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Farmacotécnica homeopática e fitoterápica aula 02

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O Surgimento da Homeopatia 
Christian Friedrich Samuel Hahnemann
nasceu em 11 de abril de 1755, em
Meissen, na Saxônia, à leste da atual
Alemanha, sob o reinado de Frederico II,
da Prússia.
 
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A região era produtora de porcelas e seu pai era especialista em pintura  de porcelanas.
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Leipzig - 1775
Hospital da Misericórdia
Viena - 1777
Hahnemann foi preparado para ser um comerciante e aprendeu várias línguas estrangeiras. Ele falava e lia alemão, inglês, francês, espanhol, latim, árabe, grego, hebreu, caldeu.
Universidade de Erlangen - 1779
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Para mim, foi uma agonia estar sempre no escuro quando tinha de curar o doente e prescrever de acordo com essa ou aquela hipótese arbitrária…renunciei à prática da medicina para não mais correr o risco de causar danos à saúde alheia e dediquei-me exclusivamente à química e às ocupações literárias”.
Hahnemann, 1787
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Em 1790 Hahnemann começa a fazer a tradução de uma obra de Cullen, que "falava sobre as propriedades da "Cinchona officinalis", ou quinina ou quina, introduzida na Europa, mas proveniente do Peru, onde os nativos a usavam para tratamento do paludismo. 
O surgimento da homeopatia
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 Cullen atribui a influência curativa da Cinchona ao poder que exerce através do fortalecimento do estômago, com produção de uma substância contrária a febre. As explicações de sua ação não o convenceram, mas chamou-lhe a atenção que o abuso que se fazia da quinina acarretava sintomas semelhantes aos que se apresentavam espontâneamente na enfermidade natural.
O surgimento da homeopatia
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Hahnemann passou a experimentar ele mesmo e alguns de seus amigos e familiares, as mais variadas substâncias das quais foram observados e anotados todos os efeitos produzidos no organismo. 
Mais tarde, deu início ao seu método aplicando àquelas substâncias em doentes que apresentaram os mesmos sinais estudados. 
Com enorme sucesso na nova prática médica que chamou de Homeopatia – que significa semelhante a doença. 
Paralelamente às experimentações, Hahnemann percebia nas pessoas uma certa resistência, ou ao contrário, muita facilidade em contrair doenças. 
O surgimento da homeopatia
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A Força Vital
Hahnemann acreditava na energia vital, ou força vital, sem a qual não há vida. 
A força que mantém os órgãos em perfeito funcionamento, seria o que se chamamos de SAÚDE
 
E, quando este equilíbrio é abalado por influências negativas de qualquer natureza, fortes o bastante para produzir sintomas mórbidos a nível de corpo ou mente, está estabelecida a DOENÇA. 
Para reequilibrar-se a força vital necessita de um estímulo apropriado que é o remédio homeopático.
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Princípios da homeopatia
	Segundo Samuel Hahnemann, são 4 os princípios fundamentais da Homeopatia: 
Lei dos semelhantes;
Experimentação no homem são;
Dose mínima;
Remédio único.
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Princípios da Homeopatia
Lei dos semelhantes: 
Uma idéia bastante antiga, muitos séculos antes de Hahnemann, já se falava desta teoria. Hipócrates, o pai “pai da Medicina”, já tentava a cura dos males com semelhantes. 
Associava-se o formato, cor, etc., e principalmente a intuição às características da doença, na tentativa de curá-la. 
Foi Hahnemann, porém, que desenvolveu bases para a utilização da Lei dos Semelhantes com métodos científicos. 
Como já vimos, ele experimentava as substâncias, anotava os efeitos despertados no organismo e passava a utilizar as mesmas em doentes com sintomas semelhantes aos observados no estudo. 
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Princípios da Homeopatia
2. Experimentação no homem são:
 
Aos invés de testar as drogas em animais ou em teste laboratoriais, Hahnemann selecionou voluntários em perfeita saúde (para não haver interferência de outras doenças já existentes) para experimentar as substância e descrever com precisão os sintomas (inclusive os mentais) obtendo assim o “retrato” de cada medicamento. 
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Princípios da Homeopatia
3. Dose mínima: 
Sabendo do perigo do uso de grandes quantidades de plantas tóxicas e venenos, Hahnemann preferiu usar sempre doses bem pequenas de medicamentos, para que somente o efeito benéfico aparecesse durante o tratamento. 
