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ED DIREITOS HUMANOS UFRJ - RICARDO

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GROSSI
Campo de pesquisa sobre violência contra mulher no Brasil 
Ênfase na opressão das mulheres pelos homens – tem como paradigma as teorias do patriarcado. Violência contra mulher é uma violência ”de gênero” pois esta é sempre masculina (mesmo quando praticada por mulheres) já que se trata de um atributo natural do homem; 
Ênfase na ambiguidade das relações – mais próximo da visão culturalista. Parte do princípio que a violência faz parte do vinculo afetivo-conjugal. Nesta visão a violência é parte do diálogo entre duas pessoas em que há desigualdade e opressão de um dos parceiros sobre o outro. A violência doméstica é resultante de complexas relações afetivas e emocionais irrestrita as relações heteroafetivas.
A autora se alinha com a segunda linha teórica. A violência conjugal é fruto de um duplo vinculo (metacomunicação) como forma comunicativa do casal.
Qual é o senso comum sobre uma das principais violências no país? E isso por que? Quem favoreceu este senso comum? 
A percepção de que a violência doméstica é uma das principais violências da quais as mulheres são vítimas. Isto foi possível graças ao movimento feminista brasileiro, ocorrida desde o final dos anos 70, que centrou a problemática da violência conjugal em seu discurso de conscientização de violência contra mulheres e na efetivação dessas em políticas públicas.
Quais as três matrizes discursivas que produziram o discurso feminista na prática comum do SOS mulher? O senso comum (discurso que deveria ser combatido); o discurso da lei (2 perspectivas: negativa – práticas jurídicas tradicionais e machistas/ positiva – projeto igualitário da legislação brasileira); e o discurso feminista do 1° mundo (critica à sociedade patriarcal)
Metáfora da Gangorra – método para explicar o “ciclo da violência doméstica”. Nesta metáfora é explicitado a dificuldade de duas pessoas que se relacionam em conseguirem permanecer em situação de equilíbrio e de igualdade assim como duas crianças em uma gangorra por conta de diferença de pesos, posição na balança. 
Como Sonia Felipe diferencia violência de agressão? Grossi concorda com a filosofa? Ela utiliza esta distinção quando escreve? Para Sonia agressão é todo ato que envolve dois indivíduos em situação mais ou menos igualitária onde brigam verbalmente ou fisicamente sem que haja aniquilamento de uma das partes. Já na violência há uma grande desigualdade de forças entre os que estão interagindo e consequentemente o mais fraco é destruído ou aniquilado (ex.: morte, estupro, tortura) pelo mais forte. Grossi apesar de concordar com a filosofa, não utiliza a distinção pois a reflexão teórica-acadêmica sobre esta problemática liga-se ao movimento feminista brasileiro, que vem utilizando-se da categoria “violência” para se referir aos atos de agressão nos quais as mulheres estão implicadas. 
O que é um sistema de metacomunicação? Explicação da autora para o desencadeamento de violência nas relações. A violência conjugal é fruto de um duplo vinculo (metacomunicação) como forma comunicativa do casal. Parte do princípio de que, em um diálogo, partem duas mensagens simultâneas (do emissor) e que, logo, isso pode dificultar/ impedir o entendimento (receptor) da mensagem. 
O sofrimento do pesquisador é uma questão quando se estuda a violência? É uma questão central quando se estuda violência, pois trata-se da relação subjetividade do pesquisador versus objetividade. Há uma necessidade do pesquisador de compartilhar sentimentos, trocas de angustias e vivências. Contudo é necessário que o pesquisador se desprenda de seus valores e preconceitos para alcançar certa neutralidade acadêmica.
RIZZINI E OUTROS
Empreenderam o estudo e escreveram com qual objetivo? Conseguiram atender este objetivo?
