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Biologia Molecular da Ce lula - 2016/2017 Organelos celulares Citoesqueleto Rede complexa e dinâmica de filamentos proteicos que se estendem ao longo do citoplasma. Função: Remodelação e manutenção da forma da célula Organização espacial da célula Locomoção celular (cílios e flagelos) Movimentos celulares Transporte intracelular Divisão celular Desenvolvimento embrionário: movimentos morfogenéticos dos tecidos embrionários (invaginações, formação de tubos) e estabelecimento da polaridade celular. 3 tipos de filamentos: MICROTÚBULOS (interior do retículo endoplasmático e fuso acromático) FILAMENTOS INTERMÉDIOS (interior da célula/ liga células adjacentes) FILAMENTOS DE ACTINA ou MICROFILAMENTOS (à volta da célula). Filamentos de actina ou Microfilamentos Localizados junto à membrana plasmática. Estruturas polares e em forma de feixes/redes Proteínas globulares α e β Polimerização e despolimerização Actina no citosol sobre a forma de monómero Actina G, agrega-se em dímero e trímero Polimerização da actina G dá origem aos filamentos de actina Actina F, estrutura polarizada o Existe um equilíbrio entre Actina G e Actina F, quando a concentração de Actina G é elevada a polimerização é favorecida. Quando a concentração de Actina G é baixa a polimerização é desfavorecida. Extremidade + velocidade de polimerização é superior do que na extremidade – Extremidade + associam-se os ATP’s, e na extremidade – associam-se os ADP’s o O ATP facilita a polimerização o O ADP dificulta a polimerização Efeito TREADMEALING: ganho de subunidades numa das extremidades, extremidade positiva, e a perda pela extremidade oposta, extremidade negativa. Proteínas associadas Função: o Regular o crescimento o Organizar espacialmente os filamentos de actina o Estabilizar. Proteínas que regulam a polimerização e despolimerização: o Complexo ARP213: conduz à nucleação da actina, criando ramos nos filamentos ou aumentando a taxa de treadmealing. O ATP é hidrolisado em ADP ao longo da polimerização. o Formina: nucleação da actina – determinam onde são iniciados e para onde alargam os filamentos. o A organização dos filamentos em feixes espessos é controlada por diferentes tipos de proteínas associadas. Feixe paralelo não ramificado, formando o núcleo da microvilosidade é mantido junto por proteínas como a Vilina e a Fimbrina. o Fimbrina: permite a formação de estruturas reticulares Proteínas que regulam a organização da actina: o Miosina: Proteína motora que usa ATP para realizar movimentos ao longo dos filamentos de actina. Miosina I: associada à membrana. Pode-se ligar a vesículas ou organelos Miosina II: executa a contração dos músculos pelo deslizamento dos filamentos de actina Filamentos de actina e citocinese Responsável pela formação do anel contrátil através da formação do suco de clivagem que consiste em filamentos de actina e miosina que se encontram aderidos à membrana plasmática Dá-se o estrangulamento da célula através da despolimerização dos microtúbulos restantes do fuso. Microtúbulos Constituídos por monómeros de proteínas globulares, tubulina α e tubulina β. Formam-se no fuso acromático. Microtúbulos nas células nervosas auxiliam no transporte de neurotransmissores. Estrutura Tubulina β + tubulina α = HETERODÍMERO Heterodímero + heterodímero = PROTOFILAMENTO Vários protofilamentos = FOLHA DE PROTOFILAMENTOS Folha enrola-se TÚBULO Extremidade positiva: Tubulina β – local onde ocorre a associação de subunidades (polimerização + rápida) Extremidade negativa: Tubulina α – polimerização fraca Polimerização e despolimerização Polimerização é inibida por baixas temperaturas ou pela presença de iões Ca2+ COLCHICINA proteína inibidora, provoca a dissociação dos microtúbulos Polimerização é favorecida na presença de GTP e Mg2+ Troca de subunidades Instabilidade dinâmica: