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011 - O Homem em Sócrates

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3.1.6 – SÓCRATES: SEI QUE NADA SEI!
Alguns dados
Atenas, séc V aC (469-399), filho de escultor e parteira
excelente cidadão, soldado valoroso, reconhecido como herói
liberado de suas atividades, ensina em Atenas, nas praças e ruas
acusado de corromper a juventude por suas idéias
condenado à morte, enfrenta serenamente a pena (beber cicuta)
sua doutrina
- antissofista: Sócrates é o principal adversário dos sofistas
sofistas: consideram-se sábios, eruditos, professores, doutores
	desenvolvem uma concepção utilitarista da ciência
	usam o método da retórica: palavreado oco e sem sentido
Sócrates: dizia-se ignorante e busca a ciência por amor à ciência
	adota o diálogo, a dialética: conhecer através da palavra
	é o verdadeiro sábio, busca a ciência pela ciência
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seu método
o método socrático tem vários momentos – destacamos:
- ironia: momento da crítica, de reconhecer a própria ignorância
	entrar em si através do diálogo com o mestre
- maiêutica: partindo da experiência materna, auxiliar os partos do espírito: fazer gerar, de dentro para fora, as verdadeiras ideias
em resumo: INTROSPECÇÃO: entrar em si mesmo
		RECONHECER a própria ignorância, a fraqueza
		CONSTRUIR, GERAR o conhecimento verdadeiro, com ajuda
sua contribuição
- Sócrates: não escreveu nada, nem deixou sistema filosófico pronto
	influenciou diretamente as escolas posteriores
	a maior delas: a escola platônico-aristotélica
	foi um verdadeiro filósofo, que vivia o que ensinava
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- seu método: ainda inspira até hoje outras escolas filosóficas
	auxilia também métodos e processos educacionais
	considerado um verdadeiro educador e fundador da ciência
- a partir dele: a filosofia se torna verdadeiramente antropologia
	com formulação positiva, diferentemente dos sofistas
	valorização da ética e da política, normas para nortear a conduta
- separação radical entre o ensinamento sofista e o socrático
Sofistas: valorizam a opinião, o sensível, as imagens, o que aparece
	isso: é contraditório, falso, mutável, relativo, subjetivo
Sócrates: valoriza a idéia, o conceito, que representa a essência
	para ele: as imagens conduzem ao erro, não alcançam a verdade
	o ponto de partida da filosofia: o Homem é racional, pensa, é capaz de reflexão, de entrar em si, de atingir a essência das coisas, de buscar sempre a verdade
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3.1.7 – ANTROPOLOGIA GRECO-ROMANA
A ÉPOCA DE TRANSIÇÃO SOCRÁTICA
Sócrates: nada escreveu, mas o tema constante de sua reflexão é o humano, aquilo que é humano
Humano em Sócrates: identifica-se com a noção de alma
	alma: tradução latina do conceito grego de psiché
PSICHÉ: aquilo que é interior no Homem, a dimensão de interioridade do Homem: a verdadeira essência do Homem
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características marcantes da antropologia socrática
	- valorização do indivíduo
	- necessidade constante de cura interior
		cuidado com a dimensão de interioridade, rever 	sempre os posicionamentos
	- entrar em si, conhecer-se a si mesmo
		ironia e maiêutica como formas de levar à sabedoria
	- primazia da faculdade intelectual do Homem
		o Homem é portador do logos (algo ontológico, 	inerente à natureza humana)
	- o Homem é um ser que procura o bem, o que é melhor

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