O objetivo do estudo era de tomarem conhecimento sobre as condições e trajetórias de vida de crianças e adolescentes de modo a corroborar a tese dos autores de que muitos dos episódios delatados poderiam ser evitados caso houvesse, por parte do Estado, melhores estruturas de apoio às famílias e às comunidades que se encontram em condições de marginalidade e miserabilidade. Conseguiram atender o objetivo pois foram identificadas as falhas, esmos e equívocos das ações governamentais, das instituições e profissionais envolvidos com esse grupo social.
Estudaram crianças e adolescentes em situação de rua. Descreva a metodologia empregada e o recorte utilizado pelos autores. Explique. 
Metodologia: entrevistas abertas (atendimento de fins exploratórios e detalhamento de questões) e gravadas
Método de recorte: Cidade do Rio de Janeiro (geográfico), e quatro adolescentes entre 15-16 anos (etário) entrevistados.
As entrevistas permitiram que os entrevistados pudessem ter maior liberdade para discorrer sobre o tema sugerido através de uma conversa informal, o que viabiliza maior conforto e aproximação do entrevistado com entrevistador. 
Escrevem sobre “indivíduos deslocados de seu contexto”, “nascem sem lugar no mundo”? Por que sem lugar?
Os autores destacam a sensação de deslocamento das crianças e adolescentes em situação de rua para representar a marginalização desse segmento social por conta do descaso, omissão e falha governamental na sua função de proteção às crianças. Há ausência de políticas públicas que reduzam/ solucionem a situação, escassez de recursos que possibilitem uma manutenção adequadas das instituições sócio-educativas, despreparo de profissionais e naturalização da violência (questão cultural). E, além disso, os termos são utilizados pelos autores para desmistificar a expressão “morador de rua” como correta, pois o lugar dessas pessoas não é a rua (e elas também não a veem como seu lar). Essas pessoas apenas encontram-se “em situação de rua”. 
Apresentam o resultado de quantas entrevistas? O que há de comum entre os entrevistados de sexo masculino? O que há de comum entre os entrevistados de sexo feminino? O que há de comum entre todos?
Há em comum entre os entrevistados do sexo masculino: idade (15 anos), conflitos familiares, aproximação om o mundo das drogas através dos pais, percepção de instituições como cadeia e visão de Deus e vontade própria como solução para seus problemas. Há em comum entre os entrevistados do sexo feminino: idade (16 anos), conflitos com familiares, exploração sexual nas ruas e acolhimento em algum momento da vida. Todos os entrevistados tiveram em suas trajetórias de vida conflitos familiares, viram a rua como espaço de auto-afirmação e liberdade, submeteram-se a violências e torturas nas ruas e tiveram dificuldades de permanecer em instituições sócio-educativas por conta dos vícios.
Atenção! Apenas nos casos dos entrevistados de sexo feminino houve apresentação de resultados. 
Apresentaram sugestões de políticas públicas para o enfrentamento do problema? Caso a resposta seja positiva, quais foram?
Não há sugestões de políticas públicas, contudo há um guiamento de posturas que devem ser tomadas através do destaque de onde se encontram as falhas e constatação de que os problemas vão além de uma pobreza estrutural. Segundo os autores há uma série de distorções no sistema de proteção e garantia de direitos das crianças causados por falta de planejamento efetivo na área de apoio e falta de clareza nas atribuições de cada um dos órgãos e dos profissionais envolvidos. 
FIGUEIRA
Qual a tese de Figueira no artigo estudado
O texto que tem como objetivo construir um histórico sobre o tratamento que trabalho escravo ilegal no Brasil vem recebendo até hoje para então comprovar sua tese de que apesar de todas as medidas implementadas até hoje, a persistência desses crimes ocorre devido a intocabilidade na questão da distribuição de renda. Expressão da forte força do pensamento ruralista encontrada no Congresso e nos demais poderes para representar de seus interesses (Grande Capital).
