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Visão Geral do Citoplasma Organelas Membrana plasmática Processos de sinalização Transporte de membrana e transporte vesicular Endossomos Lisossomos Degradação mediada por proteossomo Retículo endoplasmático rugoso Retículo endoplasmática liso Complexo de Golgi Mitocôndrias Peroxissomos Organelas não membranosas Microtúbulos Filamentos de actina Filamentos intermediários Centríolos e centro organizadores de microtúbulos Corpúsculos basais Inclusões Visão Geral do Citoplasma As células constituem as unidades estruturais e funcionais básicas de todos os organismos multicelulares Ordem de bilhões Células de diferentes tipos usam mecanismos semelhantes para síntese, gasto energético e movimentação no interior + mesmas moléculas para contração e duplicação As funções específicas são identificadas com componentes estruturais e domínios específicos dentro da célula Embora todas as células possuam proteínas contráteis, células musculares possuem-nos em arranjos e quantidades diferentes As células podem ser divididas em dois compartimentos principais: citoplasma e núcleo Citoplasma = tudo fora do núcleo Organelas + citoesqueleto + inclusões (suspensos na matriz) Núcleo = maior organela contém genomas e enzimas de replicação do DNA e transcrição do RNA As organelas são descritas como membranosas (limitadas por membrana) ou não membranosas Membranosas: com membrana plasmática que as separam do ambiente externo1. Não membranosas: desprovidas de m. plasmática2. Formam padrões Convolutos: RE• Pregueados: Mitocôndria• P/ aumento da área de superfície Espaços cercados pelas membranas das organelas formam microcorpatimentos intracelulares ex: enzimas dos lisossomos presas para não agirem na célula Organelas não membranosas ocorrem formação de polímeros para citoesqueleto (microtúbulos, intermediários e microfilamentos) Inlusões: estruturas não circundadas por membrana critais, grânulos de pigmentos, lipídios, glicogênio e pdtos de degradação armazenados Organela ou inclusão Tamanho (um) Aspectos à mic. óptica Aspectos à mic. eletrônica Função Patologia Núcleo 3-10 Maior organela distinta Nucléolos freq. visíveis Duas membranas (envoltório nuclear) + poros nucleares e cisterna perinuclear Heterocromatina e eucromatina Armazenagem e uso do genoma Doenças hereditárias Mutações induzidas pelo ambiente Nucléolo 1-2 Região basófila Visível durante interfase Est. não membranosa densa contendo material fibrilar e granular Síntese de rRNA e montagem parcial dos ribossomos Também regula ciclo celular Síndrome de Werner (doença do envelhecimento prematuro) Mau func. do ciclo celular → carcinogênese Membrana plasmática 0,008-0,01 Não visível Membrana externa que circunda organelas, duas camadas eletron- densas interna e externa Separadas por elétron- transparente interna Transporte (íons e nutrientes) Reconhecimento de sinais ambientais Aderências intercelulares e da célula com matriz extrac. Fibrose cística Síndrome da má absorção intestinal Intolerância à lactose RER 5-10 (área) Região basófila - ergastoplasma Lâminas planas, sacos e tubos de memb. com ribossomos acoplados Liga rib. da tradução do RNAm nas para proteínas de secreção ou inserção na membrana Modificações químicas dos lipídios e síntese dos lip. de membrana Pseudoacondroplasia Doença dos depósitos de fosfato di- hidratado de cálcio REL Em todo o citoplasma Não visível Citoplasma com ligeira eosinofilia idem, exceto ribossomos Metab. dos lipídios e esteróides Doença de armazenamento reticular endoplasmático hepático Complexo de Golgi Idem RER Algumas vezes como coloração negativa Pilha de lâminas de membranas planas Modificação química das ptnas Seleção e acondicionamento das Doença da célula I Doença renal policística Resumo: Citoplasma e Organelas Celulares Página 1 de Medicina de Golgi coloração negativa Aparece como rede nas coragens com metais pesados Visível in vivo no microscópio de interferência planas Freq. adjacente a um dos lados do núcleo Seleção e acondicionamento das moléculas para secreção ou transporte para outras organelas Doença renal policística Vesículas secretoras 0,05-1 Apenas quando muito grandes (ex. gr. de zimogênio no pâncreas) Muitas vesículas, frequentemente polarizadas em um lado da célula Transporte e armazenamento de proteínas secretadas até a membrana plasmática Corpúsculo de Lewy do Parkinson Diabetes proinsulina Mitocôndria s 0,2-7 Obs. em situações favoráveis como pontos escuros (hepáticas ou nervosas) Visíveis in vivo com corantes vitais Duas membranas + cristas Critas tubulares em células produtoras de esteróides Suprimento de energia aeróbia (fosforilação oxidativa, ATP) Iniciação de apoptose Miopatias mitocondriais MERRF, MELAS Sínd. de Keams-Sayre e atrófia óptica hereditária de Leber Endossomo s 0,02-0,5 Não visíveis Tubulovesiculares - lúmen subdividido elétron-transparente Transporte de material endocitado Biogênese dos lisossomos Deficiência do receptor de M-6-P Lisossomos 0,2-0,5 Após coloração histoq. enzimática especial Vesículas envolvidas por membranas, frequentemente elétron densas Digestão de macromoléculas Doença do armazenamento lisossômico Peroxissom os 0,2-0,5 idem idem + freq. com inclusões cristaloides digestão oxidativa (ácidos graxos) Sínd. de Zellweger Elem. citoesq. 0,006 - 0,025 Apenas quando organizados em grnades estruturas (fibrilas musculares) Lineares e longos, espessura e aspectos típicos Motilidade, aderências, transporte e secreções Manutenção do esqueleto celular Síndrome dos cílios móveis doença de Alzheimer Epidermólhise bolhosa Ribossomos 0,025 Não visíveis Pontos elétron-densos (freq. associados ao RER) Síntese de proteína ao ser traduzida a sequência de codificação de proteína a partir do mRNA Disfunção ribossômica na doença de Alzheimer; anemia de Diamond- Blackfan Muitos antibióticos atuam seletivamente sobre rib. bacterianos: tetraciclinas, aminoglicosídios Proteossom o 0,015 Não visíveis Difíceis de diferenteciar de outras proteínas Degradação de ptnas marcadas com ubiquitina Doenças carac. pelo acúmulo de tnas inadequadamente dobradas: Parkinson, Alzheimer, Angelman, miopatias de corpúsculos de inclusão Glicogênio 0,01-0,04 Inclusões observadas como uma turva púrpura decorrente da metacromasia (com azul de toluidina) Semelhantes a cachos de uvas, extremamente densas Arm. de glicose a curto período na forma de polímero ramificado Encontrado no fígado, músculo esq. e tecido adiposo