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Análise cinesiológica e biomecânica de um gesto esportivo. O chute no futebol

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09/03/2018 Análise cinesiológica e biomecânica de um gesto esportivo. O chute no futebol
http://www.efdeportes.com/efd191/biomecanica-de-chute-no-futebol.htm 1/5
Análise cinesiológica e biomecânica de um gesto esportivo.
 O chute no futebol
Kinesiología y biomecánica análisis de un gesto deportivo. El remate en el fútbol
 
*Discentes do Curso de Educação Física
** Orientador. Docente do Curso de Educação Física
Gestão da Área de Desporto e Reabilitação e Biomédica
Universidade Salgado de Oliveira – UNIVERSO
(Brasil)
Alessandro Almeida Machado*
Augusto Ramos Rolão*
Eliane Leite Tavares*
Kelsen Klayton Ataídes Silva*
Nivaldo de Morais Souza Junior*
Patrício Silva do Amaral*
Ademir Schmidt**
alessandroalmeidamachado@hotmail.com
 
 
 
 
Resumo
 Em uma análise rápida percebe-se que o chute no futebol pode ser visto como um gesto simples, mas através do estudo e da análise do ponto de vista da
cinesiologia e biomecânica, foi constatado que é um movimento muito complexo, pois o futebol nas suas arrancadas e paradas bruscas, mudanças repentinas de
direção e sem esquecer o contato físico, faz com que os membros inferiores (quadril, joelho, tornozelo e pés) do atleta sejam bem exigidos, com isso, o atleta tem
que estar bem preparado fisicamente para que seus músculos, articulações, ossos e ligamentos não venham a sofrer danos. As lesões são bastante freqüentes no
futebol, podendo ser leves ou graves. A análise foi feita no plano sagital e o eixo frontal, observando os músculos agonistas e músculos antagonistas, articulações e
principais lesões.
 Unitermos: Futebol. Cinesiologia e biomecânica. Membros inferiores.
 
 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 191, Abril de 2014. http://www.efdeportes.com/
1 / 1 
 
