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INTRODUÇÃO AO TRATO GASTROINTESTINAL

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Bárbara Oenning da Gama 	
introdução ao trato gastrointestinal 
 
* Estrutura e função geral: 
® Motilidade, digestão, secreção, absorção e excreção; 
® Movimento ao longo do tubo digestivo; 
® Secreção de muco, tampões, hormônios e enzimas; 
® Digestão mecânica e química de alimentos; 
® Absorção dos produtos da digestão, água e eletrólitos; 
® Armazenamento; 
® Expulsão ® defecação; 
® Circulação de sangue pelo trato para transporte das substâncias que foram absorvidas; 
® Controle hormonal e pelo sistema nervoso; 
® Proteção pelo HCl, IgA e placas de Peyer. 
 
* Função dos órgãos: 
® Boca: trituração ® mastigação + saliva + lipase lingual + alfa-amilase salivar + proteínas-R; 
® Esôfago: deglutição e transporte ® com eletrólitos e muco; 
® Estômago: liquidificador, esterilizador, reservatório ® HCl, fator intrínseco, pepsinogênios, 
lipase gástrica, muco, gastrina, somatostatina, histamina; 
® Fígado: provedor de enzimas, neutralizador; 
® Intestino delgado: superfície catalítica e absorvente; 
® Intestino grosso: incinerador de resíduos, dessecador e empacotador. 
 
* Estômago: 
® Armazenamento de 1200 a 2000ml; 
® Com secreção de enzimas digestivas e de ácido clorídrico; 
® Mistura e tritura o quimo. 
 
* Pâncreas: 
® Secreção de enzimas (células exócrinas); 
® Secreção de tampones (células exócrinas); 
® Secreção de hormônios (células endócrinas) ® glucagon, insulina, somatostatina, 
polipeptídeos pancreáticos ® regulação da digestão. 
 
* Fígado e vesícula biliar (função hepato-biliar): 
® Regulação do metabolismo ® carboidratos, lipídeos e proteínas; 
® Secreção de bile; 
® Armazenamento de nutrientes; 
® Produção de combustíveis celulares; 
® Produção de proteínas plasmáticas; 
® Fatores de coagulação; 
® Desintoxicação; 
® Fagocitose. 
 
* Intestino delgado: 
® Digestão enzimática; 
® Absorção de água, íons e vitaminas ® depende do local (porção proximal/distal) e do 
alimento que está sendo digerido; 
® Defesa do hospedeiro. 
 
	 	 Bárbara Oenning da Gama 	
* Intestino grosso: 
® Desidratação do quimo para a produção de fezes; 
® Armazenamento até a defecação. 
 
* Histologia: 
® Musculatura lisa: circular, longitudinal, oblíqua e de controle involuntário. 
Þ Responsável pela propulsão e mistura do quimo; 
Þ Estômago. 
® Musculatura esquelética: estriado e de controle voluntário. 
Þ Responsável pela deglutição e defecação. 
 
* Suprimento sanguíneo: 
® Tronco celíaco: vaso curto e calibroso que se origina da aorta abdominal e se divide em artéria 
gástrica esquerda, artéria esplênica e artéria hepática comum; 
® Artéria mesentérica superior: irrigação do pâncreas, de todo o intestino delgado, intestino 
grosso e ceco até a flexura esplênica; 
® Artéria mesentérica inferior: irrigação do colo descendente, sigmoide e parte superior do reto; 
® Sistema portal: sistema que drena da porção inferior do esôfago até a parte superior do canal 
anal, incluindo baço, pâncreas e vesícula biliar. 
Þ Veia porta é formada pelas veias mesentéricas superiores e veia esplênica, terminando nos 
sinusoides hepáticos (veia porta ® sinusoides ® veias hepáticas ® VCI); 
Þ Circulação portal = 1300ml. 
Þ Aplicação: em casos de hipertensão portal ® varizes no esôfago (retorno do fluxo 
sanguíneo). 
 
* Sistema linfático: 
® Intestino: capilares linfáticos no interior dos vilos ® absorção de lipídeos e proteínas; 
® Fígado ® absorção de líquidos e proteínas. 
 