Fisiopatologias hepatoglicêmicas e de energia muscular Gotículas lipídicas Arm. de formas esterificadas de ácidos graxos de alta energia Doença de arm. de lipídios como Gaucher e Niemman-Pick Cirrose hepática Organelas Membrana plasmática A membrana plasmática é uma estrutura de bicamada lipídica, visível com a microscopoia eletrônica de transmissão Membrana celular ou plasmalema A membrana plasmática é composta de uma camada lipídica anfipática contendo proteínas integrais da membrana (ptnas transmembr ana) e proteínas periféricas da membrana aderidas às suas superfícies Modelo em mosaico fluido modificado Fosfolipídio, colesterol e ptna Cadeias de ácidos graxos formam região interna Hidrofóbica Superfícies (externa e interna) possuem grupamentos de extremidade polar Hidrofílicas Composição dos lipídios varia entre membranas Ptnas com +- metade da massa total da membrana Maior parte inseridas na membrana Outras atravessam: ptnas integrais Outras só contato: ptnas periféricas Fortes interações iônicas Sup. externa com carbo: glicoproteínas ou glicolipídios Constituem glicocálice Microambientes; reconhecimento celular e associação + receptores de hormônios Os microdomínios da membrana plasmática, conhecidos como balsas lipídicas, controlam o movimento e a distribuição de proteína s dentro da bicamada lipídica Regiões com alta concentração de colesterol e glicoesfingolipídios área mais espessa e menos fluida comptnas e funções próprias Balsas planares: contêm flotilinas e colesterois específicos1. Página 2 de Medicina Balsas planares: contêm flotilinas e colesterois específicos flotilinas = marcadores moleculares e arcabouçoa. 1. Balsas caveolares (cavéolas): enriquecidas com ptnas integrais (caveolinas) e capacidade de se ligar ao colesterol + transdução de sinaisa. 2. Contêm plataformas de sinalização ptnas integrais e periféricas para sinalização celular receptores, fatores de acoplamento, enzimas efetoras e substratos para receber e transmitir sinais específicos Infecções bac e virais com contato inicial nas balsas Usam para evitar fagocitose As proteínas integrais da membrana podem ser observadas com a técnica especial de preparação de tecido, a criofratura Permite o desacoplamento na membrana no plano hidrofóbico (interno) Face E: Externa Face P: sustentada pelo protoplasma geralmente com maior qte de ptnas As proteínas integrais da membrana desempenham importantes funções no metabolismo, na integração e na sinalização celulares Seis grandes categorias (não mutuamente excludentes) Bombas: transporte ativo de íons, aa, glicose, acoplados ou não ao transporte de Na +1. Canais: pequenos íons, moléculas e água em qualquer sentido Junções comunicantes permitem passagem entre célulasa. 2. Receptoras: reconhecimento e ligação circunscrita de ligantes estimulação hormonal, endocitose de vesículas, e reações a anticorposa. + segundos mensageirosb. 3. Proteínas ligantes: ancoram citoesqueleto Ex: Integritas ancoram actina à fibronectina extracelulara. 4. Enzimas: ATPases (bombeamento), ATP-sintase, Dissacaridases e Dipeptidases (integrais - digestivas) 5. Proteínas estruturais: Concentradas em regiões específicas Células polarizadas como epiteliais (ligam células)a. 6. Página 3 de Medicina As proteínas integrais da membrana movem-se na bicamada lipídica da membrana Fluidez da membrana é função da concentração dos fosfolipídeos locais e de seus tipos Balsas lipídicas podem se mover de uma região à outra Movimento torna sinalização mais precisa e impede interações inespecíficas Movimentação lateral pode ser dificultada por interação das ptnas e estruturas intra/extracelulares associações ao citoesqueleto ou projeções ao citoplasma• domínios citoplasmáticos da membrana• Ptnas periféricas associadas à matriz extracelular e integrais que se estendem a partir do domínio extracelular• Lesão celular geralmente caracterizada por bolhas na membrana celular causadas por deslocamento da membrana, dos filamentos de actina e citoesqueleto subjacente venenos como faloidina e citocalasina B causam extensas bolhas Processos de sinalização As proteínas da membrana interna, como os receptores de superfície celular e canais, estão envolvidas nos processos de sinali zação celular Sinalização = recepção, processamento e transporte de estímulos para regulação de respostas fisiológicas Freq. envolvidos na regulação gênica, exocitose, endocitose, diferenciação, crescimento, morte e movimento Também estimulam células próximas ex. neurônioss e hormônios Vias de transdução de sinais = cascatas hierárquicas de eventos possibilitam amplificação e modulação do sinal envolvidas na regulação bioq. e fisio Iniciadas por moléculas de sinalização mensageiros primários/ligantes solúveis: cont. autócrino/parácrino ou transmitidos pelo sangue: sinaliz. endócrina Também insolúveis, fixados às memb. externas ou extracelular sistema sensorial geralmente exógenos: odoríferos, mecânicos, vibração, luz... Sinais são transmitidos ao interior da célula por sistema de segundos mensageiros Ptnas canais, receptores intracelulares e rec. de superfície celular (acoplado à ptna G, processos catalíticos, integrinas) A ativação dos receptores de superfície celular leva a modificações pós-tradução, que contribuem para a amplificação do sinal Fosforilação• Glicosilação• Acetilação (adicção acetila COCH3)• Metilação• Nitrosilação (NO + resíduos de cisteína sem ptna)• Ubiquitinação (lig. com ubiquitina)• SUMOilação (Small Ubiquitin Modifier)• Cascatas de reações ligadas à quinases proteoquinases e proteínas-fosfatases = medeiam fosforilação e desfosforilação ex. resíduos seril, treonil ou tirosil Proteinoquinases dependentes de segundo mensageiro: Ptnquinase A (depende de AMPc), Pquinase G (PKG - depende de GMPc), e PK dependentes de cálcio/calmodulina (incluindo K de cadeia leve da miosina MLCK) ○ • Proteinoquinases independentes de segundo mensageiro: cascata da pk ativada por mitógeno (MAPK), K dependentes de ciclina e tirosinoquinases○ • Transporte de membrana e transporte vesicular As substâncias que entram ou que deixam a célula precisam atravessar a membrana plasmática Moléc. lipossolúveis e pequenas molécs sem carga atravessam membrana plasmática por difusão simples Todas as outras precisam de ptnas de transporte de membrana Ptnas carredoras: tranferem pequenas hidrossolúveis altamente seletivas○ sofre mudança na conformação e libera do outro lado○ algumas necessitam de energia (bomba de Na/K ou de