Buscar

FICHAMENTO PERDA DE UMA CHANCE


Continue navegando


Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS- GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL
Fichamento de Estudo de Caso
Flávia Alves Felipe do Nascimento
 Trabalho da disciplina:
 Responsabilidade Civil: Novas Tendências
Tutor: Porf. Marcelo Pereira dos Santos
Rio de Janeiro
2015
Estudo de caso: A responsabilidade civil pela perda de uma chance no direito brasileiro
Responsabilidade civil: Novas Tendências
 Estudo do caso
REFERÊNCIA: “A responsabilidade civil pela perda de uma chance no direito brasileiro” de autoria de GILBERTO ANDREASSA JUNIOR.
Disponível na biblioteca virtual e no seguinte endereço: http://andreassaeandreassa.adv.br/wp-content/uploads/2013/01/artigo13.pdf
Diante da leitura do material para o trabalho proposto, é possível trazer à baila, diversas nuances de profunda relevância para melhor compreensão do tema de estudo.
De forma introdutória, cabe destacar a evolução da responsabilidade civil, que nos tempos mais remotos as querelas entre as partes eram solucionadas pela força dos mais fortes em detrimento dos demais que compunham determinado nicho social, bem com, se valiam da vingança privada, ou seja, da autotutela para se prevalecer de seus direitos, muito em função da ausência de um ordenamento, regras e limites para a população.
Com a evolução da coletividade, surgiram diversas leis que foram tomadas como base para se conviver mais harmoniosamente dentro da sociedade. A pena de Talião: “olho por olho e dente por dente”, já não era mais bem-vinda pelos indivíduos, isto porque, o que se desejava era uma reparação concreta e não mais desavenças desnecessárias.
Entrando, propriamente na responsabilidade civil, vale destacar as suas peculiaridades para se abordar a perda de uma chance, de fato. A responsabilidade consagra suas espécies que podem ser: contratual, aqueles pré-pactuadas, que advém de contratos celebrados, onde uma das partes deixa de cumprir com à obrigação. E as extracontratuais ou ainda conhecida como aquiliana, onde não há vinculação de contrato celebrado, mas com o ato ilícito, gera um vinculo para os envolvidos. Dentre outras características, não se pode deixar de mencionar a responsabilidade objetiva e subjetiva, na qual será observada para responsabilização do transgressor. A objetiva versa de forma menos burocrática e a subjetiva é a comprovação da imprudência, negligência e ou imperícia. Cabendo destacar, que a responsabilidade objetiva, somente incide por força da lei, taxativamente, e que na sua ausência, o ato antijurídico será presumido como subjetivo. 
Os elementos para configuração da responsabilidade civil são: ação e ou omissão do agente transgressor; o nexo de causalidade; culpa e o dano. Ainda que sejam descritos de forma ampassã, mas são de suma importância.
A perda de uma chance, ganha maior destaque no ano de 1965, apesar de conter casos pretéritos. A jurisprudência francesa denominou tal teoria como: a chance de uma cura, diante do diagnóstico errôneo do médico, cabendo à responsabilidade ao médico pelo dano amargado.
A perda de uma chance é, indubitavelmente, a certeza que determina chance aconteceria se não fosse à conduta ilícita do agente transgressor, não se trata de chances meramente, hipotéticas e ou abstratas, mas oportunidades reais, que determinada vantagem pudesse se materializar ou ao menos diminuir as possibilidades de não lograr êxito; não se trata de uma vantagem futura improvável, mas de uma vantagem futura que tenha a probabilidade de dar certo; é uma probabilidade real, e não uma mera ficção.
Diante da falta de normatização, a dita teoria é recepcionada, apenas pela doutrina e jurisprudência, visto que, ainda restam muitas particularidades a serem enfrentadas pelos juristas, até se chegar ao senso comum.
As formas mais usuais de indenização eram pelos erros cometidos por profissionais liberais, médicos e advogados. Sem entrar na seara da obrigação de meio, mas em que pese os erros crassos de sua má conduta, trazendo danos, retirando a chance ou diminuindo a possibilidade de conseguir êxito na ocasião futura. Porém, na jurisprudência atual, já é possível encontrar entendimentos por outras vertentes, tais como: perda de uma chance em oportunidade de emprego e ou concurso público, perda de uma chance células tronco e etc. 
É conclusivo, que os tribunais têm julgado e apresentando uma maior inclinação para a teoria em comento, sendo mais veemente, nos Estados do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. Mesmo que o percurso ainda seja longo, muito já fora possível alcançar e progredir. O direto está em constante mudança, ele não é ortodoxo, tem flexibilidade e é mutável a todo o momento, e por essas caraterísticas que se pode trazer mais justiça ao corpo social, que clama por seus pleitos sanados, o povo tem anseia por suas querelas solucionadas com a mais diligente probidade e, ou, ao menos conseguir minimizar os prejuízos sofridos.