ganho e perda de subunidades da mesma subunidade do microtúbulo, através da hidrólise de GTP, quer a extremidade seja + ou -. Treadmealing: ganho de subunidades numa das extremidades de um microtúbulo, extremidade positiva, e a perda pela extremidade oposta, extremidade negativa. Proteínas associadas Proteínas motoras: responsáveis pelo sentido do movimento o Dineína (+ -) o Cinesina (- +) Proteínas estabilizadores o MAP2: inibe a liberação de tubulina das suas extremidades. Favorece o crescimento a baixa taxa da sua dissociação. ANOMALIA: Epilepsia. o TAU: auxilia a ligação do microtúbulo a outros componentes celulares. ANOMALIA: Alzheimer. Estas podem: o Estabilizar/ destabilizar os microtúbulos o Levar à quebra dos microtúbulos o estar envolvidas na formação de ligações entre microtúbulos o Estabelecer ligações entre microtúbulos e outros filamentos do citoesqueleto o Estabelecer ligações entre microtúbulos e outras estruturas celulares (ex: membranas) Cílios e Flagelos Constituem um esqueleto AXONEMA, constituído por microtúbulos e proteínas associadas Disposição: o Em círculo 9 dupletos a rodear 2 microtúbulos centrais (9+2). Dineína ajuda a mobilidade dos microtúbulos dos cílios/ flagelos. Provoca a FLEXÃO dos microtúbulos. Cílios primários: Não têm mobilidade - não possuem proteína motora (Dineína) Estrutura 9+0 Estruturas solitárias Nos vertebrados existem em quase todos as células Funções: 1. Não têm funções 2. Coordenam a transdução (transmissão) de sinais importantes para o desenvolvimento embrionário e para a manutenção da homeostase dos tecidos adultos. 3. Possuem capacidade mecano-receptora de detetar os fluxos (rim, pâncreas etc.,). a. A inclinação do cílio resulte em um aumento do influxo de cálcio intracelular. A falta de cílio é associada com a doença dos rins policísticos. Centríolos Cada centríolo é composto por de 9 tripletos. Cada tripleto é composto por 3 microtúbulos. Os dois centríolos são morfologicamente diferentes. O centríolo mãe possui apêndices que encoram os centríolos à membrana plasmática formando o corpo basal. Durante este processo (formação do corpo basal) ocorrem alterações estruturais. Centrossoma É formado por dois centríolos que se encontram a curta distância. O centrossoma é o principal centro organizador de microtúbulos (MTOC) das células animais. Fuso acromático O fuso é constituído pelos microtúbulos e centrossomas. O fuso é formado por três tipos de microtúbulos: 1. Microtúbulos polares 2. Microtúbulos cinetocorianos 3. Microtúbulos astrais Filamentos intermédios Mais resistentes e estáveis de todos os filamentos do citoesqueleto. Abundantes nas células sujeitas a um stress mecânico (musculares e epiderme) Envolvidas na estabilização do núcleo Não são polarizadas Existem 5 classes de proteínas fibrosas. Os filamentos intermédios nos diferentes tipos celulares variam em tamanho e nas sequências dos aminoácidos. Estrutura Monómero + monómero = Dímero Dímero + dímero alinhados = Tetrâmero Tetrâmero = Protofilamento 4 protofilamentos = Protofibrilhas 4 protofibrilhas = Filamentos intermédios Domínio Central: responsável pela idêntica organização estrutural dos diferentes tipos de filamentos intermédios Domínio terminal: variáveis em tamanhos e na sequência de aminoácidos. Funções: Função estrutural (suporte) Reforço das células (resistência mecânica) Participam na organização das células em tecidos Reforçam a membrana celular nos locais de contacto com outras células Transporte de macromoléculase vesículas Tipos de filamentos intermédios Tipo I – citoqueratinas acídicas - epitélios Tipo II – citoqueratinas básicas/ neutras - epitélios Tipo III: o vimentina – mesênquimas o Desmina – músculo o Proteína acídica fibrilar glial o Priferina Tipo IV – Proteínas nos neurofilamentos (estabilidade dos axónios e transporte axonal) Tipo V – lâminas nucleares – constituem o invólucro nuclear o Lâminas nucleares Agregam DNA membranar e poros. Dão forma ao núcleo e promove a associação da cromatina com o invólucro. Queratina – impede rompimento ou estiramento de células/ estabilidade do tecido Organelos membranares Retículo Endoplasmático Constituído por um conjunto membranar de cisternas, canais, vesículas, geralmente ligados. Tipos: RUGOSO: possui ribossomas (polirribossomas) associados. Responsável pela síntese proteica. LISO: apresentam-se como túbulos que formam uma rede. Responsável pela síntese lipídica. Os dois tipos comunicam entre si e muitas vezes um transforma-se no outro – RET (retículo de transição) MICROSSOMA: pequenas vesículas da membrana RE que mantêm relações topológicas normais entre as membranas, o lúmen e os ribossomas. Função: Suporte mecânico Trocas intracelulares Manutenção de gradientes iónicos Circulação de substâncias da célula Controlo de qualidade Glicosilação Destino das proteínas sintetizadas pelos polirribossomas e retículo endoplasmático Libertadas no citosol o Peroxissomas o Núcleo o Mitocôndrias o Cloroplastos Libertadas no retículo endoplasmático o Proteína encontra-se no citosol. Membrana de RE possui em recetor que transmite um sinal de localização. Proteína é reconhecida, é direcionada para o retículo rugoso ou é sintetizada por ribossomas. o Após ser reconhecida, é direcionada para Complexo de Golgi para ser secretada em vesículas, e utilizados para o TRANSPORTE VESICULAR, englobados por lisossomas ENDOSSOMAS. o Proteínas libertadas no RE seguem uma rota até CG onde serão utilizados no transporte vesicular. Ribossomas Cada ribossoma é constituído por 2 subunidades independentes, mas acopladas. Pequena subunidade é uma ribonucleoproteína constituída por uma molécula de rRNA rodeada por cerca de 33 proteínas. Grande subunidade também é uma ribonucleoproteína formada por 3 moléculas de rRNA e por cerca de 50 proteínas. Proteína no terminal amina a ser sintetizada sequência de sinais reconhecida pela partícula de reconhecimento do sinal, SRP liga-se à proteína para RE (lúmen) ribossomas sequência de sinal é reconhecido no canal da membrana. Estas proteínas estão destinadas: 1. À secreção; 2. À membrana do RE, AG, Lisossomas, Endossomas etc., 3. Ao lúmen de referidos organelos. Glicosilação é o processo de adição de açúcares a proteínas e lipídios. Controlo de qualidade no RE - Degradação da proteína anormal Proteína com a anomalia vai ser reconhecida pela chaperona, caso não consiga corrigir a proteína esta é expulsa. Proteína com anomalia vai ser marcada pela proteína reguladora – UBIQUITINA. Complexo proteico – PROTEOSSOMA – vai reconhecer a proteína e englobá-la. Após ter sido englobada, as enzimas vão atuar sobre a proteína degradando-a e são libertados os aminoácidos no citosol. Glicoproteína citosol: Proteína – Proteossoma Hidratos de carbono Complexo de Golgi ou Aparelho de Golgi Estrutura polarizada, constituído por cisternas (pilha de lamelas achatadas) de formação (externa) relacionada com RE e de maturação (interna) relacionado com elementos secretores, vacúolos e vesículas. As vesículas situam-se nas extremidades das cisternas e na face externa do AG. Os vacúolos situam-se na face interna ou transversal do AG (vesículas de condensação). Funções: Glicosilação de proteínas e lípidos Biogénese da membrana Formação de lisossomas Formação de lipoproteínas Armazenamento de proteínas de exportação Processamento proteolítico de proproteínas Transporte de Proteínas Modelo de Maturação de cisternas cisternas não têm posição fixa Modelo de Transporte Vesicular cisternas permanecem na sua posição As proteínas do RE entram no Golgi pela face cis, passam no compartimento mediano e saem pela face trans. Sinais responsáveis pela retenção de algumas proteínas dentro do AG. Via secretora regulada proteínas específicas