H) → tansporte ativo○ • Ptnas dos canais: trans. peq. hidrossolúveis criando canais hidrófilos geralmente contêm um domínio de poro como filtro de seletividade iônica○ podem ser regulados por: potenciais de membrana (iônicos por voltagem)▪ neurotransmissores ( iônicos por ligantes)▪ estresse mecânico (iônicos mecanicamente - orelha interna)▪ ○ • Página 4 de Medicina O transporte vesicular mantém a integridade da membrana plasmática e também proporciona a transferência de moléculas entre di ferentes compartimentos celulares Brotamento vesicular = Principal mecanismo fundem-se com membrana de outro compartimento assegura-se transferência intercompartimental dentro da própria célula Endocitose: processos que subst. entram na célula controla composição da membrana e resposta ao amb. externo○ • Exocitose: transp. nos quais a subst. deixa a célula• Endocitose A captação de líquido e de macromoléculas durane a endocitose depende, em geral, de três mecanismos diferentes Proteína mais bem conhecida na interação com membrana plasmática é a clatrina Endocit. pode ser classificada como dependente de clatrina ou não outras ptnas: caveolinas, flotilinas Pinocitose (célula bebendo) ingestão de líquido e pequenas moléculas (<150nm)○ realizada por todas as células e constitutiva (formação dinâmica de vesículas)○ mecanismo de formação de vesículas = ptnas caveolina e flotilina (balsas lipídicas) Cv-1 e Cv-2 encontradas em todas as células exc. neurônio, leucócitos e musculares▪ Cv-3 encontradas em musculares▪ Fl-1 e Fl-2 encontradas em vesículas distintas das cavéolas▪ mecanoenzimas GTPases envolvidas na cisão das ves. pinocitóticas como Cv-1 efetua alterações na curvatura da membrana, pinocitose é dita como independente de clatrina ○ • • Fagocitose (célula comendo) grandes partículas (restos alimentares, bacs e outras células)○ emissão de pseudópodos○ engolfa partículas (fagossomos)○ células especializadas do sistema mononuclear fagocitário○ processo mediado por receptor (fragmentos de ligação não antígeno)○ também mediado por reconhecimento de PMAP (padrões moleculares associados a patógenos)○ materiais não biológicos como partículas e carbono, poeiras e fibras de asbesto desencadeiam fagocitose Sem participação de receptores▪ ○ Endocitose independente de clatrina, mas dependente de actina despolimeriza e repolimeriza filamentos para extensões do pseudópodo▪ ○ Endocitose mediada por receptor receptores de carga se acumulam em regiões bem definidas○ depressões revestidas: antes balsas lipídicas○ acúmulo de material elétron-denso = agregação de clatrina formam invaginação semelhante à vesícula▪ interage com receptor de carga por complexo adaptina▪ puxados para dentro▪ ○ Mecanoenzima GTPase dinamina: medeia liberação de vesículas em formação vesícula revestida: nome adquirido pela vesícula▪ ○ Endocitose dependente de clatrina • Página 5 de Medicina Endocitose dependentede clatrina○ Endocitose A exocitose é o processo pelo qual uma vesícula se move do citoplasma para a membrana plasmática, onde descarrega seu conteúd o para o espaço extracelular Tráfego intracelular de vesículas possibilitado por coatomers na superf. da vesícula medeiam movimentos Geralmene quimicamente modificadas (ex. glicosiladas/sulfatadas) Via constitutiva substânicas continuamente mobilizadas e liberadas○ presente em todas as células em algum grau (não apresentam grânulos)○ • Via secretora regulada células especializadas (endócrinas, exócrinas e neurônios)○ concentram e armazenam vesículas○ evento regulador (hormonal ou neural) ativado para ocorrer secreção○ células principais da mucosa gástrica + acinares do pâncreas por exemplo○ antigamente chamadas de grânulos de zimogênio (pois iniativos)○ • Também pode ocorrer transp. proteico entre Golgi e outras organelas ao longo de vias endossômicas O direcionamento preciso das vesículas para o compartimento celular apropriado é inicialmente controlado por proteínas de anc oragem, e a especificidade é assegurada por interações entre proteínas do receptor da ligação de NSF solúvel (SNARE) Mecanismo de direcionamento análogo a um motorista de táxi Endereço reconhecido por Rab-GTPase interage com ptnas de fixação na membrana-alvo complexo de ancoragem imobiliza vesícula Página 6 de Medicina complexo de ancoragem imobiliza vesícula ptna de membrnaa específica da vesícula (v-SNARE) assegura direcionamento membrana alvo contém t-SNARE juntas formam complexo cis-SNARE após uso são reciclados por complexo NSF/a-SNAP Endossomos Compartimentos envoltos por membrana no citoplasma associados às vias endocíticas endossomos jovens restritos às proximidades da fusão muitas vesículas se aprofundam → endossomos maduros amadurecem em Lisossomos Os endossomos podem ser considerados como organelas citoplasmáticas estáveis ou como estruturas transitórias, foramda como re sultado da endocitose Dois modelos diferentes para explicar origem e formação de compartimentos endossômicos Modelo do comparitmento estável endossomos jovens e maduros são organelas celulares estáveis conectadas pelo transporte vesicular com complexo de golgi○ vesículas revestidas fundem-se apenas com endossomos jovens (expressão de receptores de superfície)○ receptor = componente da membrana do endossomo jovem○ • Modelo de maturação endossomos jovens formados de novo a partir de vesículas endocíticas originadas na mp○ composição da membrana do endossomo modifica-se continuamente à medida que compostos são reciclados○ viram maduros e então lisossomos○ receptores específicos reciclados/degradados/inativados○ • Ambos se complementam, não se contradizem Os endossomos destinados e se tornar lisossomos recebem enzimas lisossômicas recém-sintetitzadas, que são direcionadas por meio do receptor de manose-6-fosfato (M-6-P) Comunicação com sistema de transporte vesicular do RER entrega constante de hidrolases pró-hidrolase altamente glicosilada liga-se à manose atua como alvo para ptnas com receptor de M6P (presentes nos endossomos jovens, maduros, lisossomos e golgi) endossomos maduros ácidos: liberam pró-hidrolases dos M6P e ativadas por clivagem e remoção dos fosfatos Os endossomos jovens e maduros diferem quanto a sua localização celular, morfologia, e estado de acidificação e função Página 7 de Medicina Os endossomos jovens e maduros diferem quanto a sua localização celular, morfologia, e estado de acidificação e função Jovens: citoplasma periférico estrutura tubulovesicular (cisternas com invaginações) pH de 