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Paradigma do receptor
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Princípios da Homeopatia
4. Remédio único: 
Hahnemann e seus voluntários experimentavam uma droga de cada vez, para não mascarar seus efeitos no organismo sadio. Ele não admitia que no processo curativo o médico misturasse duas ou mais substâncias ao mesmo tempo, pois achava que o resultado era imprevisível, uma vez que o doente já estava bastante enfraquecido pela doença em si. 
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A sucussão
Envolvido pela teoria da Energia Vital, Hahnemann achava que o seu método ainda não estava completo, faltava um componente dinâmico, que combinasse com a sua idéia de movimento. Sempre atento aos detalhes do tratamento dos seus pacientes, notou que, quanto mais afastado ficava o domicílio dos enfermos, mais rápidos e eficazes se mostravam os medicamentos. Qual a ligação entre a distância e a eficácia dos remédios homeopáticos? 
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O Surgimento da Homeopatia
Continuando com seu brilhante trabalho até o final de seus dias, Samuel Hahnemann esforçou-se em atender as necessidades dos doentes que o procuravam, e, à medida que seu sucesso se espalhava pelos países próximos, crescia também a ira dos colegas incompetentes. Hahnemann curou muitos doentes até morrer de velhice aos 88 anos, deixando 11 filhos de 2 casamentos, mas deixou esta maravilhosa lição de vida que foi rapidamente difundida para outros continentes e chegou até os dias de hoje comprovando a sua eficácia. Em 1995 a Homeopatia completou 200 anos. 
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Medicamento homeopático
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Escalas
Escalas: São as proporções entre insumo ativo e insumo inerte seguida na preparação de diferentes diluições.
Decimal: 1/10 DH
Centesimal: 1/100 CH
Cinquenta milesimal: 1/50.000 LM
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Dinamização
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Dinamização
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Como a homeopatia vê as doenças? 
Estarmos aprofundando o conceito de Enfermidade, na Filosofia da Homeopatia, trata-se de tarefa complexa, na medida em que os pacientes estão acostumados ao conceito de Enfermidade da Alopatia.
Tomando como exemplo um caso de enxaqueca, o médico homeopata começa sua consulta indagando como ela é sentida. Seguem-se perguntas de como é a dor, onde ela se localiza, desde quando se manifesta e outros detalhes mais. De início, são perguntas parecidas com as que fazem os médicos alopatas. Mas as semelhanças param por aí...
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Como a homeopatia vê as doenças?
A partir de um determinado momento do levantamento da história do paciente, a Anamnese, as perguntas começam a seguir um rumo mais abrangente, com o médico homeopata buscando conhecer profundamente o indivíduo como um todo, não apenas em relação ao quadro de sua enxaqueca. Fica, então claro, que na Homeopatia a relação médico- paciente é radicalmente diferente.
Não basta ao médico homeopata o conhecimento do caso, em si, mas informações completas que lhe permitam saber a maneira particular de sentir do paciente, a estrutura de seus sentidos, as nuances de suas sensações, além de suas ações e reações aos estímulos específicos daquela vida, única em si mesma. 
Para a Homeopatia, cada caso é um caso único, embora a enxaqueca seja um conjunto de sintomas há muito delimitado.
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Como a homeopatia vê as doenças?
Ao contrário da Alopatia, que constata que alguém está doente com enxaqueca, porque apresenta os sintomas dela, 
	a Homeopatia procura entender porque e como a pessoa desenvolveu um conjunto de sintomas, 
no caso a enxaqueca. Para a Homeopatia, portanto a enxaqueca é apenas um conjunto de sintomas, que a pessoa doente acusou; ela poderia estar doente e apresentar sintomas diferentes, como os de úlcera estomacal ou de pneumonia. Cada organismo agindo e reagindo a seu modo, uma vida única em si mesma.
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Como a homeopatia
vê as doenças?
Os pacientes estão, em geral, acostumados a "identificar " sua doença com a aparente disfunção de um órgão, como é a prática alopata. Como nem sempre os exames laboratoriais mais sofisticados registram com fidelidade disfunções de órgãos, impedindo um diagnóstico alopata preciso, há casos em que estes médicos se vêem diante da situação de simplesmente ter de confessar que "não encontraram nada nos exames".
