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Aula Nutrição Clinica - Nutrição e condições de estresse metabólico



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Trauma Crânioencefálico (TCE)
É uma agressão ao cérebro, não de natureza congênita, mas causada por uma força física externa, que pode produzir um estado diminuído ou alterado de consciência, que resulta em comprometimento das habilidades cognitivas ou do funcionamento físico. 
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O TCE pode ser provocado por acidente de trânsito (60 a 70%), quedas (20%) e outras causas mais raras como agressões e projétil de arma de fogo .
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Fraturas 
 Hemorragia 
Degeneração da bainha de mielina das fibras seccionadas. O coma dura mais de 6 horas  
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Hematomas intracranianos (coágulo sanguíneo) – tratamento cirúrgico
Hipertensão intracraniana: é uma das complicações mais freqüentes do TCE e a principal causa de óbito . 
Edema cerebral 
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Quadro clínico
Alteração da consciência: Escala de Glasgow (avalia o estado de consciência ) .
 Tremor e falta de equilíbrio 
Transtorno da linguagem.
Não apresenta controle das emoções 
Perda parcial ou total da visão 
Epilepsia 
Complicações por imobilização prolongada: úlceras de decúbito
 Geralmente, o paciente apresenta aumento da sudorese, a PA pode estar descontrolada 
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Terapia Nutricional
Pacientes com lesão traumática são gravamente hipermetabólicos e catabólicos;
Apesar de estarem bem nutridos antes da lesão, sem suporte nutricional agressivo, a perda rápida de massa magra pode ocorrer.
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Calorias
Herris e benedict
Mulheres
GER= 655 + 9,6 (PI) + 1,7 (alt cm) – 4,7 (idade)
Homens
GER= 66,5 + 13,7 (PI) + 5 (alt cm) – 6,8 (idade)
Fator de estresse de 1,4
CHO 50%; Prt 20% e Lip 30%
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25 a 30 calorias por kg de peso não protéicas
Proteínas
1,5 a 2g kg peso
Alimentos ricos em aa ramificados: pois seu metabolismo aumenta no estress. Relação ramificados/aromáticos = 2:1
Glutamina e arginina: tb devem ser fornecidas pois são importantes na cicatrização
Na: 2 a 3 g/dia
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Suporte Nutricional
Os pacientes com lesões cerebrais são com frequencia incapazes de consumir alimentos por v.o.
30% apresentam disfagia.
Apresentam esvaziamento gástrico prejudicado, o que impede a capacidade de se alimentar por sonda nasogástrica. O acesso ao intestino delgado tem permitido a alimentação enteral de sucesso. 
Os suportes nutricionais parenteral e enteral são freqüentemente combinados. 
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 Sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. 
 
É a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI).
Tem alta mortalidade no país, chegando a 65% dos casos, enquanto a média mundial está em torno de 30-40%. 
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O ponto fundamental que dá origem a sepse é a infecção por um microrganismo.
 A infecção pode estar localizada em apenas um órgão.
A resposta é uma inflamação que pode vir a comprometer o funcionamento de vários órgãos. 
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Fatores de risco para sepse
Prematuros, crianças abaixo de 1 ano;
Idosos acima de 65 anos;
Portadores de imunodeficiência: câncer, quimioterapia, uso de corticóide, doenças crônicas e AIDS;
Usuários de álcool e droga;
Vítimas de traumatismos, queimaduras, acidentes automobilísticos e ferimentos à bala;
Pacientes hospitalizados que utilizam cateteres ou sondas.
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Diagnóstico da sepse
Taquicardia: aumento dos batimentos cardíacos (acima de 90 por minuto);
Febre: aumento da temperatura acima de 38˚C 
Falta de ar;
Pressão baixa;
Confusão mental.
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Tratamento da sepse
Tratamento com antibióticos que visam combater a infecção;
Reposição de líquidos e eletrólitos perdidos pelo corpo;
Restauração e manutenção da pressão arterial
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Terapia Nutricional
Objetivos:
Reativar o sistema imune;
Melhorar o estado nutricional do paciente;
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Paciente apresenta anorexia: não usar via oral no início do tratamento (enteral);
Comprometimento trato gastrointestinal: Parenteral;
Alimentação é bem aceita quando o paciente consegue retomar o anabolismo;
Pacientes com quadros infecciosos pouco agressivos e TGI funcionante têm possibilidade de usar VO;
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Calorias: 30 a 40 Cal/Kg/dia
Proteínas: 2g/kg/dia (rica em aa de cadeia ramificada)
Carboidratos: 50 a 60% do VCT.
Lipídeos: 25 a30% do VCT.
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Queimadura
Quando extensa e profunda é a forma mais grave e complexa de trauma;
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Profundidade da queimadura
Primeiro grau: atinge apenas a epiderme;
Segundo grau: atinge a epiderme e parte da derme. Caracterizando-se pelo aparecimento de vesículas;
Terceiro Grau: destruição de toda epiderme e derme, pele apresenta-se com aspecto de tecido necrosado;
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Superfície Corporal Queimada
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Terapia Nutricional
Destinada para pacientes com mais de 20% da SCQ ou com 10% SCQ em processo de perda de peso;
Iniciar a terapia nutricional após reposição hidroeletrolítica (48h) e assim que o TGI estiver funcionante;
Comum o quadro de anemia, por isso torne-se necessária a administração de ferro em doses terapêuticas; 
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Dieta hipercalórica e hiperproteica (rica em vitaminas e minerais)
Segundo Curreri (1979)
VCT= 25Cal/kg PI + 40 Cal x % SCQ (adulto)
VCT= 30 a 100Cal/kg PI + 40 Cal x % SCQ (crianças)
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Proteínas (Wilmore):
Adultos: 1g proteina/kg de peso +3g de Prot x %SCQ
Crianças: 3g proteina/kg de peso +1g de Prot x %SCQ
Utilizar 30g de glutamina e 17g de arginina.