6,2-6,5 Maduros: estrutua mais complexa (cebola) pH mais ácido (5,5) vesículas transportam subst. entre jovens e maduros corpos multivesiculares denominados pré-lisossomos podem fundir-se entre si ou com lisossomos maduros A principal função dos endossomos jovens consiste em selecionar e reciclar proteínas internalizadas pelas vias endocíticas Mecanismo de seleção: geometria dos túbulos e vesículas que criam alterações localizadas no pH p/ dissociação de ligantes Tamanho dos túbulos ajudam na seleção de moléculas grandes O destino do complexo ligante-receptor internalizado depende da capacidade de seleção e reciclagem do endossomo jovem vias: Receptor reciclado e ligante degradado via mais frequente○ complexo LDL-receptor, insulina-receptor e GLUT e hormônios peptídicos○ • Tanto o receptor quanto o ligante são reciclados Transferrina libera ferro mas permanece na vesícula até ser liberada no extracelular○ MHC (moléc. do complexo principal de histocompatibilidade): recicladas e liberadas ligadas com antígeno estranho a elas○ • Tanto o receptor quando o ligante são degradados fator de crescimento epidérmico e receptor○ • Tanto o receptor quanto o ligante são transportados através da célula secreção de imunoglobulinas (IgA secretora) na saliva e leite materno transcitose▪ ○ Substâncias alteradas na medida que transportadas○ IgG materno através da placenta segue via semelhante○ • Lisossomos Os lisossomos são organelas digestivas que só foram reconhecidas após o uso de procedimentos histoquímicos para demonstrar as enzimas lisossômicas Organelas ricas em enzimas hidrolíticas (proteases, nucleases, glicosidases, lipases e fosfolipases Compartimento digestivo principal na célula degrada marcomoléculas endocíticas e autofagia Inicialmente diferenciados em lisossomos primários e secundários Página 8 de Medicina Inicialmente diferenciados em lisossomos primários e secundários sem validade, vias complexas Os lisossomos contêm uma membrana singular, que é resistente à digestão hidrolítica que ocorre em seu lúmen Membrana lisossômica contém colesterol e ácido lisobifosfatídico + proteínas de membrana associadas a lisossomos (LAMPs), glicoproteínas da membrana lisossômica (LGPs) e ptnas integrais da m emb. lisossômicas (LIMPs) altamente glicosiladas na sup. luminal proteção da digestão de hidrolases Também contêm bombas de prótons (pH em 4,7) + Ptnas de transporte (aa, açúcares, nucleotídeos) Determinados fármacos podem afetar a função lisossômica. Por exemplo, a cloroquina, um agente usado no tratamento e na preven ção da malária, é um agente lisossomotrófico, que se acumula nos lisossomos. A cloroquina elevao pH do conteúdo lisossômico, inativando, assim, muitas en zimas lisossômicas. Essa ação da cloroquina sobre os lisossomos é responsável pela sua atividade antimalárica; o fármaco concentrase no vacúolo alimentar ácid o do parasito da malária (Plasmodium falciparum) e interfere nos seus processos digestivos, matando finalmente o parasito. As proteínas de membrana lisossômicas são sintetizadas no RER e apresentam um sinal de direcionamento lisossômico específico Sinal de M6P e receptor para amadurecer lisossomos Sinal de direcionamento para ptnas integrais é representado por um domínio C-terminal citop. curto reconhecido por complexo da ptna adaptina empacotado dentro de vesículas revestidas por clatrina Duas vias para alcançar seu destino Via secretora constitutiva: LIMPs saem do Golgi e liberadas na superfície celular○ Sofrem endocitose e viram lisossomos por meio dos compartimento endossômicos○ • Via secretora das vesículas revestidas derivadas do complexo de Golgi LIMPs saem do Golgi em vesículas revestidas por clatrina○ sofrem fusão com endossomos maduros por ancoragem v e t -SNARE○ • Três vias diferentes entregam material para digestão intracelular nos lisossomos Partículas grandes extracelulares: bacs, restos celulares e materiais estranhos Fagossomo recebe enzimas e vira endossomo maduro (vira lisossomo)○ • Pequenas partículas extracelulares: ptnas e complexos ligante-receptore Pinocitose e endocitose mediada por receptor: via endocítica por endossomos jovens e maduros até lisossomos○ • Partículas intracelulares: organelas, ptnas e componentes Isoladas por membrana do RE e transportadas aos lisossomos (autofagia)○ • Página 9 de Medicina Osteoclastos liberam enzimas lisossômicas direto noespaço extracelular para digerir componentes da matriz extracelular Os lisossomos em algumas células são reconhecíveis ao microscópio óptico, em virtude de seu número, tamanho ou conteúdo Grânulos dos neutrófilos = lisossomos Lisossomos com bacs e fragmentos = macrófagos Degradação frequentemente produz corpo residual (permanece por toda a vida) Nos neurônios são chamados de pigmento de idade ou grânulos de lipofuscina normal no envelhecimento celular Descontrole = doença de armazenamento lisossômico Autofagia As proteínas e as organelas citoplasmáticas são substratos para degradação lisossõmica no processo de autofagia Nutrientes adequados e fatores de crescimento estimulam ativ enzimática sobre setina-treonina quinase (mTOR) que inibe autofagia Na privação, ocorre oposto ativação dos genes Atg Formação de complexo regulador de autofagia de proteinoquinase Atg1 (3 vias) Macroautofagia: Inespecífico, com membrana envolvendo organela a partir do RE, membrana de isolamento = autofagossomo, ocorre no fígado no início da inanição • Microautofagia: Inespecífico, degradação lenta e contínua em condições fisiológicas normais; pequenas proteínas citoplasmátic as• Autofagia mediada por chaperonas: requer auxílio de chaperonas (como ptna chap do choque térmico hsc73) responsável por 30% da degradação de ptnas em fígado e rim○ • Doenças de armazenamento lisossômico - DALs Maioria: ptna deficiente e cofator Minoria: ptnas da membrana ou transporte Geralmente produtos não digeridos se acumulam e matam célula Expectativa de vida de 15 anos; a cada 7000 nasc Primeira descrição: Tay-Sachs ausência de B-hexosaminidase: catalisa degradação de gangliosídeos nos neurônios Mais comuns: doença de Gaucher síndrome de Hurler síndrome de Hunter doença de Pompe Terapia de reposição enzimática para cistinose e doença de Gaucher Página 10 de Medicina Terapia de reposição enzimática para cistinose e doença de Gaucher + Terapia farmacológica com chaperonas (sintéticas) que atuam na remodelação das ptnas modificadas Degradação mediada por proteossomo Células tem capacidade de destruir proteínas sem os lisossomos usando os complexos dos proteossomos Ptnas especificamente marcadas para a via Usada para ptnas anormalmente dobradas também ptnas de vida curta como ciclinas mitóticas, fatores de transcrição e supressõres/promotores tumorais As proteínas destinadas à degradação mediada por proteossomo precisam ser reconhecidas e marcadas especificamente pela cadeia de poliubiquitina Poliubiquitinação: ligações covalentes com ubiquitina enzimas ativadoras de ubiquitina E1, E2, E3a. cadeia de poliubiquitina serve como sinal de degradação para o complexob. 