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SISTEMA LINFÁTICO baço e medula óssea

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SISTEMA LINFÁTICO: BAÇO E MEDULA ÓSSEA 
ALEXANDRE C. TASSO JUNIOR, CAROLINE S. MIGLIORINI, SHÉRON L. DE OLIVEIRA 
 
 
1 SISTEMA LINFÁTICO 
A diferenciação e maturação das células linfocitárias ocorrem nos órgão linfáticos, que 
compreende em tonsilas, linfonodo, baço e timo. A filtração do sangue ou da linfa podem ocorrer 
em alguns desses órgãos. São constituídos de uma variedade de tecido conjuntivo, tecido 
linfoide, formado por uma trama tridimensional de células reticulares, fibras reticulares (colágeno 
tipo III), e macrófagos fixos. Esse tecido é extremamente importante para defesas imunológicas 
do corpo contra bactérias, fungos e vírus. Os alérgenos (substâncias estranhas que entram no 
corpo e sensibilizam o sistema imune) são reconhecidos por células de defesa que vão secretar 
glicoproteínas (anticorpos), que irão inativar os alérgenos (GLEREAN; SIMÕES, 2013). 
A liberação de citocinas (moléculas sinalizadoras) é uma maneira de comunicação entre 
as células do sistema imunológicos além do contato físico. Estas células são divididas em quatro 
grupos: células apresentadoras de antígeno, linfócitos K, clone de linfócitos B, e clones de 
linfócitos T. Os clones são populações de células idênticas capazes de reconhecerem a um 
determinante antigênico específico (GARTNER; HIATT, 2014). 
As células livres como linfócitos, granulócitos e células do sistema mononuclear 
fagocitário, são elementos produzidos pelo sistema hematopoiético que também são importantes 
para o sistema imunológico, ou seja, na defesa. Desse modo, a medula óssea, pertencente ao 
sistema hematopoiético, também pode compor, mesmo que indiretamente, o sistema linfático. 
 
 
2 BAÇO 
O baço é o maior acúmulo de tecido linfoide no organismo. É o único órgão linfático 
interposto na corrente sanguínea, além de estar responsável pela produção de linfócitos, filtra o 
sangue e realiza a hemocaterese (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2013). 
 
 
 2.1 FUNÇÕES 
O baço filtra o sangue através dos macrófagos retirando dele hemácias e plaquetas 
velhas ou destruídas. Atua na defesa imunológica e na formação de linfócitos em que as células 
dendríticas, presentes na polpa branca, ou os macrófagos, presentes na polpa vermelha, 
capturam o antígeno permitindo a interação com os linfócitos T e B. Posteriormente ocorre 
migração dessas células para locais específicos do baço (linfócitos B na periferia da polpa branca 
e linfócitos T nas bainhas periateriais) e iniciam proliferação celular intensa. O armazenamento 
de ferro e produção de bilirrubina também são funções do baço. Após a destruição de hemácias 
velhas, o ferro é reaproveitado assim como a globina, o primeiro é armazenado temporariamente 
dentro dos macrófagos, e a segunda é transformada em bilirrubina indireta, precursora da 
bilirrubina direta que formará o urobilinogênio e estercobilinogênio, substâncias importantes para 
o sistema digestório. E por fim, o baço é capaz de armazenar sangue através de sua trama 
reticular que retém e armazena hemácias e plaquetas por um período de tempo. Este 
armazenamento temporário funciona como uma reserva sanguínea que pode ser utilizada em 
uma emergência pela contração dá cápsula (estrutura presente no baço) (GLEREAN; SIMÕES, 
2013). 
 