armazenadas em pré-vesículas que serão secretadas em resposta a sinais extracelulares. TRANSPORTE VESICULAR Formação de uma vesícula revestida por proteínas de revestimento o Claterina vesícula endocítica Endossoma Lisossoma o COP COAT PROTEIN COP I: via de recuperação para reter proteínas no AG ou RE. Transporte AG RE COP II: transportam moléculas para o AG. Transporte RE AG Fusão vesicular o Vesícula transportadora reconhece a membrana alvo correta. Vesícula e membrana alvo fundem-se libertando o conteúdo para o interior do organelo alvo. Proteína RAB: promove a associação entre a vesícula e a membrana-alvo. Lisossomas Organitos envolvidos por uma membrana que contém uma variedade de enzimas (mais de 50 enzimas). Variam muito em tamanho. Encontram-se nas células animais e vegetais. Função: Digestão intracelular Enzimas: Proteases (degradação completa das proteínas) Glicosidases (atuam sobre polissacarídeos e oligossacarídeos das glicoproteínas e glicolípidos) Fosfolipases Nucleases Enzimas são ativadas em pH baixo (ácido). Para manter o interior ácido realiza a BOMBA DE PROTÕES. o Bomba de protões utiliza a energia da hidrólise de ATP para bombear H+ do citosol para a matriz lisossoal e manter o meio ácido. Enzimas são mantidas inativas em pH neutro. Tipos de Lisossomas Lisossoma primário: só contém enzimas hidrolíticas Lisossoma secundário: realizam a digestão Autolisossomas – digerem organelos e estruturas da própria célula Heterolisossomas – digerem substâncias provenientes da endocitose. Resíduos não digeridos mantém-se aqui. Processos de digestão AUTOFAGIA: Processo de digestão intracelular o Condensação nuclear Diminuição do tamanho celular e fragmentação da membrana Transforma-se em corpos apoptóticos Englobação por células vizinhas Degradação em FAGOLISOSSOMAS MOMP: citocromo libertado no citosol contribui para a atividade das CASPASES Caspases Degradação das proteínas nucleares e citoplasmáticas. o Podem ser: MITOFAGIA ou XENOFAGIA: degradação de componentes celulares ou substâncias. Mitofagia: Reciclagem de mitocôndrias. Acumulação de PINK 1 na membrana externa. Junta- se a ubiquitina e a PARKIN para de seguida ser englobada pelo autofagossoma. Xenofagia: O alvo da xenofagia pode ser bactérias extracelulares que invadem o espaço intracelular, bactérias e parasitas citosólicos, fagossomas, vacúolos contendo agentes patogénicos ou viriões recém-sintetizados que invadem o citoplasma da célula. Ambos mediados por proteínas PARKIN e PINK 1 PARKIN e PINK 1 responsáveis por assinalar a vesícula para que a ubiquitina marque a vesícula para ser reconhecida pelo lisossoma. HETEROFAGIA: digestão de substâncias exógenas fagocitadas em vacúolos FAGOSSOMAS, que se fundem com Lisossomas Heterolisossomas. As pequenas moléculas resultantes da digestão atravessam a membrana destes lisossomas. Peroxissomas Possuem uma membrana simples e enzimas como, catalases, oxidases e acil-transferases. Existem em quase todas células animais, muitas células vegetais, em protozoários e algumas bactérias. Função: RESPIRAÇÃO:formação de peróxido de hidrogénio e sua decomposição em O2 e H2O. Importam proteínas sintetizadas no citosol. As proteínas destinadas aos peroxissomas possuem um sinal especifico. A importação de proteínas resulta no crescimento dos peroxissomas preexistentes e a sua divisão forma novos peroxissomas. Os peroxissomas são considerados estruturas semiautónomas, possuem capacidade de divisão, mas necessitam de importar proteínas tal como as mitocôndrias. Estes organelos não possuem DNA nem ribossomas. Quando estes estão vazios, ou seja, não têm proteínas Zellweger syndrome, os indivíduos afetados morrem após o nascimento devido a anomalias no cérebro, no fígado e nos rins. Núcleo INVÓLUCRO NUCLEAR: constituído por membrana interna, membrana externa e uma zona denominada cisterna perinuclear