1. Degradação da proteína marcada pelo complexo do proteossomo de 26S uma partícula central de 20S (facilita catálise das proteases)a. duas partículas reguladoras de 19S laterais: reconhece poliubiquitinab. ubiquitinas livres liberadas por enzimas desubiquitinantes (DUC) e recicladasc. 2. Dois grupos de distúrbios patológicos associados ao mau funcionamento do degradação mediada por proteossomo Perda da função por mutação nas enzimas ativadoras de ubiquitina1. Síndrome de Angelman e Doença de Alzheimer Degradação acelerada de ptnas por ptnas hiperexpressas envolvidas 2. Infecções pelo papilomavírus humano (HPV) Retículo endoplasmático rugoso O sistema de síntese proteica da célula consiste no retículo endoplasmático rugoso e nos ribossomos Coloração basófila pela presença de RNA Ergastoplasma Série de sacos achatados delimitados por membrana e interconectados → Cisternas + Partículas incrustadas: Ribossomos ptnas de ancoragem ribossômicas Em muitas situações, contínuo com membrana externa do envoltório nuclear Polissomos/Polirribossomos: grupos que formam arranjos espirais curtos Muitos rib. fixados ao mesmo RNAm A síntese de proteína envolve a transcrição e a tradução Tradução = síntese de ptnas Transcrição = síntese do pré-mRNA + excição de íntrons e reunião de éxons e revestimento (add poli(A) na 3' e metilguanosina na 5') Ribossomos livres: Dentro do citoplasma: Estrutural e funcionalmente idênticos aos ancorados no RER Página 11 de Medicina Antibióticos: aminoglicosídios (estreptomicina), macrolídios (eritromicina), lincosamidas (clindamicina), tetraciclinas e clo ranfenicol inibem síntese proteica bacteriana Os peptídios sinais direcionam o transporte pós-tradução de uma proteína Geralmente encontradas sequência do primeiro grupo (15-60 aa) da extremidade aminotermal 5 - 10 aa hidrofóbicos + partícula de reconhecimento de sinal PRS Interrompe crescimento adicional da ptna Ligação polissomo-PRS alinha ribossomo com proteína translocadora (integral de membrana) Sequência clivada pelo sinal peptidase (fase cisternal do RER) antes mesmo de terminar toda a cadeia ribossomo se desprende da translocadora e fica livre no citoplasma A modificação pós-tradução e o sequestro das proteínas dentro do RER constituem a primeira etapa na exportação de proteínas destinadas a deixar a célula Ptna injetada no lúmen da cisterna do RER modificada pós-tradução por enzimas glicosilação, pontes dissulfeto, hidrogênio, dobramento, + chaperonas moleculares, montagem parcial de subunidade Geralmente transportadas até Golgi (algumas residem permanentemente no RER Doenças que impossibilitam transporte: deficiência de a1-antitripsina depósito anormal de A1AT = enfisema ou comprometimento hepático O RER é mais altamente desenvolvido nas células secretoras ativas Células que sintetizam proteínas Grande qte de membrana plasmática Neurônios, glandulares, fibroblastos (ativos), plasmócitos, odontoblastos, amelo e osteoblastos Ribossosmos do RER também sintetizam ptnas que se tornarão componentes dos lisossomos, golgi e do próprio RER ou membrana nuc lear Também os componentes integrais da membrana Os coatômeros medeiam o tráfego bidirecional entre o RER e o complexo de Golgi Revestimento proteico semelhante à Clatrina Uma classe envolvida no transporte ao cis (anterógrado) outra no transporte ao RER (retrógrado) Coatômeros = COP COP-I: Retrógrado - devolve proteínas transferidas erroneamente COP-II: Anterógrado - auxilia na deformação física do RER para formar vesículas Se dissociam antes da fusão Os ribossomos livres sintetizam proteínas que irão permanecer na célul como elementos citoplasmáticos estruturais ou funciona is Ptnas para o núcleo, mitocôndrias ou peroxissomos Grande qte nos eritrócitos (Hb), musculares (actina e miosina), nervosas (neurofilamentos), queratinócitos (queratina) Formam corpúsculos basófilos nas células nervosas: corpúsculos de Nissl RER + rib livres Retículo endoplasmática liso O REL consiste em túbulos anastosomados curtos, que não estão associados aos ribossomos Eosinofilia (acidofilia) quando em abundância Assemelha-se estruturalmente ao RER, carece das ptnas de ancoragem dos ribossomos Tubular, extensão ou não do RER Metabolismo dos lipídios Hepatócitos Sintetizam e secretam esteróides Adrenocorticais e de Leydig (intersticiais) do testículo Mm. esquelético e cardíaco = Retículo sarcoplasmático Sequestro de Ca2+ O REL constitui a principal organela envolvida na desintoxicação e conjugação de substâncias nocivas Bem desenvolvido no fígado Enzimas desintoxicantes Citocromo P450 → + ancoragem no REL hidrolases, metilases, glicose-6-fosfatases e lipídio oxidases associadas + metab. de lipídios e esteroides + m. do glicogênio + formação e reciclagem da membrana Complexo de Golgi Página 12 de Medicina Complexo de Golgi O complexo de Golgi está bem desenvolvido nas células secretoras e não se cora pela hematoxilina ou eosina Camillo Golgi Redes ao redor do núcleo Bem desenvolvido em células secretoras Ativo tanto em células que secretam por exocitose quanto para a membrana e ptnas associdades (i.e. neurônios) no MO: área clara parcialmente circundada por ergastoplasma no ME: sacos, cisternas planas e empilhadas e extensões tubulares Polarizado morfologica e funcionalmente Próximo do RER: face CIS(CGN) Afastado do RER: face TRANS (TGN) Entre eles: rede medial O complexo de Golgi atua na modificação pós-tradução, seleção e empacotamento das proteínas Vesículas de transporte revestidas por COP-II Vesículas de transporte brotam de uma cisterna e se fundem com adjacente Modificações pós-traducionais: ex: M6P adicionada às ptnas destinadas aos endossomos maduros + lisossomos Também podem ser fosforiladas ou sulfatadas Quatro vias principais de secreção de proteínas do complexo de Golgi destinam as proteínas para diversos compartimentos celul ares Membrana plasmática apical: vesículas não revestidas por clatrina seleção específica + liberação na região apicala. 