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Direito de transporte Contrato Marítimo

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Introdução
O processo de crescimento da economia mundial, associado a progressiva e inexorável liberalização do comércio mundial e ao processo de globalização dos mercados, tem conduzido a uma cada vez maior integração e interdependência das diferentes economias mundiais.
O transporte marítimo, sendo o mais internacional meio de transporte de mercadorias, assume desde os tempos mais remotos, uma importância vital para o desenvolvimento da economia mundial, uma vez que grande parte das importações e exportações do comércio mundial é feita por via marítima, representando cerca 90% do comércio internacional.
O contexto do transporte marítimo reflecte o aumento das trocas de comércio e do tráfego marítimo internacional, cujo crescimento foi superior a 130% nos últimos 30 anos, com forte impacte no movimento portuário.
O tráfego mundial de mercadorias mantém, no presente, uma tendência crescente, com maior expressão ao nível dos serviços contentorizados, que têm evidenciado ritmos de aumento superiores aos do próprio comércio mundial.
Desenvolvimento
O transporte marítimo é o que utiliza como vias de passagem os mares abertos, para o transporte de mercadorias e de passageiros. O transporte fluvial usa os lagos e rios. Como o transporte marítimo representa a grande maioria do transporte aquático, muitas vezes é usada esta denominação como sinónimo.[1: COSTEIRA, Francisco , O Contrato de Transporte de Mercadorias, Coimbra, Almedina, 2000 pp.. 47 e ss.]
O Transporte Fluvial é uma das modalidades dos transportes aquáticos ou aquaviários realizados por meio das Hidrovias, considerado um dos mais antigos da humanidade. Antes de inventarem as embarcações (barcos, barcas, navios, balsas, etc.) os homens já utilizavam os rios como meio de transporte, donde as travessias eram realizadas em troncos de árvores. Do Latim, o termo “fluvial” (fluvius), significa rio, associado ao verbo “fluere”, que significa fluir.
Contrato de transporte
Conceitos:
António Menezes Cordeiro define o contrato de transporte, em sentido técnico jurídico, como a deslocação voluntária e promovida por terceiros, em termos organizados, de pessoas ou de bens, de um local para outro.[2: ANTUNES, José “Contratos Comerciais, Noções Fundamentais”, Direito e Justiça, VolumeEspecial, 2007, Universidade Católica Editora Unipessoal, Lda., pp. 109 e ss.]
Assim, o contrato de transporte é caracterizado como aquele pelo qual uma pessoa o transportador se obriga perante outra o interessado ou expedidor a providenciar o deslocamento de pessoas ou de bens de um local para outro.
Na definição exposta, extrai-se, como aspecto estruturante do contrato de transporte, o fato de a actividade desenvolvida ser realizada pelo transportador em termos organizacionais, acrescida do necessário deslocamento de pessoas ou coisas de um lugar para outro.
O contrato de transporte é uma prestação de serviço que tem como finalidade a colocação da pessoa ou do bem, de for- ma íntegra, no local de destino.
Nuno Manuel Castello-Branco Bastos, por sua vez, ensina que “o contrato de transporte pode ser definido como o contrato mediante o qual uma das partes (transportador) se compromete/obriga perante outrem (passageiro ou carrega- dor/expedidor) a fazer deslocar fisicamente.[3: ALVARÉZ, Ricardo Javier, Los peligros del mar en el derecho marítimo, 1ª edição, Buenos Aires, Editoral Ad Hoc,2007]
Engrácia Antunes, por sua vez, define o transporte como o contrato pelo qual uma das partes (transportador) se obriga perante a outra (passageiro ou carregador), mediante retribuição, a deslocar determinadas pessoas ou coisas e a colocar A doutrina autorizada de Gustavo Tepedino, em rela- cão ao conceito de contrato de transporte, é no seguinte senti- do: aquele pelo qual alguém se obriga, mediante retribuição, a receber pessoas e coisas, animadas ou inanimadas, e levá-las até o local de destino, com segurança e presteza, por meio a é- réu, marítimo ou terrestre.[4: ALVES, Hugo Ramos, Da limitação da responsabilidade do transportador na convenção de Bruxelas de 1924, 1ª edição, Lisboa, Editora Almedina, 2008.]