que comunica com RE. o LÂMINA NUCLEAR: constituída por filamentos intermédios de 3 tipos de proteínas (lâminas A, B e C) Função: Dar forma ao núcleo. Promover a associação de cromatina ao invólucro. o POROS NUCLEARES: As duas membranas do invólucro fundam-se dando origem aos poros nucleares. Os poros nucleares têm uma estrutura complexa proteica “complexo poro nuclear”. Permite o transporte nuclear Importação nuclear de proteínas Exportação nuclear de subunidade ribossómicas e mRNA Proteínas atravessam os poros quando possuem “sinal de localização nuclear” O processo de transporte de proteína para o núcleo é altamente seletivo e consome energia. CROMATINA: constituída por filamentos de DNA, histonas e proteínas não histónicas o EUCROMATINA: parte mais ativa do genoma. Descondensada favorece transcrição o HETEROCROMATINA: parte menos ativa do genoma. Condensada Interfase o Estrutura da cromatina: Unidade básica: Nucleossoma Nucleossoma 5 tipos de histona. Duas subunidades de cada H2A, H2B, H3 e H4, juntam-se para formar um octâmero. O DNA enrola-se duas vezes à volta deste octâmero e segue depois para o octâmero seguinte. H1 estabilidade e compactação O comprimento do DNA nucleossomal corresponde a 146 pares de bases (pb) nucleotídicas. Os nucleossomas estão ligados entre si por DNA de ligação. o Nível de organização: 1º nível – formação dos nucleossomas 2º nível – concentração de nucleossomas formação de fibras (formação helicoidal) 3º nível – enrolamento progressivo da fibra Cromossomas o Classificação consoante posição do centrómero: METACÊNTRICOS SUBMETACÊNTRICOS ACROCÊNTRICOS TELOCÊNTRICOS Nucléolo o Constituído por rDNA, rRNA e proteínas (nucleolina e fibrilina) o Estrutura densa de morfologia, tamanho, posição e número variáveis. o O nucléolo é responsável pela síntese dos RNA´s ribossómicos Ciclo Celular É o tempo compreendido entre a mitose de uma célula e a mitose seguinte de uma das células filhas. Processo de divisão da célula que assegura a distribuição do material genético (DNA) entre as células filhas. Uma célula (célula mãe) divide-se em duas células idênticas (células filhas). Células somáticas células do mesmo tamanho, M – G1 – S – G2 - M Células embrionárias células vão diminuindo de tamanho, não há ou ocorre muito pouco a fase G1 e G2 M – S – M Tipos de mitose Na divisão celular dois processos têm que ser alternados: O genoma deve ser replicado durante fase S. O genoma deve ser dividido em dois, durante fase M. Fases G0: célula não cresce +, nem se divide até receber sinais extracelulares G1: primeira fase de crescimento. Crescimento celular S: replicação do DNA G2: segunda fase de crescimento para preparação da divisão Mitose- Processo da divisão do núcleo (dividido em quatro fases). O tempo de uma mitose e cada uma das fases é bastante variável, dependendo do organismo, do tecido e mesmo das condições ambientais. Controlo do ciclo celular CHECKPOINT: pontos de controlo de qualidade regulam a transição para a fase seguinte CDK (enzimas) cinases dependentes de ciclinas o Formadas durante todo o ciclo celular, mas na forma inativa. São ativadas quando ocorre a ligação com as subunidades das ciclinas. o Ciclina + CDK = MPF, fator promocional de maturação CICLINA tem um padrão cíclico de acumulo e degeneração levando a uma variação periódica da sua concentração durante o ciclo. São sintetizadas em fases especificas conforme a exigência, e destruídas após a sua utilização. Liga-se às CDK’s para que possam exercer as suas funções. CDK’s e Ciclinas ativadas levam à progressão do ciclo celular. A ativação das CDK’s - ciclinas depende da fosforilação da CDK e a inativação do complexo depende da degradação da ciclina, adição ou remoção do fosfato e pela ligação de CKI’s. A principal função do complexo CDK’s – ciclinas é a fosforilação de outras proteínas. Proteína 53, p53: controla