Quem foi Thomaz Davatz? Líder religioso suíço que ao escrever sobre escravidão ilegal, trata sobre terceiros e si mesmo. Em 1858 publica um livro acusatório e testemunhalsobre as relações de trabalho de migrantes europeus na fazenda de um senador (Vergueiro) que era tido como liberal e abolicionista. Denunciou que o que era chamado de “sistema de parceria” era pior do que a escravidão legal e propôs medidas de políticas públicas para que o problema fosse minimizado.
Sobre a escravidão, no texto, qual a referencia a Caio Prado?
Caio Prado discursa sobre a escravidão e o tráfico não se restringiram apenas a um pais ou continente. Ele delata que migrantes europeus experimentaram ‘uma escravidão temporária” nas colonias inglesas da América. Ou por venderem “seus serviços por certo laso de tempo” ou por serem “vendidos por seus pais”. Contudo, segundo Prado, esta escravidão fora “substituída inteiramente, em meados do sec. XVII, pela definitiva de negros importados”. 
Qual o local preferido para o aliciamento e o tráfico humano?
O local preferido para o aliciamento e tráfico é aquele que há desemprego e pobreza.
Qual a consequência da criação da SUDAM e o trabalho escravo na Amazônia? Explique Por coordenar um projeto de “ocupação” da chamada Amazônia Legal Brasileira, promoveu e aprovou centenas de projetos agropecuários (financiados pelo poder público). Este projeto culminou no deslocamento - para a Amazônia - de um grande contingente de trabalhadores (iludidos pelas promessas) que viriam a ser explorados e submetidos a trabalhos obrigatórios sob o pretexto de dívidas. Somando a impossibilidade de regressar para suas casas, ainda havia a questão do controle governamental, que além de ser escasso e irregular, não reconhecia formalmente da existência deste trabalho análogo à escravidão. Logo, não havia um plano nacional de combate ao crime.
Até 1984, como em geral se comportava o auditor fiscal e o trabalho escravo?
O que é o artigo 149? Quando ele recebeu nova redação? Explique.
“Reduzir alguém a condição análoga à de escravo”. Recebe - o artigo 149 do CPB - uma nova redação em dez/2003. É acrescentado: “quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto”. A nova redação permitiu a inclusão da noção de dignidade humana ofendida como um novo elemento e importante para medir as violações.
Qual a diferença entre o governo FHC e Lula, segundo Figueira, em relação ao trabalho escravo?
Governo FHC – A existência de escravidão fora finalmente reconhecido e distinguido da antiga forma de escravidão. Autoridade civis e militares não demonstravam sensibilidade a questão. Raramente havia inquéritos policiais e, algumas vezes a própria polícia do estado estava envolvida. Logo os empregadores eram favorecidos. Quanto aos procuradores e o Poder Judiciário, estes eram omissos a prática do crime. – poucos avanços no processo de combate ao crime
Governo Lula – Diferentemente das posturas anteriores, o presidente não se compromete em apenas combater, mas de também erradicar a escravidão no país. O clima fica mais favorável ao enfrentamento do problema, o que propicia a implementação de diversas medidas combativas.
Qual o período obteve mais sucesso? Explique.
Período entre 2003 e 2013 pois nesta fase será criado CONATRAE, ocorre a implementação de diversas medidas como campanhas e comissões pela erradicação do trab escravo, cadastro dos proprietários envolvidos com o crime (lista suja), medidas como Programa Bolsa-Família e o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) e mudança no texto do artigo 149 do CPB. Trabalhadores são resgatados em maiores quantidades (apesar do n° de resgatados ser inferior aos de denunciados) e os pagamentos de indenizações por auto de infrações lavrados dispara com relação a períodos passados. 
A escravidão e o tráfico ilegais começaram quando no Brasil, segundo Figueira?
Com as diversas medidas tomadas contra a escravidão de pessoas, o problema foi resolvido? Não, pois as medidas tomadas não tocaram profundamente na distribuição de renda. Não houve geração de empregos (o que faz com que o mesmo trabalhador seja libertado mais de uma vez), não houve superação de programas de complementação de renda e não houve oferecimento de uma educação pública de qualidade para todos.