Diante de tudo o que ficou exposto, pode-se afirmar que o contrato de transporte é um negócio jurídico representativo de uma prestação de serviços por meio do qual o transportador compromete-se a deslocar, de forma organizada e mediante o controle da actividade, pessoas ou mercadorias de um lugar para outro, em favor de outrem (passageiro ou expedidor) ou de terceiros (destinatário), mediante uma vantagem económica.
Elementos essenciais do contrato de transporte
Nos termos da lição de Fernando Abranches Ferrão, são elementos essenciais do contrato de transporte: a deslocação de pessoas ou coisas de um local para outro (tendo, como ele- mentos acessórios, o local do embarque, o local da descarga, itinerário, meio de transporte e a velocidade) e a remuneração (contraprestação: bilhete ou frete).
Ocorre que, para a caracterização do contrato de transporte, conquanto representativo de uma actividade de prestação de serviço10, exige-se a presença de outros elementos estruturantes que lhe conferem um perfil de actividade organizacional, cujo efeito principal é deslocar pessoas ou coisas
Conceituação do contrato de transporte marítimo de mercadorias
Francisco Costeira da Rocha define o contrato de transporte de mercadorias como o contrato pelo qual uma das partes (carregador) encarrega outra (transportador) de deslocar determinada mercadoria de um local para outro e de a entregar pontualmente ao destinatário, mediante retribuição.[5: ANTUNES, Engrácia, Direito dos contratos comerciais, Co- imbra, Editora Almedina, 2006, pp. 725-758.]
No contrato de transporte marítimo de mercadorias, o transportador assume sua posição de protagonista da relação jurídica material estabelecida, incumbindo-lhe o encargo de entregar a mercadoria depositada em favor do destinatário, nas mesmas condições existentes à época do carregamento do navio.
Diante disso, surge, inicialmente, a necessidade de se analisar qual a posição jurídica do destinatário na relação jurídica estabelecida entre o transportador marítimo e o expedidor.
Cláusulas do contrato de transporte internacional de mercadorias por meio do modal marítimo
O contrato de transporte marítimo é composto por cláusulas que vão determinar o alcance do serviço prestado e até em que momento a responsabilidade do transportador subsiste. Estas cláusulas são chamadas regimes contratuais e são de acordo com Raphael (2003) e Lacerda (1984):[6: ASQUINI, Alberto, Transporto di cose (contratto di), Torini, Novissimo Digesto italiano, XIX, 1973, pp. 576-598.]
House to House (H/H): a mercadoria é retirada no estabelecimento do exportador e entregue no estabelecimento do importador;
bPier to Pier (P/P): a mercadoria é retirada no porto de partida e entregue no porto de chegada;
House to Pier (H/P): a mercadoria é retirada no estabelecimento do exportador e entregue no porto de chegada;
Pier to House (P/H): a mercadoria é retirada no porto de partida e entregue no estabelecimento do importador.
São classificados como contrato de transporte Marítimo a Carta-partida (Voyage Charter Party) ou COA (Contract of Affreightment), contratos de quantidades ou tonelagens aos quais se aplicam as mesmas cláusulas, no entanto esta relação contratual não nos interessa aprofundar uma vez que se dá entre fretador e afretador (transportador) e não entre transportador e consumidor (LACERDA, 1984). Todavia vale mencionar que “sendo a carga tomada em virtude de carta de fretamento, o portador do conhecimento não fica responsável por alguma condição ou obrigação especial contida na mesma carta, se o conhecimento não tiver a cláusula - segundo a carta de fretamento.”[7: STRENGER, Irineu. Direito Internacional Privado, São Paulo, Editora Revista dos Tribunais, 1991, pp. 28]
Vantagens e Desvantagens
Embora sejam transportes lentos, os transportes aquáticos são muito utilizados para o transporte de cargas e pessoas,sendo que apresenta custo operacional reduzido em relação aos outros transportes. 
Uma das vantagens é justamente sua enorme capacidade, ou seja, pode transportar grandes quantidades de carga
Além disso, é um meio de transporte pouco poluente em relação aos outros (rodoviário, ferroviário, etc.), embora seja limitado, posto que necessita das hidrovias para a navegação. Além disso, geralmente são feitos transporte regional, ou seja, não abrange o país inteiro.