1. Membrana plasmática basolateral: também com seleção específica maioria das células polarizadas ex. hepatócitos diferente pois tanto apical quanto basolateral vão primeiro basolateral1) i. a. 2. Endossomos ou lisossomos: Ptnas destinadas àss organelas 10% das ptnas integrais da memb. lisossômica (LIMPs) seguem via extensão pela membrana apical (não vão direto ao lisos.)a. 3. Citoplasma apical: Armazenamento de vesículas Processo de maturação a. Ptnas não secretoras são recicladas no endossomo ou TGN em vesículas revestidas por clatrinab. Característico de secretoras altamente especializadasc. 4. A seleção e o empacotamento de proteínas dentro de vesículas de transporte ocorrem na rede trans de golgi Baseiam-se principalmente nos sinais de seleção e propriedades físicas Sinais de seleção: arranjo linear das moléculas de aa ou carbo associados1. Propriedades físicas: Inicialmente distribuídos em balsas lipídicas separadas mais tarde incorporadas nas vesículas de transporte destinadas às organelas -alvoa. 2. Mitocôndrias As mitocôndrias são abundantes nas células que geram e consomem grandes quantidades de energia E com divisão não sincronizada com ciclo celular Células musculares estriadas e engajadas no transporte de líquido As mitocôndrias evoluiram a partir de bactérias aeróbicas que eram engolfadas por células eucarióticas DNA mitocondrial codifica 13 enzimas envolvidas na via da fosforilação oxidativa 2 RNAr e 22 RNAt Ptnas importadas para dentro da mitocôndria por Translocase da membrana mitocondrial externa (TOM) Translocase da membrana mitocondrial interna (TIM + Energia e chaperonas As mitocôndrias estão presentes em todas as células exceto nos eritrócitos e nos queratinócitos terminais Quando presentes, contribuem para a acidofilia do citoplasma Devido à grande qte de membranas As mitocôndrias contêm duas membranas que delineiam compartimentos distintos Membrana mitocondrial externa:• Canais de ânions dependentes de voltagem porinas mitocondriais Permeáveis até 5000 daltons sem carga + diversas enzimas fosfolipase, monoaminoxidase, acetilcoenzima A sintase Membrana mitocondrial internal:• Cristas Rica em cardiolipina Reações de oxicação, síntese de ATP e regular o transporte Enzimas da cadeia respiratória = partículas elementares Espaço intermembrana• Enzimas específicas que usam ATP gerado Creatinocinase, adenilatocinase, citocromo C (iniciação da apoptose) Matriz• Contém enzimas do ciclo do ácido cítrico e da B-oxidação dos ácidos graxos Contêm grânulos da matriz que armazenam Ca2+ Serve para regulação dos íons no citoplasma Papel do REL também Também possui DNA mitocondrial, ribossomos e RNAt As mitocôndrias contêm o sistema enzimático que gera ATP por meio do ciclo do ácido cítrico e forforilação oxidativa Íons H+ comandam bombas de prótons Constituem cadeia de transporte de elétrons Estabelece gradiente eletroquímico de prótons cria força motriz protônica movimento de H+ pela ATP sintase Acoplamento quimiosmótico ATP produzido transportado à matriz pela ptna de troca ATP/ADP da matriz interna ATP deixa mitocôndria por canais aniônicos Página 13 de Medicina ATP deixa mitocôndria por canais aniônicos Defeitos mitocondriais relacionados ao efeitos nas enzimas que produzem ATP epilepsia mioclônica com fibras vermelhas rotas (MERRF) Dois complexos da cadeia respiratória anormais As mitocôndrias sofrem alterações morfológicas relacionadas com o seu estado funcional Configuração ortodoxa: cristas proeminentes: baixo nível de fosforilação Configuração condensada: cristas pouco reconhecíveis: espaço intermembranoso aumenta 50%: alto nível de fosforilação As mitocôndrias decidem se a célula irá viver ou morrer Capazes de perceber estresse celular e iniciar apoptose Principal evento = liberação do citocromo c para o citoplasma cascata de apoptose Peroxissomos Os peroxissomos são organelas revestidas por membrana que contêm enzimas oxidativas Catalase e outras peroxidases Enzimas oxidativas produzem peróxido de hidrogênio (H2O2) Catalase regula conteúdo de peróxido de h. na célula + Contêm D-aminoácido oxidases e enzimas de B-oxidação Importantes em células hepáticas Desintoxicação do álcool → acetaldeído + B-xoidação dos ácidos graxos que pode igualar a das mitocôndrias Proteínas importadas necessitam de sinal de direcionamento peroxissômico Se falha no reconhecimento = síndrome de Zellweger Também encontradas na maioria das outras células aumenta número conforme dieta, fármacos e hormônios em animais são observadas inclusões cristaloides - nucleoide (urato oxidase/uricase) Organelas não membranosas Microtúbulos Tubos ocos rígidos e não ramificados de proteína polimerizada Em geral se originam do MTOC (centro organizador de microtúbulos) Se entendem em direção à periferia Também encontrados nos cílios e flagelos Formam axonema e corpúsc. basal + Centríolos e fuso mitótico bem como em axônios em crescimento Funções Transporte vesicular intracelular (trilhos de uma ferrovia)• Movimentação ciliar e flagelar• Fixação dos cromossomos nos fuso mit.• Alongamento e movimento (migração) da célula• Manutenção do formato da célula (assimétrico)• Os microtúbulos são estruturas poliméricas alongadas compostas de partes iguais de a -tubulina e B-tubulina 20-25um de diâmetro; 13 moléculas de tubulina dimérica em arranjo globular 110 kDa uma a-tubulina e uma B-tubulina Padrão terminoterminal → cabeça com cauda (padrão repetido) Forma protofilamento 1 um contém aprox. 