a continuidade/ interrupção do ciclo celular. Quando ocorre mutações no DNA, ela interage na tentativa de identificar eventuais erros e permitir que sejam reparados. Bloqueia o ciclo celular e impede a progressão para a fase S ou promove a morte celular - APOPTOSE. P 53 tem um papel importante no aparecimento de cancro Formação do fuso acromático Microtúbulos na Anafase Ciclo centriolar Alterações que ocorrem na mitose Compactação dos cromossomas Formação do fuso acromático Deslocação dos centrossomas Desorganização do invólucro nuclear Fosforilação da lâmina nuclear Desorganização do RE e AG MPF também está envolvida em algumas alterações celulares na mitose Fosforilação da lâmina nuclear Desintegração do invólucro nuclear Reformação do invólucro Comunicação celular Organismo unicelular: Detetar nutrientes Detetar a diferença entre a luz e a falta de luz Detetar e evitar os predadores Comunicar com outra célula Organismo multicelular: Coordenar comportamento das células Durante desenvolvimento as células trocam sinais para determinar o papel específico que cada uma tem de ter, a posição que tem de ocupar e se deve dividir ou morrer. Cada célula é programada para responder a combinações específicas de moléculas sinalizadoras. As células recebem os sinais exteriores através da membrana plasmática e modificam o seu estado. Princípios gerais de sinalização celular Mecanismos de receção e transdução (tipo de informação convertido noutra) de sinal Tipos de sinais DISTÂNCIAS LONGAS Sinalização endócrina: ligação de 2 células distantes através de sinais químicos o Moléculas sinalizadas hormonas o Atingem célula alvo da circulação sanguínea o Possuem recetores que vão responder ao sinal da hormona o Sinalização hidrofílica: incapaz de atravessar a membrana plasmática recetores da superfície celular o Sinalização hidrofóbica: moléculas insolúveis em soluções aquosas transportados por proteínas, entram na célula recetores intracelulares (citosol, núcleo) Sinalização neural o Neurotransmissores (dopamina, serotonina) são quimicamente segregados por neurónios e difundem-se na membrana da célula alvo. o Utilizam sinais elétricos para comunicarem. Secretam sinal químico neurotransmissor DISTÂNCIAS CURTAS – Comunicação local Sinalização paracrina o Atuam somente nas células vizinhas. o Moléculas sinalizadoras agem em múltiplas células alvo próximas ao local de síntese o Sinais paracrinos libertados células alvo específicos secretadas não devem difundir para muito longe captado pelas células vizinhas distribuídas pelas células extracelulares Sinalização autocrina o Atuamsobre a mesma célula que os segregam o Célula responde a substâncias libertadas por ela mesma Sinalização dependente de contacto o Requer contato entre a membrana plasmática de 2 células Sinalização de Junções GAP o Criam ligações diretas entre 2 células adjacentes Através de sinalização celular: recebem sinais exteriores através da membrana plasmática e modificam o seu estado Componentes de sinalização Molécula sinalizadora extracelular (ligand) – proteínas, aminoácidos, nucleótido, esteroides, derivados dos ácidos gordos, gases JUNTA-SE proteína recetora ATIVA proteínas sinalizadoras intracelulares MODIFICA proteína alvo CRIA resposta celular O mesmo sinal pode produzir respostas diferentes nas diferentes células alvo. Algumas moléculas sinalizadoras podem atravessar a membrana plasmática. Por exemplo, as hormonas esteroides atravessam a membrana e ligam à proteína recetora localizada no citosol ou no núcleo. Moléculas hidrofóbicas atravessam a membrana plasmática. Ligam a recetor (no citosol ou no núcleo) para formar complexo hormona-recetor. O complexo hormona-recetor altera a expressão de gene alvo. Outros sinais que atravessam a membrana Óxido Nítrico (NO) NO é uma molécula muito importante no Sistema nervoso, Sistema imunitário e