* Princípios de transmissão de sinais: 
® Transmissão endócrina: hormônios: 
Þ Gastrina (produzida pelas células G) ® secreção de HCl pelo estímulo da acetilcolina; 
Þ Colecistocinina (CKK) ® secreção de bile pelas contrações da vesícula biliar ® saciedade; 
Þ Motilina; 
Þ Secretina; 
Þ Peptídeo insulinotrópico dependente de glicose (GIP); 
Þ Peptídeo YY; 
Þ Proglucagon derivado de peptídeo (GLP). 
® Transmissão neurócrina: neurotransmissores: 
Þ Acetilcolina; 
Þ Peptídeo intestinal vasoativo (VIP); 
Þ Substância P; 
Þ Óxido nítrico; 
Þ Colecistocinina; 
Þ Serotonina (5-hidroxitriptanina); 
Þ Histamina ® ácido clorídrico; 
Þ Somatostatina. 
® Transmissão parácrina: 
Þ Histamina; 
Þ Prostaglandinas ® aumentam o muco estomacal; 
Þ Somatostatina; 
	 	 Bárbara Oenning da Gama 	
Þ Serotonina. 
 
* Controle neural da função gastrointestinal: 
® Sistema nervoso entérico: controla os movimentos e a secreção gastrointestinal. 
Þ Plexo externo/mioentérico/Auerbach: entre as camadas musculares ® age na regulação 
da musculatura local e no tônus dos esfíncteres. 
ž Cadeias lineares de neurônios; 
ž Função principalmente excitatória ® motoneurônicos excitatórios: acetilcolina, 
substância P; 
ž Função inibitória nos esfíncteres ® motoneurônios inibitórios: VIP, óxido nítrico 
(NO). 
Þ Plexo interno/submucoso/Meissner: na submucosa ® age na estimulação de células 
endócrinas para a secreção hormonal. 
ž Controla a secreção, absorção, pregueamente da mucosa e fluxo sanguíneo local. 
Þ Quando os dois plexos são estimulados, agem na produção de enzimas e na motilidade, 
envolvendo quimiorreceptores, osmorreceptores e mecanorreceptores. 
 
* Interconexões sistema nervoso entérico e central: 
® Parassimpático: 
Þ Porção craniana: fibras pré-ganglionares pelos nervos vagos ® inervação do esôfago, 
estômago, pâncreas e até a primeira metade do intestino grosso; 
Þ Porção sacral: origem em S2, S3 e S4, passando pelos nervos pélvicos para a metade distal 
do intestino grosso. 
® Simpático: 
Þ Fibras nervosas se originam entre T5 e L2, passando por gânglios simpáticos ® saída de 
neurônios pós-ganglionares para todas as partes do intestino, terminando em neurônios 
do sistema nervoso entérico. 
® Fibras aferentes: 
Þ Corpos celulares localizados no próprio sistema entérico; 
Þ Estimulação por irritação, distensão e determinadas substâncias químicas; 
Þ Tipos: 
ž Fibras locais; 
ž Fibras com corpos celulares no SNE e envio de axônios pelos neurônios autonômicos 
para os gânglios simpáticos pré-vertebrais (celíacos, mesentéricos e hipogástricos); 
ž Fibras com corpos celulares nas raízes dorsais da medula espinhal ou nos gânglios 
dos nervos cranianos e envio de seus sinais para a medula espinhal ou tronco 
cerebral. 
 
* Sistema nervoso autônomo – nervos parassimpáticos (vago): 
® Início da salivação; 
® Início da produção de HCl; 
® Estímulo de enzimas pancreáticas na fase cefálica, gástrica e intestinal; 
® Estímulo da peristalse esofágica primária e secundária; 
® Início do relaxamento do esfíncter de Oddi (união do ducto colédoco com o ducto 
pancreático principal); 
® Relaxamento receptivo do estômago e do duodeno; 
® Estímulo à síntese de bile; 
® Estímulo à motilidade intestinal. 
 