16000 dímeros de tubulina Os microtúbulos crescem a partir de anéis de y-tubulina e MTOC, que atuam como locais de nucleação para cada microtúbulo Modelos para montagem correta dos microtúbulos Página 14 de Medicina Modelos para montagem correta dos microtúbulos Montagem inicial a partir de um folheto encurvado de dímeros de tubulina fecha-se em um tubo na extremidade de crescimento Polimerização exige GTP e Mg2+ Apresentam configuração que favorecem interações laterais mais firmes Microtúbulos são estruturas polares Extremidade (-) sem crescimento = a-tubulina Extremidade (+) em crescimento = B-tubulina Dímeros dissociam-se em equilíbrio dinâmico Base da técnica de purificação: exposição repetida a temperaturas altas e baixas Velocidade de polim. pode ser modificada com interação de ptnas associadas a microtúbulos (MAPs) MAP1, 2, 3, 4, MAPt e TOGp + Existência de populações estáveis como dos cílios e flagelos O comprimento dos microtúbulos modifica-se dinamicamente à medida que os dímeros de tubulina são acrescentados ou removidos em um processo de instabilidade dinâmica Microtúbulos em crescimento constante em direção à periferia Então sofrem súbita retração Instabilidade dinâmica Dímeros de tub. na extremidade (+) ligados a GTP protegem da desmontagem Mas dímeros ligados a GDP propensos a desmontagem Processo de mudança = catástrofe microtubular Quando encontra fatores de estabilização (MAP) capturado e com comportamento modificado: processo de estabilização seletiva Associação estabiliza microt. Nos neurônios podem ser liberados pela ação de ptna de corte de microtúbulos ( CATANINA) Polímeros curtos e desprendidos transportados so longo dos microtúbulos por ptnas motoras como quinesinas Os microtúbulos podem ser observados por meio de uma variedade de métodos de imagem Atualmente utiliza-se métodosimunoocitoquímicos que emrpegam anticorpos contra a tubulia conjugados com corantes fluorescentes O movimento das organelas intracelulares é gerado por proteínas motoras moleculares associadas aos microtúbulos Microtúbulos = guias para destinos apropriados ptnas motoras atuam como catracas Energia da hidrólise do ATP Movimento unidirecional Dineínas: Em direção extremidade negativa (ao MTOC) Dineína axonêmica nos cílios e flagelos desliza um microtúbulo conta um adjacente • Quinesinas: em direção a extremidade positiva (para a periferia)• Ambas envolvidas na mitose e meiose Dineínas movem cromossomos Quinesinas movimentam microtúbulos polares Filamentos de actina Os filamentos de actina estão presentes em praticamente todos os tipos de células 20% das ptnas totais de algumas células Se agregam espontaneamente por polimerização Arranjo helicoidal Filamentos de 6-8nm de diam. Mais finos, curtos e flexíveis que microt Actinas livres = Actina G Actinas polimerizadas = Actina F Extremidade positiva (espinhosa) = Cresc. Rápido Extremidade negativa (afilada) = cresc. lento Crescimento exige K+, Mg2+, ATP Hdrólise do ATP não imediata Controle depende da concentração de actina G + proteínas ligantes de actina (ABPs) ABPs responsáveis pela organização. Influenciados por Ptnas de formação de feixe Arranjo paralelo Microvilosidades Fascina e Fimbrina Suporte e rigidez • Ptnas de corte do filamento de actina Cortem em fragm. curtos Gelsolina Geralmente inicia polimerização Em altas concent. de Ca2+ atua cortando filamento • Ptnas de cobertura• Página 15 de Medicina Ptnas de cobertura Bloqueiam acréscimo adicional Tropomodulina Liga-se a extremidade livre e regula comp. no sarcômero • Ptnas de ligação cruzada Citoesqueleto dos eritrócitos Espectrina, aductina, ptna 4.1, ptna 4.9 • Ptnas motoras da actina Miosina → hidrólise do atp Dois tipos de miofilamentos (Miosina II): Filamentos finos Filamentos grossos Miosina I Em células não musculares Se fixa a outras moléculas + Variedade isoformas melanócitos, rim, intestino, nervos, orelha interna... • Os filamentos de actina participam de uma variedade de funções celulares Feixes próximos à membrana plasmática Ancoragem e movimento de proteínas de membrana Adesões focais • Formação do centro estrutural das microvilosidades Manter formato da sup. celular apical (Trama terminal) = Cabos de tensão sob a superfície celular • Locomoção das células Pela polimerização nas suas extremidades em crescimento Células migratórias Tumores invasivos Lamelipódios Extremidades positivas direcionadas para memb. plasmática • Extensão dos prolongamentos celulares Filopódios Agregados frouxos de 10-20 filamentos Essenciais para o fluxo citoplasmático (mov. semelhante a corrente) • Llisteriose: Mecanismo de polimerização sequestrado pelo patógeno Usado para mov. próprio intracelular e disseminação Listeria monocytogenes Filamentos intermediários Sustentação ou estrutura geral 8 - 10 nm (actina < Fil. Int. < Microtúbulos) Evidências de que ptnas estáveis evoluíram de enzimas altamente conservadas Os filamentos intermediários são formados a partir de subunidades de filamento intermediário apolares e altamente variáveis Diversidade e especificidade tecidual Não apresentam atividade enzimática Formam filamentos apolares Desempenham papel estrutural Continuum tecidual amplo Ptnas do filam. intermed.: Domínio central em bastonete Domínios globulares nas extremidades Região homóloga importante na automontagem do filamento A partir de par de monômeros helicoidais Formação de dímeros espiralados Geração de tetrâmero cambaleante Extremidades ligadas entre si Arranjo estável e cambaleante com filamentos reunidos e adicionalmente estabilizados Página 16 de Medicina Os filamentos intermediários constituem um grupo heterogêneo de elementos do citoesqueleto encontrados em vários tipos de cél ulas Classes 1 e 2: Queratinas (citoqueratinas) Montagem em heteropolímeros Citoq. ácida (classe I) + citoq. básica (classe II) 3 grupos de expressão: Queratinas de epitélios simples Queratinas dos epitélios estratificados Queratinas estruturais (duras) Subunidades não apresentam comontagem com outros fil. intermed. Classe 3: Vimentina, desmina, ptna ácida fibrilar glial (GFAP) e periferina Vimentina mais abundante nas células derivadas do mesoderma (incluindo fibrobl) Desmina → Cll. musculares GFAP → Cll. gliais Periferina → Cll. nervosas periféricas Classe 4: Neurofilamentos Axônios das células nervosas Pesos: NF-L (baixo peso molecular) NF-M (peso molecular médio) NF-H (alto peso molecular) + Nestina, a-internexina (nervosas), sinemina, sincoilina, paranemina (musculares) Classe 5: Laminas (l. nucleares) Rede associada ao envoltório nuclear Lamina A e B Classe 6: Filamentos em conta de rosário Faquinina e filensina Aparência periódica = estrutura globular da extremidade carboxiterminal da filensina As proteínas associadas aos filamentos intermediários são essenciais para a integridade das junções intercelulares e da célul a com a matriz extracelular Plectina Sítios de ligação = montagem apropriada do citoesqueleto Laminas Associadas a emerina, receptor de lamina B, nurima e polipeptídeos associadas à lamina Algumas com múltiplos sítios de ligação Organização da cromatina, expressão dos genes, arquitetura nuclear e sinalização + ligação citoesqueleto e nucleoesqueleto Desmoplaquinas, semelhantes e placoglobinas Fixação para filamentos nos desmossomos e hemidesmossomos Centríolos e centro organizadores de microtúbulos Os centríolos representam o ponto focal ao redor do qual ocorre a montagem dos MTOC