1. Introdução
 Este artigo destina-se a mostrar uma análise cinesiológica e biomecânica de um dos fundamentos mais utilizados
no futebol, que é o chute, fazendo um estudo sobre as articulações utilizadas, plano e eixo do movimento, grau e
amplitude do movimento, os grupos musculares envolvidos, limitadores e lesões mais frenquentes ocasionadas pelo
futebol.
2. Metodologia
 Este estudo se caracteriza como uma pesquisa bibliográfica, conceitos e idéias onde se delimitou o enfoque
principal: Análise cinesiológica e biomecânica do chute no futebol. Como embasamento teórico utilizou-se os
indexadores de busca: Plano e eixo, análise cinesiológica e biomecânica do chute no futebol, articulação do quadril,
articulação do joelho e articulação do tornozelo, músculos agonistas, músculos antagonistas e lesões. Foram utilizados
livros, artigos científicos publicados em revistas eletrônicas.
3. Referencial teórico
 O futebol é um esporte de origem inglesa denominada “football” sendo jogado por duas equipes com onze
jogadores em cada equipe, um árbitro e dois auxiliares para que sejam aplicadas as regras. Pode-se dizer que o
futebol é o esporte mais praticado no mundo, é o esporte de preferência nacional em vários países, é em alguns
desses países o esporte mais praticado.
 O futebol é uma atividade que exige muito dos membros inferiores de seus praticantes, joelhos, tornozelos, quadril
e pés são bastante exigidos nesta atividade sendo o primeiro esporte ou o único para maioria dos brasileiros. Futebol
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http://www.efdeportes.com/efd191/biomecanica-de-chute-no-futebol.htm 2/5
é um esporte de constante movimentação, mudanças bruscas de direção, aceleração e desaceleração, por esses
motivos que o futebol ocasiona bastante lesões para seus praticantes e se exige muito de algumas articulações,
ligamentos, ossos e músculos. (MOREIRA et al).
 Segundo Lucena (1994), o chute é a ação de golpear a bola, visando desviar ou dar uma trajetória à mesma,
estando ela parada ou em movimento. A técnica utilizada pela maioria dos jogadores é o chute com face dorsal do pé,
sendo a técnica mais recomendada para dar uma direção precisa ao chute.
4. Análise cinesiológica e biomecânico do chute
 Para executar o chute existem músculos, articulações, ossos e ligamentos envolvidos. Fazendo uma análise visual e
sem nenhum conhecimento, percebe-se que se trata de um ato simples, no entanto esse ato é objeto de estudo de
vários pesquisadores e cientistas do esporte, para que possa melhorar no atleta esse fundamento que é o mais
executado dentro do esporte.
 Foi feita uma análise cinesiológica no momento da execução do chute, sendo o plano observado o sagital e o eixo
frontal.
 Segundo Moreira et al (2004), ocorre na articulação do joelho uma extensão brusca e rápida do joelho realizada
pelo músculo quadríceps (reto femoral, vasto medial, vasto lateral e vasto intermédio) seguido de uma flexão de
quadril (realizado pelos músculos reto femoral, iliopsoas e tensor da fáscia lata) acompanhada de contração dos
músculos abdominais.
 O membro apoiado está com o quadril (músculo glúteo máximo e isquiotibiais) e o joelho (músculo quadríceps) em
extensão. A articulação do joelho é a de maior contribuição na velocidade final do chute, quando esta realiza a
extensão plena.
 A abordagem cinesiológica descrita baseia-se na compreensão das ações musculares identificadas pelos seguintes
autores: Kendal et al, Marques, Moore e Dalley, Netter, Smith et al, Weineck e Wirdhed (3,6,7,9,11,14 e 15) apud
Moreira et al (2004).
 Na articulação do quadril do membro anterior é realizada uma semiflexão do quadril pelos músculos reto femoral,
tensor da fáscia lata, pectíneo e sartório, adutor curto, adutor longo e porção adutora do músculo adutor magno.
 O joelho do membro anterior está encaminhando para extensão. O músculo agonista deste movimento é o
quadríceps femoral.
 No membro posicionado posteriormente o joelho está em semiflexão, os músculos trabalhados são os isquiotibiais
(semitendíneo, semimembranáceo, e bíceps femoral), grácil e poplíteo.
 Os antagonistas responsáveis por sustentar o movimento estudado são os isquiotibiais (semitendíneo,
semimembranáceo e bíceps femoral) e glúteo máximo.
 Na articulação do tornozelo, o tornozelo do membro anterior realiza a fase de apoio do ciclo da marcha. Está em
posição neutra (toque de calcanhar), tendendo a dorsiflexão (aplanamento do pé), movimentos realizado pelos
músculos gastrocnêmios, sóleo, fibular longo, fibular curto, plantar, tibial posterior, flexor longo do hálux e flexor
longo dos dedos).
 Na fase de execução, o centro de gravidade do jogador é alterado para a manutenção do equilíbrio.
 A abordagem cinesiológica do quadril no membro dominante nesta fase foi descrita como flexão do quadril (retorno
da extensão), adução (movimento realizado pelos músculos adutor magno, adutor curto, adutor longo e pectíneo) e
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rotação interna (realizada pelos músculos glúteo médio, glúteo mínimo, tensor da fáscia lata). O membro apoiado está
em semiflexão, em cadeia cinética fechada.
 O joelho do membro dominante sofre uma extensão, ainda que incompleta. O membro apoiado continua em
semiflexão.
 A articulação do tornozelo no membro dominante se mantém em flexão plantar até que o pé toque a bola. O
membro de apoio mantém a sua posição neutra.