De tal modo, antes de ser utilizado, o rio passa por uma avaliação de especialistas que conferem se o local é apropriado para navegação (desde profundidade, relevo, largura, potencial económico) e construção de uma hidrovia, segundo suas características próprias.
A importância dos transportes marítimo, destacando suas vantagens e desvantagens
Vantagens e Desvantagens
Nos transportes marítimos, a principal vantagem é a grande capacidade de movimentação de cargas e sua desvantagem é a baixa velocidade. Para Rodrigues (2010), ao abordar o transporte marítimo, aponta as seguintes vantagens e desvantagens. 
[8: ANTONINI, Alfredo (coordenador), Trattato breve di diritto marittimo, Volume I - Princìpi-Soggetti-Beni-Attività, Milano, Giuffrè Editore, 2007.]
Vantagens[9: ANTONINI, Alfredo (coordenador), Trattato breve di diritto marittimo, Volume I - Princìpi-Soggetti-Beni-Attività, Milano, Giuffrè Editore, 2007.]
Altíssima eficiência energética.
Elevada economia de escala para grandes lotes a longa distância.
Possibilita economicamente o tráfego internacional de commodities.
Possibilita reduzir o custo do frete internacional em pontes aeromarítimas e aeroterrrestres.
Desvantagens
Investimento inicial e custo operacional elevados.
Necessidade de grandes frotas modernas.
Pressupõe a existência de portos – obras de engenharia e infra-estrutura caríssimas.
Serviço lento, pois ocorre em meio mais denso.
Os inúmeros manuseios propiciam avarias.
Conclusão 
Ao concluir este trabalho é possível concluir que os contratos de transporte marítimo internacional de mercadorias, têm sido objecto de importantes estudos, através dos tempos, porém muitas dúvidas ainda restam ser esclarecidas, sobretudo no que concerne a determinação do direito aplicável aos referidos contratos de transporte.
Perante as várias iniciativas, que têm sido desenvolvidas com vista a unificação internacional do direito material aplicável aos contratos de transporte marítimo de mercadorias, serão abordadas, as normas internacionais que tratam desta matéria, designadamente a Convenção de Bruxelas de 1924, as Regras de Hamburgo de 1978.
O contrato de transporte marítimo internacional, é a consequência do intercâmbio entre Estados, caracterizado pela presença de um elemento de extremidade que o ligue a dois ou mais ordenamentos jurídicos nacionais.97
Portanto perante a formação dos contratos internacionais, deve-se observar com especial atenção as suas cláusulas e características peculiares, pois a sua redacção é de grande relevância, sobretudo no que que refere a cláusula de eleição do foro e a escolha do idioma.
Bibliografia
ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de, O contrato de transporte no Código Civil, Revista dos Tribunais nº 1840, ano 87, Abril de 1969, pp. 147-151.
ALVARÉZ, Ricardo Javier, Los peligros del mar en el derecho marítimo, 1ª edição, Buenos Aires, Editoral Ad Hoc,2007.
ALVES, Hugo Ramos, Da limitação da responsabilidade do transportador na convenção de Bruxelas de 1924, 1ª edição, Lisboa, Editora Almedina, 2008.
ANTONINI, Alfredo (coordenador), Trattato breve di diritto marittimo, Volume I - Princìpi-Soggetti-Beni-Attività, Milano, Giuffrè Editore, 2007.
ANTUNES, Engrácia, Direito dos contratos comerciais, Co- imbra, Editora Almedina, 2006, pp. 725-758.
ASQUINI, Alberto, Transporto di cose (contratto di), Torini, Novissimo Digesto italiano, XIX, 1973, pp. 576-598.
STRENGER, Irineu. Contratos Internacionais do comércio. 4. ed. São Paulo: LTr, 2003. pp. 33.
STRENGER, Irineu. Direito Internacional Privado, São Paulo, Editora Revista dos Tribunais, 1991, pp. 28
STRENGER. Irineu. Contratos Internacionais do Comércio. 2º Edição, São Paulo: Revista dos Tribunais, 1986, pp. 37.