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* * * 3.3 – FILOSOFIA MEDIEVAL 3.3.1 – INTRODUÇÃO Após a decadência do Império Romano: a Igreja se reforça Igreja: consolida sua presença e sua força em vários campos religioso – social – político – econômico – intelectual Características gerais da filosofia medieval: - predomínio da fé sobre a razão - diferença entre verdades reveladas X verdades racionais - a investigação científica: não pode contrariar a fé 4 períodos principais: - apostólico: séculos I e II da era cristã: disseminação da fé cristã ainda é forte a lembrança dos primeiros apóstolos: Paulo - apologético: séculos III e IV defesa da fé cristã contra os ataques pagãos * * * - patrística: séculos V a VIII: conciliação entre razão e fé influência da filosofia de Platão – maior figura: Agostinho - escolástica: séculos IX a XV: fé é superior à razão sistematização da filosofia cristã, a partir da filosofia grega influência de Aristóteles – maior figura: Tomás de Aquino 3.3.2 – PATRÍSTICA (séc I a VIII) o nome patrística: os filósofos são denominados “padres da Igreja” ainda estão presentes: as lembranças dos apóstolos (Paulo e João) A filosofia patrística: faz esforço para conciliar as verdades do cristianismo com a filosofia greco-romana está ligada à tarefa de evangelização e defesa da fé há uma patrística grega (Bizâncio) e outra romana (Roma) figuras mais importantes Justino – Tertuliano – João Crisóstomo – Clemente de Alexandria – Ambrósio – Orígenes – Isidoro de Sevilha nome mais importante: Agostinho (354-430) * * * ideias principais - ao contrário da filosofia grega, fala da presença de Deus no mundo filosofia desenvolve os temas da criação, pecado original, trindade, encarnação de Deus, juízo final, ressurreição - o mal no mundo: não é obra de Deus, que é perfeição é fruto da ação do Homem, que desvirtua a obra divina - distinção entre verdades sobrenaturais e verdades naturais sobrenaturais: divinas, reveladas, verdades de fé = DOGMAS naturais: racionais, humanas, criadas pelo Homem - o grande objetivo da filosofia: tentar conciliar a razão e a fé razão e fé têm objetos diferentes, cada uma cuida de um aspecto - influência do pensamento platônico na filosofia cristã colocar uma roupagem cristã nos conceitos da filosofia grega ideias de céu, alma imortal, criação divina, amor como conceito principal do cristianismo, alma superior ao corpo * * * 3.3.3 – ESCOLÁSTICA (séc IX a XV) historicamente Igreja romana domina a Europa, econômica e politicamente, após o cisma com a Igreja oriental: unge e coroa reis, patrocina cruzadas surgimento das primeiras universidades e escolas, normalmente ligadas à Igreja, junto às catedrais a partir do século XII: a filosofia passa a ser ensinada nas escolas nomes importantes abrange pensadores europeus, árabes e judeus influência maior de Aristóteles, redescoberto pelos filósofos árabes Abelardo – Duns Scoto – Anselmo – Alberto Magno – Roger Bacon – Boaventura – Avicena e Averróes (árabes) – Maimônides e Ben Levi (judeus) o nome mais importante: Tomás de Aquino (1225-1274) * * * ideias principais - surge uma filosofia propriamente cristã: verdadeira teologia o tema mais constante: tentativa de demonstrar racionalmente a existência de Deus e da alma filosofia converte-se em teocentrismo (Deus é o centro de tudo) - destaque para os contrários: finito e infinito, perfeito e imperfeito, fé e razão, alma e corpo, espírito e matéria - hierarquia do universo: os seres superiores governam os inferiores - subordinação do poder temporal (reis) ao poder espiritual (papa) - método da disputa: apresenta-se uma tese, que é refutada ou defendida, com argumentos da Bíblia, dos filósofos cristãos ou filósofos gregos - destaque para o princípio da autoridade: quanto maior for a autoridade de quem apresenta uma ideia, mais possibilidade de ser aceita ela tem – a Bíblia é a autoridade suprema * * * 3.3.4 – PARALELO PATRÍSTICA E ESCOLÁSTICA patrística: primeiros séculos da filosofia cristã – Platão escolástica: filosofia medieval propriamente dita – Aristóteles Patrística: tentativa de conciliar razão e fé, por interesse escolástica: fé é superior à razão, que não pode contrariá-la ponto comum: distinção entre verdades sobrenaturais e naturais sobrenaturais: verdades divinas, baseadas na revelação e na Bíblia, que se transformam em dogmas de fé – não podem ser contestadas, na filosofia escolástica naturais: verdades humanas, criadas pelo homem, a partir da capacidade racional – devem contribuir para consolidar a fé, na filosofia escolástica
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