* Controle hormonal da motilidade gastrointestinal: 
® Gastrina: 
Þ Local de secreção: células G no antro do estômago e duodeno; 
	 	 Bárbara Oenning da Gama 	
Þ Estímulo primário: distensão, peptídeos, aminoácidos, nervo vago (GRP: peptídeo 
liberador da gastrina); 
Þ Ações: secreção de HCl gástrico, mistura gástrica, aumento da motilidade do TGI 
inferior. 
® Secretina: 
Þ Local de secreção: células S do duodeno; 
Þ Estímulo primário: quimo ácido; 
Þ Ações: aumento da secreção de bicarbonato, tampão biliar e do intestino delgado; 
diminuição da secreção de HCl através da diminuição da gastrina, diminuição do 
esvaziamento gástrico. 
® Colecistocinina: 
Þ Local de secreção: célula I do duodeno e do jejuno; 
Þ Estímulo primário: pequeno peptídeos, aminoácidos e gorduras; 
Þ Ações: aumento das enzimas do pâncreas, contração da vesícula biliar e relaxamento do 
esfíncter de Oddi; diminuição do esvaziamento gástrico para evitar refluxo (assim como a 
secretina); aumento da motilidade do TGI inferior. 
® Peptídeo inibitório gástrico (peptídeo insulinotrópico glicose) – GIP: 
Þ Local desecreção: duodeno e jejuno; 
Þ Estímulo primário: ácidos graxos, glicose, aminoácidos; 
Þ Ações: diminuição do HCl gástrico, aumento da insulina e diminuição do esvaziamento 
gástrico. 
® Motilina: 
Þ Local de secreção: células M do duodeno; 
Þ Estímulo primário: jejum; 
Þ Ações: aumenta as contrações (na fase III do complexo mioentérico migratório), 
promovendo o esvaziamento do intestino. 
 
* Movimentos do trato gastrointestinal: 
® Movimentos propulsivos: 
Þ Condução dos alimentos no TGI; 
Þ Peristaltismo é o movimento básico ® ondas de contração; 
Þ Estímulos: distensão, irritação química ou física do revestimento epitelial; 
Þ Sinais parassimpáticos pelo neurotransmissor acetilcolina; 
Þ Depende da integridade do plexo mioentérico; 
Þ Lei do intestino/relaxamento receptivo: reflexo peristáltico ou mioentérico ® 
relaxamento distal para a passagem do alimento; 
Þ Percorre de 5 a 10 cm; 
Þ Velocidade lenta (poucos cm/segundo). 
® Movimentos de mistura: 
Þ Movimentos propulsivos fracos; 
Þ Contrações constritivas segmentares e temporárias: mantém o conteúdo gastrointestinal 
sempre triturando, separando e misturando ® ação de enzimas. 
® Intestino delgado: peristaltismo e segmentação; 
® Intestino grosso: peristaltismo, movimentos segmentares e movimentos de massa. 
 
* Troca líquida do pH e do trato gastrointestinal: 
® 9 litros percorrem o TGI; 
® Estômago: pH 2; 
® Duodeno: pH 5; 
® Jejuno: pH 7,4; 
® Se houver alteração no pH, o ambiente não funciona bem. 
	 	 Bárbara Oenning da Gama 	
* Função imune: 
® Ingestão de bactérias e antígenos; 
® Proteção: 
Þ Muco; 
Þ Peristaltismo; 
Þ Flora bacteriana; 
Þ HCl (antisséptico); 
Þ Linfócitos; 
Þ IgA: contra giárdia (diarreia em pacientes imunodeprimidos); 
Þ Placas de Peyer. 
® Os antibióticos matam as bactérias boas, causando alteração da flora intestinal ® se há 
aumento das bactérias ruins, o resultado é a diarreia. 
 
* Regulação integrada da função gastrointestinal: 
® Sede: resposta à desidratação celular e vascular ® aumento da osmolalidade e diminuição da 
pressão arterial e do volume sanguíneo. 
Þ Homeostase: líquidos e alimentos. 
® Apetite/fome: pela diminuição da glicose sérica ® impulso sensorial ® ação dos hormônios 
grelina, galanina e orexina, com a diminuição da colecistocinina e do peptídeo YY. 
Þ A grelina, secretada pelas células do estômago, entra na corrente sanguínea e estimula a 
liberação do neuropeptídios Y pelo hipotálamo ® aumento do apetite; 
Þ Saciedade: ao ingerir a quantidade suficiente de comida, os adipócitos sintetizam a 
leptina, secretada na corrente sanguínea ® aumenta as taxas metabólicas, inibindo a 
liberação do neuropeptídeo Y pelo hipotálamo ® resposta à insulina. 
® Hipotálamo é o centro da sede, da fome e da saciedade.

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