GOMES
Conforme Gomes, havia no Brail colonial os “Negros da terra” e os “negros da Guiné”. O que isso significava?
“Negros da terra” e “Negros da Guiné” eram, respectivamente, denominações para as populações indígenas e as populações africanas utilizadas como escravos.
A historiografia e a literatura antropológica brasileira dividem os quilombos a partir de duas visões: a culturalista e a materialista. Explique a diferença entre elas e o que tem em comum
Visão “culturalista”: Vigente sobretudo entre os anos de 1930 e 1950 e tem, como base, a cultura. Defende-se que negros escravos fugiam e criavam quilombos como uma busca pela preservação cultural de suas identidades étnicas africanas. Apenas nesses espaços suas identidades estariam asseguradas. Ou seja, quilombolas possuíam um caráter (único) de resistência cultural. Não desejavam ser oprimidos pela cultura branca e, logo, isolavam-se.
Visão “materialista”: Vigente entre os anos de 1960 e 1970 e tem, como base, a exploração. Nesta teoria os escravos identificavam certa benevolência por parte de seus senhores e isso os estimulava a continuarem os servindo. Contudo, alguns senhores cometiam castigos e mau tratos então os escravos fugiam (da opressão injusta) pois estes não consideravam essas atitudes de seus senhores certas e justas frente à sua “escravidão justa”.
A semelhança entre estas duas visões é a marginalização dos quilombos. 
A visão culturalista e materialista Tinham em comum a noção de que os quilombolas buscavam e viviam o isolamento? Para Gomes os quilombos eram “marginalizados”, mundos isolados? Explique a tese do autor
Sim. Ambas as perspectivas acabariam produzindo uma ideia da “marginalização” do quilombos. Seriam mundos isolados – ora de uma resistência cultural ora de luta de classes sob o escravismo. Gomes discorda de tal concepção pois para este mesmo os casos de interiorização dos grupos quilombolas não significaram isolamento. Pois estes continuaram articulados – em certo grau- com outros setores da sociedade envolvente. O que ocasionou na capacidade de quilombolas modificarem e serem modificados pelos cenários sociais, econômicos e culturais.
ILKA BOAVENTURA LEITE
Explique o que é agregação hegemônica disseminadora de ordenamentos políticos
Estados Nações modernos são constituídos como categorias de agregação hegemônica que se baseiam em individualismos universais, onde os direitos dos indivíduos são preservados. Contudo é importante destacar que apenas as individualidades vantajosas à ordem societária dos Estados Nações são realmente asseguradas. A agregação hegemônica brasileira é a junção dos 4 Bs da bancada do governo (boi, bola, bala e bíblia) que dominam grandes áreas de agropecuária e possuem papel determinante na sobrevivência ou não de comunidades quilombolas. Como elas (quilombolas) apresentam um tipo de individualidade que não representa os interesses da bancada. 
Explique o que é individualismo universal. Explique o que é, no contexto, “banir grupos humanos de cidadania plena”
Consiste no direito de todos indivíduos terem seus direitos preservados. A Declaração Universal dos Direitos Humanos é um exemplo claro de “ordenamentos políticos com base em individualismos universalistas, mas sem antes banir diversos grupos humanos de sua condição de humanidade plena” pois, assim com Boaventura de Souza Santos destaca, os direitos humanos não são universais em sua aplicação. Apenas a cultural ocidental (branca) tende a formulá-los como universais. Ou seja, há uma exclusão e marginalização dos que possuem uma individualidade distinta do individualismo hegemônico e disseminado. – o indivíduo-cidadão passa a fazer parte de um pacto universal que não abrangeu a todos. 
Para a autora o que significao ordenamento jurídico acessível apenas aos letrados? Por que, segundo autora, o mundo letrado é incluído e o não letrado fica fora? Como fica, neste sentido os quilombolas?