Sistema cardiovascular. NO provoca relaxamento nas células musculares lisas. Moléculas sinalizadoras que não podem atravessar a membrana A maior parte das moléculas sinalizadoras não podem atravessar a membrana (moléculas hidrofílicas). Estas moléculas ligam-se aos recetores localizados na membrana. Por exemplo: Hormonas peptídicas (insulina, tiroxina), neuropeptidos, fatores de crescimento, Neurotransmissores (acetilcolina, dopamina, serotonina etc., ) Recetor/ sinalizador Para muitas moléculas sinalizadoras existem mais do que um tipo de recetor. Os recetores são proteínas reguladoras que existem sob a forma inativa nas células. Após a ligação a proteína recetora sofre modificação conformacional e modifica o seu estado (inativo-ativo). A forma activa liga à sequência reguladora de DNA promovendo o processo de transcrição do gene. Tipos de recetores Recetores ligados ao canal iónico (sistema nervoso e muscular) o Servem para uma transmissão rápida através de sinapses entre sistema nervoso e as células alvo. o A ligação do neurotransmissor ao recetor altera a conformação do recetor, abrindo um canal iónico específico. Recetores ligados à proteína G o Existem em todos tipos de células. o O recetor é constituído por uma cadeia polipeptídica que atravessa 7 vezes a bicamada lipídica. o Subunidades α, β e . Quando se encontra ativa transforma GTP em GOP o Regula canais iónicos e ativa enzimas – amplifica o sinal ativando várias enzimas o Molécula sinalizadora (ligand) sofre uma modificação conformacional liga-se ao recetor da proteína G e ativa-a. o Recetor de adrenalina Recetores ligados às enzimas o Regulam o crescimento, proliferação, diferenciação, sobrevivência célula (fatores de crescimento). A maior parte dos fatores de crescimento atuam como mediador local mesmo com uma concentração baixa. o Anomalias na sinalização via recetores ligados às enzimas têm um papel muito importante no aparecimento de cancro. o Os efeitos destes fatores são muito lentos e requerem muitas transduções intracelulares que eventualmente causam mudanças na expressão do gene (expressão ou repressão). o São cinases ou associado com cinases. Apoptose Processo de morte celular controlada. Célula morre sem causar danos às células adjacentes. Necrose diferente de apoptose. Volume celular aumenta até rebentar, conteúdo celular espalha-se sobre as células adjacentes que causa – PROCESSO INFLAMATÓRIO Células entram em apoptose após receberem um sinal específico de morte. Mudanças morfológicas e bioquímicas Proteínas CASPASES ativadas no início da apoptose depois podem ativar outras proteínas (enzimas) Alterações celulares: 1. Diminuição do tamanho da célula 2. Condensação da cromatina 3. Degradação internucleossómica DNA 4. Destruição do citoesqueleto 5. Modificação da membrana plasmática 6. Produção de corpos apoptóticos 7. Destruição de corpos apoptóticos por macrófagos Proteínas associadas ao processo de apoptose: Anti-apoptóticas: Bcl-2 e Bcl-XL Pró-apoptóticas: Bax e Bad Caspases envolvida na morte celular/ inibem e/ou potenciam a apoptose o Ativação por 2 métodos: Recetores de morte celular / sinais externos Perturbação mitocondrial / sinais internos o Residem na célula sob forma inativa. Apoptose induzida Ativa CASPASES iniciadoras Ativa CASPASES efetoras degradam proteínas chaves celulares que levam a mudanças morfológicas observáveis em apoptose. Tipos de apoptose Insuficiente o Cancro: acumulação celular / resistência à terapia o Infeções preexistentes: falha na irradiação das células infetadas Excessiva o Doenças degenerativas o Autoimunidade Mecanismos de Indução Apoptose induzida por sinais externos à célula – RECETORES DE MORTE Ligação de fatores externos (linfócitos T citotóxicos) aos recetores existentes na membrana celular. Recetores de morte: proteínas integrais da membrana celular que se ligam a lugares