O fato é que mais e mais pacientes saem dos consultórios alopatas inseguros, pensando em buscar socorro de outro médico. Por isso mesmo, num volume cada vez maior de casos, alopatas têm diagnosticado viroses não identificadas, que procuram tratar com antibióticos do tipo mata-tudo, ou problemas nervosos, que buscam atacar com calmantes geradores de dependências químicas.
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Como a homeopatia vê as doenças?
Embora os homeopatas possam enriquecer suas informações sobre os pacientes com os resultados dos mesmos exames laboratoriais requisitados por alopatas, eles dispõem de uma gama muito maior de dados, um histórico de vida, detalhes de situações anteriores ao aparecimento dos sintomas atuais, cujo conjunto é identificado como enxaqueca. Assim, os exames laboratoriais podem ser pedidos pelos homeopatas, mas com o intuito de confirmação de um diagnóstico, não na busca aleatória deste diagnóstico.
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Como a homeopatia vê as doenças?
Para o médico homeopata, a Clínica é soberana. Antes de ser um homeopata, o médico tem de ser um perfeito Clínico Geral, que se utiliza de sua experiência em detectar sintomas pela ausculta, pelo tato, pela visão, e etc... O homeopata tem de ser treinado para, no uso de seus conhecimentos e bom senso, localizar o fator desencadeante do estado atual de seu paciente, da gravidade deste estado...
O homeopata sabe, antes de tudo, que sempre ocorre em primeiro lugar o desequilíbrio do ser como um todo, a pessoa perdeu sua sintonia fina com a vida, a harmonia do funcionamento dos órgãos de seu corpo, se debilitou, a saúde ficou prejudicada, o mal estar se instalou, a dor chegou. A imagem mais aproximada que se pode traçar para dar uma idéia mais clara é a da hora em que, ao se movimentar o dial de um rádio, perde-se a sintonia da emissora desejada, entrando em outra faixa de onda.
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Como a homeopatia vê as doenças?
Está na perda desta sintonia, então, o início da enfermidade, manifestada em cada um de uma maneira peculiar, da mesma forma que não há um ser humano sequer integralmente igual a outro.
"O vento é o mesmo, mas sua resposta é diferente em cada folha" (Cecilia Meirelles).
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Medicamentos
HOMEOPÁTICO: Toda apresentação farmacêutica destinada a ser administrada segundo o principio da similitude, com finalidade preventiva e terapêutica, obtida pelo método de diluições seguida de sucussões ou triturações sucessivas.
ALOPÁTICOS: São produtos farmacêuticos tecnicamente obtidos ou elaborados através de substâncias químicas sintéticas ou naturais, que vão promover mudança fisiopatológicas ou fisiológicas para o uso em tratamento.
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Origem do medicamento homeopático
REINO VEGETAL
Planta inteira: Belladona 
Partes vegetais: Allium cepa (bulbo)
Outras partes: China officinalis (casca do caule).
Produtos extrativos ou de transformação: Opium (latex)
Produtos patológicos: Ustilago maidis (doença do milho por fungos).
Cuidado para preparação de uma TM homeopática.
Perfeita identificação do vegetal
Época da colheita
Seleção e limpeza
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REINO MINERAL
Minerais naturais: Sulfur (enxofre)
Minerais de origem industrial: Kalium sulfuricum
Preparações especiais: Calcarea acetica
Origem do medicamento homeopático
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REINO ANIMAL
Animal inteiro: Formica rufa (formiga ruiva)
Partes de animais: Carbo animalis (couro de boi carbonizado)
Produtos extrativos ou de transformação: Calcarea carbonica (parte interna da concha da ostra).
Produtos patológicos: Psorilum (conteúdo seroso da vesícula da sarna).
Cuidados para preparação da TM
Perfeita identificação da espécie animal
Condições em que se encontram
Usar monografia das farmacopeias
Origem do medicamento homeopático
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REINO FUNGI
	Fungos, cogumelos e leveduras: Agaricus muscaricus (agárico mosqueado)
REINO MONERA
	Bactérias, cianobactérias e produtos fisiológicos (toxinas): Streptococcinum (Streptococcus pyogenes)
REINO PROTISTA
	Giardinum (Giardia lamblia).
