
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