 
2.2 ESTRUTURAS E HISTOLOGIA 
Segundo Glerean e Simões (2013), o baço tem uma espessa cápsula que é formada de 
tecido conjuntivo denso modelado associado a fibras musculares lisas, que emite trabéculas para 
dentro do órgão, ela é coberta por tecido epitelial simples pavimentoso. Observa-se e um corte 
do órgão, pontos brancos denominados polpa branca e pontos vermelhos denominados polpa 
vermelha. As duas polpas são constituídas de tecido conjuntivo reticular onde estão presentes 
vários tipos de células, principalmente macrófagos e linfócitos. O arcabouço do baço é formado 
por células reticulares, macrófagos e fibras reticulares (colágeno tipo III), formando uma rede de 
sustentação. 
A polpa branca é composta de tecido linfoide que forma bainhas periatriais contendo 
linfócitos T, e nódulos linfáticos contendo linfócitos B. Os nódulos linfáticos contendo artérias no 
seu interior só ocorrem no baço, e são denominados também corpúsculo de Malpinghi. 
A polpa vermelha é composta por células em disposição cordonal, formando os cordões 
esplênicos ou cordões de Billroth (formado por macrófagos), onde é localizados os seios 
esplênicos ou sinusóides. Nesses seios encontram-se linfócitos, macrófagos e células 
dendríticas (apresentadoras de antígenos) que retém e processam antígenos trazidos pelo 
sangue (GLEREAN; SIMÕES, 2013). 
Ross, Pawlina e Barnash (2009), afirmaram que todo o órgão, exceto em seu hilo, é 
coberto pelo peritônio, o qual consiste em um epitélio simples pavimentoso que repousa sobre 
uma camada delgada de tecido conectivo. 
Abaixo estão ilustradas as estruturas e histologia do baço. 
 
 
 
Figura 1 Baço e algumas estruturas 
 
 
Figura 2 Baço, corpúsculo esplênico (ou de Malpinghi) 
 
 
Figura 3 Baço, polpa vermelha 
 
Figura 4 Corte do baço 
 
 
3 MEDULA ÓSSEA 
A medula óssea é um órgão difuso, porém volumoso e muito ativo. É encontrada no 
canal medular dos ossos longos e nas cavidades dos ossos esponjosos. Distinguem-se em a 
medula óssea vermelha hematógena que deve sua cor a numerosos eritrócitos em diversos 
estágios de maturação e a medula óssea amarela, rica em células adiposas e que não produz 
células sanguíneas. Nos recém nascidos toda medula óssea é vermelha e, portanto, ativa na 
produção de células do sangue (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2013). 
Além de ser um órgão hematopoiético e fazer parte do sistema circulatório, a medula 
óssea é também é considerada um órgão linfoide primário pois é capaz de formar pro-linfócitos 
que vem das células totipotentes, o pro-linfócito não é capaz de realizar uma resposta imune, 
então se dirige aos órgão secundários para se desenvolver. E considerado órgão linfóide 
secundário pois recebe linfócitos T que se desenvolveram no timo ou no baço e migraram para 
a medula. Encontramos plasmócitos e linfócitos B maduros na medula, que estão “prontos” para 
agir e realizar alguma resposta. 
Os componentes da medula óssea são: células totipotentes, série eritróide, série 
granulocítica, série monocitária, série plaquetária e linfócitos. 
 
 
3.1 FUNÇÕES 
Função sustentadora e principal para formação de células sanguíneas, células de defesa 
e células tronco, além de armazenar ferro para produção de hemoglobina. 
 
 
3.2 HISTOLOGIA 
A medula óssea é constituída por células reticulares (figura 5), associadas a fibras reticulares 
que juntas dão o aspecto esponjoso. No meio desse tecido reticular existe uma grande 
quantidade de capilares sanguíneos sinusóides (figura 5), com poros que permite a saída de 
células que estão maduras. Também no tecido reticular encontramos diversos tipos de proteínas 
de adesão, sendo a hemonectina a mais importante para manter as células em processo de 
maturação. 
 
 
Figura 5 Medula óssea 
 
 
4 REFERÊNCIAS 
GARTNER, L.P; HIATT, J.L., Atlas Colorido de Histologia. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2014. cap. 9. 
GLEREAN, A.; SIMÕES, M.J., Fundamento de Histologia. 1º Ed. Santos: Livraria Santos, 
2013. Cap. 12 e 14. 
JUNQUEIRA, L.C.U.; CARNEIRO, J. Histologia Básica. 12ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2013. p 238, 252, 270-275. 
ROSS, H.M; PAWLINA, W.; BARNASH, A.T., Atlas de Histologia Descritiva. 1º Ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2012.p 140-142. 
VASSALO, J., Hemopoese e Estrutura da Medula Óssea (relatório técnico), Campinas, 
Unicamp, 2006. Cap. 14.

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