 Por inércia, um corpo em movimento tende a permanecer em movimento, até que uma outra força o faça voltar ao
seu estado de repouso. O sistema neuromuscular consegue tirar vantagem de movimentos passivos.
 Observando o movimento da análise, ligamentos, tendões, músculos, cápsula articular e ossos tem a função de
limitar a execução do movimento protegendoa articulação de não realizar um movimento fora de suas características.
Sendo assim, quando se executa o chute no futebol o corpo realiza uma flexão de quadril, essa flexão acontece na
própria articulação do quadril, os responsáveis por limitar o movimento do quadril para que o mesmo não execute um
movimento além de suas características são: cápsula articular posterior, ligamento isquiofemoral, ligamento da cabeça
do fêmur. Para que esse mesmo joelho não realize movimento fora de suas características, os limitadores irão
trabalhar para proteger essa articulação. O limitador da articulação do joelho é o ligamento cruzado anterior. O
tornozelo é limitado pela cápsula articular, ligamento tibiofibular anterior e posterior. (SCHMIDT, 2013)
 Abordando a parte anatômica das articulações mencionadas no movimento estudado, descreve-se as mesmas da
seguinte forma. Quadril sinovial, tipo esferoidal e triaxial, joelho sinovial, uniaxial, tipo dobradiça e tornozelo, sinovial,
uniaxial e dobradiça. (SCHMIDT, 2013)
5. Lesões
 Segundo Silva (2008) e Cohen (1997), o futebol é uma modalidade que provoca várias lesões sendo as mesmas de
ordem ortopédica, muscular, ligamentar e tendinosas.
 O futebol é a segunda modalidade esportiva que registrou mais atendimentos numa clínica fisioterápica. Foram 43
atletas de um total de 188 atendimentos, ou seja, 22,87% dos atendimentos da clínica foram destinados aos atletas
de futebol, só perdendo para o basquetebol com 29,25 % dos atendimentos (SILVA et al, 2008).
 O futebol é atualmente considerado como uma das modalidades esportivas onde o risco de lesão é mais elevado, o
futebol é também a modalidade que tem despertado maior interesse científico com especial enfoque no estudo das
lesões (COHEN et al, 1997).
 Fatores intrínsecos ou pessoais (como idade, lesões previas, instabilidade articular, preparação física, habilidade).
Por outro lado, os fatores extrínsecos são a sobrecarga de exercícios, o número excessivo de jogos, a qualidade dos
campos, equipamentos (chuteiras, roupas) inadequados e violações às regras dos jogos (faltas excessivas, jogadas
violentas) (COHEN e ABDALLA, 2003).
 Segundo MOREIRA et al (2004), Vários fatores que podem ocasionar as lesões, podendo ser fatores intrínsecos
(aqueles que a pessoa já pode trazer a partir que nasce e também acarretados por treinamento muito intenso) e
fatores extrínsecos (calçado utilizado pelo atleta, iluminação do espaço etc.), as lesões podem ser classificadas de três
formas: musculotendíneas (distenção, tendinites), articulares (luxações e entorses) e ósseas (fraturas e contusões).
 Na prática esportiva, observam-se diferentes fatores que predispõe a ocorrência de lesões. Entre os
fatores intrínsecos, podemos identificar a presença de deformidades no quadril, joelho tornozelo e pé.
[...].
09/03/2018 Análise cinesiológica e biomecânica de um gesto esportivo. O chute no futebol
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 Com relação aos fatores extrínsecos, devemos considerar as condições do piso, iluminação do espaço
e tipo de calçado utilizado pelo atleta. [...].
 As lesões podem ser classificadas de três formas, de acordo com a estrutura envolvida. [...].
 A distenção caracteriza-se pelo rompimento das fibras musculares. As tendinites são provenientes de
uma síndrome de uso excessivo ou de sobrecarga do tendão. [...].
 Luxação é a perda da congruência articulara, causada por traumas diretos ou ação muscular rigorosa.
[...]. Em relação às entorses, ocorre quando há estiramento ou laceração de tecidos moles.
 As fraturas são resultados de traumas diretos intensos, geralmente em estruturas ósseas superficiais
(maléolos e tíbia, principalmente). [...].
 Na articulação do quadril, as principais lesões são decorrentes de esforços excessivos. [...].
 No esporte, as lesões agudas de joelho incluem contusões, distensões fraturas e luxações. [...].
 A principal lesão da articulação do tornozelo é a entorse em inversão (“virada do pé para dentro”).
[...]. (MOREIRA et al, 2004)
6. Considerações
 Percebe-se com o estudo que o futebol é um esporte bastante simples de ser praticado devido não precisar de
muito recursos materiais. Mas é bastante complexo se observado do ponto vista da cinesiologia e da biomecânica.
Observa-se que exige bastante do corpo por ser um esporte de grande movimentação e contato físico, solicitando
bastante das articulações, músculos, ossos e tendões para sua prática.
Referências bibliográficos
Caderno de cinesiologia e biomecânica – Universidade Salgado de Oliveira.
LUCENA, R. Futsal e a Iniciação. Rio de Janeiro: Sprint,1994.
MOREIRA, D., GODOY, J.R.P., BRAZ, R. G., MACHADO, G. F. B., SANTOS, H. F. S. Abordagem cinesiológica do
chute no futsal e suas implicações clínicas. R. bras. Ci e Mov. 2004; 12(2): 81-85.
SANTOS SILVA, D.A. DEAN SOUTO, M. y Cabral de Oliveira, A.C. Lesões em atletas profissionais de futebol e
fatores associados. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Nº 121, 2008.
http://www.efdeportes.com/efd121/lesoes-em-atletas-profissionais-de-futebol.htm
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