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015 - Filosofia Medieval

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3.3 – FILOSOFIA MEDIEVAL
3.3.1 – INTRODUÇÃO
Após a decadência do Império Romano: a Igreja se reforça
Igreja: consolida sua presença e sua força em vários campos
	religioso – social – político – econômico – intelectual 
Características gerais da filosofia medieval:
	- predomínio da fé sobre a razão
	- diferença entre verdades reveladas X verdades racionais
	- a investigação científica: não pode contrariar a fé
4 períodos principais:
- apostólico: séculos I e II da era cristã: disseminação da fé cristã
	ainda é forte a lembrança dos primeiros apóstolos: Paulo
- apologético: séculos III e IV
	defesa da fé cristã contra os ataques pagãos
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- patrística: séculos V a VIII: conciliação entre razão e fé
	influência da filosofia de Platão – maior figura: Agostinho
- escolástica: séculos IX a XV: fé é superior à razão
	sistematização da filosofia cristã, a partir da filosofia grega
	influência de Aristóteles – maior figura: Tomás de Aquino
3.3.2 – PATRÍSTICA (séc I a VIII)
o nome
patrística: os filósofos são denominados “padres da Igreja”
ainda estão presentes: as lembranças dos apóstolos (Paulo e João)
A filosofia patrística: faz esforço para conciliar as verdades do cristianismo com a filosofia greco-romana
	está ligada à tarefa de evangelização e defesa da fé
	há uma patrística grega (Bizâncio) e outra romana (Roma)
figuras mais importantes
Justino – Tertuliano – João Crisóstomo – Clemente de Alexandria – Ambrósio – Orígenes – Isidoro de Sevilha 
	nome mais importante: Agostinho (354-430)
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ideias principais
- ao contrário da filosofia grega, fala da presença de Deus no mundo
	filosofia desenvolve os temas da criação, pecado original, trindade, encarnação de Deus, juízo final, ressurreição
- o mal no mundo: não é obra de Deus, que é perfeição 
	é fruto da ação do Homem, que desvirtua a obra divina
- distinção entre verdades sobrenaturais e verdades naturais
	sobrenaturais: divinas, reveladas, verdades de fé = DOGMAS
	naturais: racionais, humanas, criadas pelo Homem
- o grande objetivo da filosofia: tentar conciliar a razão e a fé
	razão e fé têm objetos diferentes, cada uma cuida de um aspecto
- influência do pensamento platônico na filosofia cristã
	colocar uma roupagem cristã nos conceitos da filosofia grega
	ideias de céu, alma imortal, criação divina, amor como conceito principal do cristianismo, alma superior ao corpo
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3.3.3 – ESCOLÁSTICA (séc IX a XV)
historicamente
Igreja romana domina a Europa, econômica e politicamente, após o cisma com a Igreja oriental: unge e coroa reis, patrocina cruzadas
surgimento das primeiras universidades e escolas, normalmente ligadas à Igreja, junto às catedrais
a partir do século XII: a filosofia passa a ser ensinada nas escolas
nomes importantes
abrange pensadores europeus, árabes e judeus
influência maior de Aristóteles, redescoberto pelos filósofos árabes
Abelardo – Duns Scoto – Anselmo – Alberto Magno – Roger Bacon – Boaventura – Avicena e Averróes (árabes) – Maimônides e Ben Levi (judeus) 
	o nome mais importante: Tomás de Aquino (1225-1274)
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ideias principais
- surge uma filosofia propriamente cristã: verdadeira teologia
	o tema mais constante: tentativa de demonstrar racionalmente a existência de Deus e da alma
	filosofia converte-se em teocentrismo (Deus é o centro de tudo)
- destaque para os contrários: finito e infinito, perfeito e imperfeito, fé e razão, alma e corpo, espírito e matéria
- hierarquia do universo: os seres superiores governam os inferiores
- subordinação do poder temporal (reis) ao poder espiritual (papa)
- método da disputa: apresenta-se uma tese, que é refutada ou defendida, com argumentos da Bíblia, dos filósofos cristãos ou filósofos gregos
- destaque para o princípio da autoridade: quanto maior for a autoridade de quem apresenta uma ideia, mais possibilidade de ser aceita ela tem – a Bíblia é a autoridade suprema
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3.3.4 – PARALELO PATRÍSTICA E ESCOLÁSTICA
patrística: primeiros séculos da filosofia cristã – Platão
	escolástica: filosofia medieval propriamente dita – Aristóteles
Patrística: tentativa de conciliar razão e fé, por interesse
	escolástica: fé é superior à razão, que não pode contrariá-la
ponto comum: distinção entre verdades sobrenaturais e naturais
	sobrenaturais: verdades divinas, baseadas na revelação e na Bíblia, que se transformam em dogmas de fé – não podem ser contestadas, na filosofia escolástica
	naturais: verdades humanas, criadas pelo homem, a partir da capacidade racional – devem contribuir para consolidar a fé, na filosofia escolástica

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