Por ser o ordenamento jurídico assentado no papel, ele se torna acessível aos letrados, contudo há uma exclusão dos não letrados. Já que a grande massa brasileira encontra-se privada das condições de ingressar no mundo letrado, o ordenamento fica nas mãos de uma minoria.
O que a Lei da Terra de 1850? Qual seu significado? É uma lei inclusiva ou exclusiva? Explique. O que difere da Lei da Terra de 1850 da Lei 68 do ADCT?
Lei da Terra de 1850, que fora redigido no contexto de saturação do modelo escravagista, foi a primeira iniciativa de tentativa de organização de propriedade privada no Brasil. Até então, com o fim do sistema de sesmarias, a apropriação de terras era a partir da ocupação produtiva desta. Com o vigor dessa lei, as terras só poderiam ser adquiridas a partir de compra e venda ou por doação do Estado. Sendo assim, esta lei contribuiu substancialmente para tornar os africanos e seus descendentes invisíveis já que inaugura um dos mais hábeis e sutis mecanismos de expropriação territorial.
De caráter excludente, esta nova forma de apropriação significou a preservação da concentração da estrutura-fundiária já que a grande massa da população não tinha recursos para comprar terras e por não lhes atribuir, por mais de um século, nem categoria de “brasileiros” e nem de “estrangeiros”. 
Já o artigo 68 do ADCT, que emerge em um cenário de redemocratização, prevê o reconhecimento legal dos chamados “remanescentes das comunidades dos quilombos”, o que lhe confere um caráter mais inclusivo do que a anteriormente citada.
A constituição de 1988, no seu artigo 68do ADCT, previu o reconhecimento legal dos chamados “remanescentes das comunidades dos quilombos”. No entanto, segundo a autora, a aplicação da lei não poderia ser através de “um rótulo, selo ou carimbo”. Explique.
Segundo a autora, a identidade social é algo fluido, mutável e relativo, logo não pode ser atribuída ou determinada por terceiros. A aplicação da lei deve respeitar a autodeterminação e auto identificação individual.
Como resolver o problema da “identidade social” dos remanescentes da comunidade dos quilombos?
O decreto n°4.887 regulamenta o artigo 68 e ambos resolvem o problema da identidade social.
O que difere a lei da Terra de 1850 da Lei 68 do ADCT? Explique.
RESPOSTA ESTÁ NA QUESTÃO 5
O que é o decreto 4.887? Sofre preconceitos? Explique
É uma ferramenta para a cidadania quilombola a medida que regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescente quilombolas.
O decreto 4.887 é inovador porque dá direito a voz. Explique.
Reconhece novos sujeitos até então rejeitados da lei universal, o dispositivo propicia aos insurgentes a possibilidade de entrada na ordem jurídica que os excluiu e ignorou. Entretanto enfrenta preconceitos e barreiras decorrentes das sequelas deixadas pela ordem jurídica hegemônica.	
O decreto 4.887 é inovador porque recupera para o mundo letrado um conjunto de situações que estão fora dele. Explique
Ele é um dispositivo que propicia a instauração de processos de regularização das terras ao mesmo tempo em que traz para ordem jurídica a parte até então tida como inexistente.
 O decreto 4.887 é inovador porque dialoga. Explique.
Ele resulta, de fato, de inovações legais de modo a privilegiar a construção de um novo direito, até então inexistente no Brasil, que já é vigente em outros países. 
“A diversidade cultural é produto da relação, mais do que do isolamento. Explique
Segundo a autora, as esferas de cultura e do direito não podem ser tratadas como se fossem isoladas e sim dentro dos aspectos políticos e econômicos em que os processos sociais se configuram. Ou seja, todos os demais fatores não podem ser excluídos da análise e do entendimento de processos culturais.
 Há um argumento veiculado pela imprensa, que afirma que o artigo 68, regulamentado pelo decreto 4.887 é um pretexto para grupos oportunistas. Como a autora trata a questão?
Para a autora esta é uma abordagem superficial e reducionista de tratar a questão do quilombo.

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