Semelhantes a bastonetes Nove tripletes Orientação ortogonal entre si Circundados em material pericentriolar denso e amorfo Do complexo de golgi Região da célula = Centro organizador de microtúbulos/centrossomo Página 17 de Medicina Região da célula = Centro organizador de microtúbulos/centrossomo MTOC Controla polaridade, direção, orientação e organização dos microt Quando não há centríolos, MTOC desaparecem A matriz pericentriolar do MTOC contém numerosas estruturas em formato de anel, que iniciam a formação dos microtúbulos Anel de y-tubulina = ponto de partida (nucleação) para o cresc. do microt. dímeros de a e B-tubulina acrescidos com orientação específica Extremidade positiva = em crescimento Os centríolos proporcionam os corpúsculos basais para os cílios e os flagelos e alinham o fuso mitótico durante a divisão cel ular Duas funções importantes: Formação do corpúsculo basal montagem dos cílios e flagelos formação de novo (95%) Via Acentriolar duplicação de preexistentes Via Centriolar Ambas ocorrem com formação de procentriolos (precursores) Se transformam em corpúsculos basais Centro organizador para um cílio Formação do fuso mitótico Localização dos polos do fuso Formação de MTOC totalmente funcional Microtúbulos astrais formados ao redor de cada centríolo Em algumas células, microtúbulos podem se originar dos cromossomos Mas precisam dos centríolos para funcionarem A característica dominante dos centríolos é a disposição cilíndrica dos microtúbulos do triplete com proteínas associadas Nove tripletes de microtúbulos orientados paralelamente ao eixo longitudinal Três microtúbulos fundidos Mais interno (A) = anel completo de 1 protofil. com a e B-tubulina Microt. B e C = formato de C C geralmente mais curto Circundam lúmen interno Distal: ptna ligante de Ca2+ (centrina) Proximal: y-tubulina = molde para arranjo em tripletes + δ , є, ς e η tubulina + complexos de pericentrina ptna p210 forma anel que liga extremidade distal do centríolo à membrana plasmática Fibras de conexão proximal e distal conectam cada centríolo em um par Conectores do núcleo-corpúsculo basal liga centríolo aos polos do fuso durante mitose Centríolos maduros contêm processos-satélites Centríolos imaturos não contêm satélites ou apêndices A duplicação do centrossomo é sincronizada com os eventos do ciclo celular e associadaao processo de ciliogênese Cílios montados durante fase G1 Mais abundantes em G0 Desmontagem ocorre antes da fase M Células precisam duplicar centríolos existentes Página 18 de Medicina Células precisam duplicar centríolos existentes Maioria começa entre G1 e S Ativação do complexo de ciclina E-Cdk2 + ptna chaperona nucleofosmina/B23 Via centriolar começa com divisão de par de centríolos Grânulos fibrosos coalescem em deuterossomos Originam procentríolo (broto) Começam a se desenvolver nos grânulos enquanto crescem anel de 9 túbulos simples → duplos → tripletes Mitose: um centríolo-filho brota do lado lateral da organela-mãe Ciliogênes: até 10 centríolos se desenvolvem de um centríolo-mãe Anormalidades nos microtúbulos e filamentos Microtúbulos• Síndrome de Kartagener Imobiliza cílios do epitélio resp. Afeta motilidade dos espermatozóides Colchicina: impede polimerização + Vimblastina e vincristina Paditaxel: impede despolimerização Actina• Citocalasina B e D: impedem polimerização inibe migração leucocitária, fagocitose e divisão Faloidina: estabiliza filamentos e impede despolimerização Derivados de Falotoxina: rompem equilíbrio dinâmico entre actina F e G Intermediários• Doença de alzheimer: alteração nos neurofilamentos = emaranhados neurofibrilares Doença de Alexander: inclusões citoplasmáticas nos astrócitos (fibras de Rosenthal) Altera GFAP: impede montagem de filamentos intermed. e várias proteínas dos astrócitos Cirrose hepática alcoóllica: Corpúsculos de Mallory (inclusões eosinófilas) Corpúsculos basais O desenvolvimento dos cílios na superfície celular exigem que haja corpúsculos basais, que consistem em estruturas derivadas dos centríolos Geração dos centríolos na ciliogênese responsável pela produção de corp. basais Estrutura central (axonema) = conjunto complexo de microtúblos (9 duplas circundande 2 centrais) Corp. basal difere do MTOC Duplas do axonema contínuas com microt. A e B adição de dímeros de a e B-tubulina na ext. positiva Inclusões As inclusões contêm produtos da atividade metabólica da célula e consistem, em grande parte, em grânulos de pigmentos, gotícu las de lipídios e glicogênio Componentes imóveis e inanimados das células Alguns com membrana p: pigmento Outros sem: glicogênio ou lipídeos Lipofuscina: Neurônios, m. esquelético e cardíaco Pigmento de uso e desgaste (senescência) Lipídeos oxidados, fosfolipídeos, metais e moléculas orgânicas pela degradação oxidativa Constitui indicador de estresse celular • Hemossiderina Complexo de armazenamento do ferro Resíduos não digeríveis de hemoglobina = Fagocitose de eritrócitos Indistinguível da lipofuscina • Glicogênio Regiões não coradas em hepatócitos e células musc. estriadas Agrupamentos de grânulos que ocupam espaço significativo • Inclusões lipídicas (gotículas de lipídios) Nutritivas Aparecem por breve período (absortivas intestinais) Ou por longos períodos (adipócitos) Doenças de depósitos de lipídios: Localizações anormais em qtes anormais (genético) • Inclusões cristalinas Muitas células e em toda ela Testículos: Células de sertoli (sustentação) e de Leydig (intersticiais) • Página 19 de Medicina Testículos: Células de sertoli (sustentação) e de Leydig (intersticiais) Ptnas virais, mat. de armazenamento ou metabólitos Duplicação anormal dos centríolos e câncer Centríolos responsáveis por formar fuso mitótico Alteração = multiplicação e anormalidades dos centríolos ee centrossomos Seleção anormal de cromossomos Aneuploidia = aumenta atividade de oncogenes ou diminui atv de supressores Frequentemente há número aumentado de centríolos em tumorais Matriz Citoplasmática A matriz citoplasmática é um gel aquoso concentrado, que consiste em moléculas de diferentes tamanhos e formatos Meio aquoso concentrado com moléculas de dif. tamanhos e formatos Maior compartimento isolado Processos fisiológicos (síntese e degradação + decomposição ptnas) Rede tridimensional de filamentos microtrabeculares e ligações cruzadas Reações citoplasmáticas + transporte e movimentação de organelas Referência: Histologia texto e atlas - ROSS 7ed. 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