específicos. Formam o complexo APAF ativam as Caspases processo apoptóticos Esta via exige que o ligante interaja com o recetor através de uma proteína adaptadora, FADD (Fas associated death domain). Requer a presença de pro-caspases que quando clivadas ativam as caspases efetoras. Apoptose induzida por sinais internos à célula – ROTA MITOCONDRIAL Produzida por stress celular Envolvidas proteínas anti-apoptóticas Bcl-2 e Bcl-XL promovem a sobrevivência da célula Envolvidas proteínas pró-apoptóticas Bad e Bax Membros pró-apoptóticos e anti-apoptóticos regulam a libertação da proteína CITOCROMO C para o citosol, localizada na membrana interna da mitocôndria o Libertação da proteína citocromo C para citosol ativa uma proteína citoplasmática Apaf-1 Apaf- 1 recruta e ativa pro-caspase 9 (iniciadora) ambas formam APOPTOSSOMA ativação das caspases efetoras início do processo de apoptose Bcl-2 e Bcl-XL bloqueiam a morte celular A via mitocondrial é muitas vezes ativada em resposta a danos no DNA envolvendo a ativação de um membro pro-apoptótico, Bax. PROTEÍNAS Colchicina proteína inibidora. Provoca a dissociação dos MT’s inibindo a polimerização Cinesina proteína motora associada aos MT’s. Responsável pelo sentido do movimento (- +) Dineína proteína motora associado aos MT’s (+-). Ajuda a mobilidade dos MT’s dos cílios e flagelos MAP2 proteína estabilizadora. Inibe a libertação de tubulina. Favorece o crescimento e a baixa taxa de dissociação TAU proteína estabilizadora associada aos MT’s. Auxilia a ligação de MT a outros componentes celulares Complexo ARP213 proteína reguladora da polimerização e despolimerização dos filamentos de actina. Conduz à nucleação da actina criando novos filamentos e/ou aumentando a taxa de treadmealing. Formina proteína que regula a polimerização e despolimerização da actina. Promove a nucleação da actina. Determina onde inicia e para onde se alongam os filamentos. Fimbrina proteína responsável por organizar os filamentos de actina. Permite a formação de estruturas reticulares Miosina proteína que regula a organização da actina. Proteína motora usa ATP para executar movimentos ao longo dos filamentos de actina. Miosina I e II. Ubiquitina proteína reguladora. Responsável por marcar as proteínas com anomalia para serem reconhecidas pelo Proteossoma e degradadas. Claterina proteína de revestimento. Atua na vesicula endocítica. COP Coat Protein associados ao transporte vesicular de proteínas entre RE e AG. COPI vai atuar na via de recuperação para reter proteínas. Transporte AG RE COPII transporta moléculas para o AG. Transporte RE AG RAB promove a associação entre a vesicula e a membrana alvo permitindo a fusão vesicular Parkin e PINK1 associados ao processo de Mitofagia e xenofagia. Responsáveis por assinalar a vesicula para que a ubiquitina a marque e ser reconhecida pelo lisossoma. CDK’S e Ciclinas atuam no controlo do ciclo celular. Quando ativadas levam à progressão do ciclo celular e à fosforilação de outras proteínas P53 controla a continuidade / interrupção do ciclo celular. Bloqueia ciclo celular e impede progressão para as fases seguintes ou promove a morte celular Apaf-1 proteína citoplasmática que irá ativar as pró-caspases e formar o complexo Apoptossoma. FADD proteína adaptadora. Permite a ligação do ligante com o recetor e assim ativar as caspases. Bcl-2 e Bcl-XL proteínas anti-apoptóticas. Promovem a sobrevivência da célula Bad e Bax proteínas pro-apoptóticas. Ambas regulam a libertação da proteína citocromo C. Caspases envolvida na morte celular potenciam a apoptose. Degradam proteínas chaves celulares que levam a mudanças morfológicas. Citocromo C proteína localizada na membrana interna da mitocôndria. Responsável por ativar uma proteína citoplasmática (Apaf-1) que irá ativar as caspases iniciadoras.
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