Origem do medicamento homeopático
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Nomenclatura homeopática
Escreve-se o nome do primeiro componente com a primeira letra maiúscula e os demais componentes com a letra minuscula
Ex: Ferrum phosphoricum
Quando utiliza-se apenas uma espécie do determinado gênero, é facultado a omitir a espécie e escrever somente o gênero.
Ex: Lycopodium (Lycopodium clavatum).
Para os nomes tradicionais podemos ainda utilizar somente a espécie, omitindo o gênero.
Ex: Camomilla (Matricaria camomilla)
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Sinonimias
O emprego de sinônimos é proibido, podendo ser utilizados somente aqueles científicos
Actea racemosa = Cimicifuga
Agaricus muscarius = Amanita muscarius
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Conceitos e Definições
Droga: Matéria prima de origem vegetal, animal, biológica constituída por um ou mais fármacos.
Fármaco: produto ou substância que em contato ou introduzido em um sistema biológico com finalidade preventiva ou terapêutica modifica uma ou mais funções.
Sucussão: Consiste na agitação vigorosa e ritmada contra um anteparo semi-rigido de fármacos sólidos ou líquido dissolvidos em insumo inerte adequado.
Insumo ativo: Droga ou fármaco que constitui o ponto de partida de preparação do medicamento homeopático.
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Insumo inerte: Substância complementar sem atividade farmacológica e / ou terapêutica utilizada como veiculo ou excipiente bem como, material de acondicionamento de formas farmacêuticas;
Conceitos e Definições
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Veículos e excipientes
	
	
	Também chamados de insumos inertes, são substâncias e produtos utilizados em Homeopatia para realizar as diluições, incorporar as dinamizações e extrair os princípios ativos das drogas na elaboração das tinturas homeopáticas.
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Veículos e excipientes
Água;
Álcool: 20%, 30%, 70%, 96% e diferentes diluições alcoólicas;
Glicerina;
Lactose;
Sacarose;
Glóbulos inertes e microglóbulos inertes;
Comprimidos inertes;
Tabletes inertes.
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Conceitos e definições
Ponto de partida: TM, Droga ou fármaco utilizados, como ponto inicial para obtenção de formas farmacêuticas derivadas.
Formas farmacêuticas: Preparação resultantes da manipulação de insumo ativo e insumo inerte de acordo com as regras da FHB 2;
Formas farmacêuticas básica: Constitui o ponto de partida para obtenção das formas farmacêuticas derivadas. TM de origem animal, vegetal, ou a própria droga.
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Formas farmacêuticas derivadas: Preparação obtida a partir da forma farmacêutica básica diluida ou sucussionada e/ou triturada sucessivamente em insumos inerte adequados.
Escalas: São as proporções entre insumo ativo e insumo inerte seguida na preparação de diferentes diluições.
Decimal: 1/10 CH
Centesimal: 1/100 DH
Cinquenta milesimal: 1/50.000 LM
Potencia: É o poder medicamentoso dissolvido através da dinamização. 
Conceitos e Definições
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Escolas médicas Homeopáticas
Unicista: o médico prescreve um único medicamento (o Simillum);
Dose única (Kentismo): medicamento único e dose única em alta potência;
Plurarista ou alternismo: dois ou mais medicamentos a serem administrados em horas distintas, atingindo a totalidade dos sintomas;
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Escolas médicas Homeopáticas
Complexista: dois ou mais medicamentos a serem administrados simultaneamente ao paciente;
Organicista: prescrição de medicamento visando aos orgãos doentes, considerando a queixa imediata do paciente, sem levarem conta os sintomas mentais e emocionais.
Atenção: o farmacêutico homeopata deve preparar o medicamento sem partidarismo.
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Referências
FONTES, O.L.
et. al. Farmácia Homeopática, teoria e prática. 1.ed. Barueri: Manole, 2001.
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Em 1755, na cidade de Meissen, Alemanha, nasceu Samuel Friedrich Christian Hahnemann, o fundador da Homeopatia. Menino de origem humilde conseguiu se formar em medicina na cidade de Leipzig, onde alguns autores dizem ter nascido. Dedicou-se ao tratamento de doentes com a certeza de que aquela era a sua vocação. No entanto, por mais que fizesse a coisa certa, por várias vezes Hahnemann sentia o gosto do fracasso, não por incapacidade, mas porque os métodos usados na época eram bastante primitivos e sem embasamento científico. 
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